Adore You.

By LetciaPereira338

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Sibéria. Dois mil e dezessete. Amber Johnson. Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers... More

Cast
Prólogo (0.1)
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Século XXI (Primeira Parte)
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Segunda Parte.
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Terceira Parte.
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By LetciaPereira338

Acordei bem cedo no dia seguinte com o cheiro de panquecas e sentindo cócegas no meu nariz. Abri os olhos e encontrei Bucky, já vestido, brincando com a ponta do meu cabelo no meu rosto. 

-O que você está fazendo? - Perguntei, irritada, de ser acordada. 

-Acordando o amor da minha vida. - Bucky deu de ombros e levantou da cama. - Mas se for muito cedo para você demonstrar amor, tudo bem! Eu volto mais tarde! 

Vi Bucky abrir a porta do quarto e peguei o sapato no chão, tacando na direção dele. 

-Caraca, sua doida! 

-Volta aqui ou eu sou acertar o próximo. 

Bucky revirou os olhos e voltou a sentar na cama, enquanto eu sentava também e enrolava o lençol envolta do meu corpo. 

-Bom dia, Ser insuportável que eu tive a infelicidade de conhecer! - Bucky sorriu, se aproximando de mim e me dando um selinho longo. - Dormiu bem, Idiota? 

Revirei os olhos e o segurei perto de mim, pelo rosto. 

-Bom dia, Energúmeno que vive para me estressar! Dormi... - Encarei ele. - Depois que você deixou eu dormir, né? 

Bucky estreitou os olhos. 

-Não tive culpa, Amber. Você estava cheirosa demais ontem para eu conseguir dormir... 

-Ah, então a culpa é do meu cheiro, é? Vou parar de passar desodorante, então, para ver se eu tenho uma noite de sono completa! 

Bucky bufou.

-Deixa de ser imbecil, garota! A gente vai ter longas noites de sono quando formos velhos! Agora... - A mão de Bucky brincou com a minha corrente da letra "A", no meu pescoço. - Agora a gente tem que se amar muito. Demais. O tempo todo... 

Bucky me empurrou para trás, usando a mão de vibranium para apertar meu pescoço, de leve, enquanto me beijava e subia por cima de mim. 

Soltei uma risada, usando uma das minhas mãos para apertar o cabelo dele entre meus dedos, o fazendo suspirar contra minha boca. 

-Isso deve ser compulsão sexual, sabiam? Tem tratamento... 

Nos separamos só um pouquinho, enquanto Bucky revirava os olhos e eu bufava. Bucky se jogou ao meu lado, esfregando o rosto. Encarei Tony, na porta. 

-Você está pelada? 

-Não sabe o sentido da palavra privacidade, Stark? 

-Eu não tive culpa. - Tony ergueu as duas mãos. - Foi o Desmemoriado que deixou a porta aberta. 

-Eu deixei encostada! - Bucky pulou por cima de mim e saiu da cama, ajeitando a blusa. 

Tony rolou os olhos. 

-Tanto faz! Não estava trancada... Enfim, Miss Stark... - Tony sentou do meu lado, na cama. - O que foi que aconteceu ontem, hein? 

Bucky jogou minha blusa para mim e depois a calça. Encarei as roupas e Tony. 

-Será que você pode...? 

-Ah, claro! Então, a safada está pelada! 

-Tony! - Reclamei. - Sai logo! 

Tony revirou os olhos e saiu do quarto, encostando a porta. Levantei da cama olhando ao meu redor. Bucky, que estava na mesinha de cabeceira colocando mel em algumas panquecas, me encarou. 

-O que você está procurando? 

-Minha calcinha. - Falei baixo. -Onde você jogou? 

Bucky deu um sorriso safado. 

-Eu rasguei, sua tonta. Lembra? 

Dei um tapa no braço dele. 

-Eu tinha esquecido! Idiota! 

-Idiota?! Por quê? Ontem você não ligou...

-Porquê vou ter que passar o dia todo sem calcinha agora... 

