Just a Year - (COMPLETA)

By alexia-macedo

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Rebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse últ... More

Sinopse
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6 (bônus)
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25 (Especial 6 mil leituras)
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45 (Final)
EPILOGO
Agradecimentos
Novidades para os leitores!

Capitulo 19

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By alexia-macedo

Esse capitulo vai ser dedicado a uma leitora muito querida! @ariellycristiina não tenho palavras para agradecer seu carinho comigo desde sempre. Obrigada por todos os votos e comentários e por estar me apoiando bem antes desse livro existir!

Droga! Droga! Mil vezes droga! Dou um pulo da cama e solto um gemido. Pego relutante o celular e meu dedo coça para apertar mais cinco minutos, mas consigo ser forte e não volto me arrastando para debaixo dos cobertores quentinhos. Posso sentir o chão gelado embaixo dos meus pés e vejo que uma chuva forte bate na minha janela. Finalmente, penso.

Incrivelmente hoje eu consegui demorar mais do que o normal me arrumando. Não sei direito o que me deu, mas queria fazer algo diferente e não ir com minha cara lavada de sempre. Fiz uma maquiagem simples apenas para não ficar igual uma panda, já que desde quinta que não consigo dormir direito. Na sexta passei a noite acordada e no sábado dona Barbara não me deixou dormir e ficava pedindo para eu repetir várias vezes todos os mínimos detalhes do luau. Não posso evitar sorri ao lembrar do luau. 

- Que demroa em Rebeca! – Meu pai diz enquanto olha impaciente para o relógio no seu braço. Sempre que está chovendo forte meu pai me leva para a escola, mesmo que ele tenha que fazer o dobro do caminho. – Pega qualquer coisa e come no carro se não vou chegar ainda mais atrasado. 

Apesar do meu pequeno atraso ele não está de mau humor. Mas também não está pulando de felicidade por aí. Resolvo pegar uma maça e ir comendo por mais que a Vanessa insista que eu sente e coma direito. 

- Ah, Rebeca! – Ela diz enquanto estou saindo. – Hoje eu vou fazer um ensaio fotográfico e gostaria muito que você fosse comigo. 

- Tudo bem! – Respondo enquanto corro até meu pai, que já está dentro do elevador. Não! Não! O que ela acabou de dizer? Ah droga! Ela fez isso de proposito! Sabia que se me perguntasse enquanto eu estivesse com pressa eu iria concordar de imediato. Ah Vanessa, você me paga! 

Nós passamos o caminho inteiro calados. O que não é uma situação desconfortável, levando em consideração que estou muito ocupada comendo minha maça e mexendo no celular. Uma música do Roberto Carlos fica tocando repetidas vezes no carro e eu tento não fazer menção de vomitar. 

- Quando eu voltar vai estra um transito infernal! – Meu pai diz enquanto estamos quase perto da escola, apenas aceno de leve com a cabeça. Se eu falar qualquer coisa sei que ouvirei uma série de reclamações por ter me atrasado. 

Por mais que eu esteja bem adiantada. Sempre que chove meu pai me leva para a escola e isso quer dizer que eu tenho que ir para a escola meia hora antes para que ele possa chegar em um horário razoável no trabalho. Ou seja, passo meia hora sozinha dentro da escola, já que o porteiro abre a escola exatamente meia hora antes das 7 horas. 

- Vê se larga esse celular e aprende alguma coisa. – Meu pai diz e, por mais que suas palavras sejam rudes, ele fala com um sorriso no rosto. Retribuo o sorriso e coloco o celular dentro da mochila enquanto termino minha maça. 

- Bom Dia Eliseu! – Digo enquanto passo pelo porteiro. 

- Bom dia menina, chuva boa essa, né? – Ele diz enquanto vê a água caindo. Porque porteiros adoram falar sobre o tempo? Sorrio e dou um leve aceno com a cabeça enquanto ando até o pátio. 

Jogo o que sobrou da maça no lixo e pego meu celular de volta. 

O que eu vou fazer aqui sem você? Isso é um saco! Já to vendo que esse dia vai ser uma merda! Af! 

Envio a mensagem para a Penélope e olho ao redor. Obviamente eu sou a única maluca que vem pra a escola meia hora antes do horário. Obrigada papai! Já vejo que o dia de hoje vai ser uma enorme tempestade. Principalmente levando em consideração que as únicas pessoas que eu falo na escola são o Brian e a Penélope. 

Não vejo o Brian desde sábado de manhã, quando acabei esbarrando com ele quando voltava do luau. Pela sua expressão e a forma como fechou os punhos ao lado do corpo, ele não quer me ver tão cedo, já que até do facebook me excluiu. Esse garoto tem parafusos soltos. 

