Seu Nome
As portas se abriram rapidamente assim que eu me aproximei, arrancando olhares de todas as pessoas que estavam frequentando o clube essa noite. Caminhei tranquilamente entre as mesas, pegando uma taça de champanhe de uma das garçonetes que circulava perto de onde estava. Ninguém ousava abrir a boca para falar comigo, até porque as duas paredes de músculos que eram os meus seguranças não saíam do meu pé. A música alta soava por todo o espaço, dando um ar mais sombrio ao local. Sentei-me em um dos sofás estofados reservado apenas para mim e observei o ambiente, anotando mentalmente algumas pessoas que estavam presentes e poderiam estragar a minha noite de diversão.
Aos poucos meu corpo foi relaxando e a tensão indo embora, mas ela não durou muito quando eu vi uma figura muito conhecida passar pela porta de entrada. Ele varreu o lugar e somente parou quando me viu, caminhando em minha direção sem quebrar o nosso contato visual. Ao tentar se aproximar, um dos meus seguranças cortou a sua frente, mas abriu passagem quando eu autorizei. Ele sentou-se ao meu lado e permaneceu em silêncio por alguns segundos, até tirar da bandeja de uma das meninas um copo de whisky com gelo.
— Eu fui muito clara quando eu disse que não o queria ver de novo. — falei, observando as pessoas dançando.
— Você sabe que eu não estaria aqui se não fosse necessário. — respondeu, tirando de dentro da sua jaqueta um envelope e me entregando — Olhe isso e tire suas próprias conclusões.
Peguei o objeto da sua mão a contragosto e o abri, tirando de lá diversas fotografias. Ao olha-las uma por uma, o meu sangue ferveu e o rapaz ao meu lado percebeu o quão brava eu tinha ficado. Nos papéis em minhas mãos haviam diversas provas de que o Coringa estava caçando e matando pessoas inocentes, além de inundar as ruas de Gotham com as piores drogas possíveis. Eu posso não ser uma das melhores pessoas, mas eu prezo pela segurança dos moradores e seu bem estar. Eu também não sou um vigilante como o Batman, até porque nós temos uma coisa em comum: odiamos o Coringa. Aquele velho ditado "o inimigo do meu inimigo é meu amigo" nunca fez tanto sentido como agora.
Juntei as fotografias e me levantei, fazendo um sinal de que eu iria subir para o meu escritório. O homem que estava ao meu lado me seguiu e assim que a porta se fechou atrás de nós, eu soltei a respiração que sequer havia percebido ter prendido. Preparei uma bebida para nós dois e apontei para o sofá, entregando a ele o copo e indo para um local onde eu tinha acesso a vista superior da boate.
— O que você me propõe? — perguntei, voltando para onde ele estava e me sentando ao seu lado.
— Batman acha melhor trabalharmos juntos, já que queremos a mesma coisa. — respondeu e eu abri um sorriso, revirando meus olhos. — O que foi?
— É muito engraçado eu ter contato com o Jason Todd, vulgo Robbin e não saber a verdadeira identidade do Batman. — falei sarcástica — Será que o Bruce Wayne ficará chateado se ele souber que eu sei?
No momento em que eu citei o nome do bilionário, Jason arregalou os olhos e pude perceber sua respiração ficar um pouco pesada. Tomei um longo gole da minha dose de whisky e me ajeitei no sofá de frente para ele, observando-o de cima a baixo. Jason Todd era um homem muito bonito e charmoso, mas tinha suas peculiaridades. Ele tem o mesmo tempo de "carreira" que eu e nos conhecemos desde que somos adolescentes. Éramos uma dupla inseparável no orfanato e quando ele foi acolhido pelo Wayne, eu fiquei sozinha. Foi então com 18 anos que entrei para esse mundo oculto e vivo nele desde então.
— Como você desc...
— Isso não importa agora, Plissken. — falei, o chamando pelo apelido que eu tinha dado a ele quando éramos adolescentes — Esse segredo está guardado comigo.