Bucky deu uma risada, o que me fez encarar ele, irritada. Bucky largou as panquecas e andou até o armário, pegando uma calcinha preta e jogando para mim. 

Alternei o olhar entre ele e a roupa na minha mão. 

-O que...? 

-Eu deixei aqui na última vez que viemos pensando nesse tipo de emergência. Se veste logo! 

Em cerca de cinco minutos, me vesti toda, inclusive com o traje por baixo da roupa, e enfiei as panquecas na boca, ao mesmo tempo que abri a porta para Tony. 

Bucky me olhou, enojado. 

-Deus, parece um animal comendo! 

-Tô com fome! Me deixa! 

-A comida não vai sair andando, Amber. - Tony também me encarou. - Você tem mel até no nariz! 

Revirei os olhos e continuei me lambuzando com as panquecas. Bucky esperou até eu conseguir tirar o mel do rosto com um guardanapo e se agachou para me beijar. 

-Até mais tarde, Mô. Preciso trabalhar.. 

-Tá bom! Se cuida! Te amo! 

-Te amo mais! - Trocamos um beijo e Bucky passou por Tony. - Olho nela, tá? 

-Pode deixar, Picolé! - Tony bateu continência. - É sério que vocês ficam nessa melação? 

Tony questionou voltando a sentar na cama, mas logo em seguida levantando. 

-É seguro sentar aqui, né? 

Revirei os olhos. 

-É óbvio que é...E respondendo a sua pergunta anterior: Isso não é melação e eu odeio o Bucky a maior parte do tempo. 

Tony não respondeu. Só ergueu uma sombrancelha. Fui para a frente do espelho e comecei a pentear meu cabelo com os dedos, em um rabo de cavalo alto. 

-Você vai ficar sentado aí ou vai dizer o que quer? 

-Em primeiro lugar... - Encarei ele. - Quero saber sobre o noivado. Afinal, fui eu que levei o seu namorado para escolher o anel... Acredita que ele planejou te pedir em casamento com a gata de vocês? 

-Tá brincando? - Fingi surpresa para não cortar o barato dele. 

-Na verdade... - Tony falou mais baixo, se aproximando de mim e me segurando pelos ombros. - Ele comentou comigo sobre querer casar com você muito antes do Steve voltar, mas eu não achava que ele ia pedir tão cedo... Ele é emocionado, né? 

Comecei a rir e concordei, abraçando Tony pela cintura. Ele demorou um pouco para corresponder, mas me abraçou também. 

-Okay, por quê estamos nos abraçando? 

Ergui o queixo e sorri. 

-Porquê eu gosto muito de você e tô emocionada! 

-Emocionada por quê, menina?! - Tony enxugou algumas lágrimas que eu tinha deixado cair, meio chocado. - O que foi que eu fiz para você estar chorando dessa forma, como uma torneira? 

Não respondi correndo, mas sorri, o largando, finalmente. 

-Por você sempre ter sido tão legal comigo, Tony. De verdade... Não é porquê temos o mesmo sangue que você precisava me tratar como alguém da família, no entanto... 

Mais algumas lágrimas desceram e Tony suspirou, puxando um lenço do bolso e me entregando ele. Enxuguei os olhos. 

-No entanto, você me acolheu. E embora você tenha essa carinha birrenta, eu sei que você gosta de mim! 

Tony ergueu as duas sombrancelhas, rindo e negando. 

-Como chegou a essa conclusão, Amberly? 

-Você teria ido escolher alianças com alguém que você tem um problema sério, se você não gostasse da pessoa que vai casar com esse alguém? 

Tony respirou fundo e desviou o olhar, pondo as mãos na cintura e exclamando um "Touché!". 

-Olha... É a única vez que você vai ouvir eu dizer isso, mas... Você tem razão. - Tony me encarou. - Eu tenho mesmo um problema sério com aquele cara e ainda acho que ele não é o melhor que você poderia arranjar, entende? Tem muito cara muito melhor por aí. 

Respirei fundo, mordendo a boca para não retrucar. 

