Só Mais Um Clichê

Galing kay paolabns

73.3K 10K 9.1K

Depois de perder a irmã, algo dentro de Anna Liz mudou. A dor foi capaz de mudá-la exageradamente. Além de se... Higit pa

Prefácio e apresentação
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1 - Dear family
Capítulo 2 - Welcome to boarding school
Capítulo 3 - Sombras do passado
Capítulo 4 - O violino, a sapatilha e a garota
Capítulo 6 - Chocolate quente e confusão
Capítulo 7 - Consequências do passado
Capítulo 8 - Passado
Capítulo 9 - Encrenca
Capítulo 10 - Conte a verdade
Capítulo 11 - Behind the messages
Capítulo 12 - Residência Collins
Capítulo 13 - Sensações
Capítulo 14 - Back to school
Capítulo 15 - Brown eyes
Capítulo 16 - Sobre sentimentos
Capítulo 17 - Fora do meu alcance
Capítulo 18 - Perto das estrelas
-
Capítulo 19 - Broken heart
Capítulo 20 - Opostos
Capítulo 21 - I want you for me
Capítulo 22 - Adore You

Capítulo 5 - Problems in sight

2.7K 463 344
Galing kay paolabns

Demorei mais do que o normal para conseguir pegar no sono depois do meu encontro com o Ethan no corredor. Notei que estava mais magoada do que zangada. Talvez eu nem esteja com tanta raiva, apenas decepcionada e frustrada por todos esses anos sem notícia ou qualquer justificativa, nem que fosse uma pequena explicação. Não tenho notícias dos Collins a quase  seis anos, é justificável que eu esteja um pouco irritada ou magoada.

Não encontrei com Ethan em nenhuma aula na manhã seguinte, mas o vi antes do início das aulas. Ele conversava com uma garota que usava o uniforme do colégio, ao contrário dele que estava usando uma calça jeans preta e uma camiseta social com as mangas dobradas até os cotovelos, combinando perfeitamente com os cabelos bagunçados.

Vi quando ele disse algo que fez a garota rir alto antes de beijar a bochecha dele e acenar entrando dentro do colégio, deixando Ethan sozinho no campus que estava – quase –, vazio.

— Estava pensando onde vamos passar o final desse ano — Addie diz, sorrindo. — Pensei que talvez pudéssemos passar na mais nova integrante do grupo! Lizinha linda, o que acha de irmos te fazer companhia no Brasil? — pergunta. — Ah, eu sou doida pra passar o ano novo em uma daquelas praias brasileiras maravilhosas! — conta com os olhos brilhando. — O que vocês acham?

— Que você deveria acordar para vida e entender que o ano mal começou — Louisa diz antes de mim. — Você deveria estar pensando na faculdade, Addie, não na onde vai passar as festas de final de ano.

— Nem me lembre de faculdade! — Addie exclama com um murmúrio choroso enquanto pego alguns livros no meu armário. — Meus pais estão me deixando maluca com esse assunto. Às vezes tenho vontade de acabar a escola, arrumar qualquer emprego e sair da casa dos meus pais, pra ver se eles entendem que não sou como eles.

— Eles só estão preocupados com o seu futuro — Louisa diz, me fazendo perceber que as duas pareciam se conhecer tempo suficiente para saberem os segredos uma da outra. — Porque, sinceramente Addie, se largarem você sozinha, sabe se lá o que você pode fazer com o seu futuro.

Addie mostra a língua para a amiga me fazendo rir baixo.

— Obrigado pelas belas palavras de consolo — debocha, com diversão. — Você é uma ótima amiga.

— Aí, amiga — Louisa dá risada abraçando Addie pelos ombros. — Perdão, mas você sabe que só falei verdades.

— Excelente argumento, Louisa Morfhin — Addie devolve se soltando do abraço da amiga e entrelaçando o braço no meu. — A partir de hoje, a minha melhor e única amiga, é a Liz Linda.

Addie me arrasta pelos corredores me fazendo rir junto com Louisa pelo drama.

Estou morrendo de saudades de você, minha bebezinha! — minha mãe  diz durante uma de nossas chamadas de vídeo pelo Skype. — Você tem se alimentado bem? Está comendo bastante salada, né?

— Claro — minto.

Na verdade não dei muita atenção para salada ou comidas saudáveis desde que cheguei. Estava aproveitando esse tempo para me entupir de carne e comidas gordurosas. Não contei para a Susie, pois tenho certeza que ela surtaria e me faria voltar para o Brasil, só para poder enfiar salada em mim, goela abaixo.

Não vá pelas idéias idiotas do Carlos — ela alerta com os olhos estreitos em minha direção. — Sabe que ele só faz isso pra me provocar.

Anuo, sabendo que parte daquilo era verdade. Gostava de ver as brigas sem sentido dos dois, era um bom entretenimento.