A Penélope só deve voltar, com muita sorte, semana que vem que é quando sua catapora já não é mais risco pra ninguém, mesmo que sua mãe ainda queira prender ela por uma semana a mais.  Meu celular vibra indicando uma mensagem dela: 

Fico lisonjeada com o “o que vou fazer aqui sem você”, mas te garanto: você irá sobreviver! 

Respiro fundo e guardo o celular. Pego meu livro da Julia Quinn e me deixo ser invadida pelas ilusões perfeitas dos século XIX. Fico tão entretida na história que mal percebo o tempo passar e quando me dou conta o pátio já está cheio de gente. Gente rindo, se abraçando, contando histórias, mostrando fotos. Era como se não se vissem há meses e não há apenas uma semana. 

- Como ela conseguiu fisgar ele? – Duas meninas passam por mim falando. As duas são da minha sala e sentam no fundo, no lado oposto ao do Brian e seus amigos. Minha curiosidade grita dentro de mim, mas vou direto para a sala. 

Escuto a palavra namoro várias vezes e parece que esse é o assunto do momento. Todos estão comentando sobre um novo casal. Que eu, obviamente, não faço a menor ideia. O sinal toca pela terceira vez e o monitor começa a vim gritar com todo mundo, fazendo cada um ir para suas salas. Subo os degraus até o andar do terceiro ano e assim que entro na sala vejo a Cecilia sentada na mesa do professor. Ela está com uma saia que eu tenho quase certeza que é proibida. Ela passa os dedos pelos cabelos e enrola pequenas mechas nos dedos. O que me chama a atenção não é ela e seu comportamento vulgar, mas sim que está ao seu lado, em pé. 

 Brian está olhando para ela e diz algo que a faz soltar uma enorme gargalhada. Não! Não! Não, não, não! Não é possível que eles sejam o casal que todo mundo está falando. Paro de repente na porta e duas garotas esbarram em mim, soltando alguns palavrões. O olhar do casal 20 é desviado em minha direção e eu me ordeno a não mostrar nenhuma reação, nenhum sentimento. Faça cara de paisagem e para de ser idiota, repito como um mantra. 

A Cecilia me lança um olhar desafiador, um sorriso irônico brinca em sua boca e ela suspende apenas uma sobrancelha. A expressão do Brian é completamente normal. É como se na sua frente tivesse uma parede branca. Ele me olha de uma forma tão vazia que posso sentir um buraco se formando no meu estomago, como se algo tivesse me corroendo. 

Sinto minha garganta se fechar um pouco e engolir a saliva parece a coisa mais difícil de fazer. 

Para a minha sorte nesse exato momento o professor entra na sala e lança um olhar reprovador para a Cecilia.  Ela dá um pequeno pulo e passa por mim me olhando e sorrindo. Fecho os olhos assim que percebo que seus olhos já não estão mais em cima de mim e respiro fundo. 

Durante todas as aulas eu tentei me concentrar ao máximo. Não sei direito porque me deixei afetar tanto por essa relação, um tanto suspeita, do Brad Pitt e Angelina Jolie da escola, como todos estão dizendo. Se isso fosse o twitter eles já estavam nos trending topics, pois por onde você passar você consegue escutar as palavras “namoro”, “bomba”, Cecilia”, “Brian”, “não acredito que ela conseguiu”. Tudo bem que essa última é uma frase e não uma palavra, mas de todas é a que mais escuto. 

Quando o sinal para sair toca, e o Brian passa por mim não consigo evitar falar com ele. Pergunto a primeira coisa que me vem a cabeça. 

- Você já está terminando sua parte do trabalho? – Pergunto enquanto tento acompanha-lo. Parece até que ele está indo mais rápido só para não ter que falar comigo. 

- Li cinco paginas, sabe, esse fim de semana não tive muito tempo. – Ele lança um olhar pra Cecilia que desce na sua frente de uma forma completamente provocante. 

Solto um suspiro fundo e passo por ele, andando mais rápido. 5 páginas! CINCO! Ele só pode estar de brincadeira comigo e se ele simplesmente acha que eu vou tirar uma nota ruim por sua causa ele está muito enganado. 

- Sabe acho que você deveria pedir para trocar de turma no trabalho. – A Cecilia diz em tom alto o suficiente para eu escute. – Você não merece simplesmente ficar com essas duas medíocres. 

Respiro fundo e continuo caminhando enquanto tento abafar o grito que se forma em minha garganta e meus atos reflexos que querem fazer com que eu voe em cima dessa loira de farmácia e arranque cada fio de cabelo de sua cabeça vazia e podre. 

