NOVE
-- Obrigada por me levar para jantar. -- eu falei quando entramos no apartamento dele.
-- Não foi nada... não tinha nada aqui mesmo. -- ele deixou a chave e o celular dele em cima da pequena mesa da sala de jantar e sumiu no corredor.
Eu me sentei no sofá, já que não sabia o que fazer e esperei-o voltar.
-- Sabe... -- ele gritou lá de onde ele estava. -- Eu comprei isso aqui...
Eu ouvi os passos dele no corredor e me levantei do sofá. Ele estava com uma caixa na mão e assim que eu vi o que era, comecei a rir. Minha barriga doía do quanto eu estava rindo quando ele se ajoelhou na minha frente e ofereceu a caixa para mim.
-- Eu te devia um secador...
Eu peguei a caixa da mão dele e ele sorriu e se levantou, enfiando a mão no bolso de trás da calça dele, pegando alguma coisa. -- E isso também...
Era a chave do meu apartamento.
-- Você achou...
-- Na verdade, estava comigo o tempo todo. Eu queria passar um tempo com você e eu não queria aparecer na sua porta, porque você ia me olhar com aquela cara que você sempre faz... sabe, aquela de 'você está atrapalhando a minha vida'.
Eu ri e arranquei as minhas chaves da mão dele. -- Você é tão idiota...
Eu estava saindo do apartamento dele quando ele pediu para que eu esperasse um pouco que ele tinha que me dar mais uma coisa. Eu me virei e ele corria na minha direção. Quando eu percebi, ele já estava com os lábios nos meus, me abraçando forte.
-- Queria te dar isso fazia um tempo também... -- ele admitiu e eu sorri.
-- E eu queria receber isso fazia um tempo...