— Não vou, mãe.

Ótimo! — ela abre um grande sorriso trocando a posição de yoga durante uma de suas sessões. — A doutora Mary disse que ela e o Henrique estão sentindo muito a sua falta.

Henrique é filho da minha psicóloga. Às vezes ele estava no consultório, então ficávamos brincando antes da minha seção começar. Ele tem sete anos, quase a mesma idade que a Sam, e é tão fofo quanto ela. Minha mente fértil me permitiu shippar os dois como um casal futuro.

— Diga a eles que também sinto saudades — peço me encostando no tronco da arvore. Pego meu celular vendo que faltava poucos minutos para o início da minha aula de música. — Preciso desligar, minha aula já vai começar.

Me despedi da minha mãe enquanto ela me mandava diversos beijos no ar parecendo estar com os olhos marejados antes de finalizar a chamada.

A sala de música ainda estava vazia quando eu cheguei. Apenas a professora Carmem, que arrumava os instrumentos no canto da sala, estava presente.

— Oh, Liz querida! — ela me cumprimenta com um sorriso sincero. — Que bom te ver! Hoje será a sua primeira aula e eu já estou cheia de novidades — vou até ela ajudando a colocar a guitarra em um canto da sala. — Obrigado — ela agradece. — Não se preocupe, não será nada de ruim! As novidades são muito boas, tenho certeza que, assim como todos os outros, você vai gostar — mordo a parte interna da minha bochecha com certo receio.

Confesso que por um momento havia me esquecido que partilhava daquela aula com o Ethan. Imaginei que ele não apareceria, assim como não apareceu nas outras aulas, mas ele chegou, atrasado como sempre. Os cabelos castanhos escuros estavam bagunçados, assim como hoje mais cedo, mas agora ele usava o uniforme, com a gravata um pouco desajustada como o habitual.

— Senhor Collins — a professora diz enquanto Ethan se senta em uma das cadeiras um pouco distante de onde eu estava. — Que bom vê-lo por aqui, você deixou os outros professores malucos por não aparecer nas outras aulas.

— Não estava me sentindo bem — Ethan conta com a voz leve, não parecendo estar mentindo, mas eu o conhecia bem o suficiente para saber que aquilo não era a verdade.

— Espero que esteja se sentindo melhor, porque hoje tenho uma notícia incrível para dar a vocês — a professora parecia empolgada com todo aquele mistério. — Bem, como vocês sabem, todos os anos temos a competição de música contra o colégio Bellman, esse ano não será diferente — tentei não surtar. — Mas, temos uma mudança incrível para esse ano. A competição será em duplas, e não apenas um aluno como aconteceu nos anos anteriores — os outros alunos soltaram exclamações felizes, enquanto eu estava petrificada.

— Podemos escolher as nossas duplas? — um aluno pergunta levantando a mão.

— Essa é a parte mais empolgante! — a professora vibra de felicidade. — As duplas serão escolhidas a partir de um sorteio, feito e monitorado por mim — aponta para ela mesma.

Ah, que beleza.

Vejo que está um lindo dia para fugir desse lugar.

— Vamos lá, não fiquem tristes — a professora volta a dizer quando os murmúrios decepcionados tomam o ambiente. — Não saber o que pode acontecer é bem mais excitante e emocionante! — ela junta as mãos em frente ao rosto. —, e conhecer pessoas novas é sempre uma ótima opção.

A aula foi tranquila. A professora Carmem avisou que o sorteio aconteceria na manhã seguinte, o que me deixou nervosa e com uma grande vontade em voltar a deixar o violino no fundo do meu armário junto com as sapatilhas.

— Isso é fantástico! — Louisa exclama quando conto a ela sobre a apresentação. — Não sei porque você está tão nervosa. Tenho certeza que vai se sair muito bem, até porque eu nunca vi nenhum violinista na turma da Bellman desde que cheguei aqui — conta tentando não me fazer surtar.

Respiro fundo fechando a porta do meu armário.

— Acho que não consigo — murmuro. — Tenho medo de falhar.

— Você não vai falhar, Liz — Louisa coloca uma mão sobre o meu ombro. — A Addie diz que devemos manter pensamentos positivos para evitar uma pane no sistema — brinca me fazendo sorrir. — Ela costuma dizer que os nossos divertidamente podem surtar e nos enlouquecer — aquilo era a cara da Addie.

Dou risada.

— Esse é um ótimo pensamento para evitar surtos futuros — brinco soltando o ar com calma.

— Também acho — ela ri. — Agora eu preciso ir para a minha aula de artes — diz torcendo o nariz em uma careta exaustiva. —, Você pode tocar violino mais tarde, Addie e eu seremos ótimas juradas, prometo — ela acena em minha direção antes de entrar em um dos corredores me deixando sozinha com os meus mais diversos pensamentos.