— Por que eu tenho a impressão de que você irá pedir algo em troca pelo seu silêncio? — ele comentou, devolvendo o olhar malicioso que lancei a ele antes.
— Talvez por que você me conheça muito bem? — dei um suspiro, mudando o meu foco para a sua boca — O que você tem a me oferecer, Todd?
Antes que ele pudesse responder, a música Gangsta da Kehlani começou a soar pela boate e as luzes coloridas invadiram o meu escritório, dando uma visão perfeita de Jason em diferentes cores. Sua mão gelada entrou em contato com a minha pele quente e foi deslizando pela minha coxa a medida em que nossos rostos se aproximavam. Assim que nossos lábios se chocaram, as mãos precisas de Jason foram até a minha cintura e me puxaram contra seu corpo, fazendo com que eu sentasse em seu colo. Desabotoei rapidamente sua camisa azul marinho e a joguei em um local qualquer da sala, abrindo o cinto da sua calça. Todd encontrou o fecho da minha blusa de frente única e o abriu, jogando o pedaço de tecido para o lado. Ele parou de me beijar por alguns instantes e olhou para os meus seios desnudos, voltando sua atenção para mim.
...
Descansava minha cabeça no peito de Jason enquanto nossas respirações se normalizavam. Permanecemos em silêncio por um longo tempo, até porque sabíamos o que poderia vir a seguir. Se Coringa soubesse da minha recente aliança com o morcego e sua equipe, ele definitivamente me colocaria na sua lista negra e eu não queria que isso acontecesse. Eu tinha o meu poder em Gotham City e todas as pessoas do submundo me conheciam, mas o Coringa era um lunático e queria tirar esse poder de mim.
— Parece que voltamos no tempo. — ele comentou, acariciando o meu braço — Essa é exatamente a mesma cena de dez anos atrás. Você deitada nos meus braços depois de termos transado, eu acariciando seu braço enquanto permanecemos quietos até tudo voltar ao normal. A única coisa que mudou foram as nossas idades.
— Acho que outras coisas mudaram além disso. — me ajeitei no sofá para olha-lo. — Você é o Robbin, eu sou a gangster, nossas mentes mudaram, nossos corpos mudaram. Jason, não somos as mesmas pessoas de dez anos atrás.
Jason pareceu refletir por alguns segundos e apenas concordou comigo. Suas mãos desceram para a minha bunda e a apertaram ao mesmo tempo em que me beijava. Estávamos prestes a começar mais uma vez quando uma batida na porta soou. Bufei em resposta e olhei para o homem a minha frente, estendendo a ele um pacote de preservativo.
— O que foi? — falei alto, meu tom de voz era de raiva por termos sido interrompidos.
— Chefe, Samuel Hargreves está aqui e insiste em vê-la. — Call, meu segurança falou.
Jason distribuía diversos beijos pelo meu pescoço, enquanto seus dedos estimulavam a minha região íntima.
— Diga a ele que — um gemido escapou de minha garganta quando Todd tocou um pouco sensível — estou ocupada e que irei descer em meia hora. — falei afobada.
Call não respondeu e essa foi a minha deixa para voltar minha atenção a Jason. Sentei mais uma vez em seu colo e fechei meus olhos ao sentir ele me invadindo, voltando a beijar seus lábios.
— Meia hora é? — perguntou, suas mãos estavam em meu quadril.
— Acho que é tempo o suficiente para terminarmos o que começamos aqui.
Oiii gente, como vocês estão? Espero que estejam bem!
Desculpem a demora, mas eu estava com um imenso bloqueio criativo e hoje ele foi embora, ainda bem!
Esse imagine é um pedido (não consigo marcar o user) e espero que tenha gostado.
Lembrando que a lista de pedidos está fechada até eu terminar os que eu tenho. Assim que ela reabrir, eu aviso.
Um beijo e até a próxima!
❤