-Mas eu confesso que... Bem, passei a entender ele um pouco mais e consegui enfiar na minha cabeça que... Que não foi ele quem matou meus pais depois que você apareceu. 

Franzi a testa. 

-Jura? 

-Claro! Quer dizer... O homem não ia precisar ficar em criogenia um ano se ele não tivesse um problema sério, né? E... - Tony olhou para o teto. - Eu não creio que eu vou dizer isso... Mas eu tenho observado a forma que ele age com você... Ele não é uma má pessoa. Sinceramente, acho que eu sou mais... Maldoso, sei lá... Do que ele. Eu já teria quebrado a cara do Steve e terminado a amizade, no entanto... A paciência que ele tem... 

Concordei com a cabeça, mas não podia falar nada também. Eu tinha muita paciência com o Steve, até. 

-Enfim... Gostou do anel? 

Sorri de orelha a orelha e puxei Tony para a cama, onde sentei, de frente para ele e comecei a contar tudo. Na empolgação, acabei até falando da cena ridícula do macarrão, o que rendeu algumas risadas por parte de Tony. 

-Eu não acredito que um homem daquele tamanho e porte cedeu ao desejo da namorada de fazer uma cena de desenho animado? - Tony continuou rindo, parecendo que teria uma convulsão. 

-Ué... Os homens modernos não obedecem as namoradas? - Questionei, controlando a risada. - Porque na minha época, eles obedeciam! 

Tony voltou a rir. 

-O problema não é obedecer a namorada! - Tony justificou. - A questão é que ele parece um cachorrinho... Sério! 

Dei um sorriso e dei de ombros. 

-Melhor ele ser meu cachorrinho do que eu ser a cadela, né, Tony? 

Tony concordou. 

-É, nesse caso... Eu tenho que concordar... - Tony cutucou minha  barriga, fazendo eu dar um pulo. - Desviando do assunto "Bucky cachorrinho"... 

-Que tal "Bucky-gatinho"? - Sugeri. - Ter a Ameixa me fez perceber que ele é mais parecido com um gatinho do que com um cachorrinho... 

-Okay, tudo bem. Podemos deixar o Bucky-Miau para lá um minuto, Amber-Miau? 

Comecei a rir e concordei. 

-Me fala... O que foi? 

-A Pepper tá grávida e eu quero que você seja a madrinha. 

Balancei a cabeça, assentindo. 

-Tá, tudo bem. Eu... - Pausa. - Espera... A Pepper tá grávida? De quem?

Tony me encarou, bufando. 

-Mas é uma idiota mesmo, né? De mim, Amberly! De quem mais? 

-Você vai ser pai?! 

-Não, vou ser bisoavô! É óbvio que vou ser pa...

Interrompi Tony com um pequeno gritinho e o abracei apertado, dando parabéns a ele. Tony começou a rir. 

-Okay, chega Miss Stark! Já tivemos contato humano por uma vida hoje! - Tony me encarou. - Mas você é a única que sabe por enquanto, okay? Não vai dar uma de velhinha fofoqueira e sair espalhando por aí, okay? Mas... O que me diz sobre ser a madrinha? Quer? 

-Sim! Quero! Eu aceito! 

-Nossa... - Encarei Sam parado na porta do quarto. - Por uns segundos achei que o Bucky estava refazendo o pedido por causa do Alzheimer... 

-Mas quem foi que chamou o Sam na conversa, hein? - Tony reclamou. 

Sam no entanto só sorriu e entrou no quarto, sentando no meu colo. 

-Na verdade, eu vim conversar com a Amber. Não fazia idéia que o Homem-de-Lata estava aqui. 

Vendo que Tony não arredou o pé, Sam bufou e virou para mim, ajeitando uma mecha de franja que soltou do meu rabo de cavalo. 

-Você está bem, Foguenta?

-Tô... - Eu nem precisei perguntar sobre o que ele estava falando. - Na verdade, quem não está bem com essa história é o Bucky. Desde ontem ele está fingindo estar bem, mas... Ah, gente... Qual é? É a mesma coisa que a Rebecca decidir começar a dar em cima de mim alegando que sempre me amou, né? Entendem? 