Estava mandando uma mensagem de texto para o Carlos quando o meu irmão postiço veio até mim e se sentou ao meu lado em uma da mesas do refeitório.

— Tem outros lugares vazios... — cantarolo apontando para o refeitório que estava quase vazio.

— É, eu sei — ele começa, aflito. — Mas preciso da sua ajuda.

— Opa opa! Nem vem me meter nas suas merdas, Arthur.

— Somos irmãos! Você deveria cultivar mais amor nesse coraçãozinho ranzinza, hein? — me empurra de leve com o ombro.

— Não somos irmãos de verdade, apenas partilharmos do mesmo sobrenome.

— Engraçado que você não acha isso da Sam.

— Não — digo, sorrindo sarcástica. —, Porque ela é minha irmã.

— Ótimo! Então somos todos irmãos — Arthur diz como se fosse algo genial.

— Fala logo o que você quer — me dou por vencida quando percebo que ele não iria largar do meu pé.

O sorriso no rosto do filho do meu pai se fecha, e uma expressão preocupada surge, o que só me fez imaginar o tamanho da cagada que aquele garoto aprontou dessa vez.

— Acho que tem algum doido me vigiando aqui dentro — murmura.

Ergo as sobrancelhas, confusa.

— Como assim?

— Porque recebi isso hoje mais cedo — ele pega o celular do bolso da calca do uniforme abrindo a tela em uma foto. —, antes de tudo, quero que você saiba que não faço mais isso, certo? — anuo.

Coloco meu celular em cima da mesa pegando o dele para ver a tal foto com curiosidade.

Arregalo os olhos quando vejo do que a foto se tratava.

— Que porra é essa, Arthur?! — exclamo ampliando a foto para poder ver meu irmão que parecia estar fumando em meio a outros garotos que estavam, claramente, se drogando.

— Não grita doida! — Arthur puxa o celular da minha mão. — Já disse que não faço mais isso.

— E nunca deveria ter feito, né?! — reclamo pensando no Carlos. — Meu Deus, se isso chegou até você, pode chegar no Carlos — murmuro vendo Arthur passar para o transparente parecendo estar morrendo de medo. — Quem te mandou essa foto?

— Não sei, não respondeu quando fiz essa pergunta.

— Não surta, está legal? — penso em algo positivo para dizer. — Pode ser alguém querendo zoar com a sua cara, nada demais.

— Nada demais? — ele ri, sarcástico. — Alguém dentro dessa maldita escola tem o caralho de uma foto minha, que como você pode ver, é bastante comprometedora.

Arthur parece prestes a ter um ataque cardíaco ou um surto dos grandes. Não conseguia ficar feliz em saber que ele havia cavado a própria cova, na verdade estava pensando no Carlos, em como ele estava orgulhoso do Arthur por não estar dando nenhum tipo de problema depois que veio para a Diamond.

— Não tem nada que você possa fazer, Arthur — digo, mordendo a parte interna da minha bochecha. — Agora é pedir pra isso não chegar em mais ninguém, principalmente no seu pai.

— Merda! Não tinha pensado nisso — meu irmão passa uma das mãos nos cabelos curtos. — O Carlos vai me assar para o jantar se descobrir, e chamar a minha mãe como convidada especial.

Arthur não é muito próximo da mãe, eles quase não se falam mais depois da partida dela para Paris atrás da tão sonhada carreira de modelo.

— É, você está ferrado mesmo — Arthur me encara com um olhar reprovador. — o que foi? Só destaquei um fato.

Ele estava pronto para falar algo, mas foi interrompido por Ethan que veio até a nossa mesa.

— Só falta você no treino — diz fazendo Arthur levantar guardando o celular no bolso. — Boa tarde, Anna Liz — desejou olhando para mim.

Ele não parecia zangado pelo o que aconteceu no corredor na noite passada, mas não pude deixar de perceber o quanto ele parecia distante e frio.

— Boa tarde — devolvo, fingindo desinteresse.

— O que deu em vocês dois? — Arthur pergunta, me fazendo lembrar que ele ainda estava ali. — Se eu bem me lembro, vocês dois não desgrudavam — desvio o olhar pegando o meu celular novamente, respirando fundo.

— Isso já faz muito tempo — digo, com desdém.

— Não importa — Ethan diz, se virando para o meu irmão. — Você vem ou não?

Arthur seguiu o Ethan para fora do refeitório. Vejo os dois idiotas cumprimentarem algumas pessoas no caminho, como se fossem duas celebridades. Tão babacas.

Fiquei o resto do dia praticando o violino. Ousei tentar algumas canções difíceis, mas sem sucesso. Estava com medo de tocar na frente de outras pessoas depois de tanto tempo. Ouvi alguns concertos para ver se conseguia sair daquele bloqueio, mas tudo que consegui foi me sentir ainda pior por pensar que não conseguiria chegar naquele nível nunca.