Mas como não quero virar assunto pelo resto do ano, apenas começo a andar mais rápido. A raiva é tanta que eu começo a chorar. Não é um choro cheio de soluços, as lagrimas quentes apenas escorrendo pelo meu rosto enquanto eu tento enxuga-las com mais força que o necessário. Quando já estou no ponto de ônibus, me sento e respiro fundo. 

Por que eu me sinto tão fracassada? E por qual motivo eu estou com tanta raiva?!

Solto um suspiro frustrado e percebo que tem um garoto parado ao meu lado me olhando assustada. Espero que eu não esteja falando sozinha, como sempre faço quando fico muito confusa com algo. Lanço um olhar fuzilante em sua direção e ela parece constrangido, já que desvia rapidamente o olhar.

Pelo menos uma coisa boa me acontece hoje, porque assim que entro no ônibus percebo que tem um lugar vazio. O garoto que estava me encarando no ponto também está de olho no lugar, mas meu olhar é tão ameaçador que ele só estende a mão e me dá um sorriso medroso. Retribuo o sorriso de forma sarcástica. 

Abro meu livro, mas não consigo ler uma linha. Ler eu até consigo, mas não absorvo nenhuma palavra. Meus olhos apenas correm pela pagina sem que eu consiga pensar em nada. O meu telefone vibra e eu atendo sem nem olhar. 

- O que é? – Pergunto com a voz um pouco mais alta e mais grossa que o normal, fazendo com que alguns olhares sejam jogados em cima de mim. Olho para aquelas rostos com uma expressão de “perderam alguma coisa meus queridos?” e cada um desvia seu olhar. Hoje eu realmente estou um amor de pessoa. 

- Liguei em uma má hora? – Uma voz doce invade meus ouvidos, fazendo com que eu solte um suspiro de alivio. Sinto até vontade de chorar. Ouvir a voz do Guilherme faz com meu um peso saia de cima de mim. 

- Desculpa. Não estou tendo um dia muito bom. – Digo enquanto mecho em alguns fios que estão desfiados da calça jeans e solto um suspiro pesado. 

- O que houve? – Ele pergunta e percebo que sua voz está com um tom preocupado. 

- Nada. Realmente é uma bobagem. – Antes que ele tenha tempo de insistir eu corto o assunto. – Então, você me ligou... 

- Sim! Só queria saber como as coisas estavam por aí. – Ele diz enquanto sua voz vai ficando mais fraca. 

-Fora minha manhã infernal, acho que tudo tá normal. Ah e também tirando o fato que eu vou ter uma tarde infernal. Quem sabe eu não tenha uma noite, no mínimo, normal, né? – Falo em um tom irônico e solto uma risada rouca de sem humor. – E como estão as coisas  aí? 

- Está tudo bem. – Ele diz e um silêncio invade a linha. Respiro fundo e já me arrependo de ter sido tão amarga, quando vejo que meu ponto está se aproximando. 

- To descendo do ônibus agora, vou ter que desligar. – Digo e ele responde um “ok”. Me levanto e puxo a cordinha do ônibus enquanto solto um suspiro pesado. – Desculpa o mau humor... 

- Tudo bem. – Ele diz de um jeito tão leve que chego a ficar feliz. – Todo mundo tem um dia ruim. E é mais compreensível ainda quando esse dia é uma segunda-feira. 

Desligamos e eu pulo do ônibus, me sentindo bem melhor quando entrei. Incrível ver como alguém pode nos alterar de uma forma tão brusca. Algumas pessoas pra melhor, outras pra pior. 

Assim que ponho meus pés dentro de casa a Vanessa aparece, com um sorriso enorme estampado no rosto e só falta bater palmas. Parece uma criança que acabou de ganhar doce. 

- Estou até com medo de perguntar... – Analiso sua expressão com os olhos semicerrados e jogo minha mochila no chão. – O que aconteceu? 

- Estava ansiosa esperando você chegar. Você tem que tomar banho e comer rápido porque a seção de fotos é daqui uma hora. - Suspiro fundo e solto um gemido. – Você disse que iria comigo!

- Por que você quer que eu vá? – Pergunto desconfiada. 

- Acho que você iria gostar. – Ela dá de ombros e se vira, voltando pra cozinha. – Vai tomar seu banho que assim que você sair o almoço já vai estar na mesa. 

Respiro fundo, derrotada, e sem alternativa, vou tomar meu banho. 

_________________________________________________________

Gostou do capitulo? Por favor, não esqueça de votar e comentar. Tenho que agradecer muito a vocês, já que em três semanas o livro já passou das 3 mil leituras! Proxima meta: 300 votos e 200 comentários! Será que conseguimos até o fim de semana? Me conte o que você achou e o que você espera que aconteça mais para a frente! 

PLÁGIO É CRIME!

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