-Não. 

Os dois responderam juntos e eu bufei, empurrando Sam para o lado, enquanto levantava e ia fechar a porta.  Voltei para perto deles. 

-Olha, não sei se vocês já tiveram uma amizade tão importante para vocês, que parece que a vida não faz mais sentido quando você a perde... Sabe? Quer dizer... É mais ou menos como a Hope é para mim e eu para ela. Fui eu que a "trouxe de volta" quando ela acreditou que ser vilã era a melhor escolha. Da mesma forma que quando o Bucky não fazia idéia de quem ele era, ele tinha o Steve. 

Os dois assentiram. 

-Portanto, na ausência de familiares, nossos amigos são as nossas famílias. E no meu caso com a Hope ou no caso do Bucky com o Steve, eles já eram nossa familia antes mesmo de perdemos pais, irmãos... 

Respirei fundo. 

-Uma conexão como a do Bucky e do Steve não se encontram em qualquer esquina e eles, ninguém pode negar, são incríveis juntos. Uma parceria linda, sabe? Um passando pano para o outro, um ajudando ao outro a manter o foco... 

Fiz uma pausa. Foi Sam quem perguntou. 

-Mas...? 

-Mas... Quando o Bucky e eu decidimos colocar os pingos nos i's, ele falou a verdade... Só tem uma única coisa que a amizade deles não resiste e é à mim. E é óbvio que, embora o Bucky esteja feliz comigo, ele fica se lamentando por ter se apaixonado por mim ao mesmo tempo que o Steve. Acho que se eles não tivessem se apaixonado juntos... 

-Espera... - Sam pediu. - Você chama o que o Steve sente de paixão, Amber? 

-Se quiser que eu dê um soco na cara dela para ela acordar, me avisa. - Tony comentou. - Vou vestir a luva. 

Sam suspirou, encarando Tony. 

-Amber, escuta... Aquilo não é paixão. O Steve foi apaixonado pela Peggy. E se ele um dia gostou de você, foi antes dela. 

Abaixei a cabeça, mordendo a boca. Eu sabia disso. 

-Mas ele... Bem, ele diz gostar de mim ainda. 

-Ele gosta da lembrança que ele tem de você. - Tony revirou os olhos e me encarou. - Pelo amor de Deus, Amberly. Ele pode até sentir algo, e eu não estou falando que não... Mas ele não sente o suficiente. Ele queria a Wanda até você aparecer, aí quis as duas e agora, está sem nenhuma! 

-E eu acho bem feito! - Sam exclamou. - Olha, Amber... Se ele gostasse de você, ele não tinha lutado contra o Bucky. Ele tinha lutado por você. Ele tinha... Bem, ele tinha aceitado a mulher que você é, por inteira. E não teria escondido coisas ou te manipulado para ir para a cama com ele. E nós dois sabemos que aquilo, foi manipulação. 

Assenti, concordando. 

-É como se você despertasse o pior lado do Steve, ao mesmo tempo, que desperta o melhor lado do Bucky. - Tony comentou. 

Achei poético, até. 

-Mas o Steve não é uma má pessoa. 

-Não, Amber. Ele não é, mesmo que ele tenha um lado ruim, porquê todo mundo tem. - Sam suspirou. - Ele põe a vida em risco por milhares de pessoas, ele é legal com todo mundo, e é inteligente e um ótimo amigo... Quando você não está envolvida. 

Silêncio. 



Ooie, Pessoal! 💖

Cheguei com mais um capítulo e que eu amei demais escrever por motivos de: MORGAN STARK VEM AÍ MINHA GENTE! 

Além disso, tivemos um momento fofo entre Amber e Tony e eu amo demais escrever esses momentos entre os dois!

E por fim, Steve querendo conversar com a Amber... O que será que ele quer, hein, pessoal? 👀

Enfim...

Espero que tenham gostado! ❤

Bjs 💋💋

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