Me lembrei do que a Helena costumava dizer quando comecei a tocar violino.

— Não adianta nada tocar sem sentimento — ela dizia, sempre com um sorriso compreensível. — Tente sempre tocar, exatamente, o que você está sentindo. Demonstre nas notas qual sentimento está presente em você, pode ser raiva, tristeza, felicidade... — então ela completava: — Isso é o que torna a música real, humana.

Fecho os olhos tentando colocar aquelas palavras em prática, mas não funcionou.

Volto a colocar o violino sobre a cama, cansada demais para continuar cobrando de mim mesma algo que não estava conseguindo fazer. Penso que talvez posso ter perdido a prática com o violino depois de todos esses anos sem praticar.

— Estava tocando? — Addie pergunta quando entra no quarto.

— Estava tentando.

— Logo você consegue — diz, simpática. — Quer chocolate? — oferece mostrando as duas barras de chocolate nas mãos. Nego. — Roubei do refeitório. Não conta para a Louisa, ela é super certinha e me faria devolver, nem que fosse pra me fazer vomitar tudo de volta — rimos juntas enquanto Addie abre uma das embalagens se jogando na cama. — Vi você conversando com o Ethan e o Arthur hoje no corredor — ela não perguntou, mas sabia que estava curiosa.

— Conheço o Ethan a um tempo — revelo me deitando na minha cama de barriga para cima. — Éramos vizinhos, nossas famílias eram bem próximas, então acabamos crescendo juntos.

— Porque se afastaram?

— A família Collins saiu do Brasil, sem qualquer explicação — conto. — Ethan e eu perdemos o contato, e agora ele se tornou um babaca que parece estar me odiando, quando quem foi embora foi ele.

Addie revira os olhos.

— Homens... — resmunga me fazendo rir. — Mas, se você quer saber, ele não parece te odiar.

— Não importa, o sentimento é recíproco no momento.

— Minha antiga professora dizia que o amor nasce do ódio — ela ri. — Uma grande baboseira. Na época eu vivia brigando com um colega meu, essa professora falava que ia dar namoro, mas uma vez nós brigamos tão feio que eu deixei o garoto com o olho roxo e sem dois dentes — ela conta me fazendo dar risada. — Você tinha que ver a cara de espanto da professora. Depois daquele dia ela começou a dizer que aquele garoto não deveria namorar comigo, porque ele sofreria demais na minha mão — ela volta a dar risada como se estivesse se lembrando. — Não me arrependo, ele era um escroto.

— Quantos anos você tinha?

— Doze — revela me fazendo arregalar os olhos. — O que foi? Senso vem de berço.

Addie é o tipo de garota espontânea, daquelas que não tem papas na língua e não tem medo nenhum de entrar em brigas.

Foi difícil conseguir dormir naquela noite, aquela futura apresentação não saia da minha cabeça, me deixando tonta e receosa com o que poderia acontecer. Estava com medo de ter, verdadeiramente, perdido a minha conexão com a música. Senti falta da Helena, tenho certeza que ela teria uma ótima solução para o meu bloqueio. Tentei ler, mas também não consegui focar, então – nas pontas dos pés –, eu sai do quarto tentando não fazer barulho e acabar acordando a Louisa ou a Addie.

Passei pelos corredores vazios e silenciosos do colégio antes de chegar no Campus.

Ajeito o casaco do colégio sobre os meus ombros quando um vento frio faz meus cabelos balançarem. Me sento em baixo de uma das árvores, um lugar que havia se tornado o meu canto preferido para pensar desde que cheguei.

Vejo Ethan sair do colégio arrumando a jaqueta de couro preto. Ele estava pronto para atravessar o campus quando seus olhos vidraram em mim. Ele olha para os dois lados como se pensasse o que deveria fazer, mas por fim ele começou a caminhar, calmamente, em minha direção.

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

Magugustuhan mo rin

364K 16.8K 86
- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de possibilidades fascinantes, onde duas pess...
289K 17.5K 64
Flora e apaixonada pelo seu melhor amigo, mas isso pode mudar quando o temivel bad boy da escola cai de paraquedas em sua vida
62.6K 9.3K 41
⋆ ִֶָ ࣪ . ִ ֗ˑ ִ ۫ ִֶָ⋆。・:🗡*:・゚。・:*:・☼︎⋆ ִֶָ ࣪ . ִ ֗ˑ ִ ۫⚡️ ִֶָ⋆。・:*:・゚。・ Amélia Stilchz, uma jovem de 16 anos que sofre frequentes agressões e abus...
10.3K 391 24
- é vc quem eu escolhi pra ser a mulher da minha vida Helena acaba de voltar pro Brasil pra morar com o seu pai,ela morou metade da sua infância no...