INSIDE

由 keepingitizzy

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Arrogante, egoísta, nojento e sem limites. Essas são as perfeitas palavras que eu usaria para descrever Jason... 更多

NOTA.
01 | CASA.
02 | JOGO.
03 | JOGADOR.
04 | PAIS.
05 | COMA!
06 | SANGUE.
07 | IRMÃOS COLLINS.
08 | ATRAÇÃO.
09 | ZERO.
10 | YOGA.
11 | CONFIANÇA.
12 | TERAPIA NÃO CONVENCIONAL.
14 | MANIPULAÇÕES.
15 | NÃO É BOM O SUFICIENTE.
16 | A AJUDA QUE EU NÃO QUERIA.
17 | DOSE DE SILÊNCIO.
18 | CHUVA ANTES DO ARCO-ÍRIS.
19 | DAKKY, JOHNNY, JAY.
20 | QUAL É O VERDADEIRO?
21 | RECAÍDA E ASCENSÃO.
22 | "GRACE AND GLORY".
23 | SÓ SE VIVE UMA VEZ.
24 | JASON DE VERDADE.
25 | TEM ESSE CARA...
26 | FAMILIAR.
27 | ACIDENTES ACONTECEM.
28 | ACIDENTES NÃO ACONTECEM DUAS VEZES.
29 | TAPETE DE DUZENTOS MIL DÓLARES.
30 | ARMÁRIO.
31 | ESCÂNDALO.
32 | EU CUIDO DE VOCÊ.
33 | NORMAL.
34 | DUAS VEZES JASON.
35 | MEDO DE VOAR.
36 | APENAS COMEÇANDO.
37 | NÓS.
38 | PÉSSIMOS MENTIROSOS.
39 | BUSCA.
40 | TRÊS, DOIS, UM.
41 | ESPONTÂNEO E SINCERO.
42 | MANTER O PERSONAGEM.
43 | NARRADOR.
44 | ELA SABIA.
45 | SINAIS DO UNIVERSO.
46 | PARTIR PRA CIMA.

13 | QUANDO EU ME TORNEI TÃO SOMBRIA?

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由 keepingitizzy

You suck less
than you used to.

⚠️aviso de gatilho.

- M A D D I E -
10 de novembro, terça.

Acordei com o rosto vermelho e inchado, por ter passado a noite chorando. Eu me senti péssima mentindo pra minha melhor amiga, mas era como se as palavras se entalassem em minha garganta e só as coisas erradas saiam.

Foi bem difícil ontem. 'Tá sendo bem difícil, na verdade, pequenas coisas se acumulando: a nota baixa, o vestido, Emmet possivelmente em "restrições", seja lá o que isso significasse, Johnny tentando me convencer de ter mudado... Está tudo pesando demais. E eu vou afundar a qualquer momento. Já não sei nem se quero nadar mais.

Me levantei e abri o closet. Tenho duas opções extremas: algo que me faça sentir bonita e confiante ou algo que vá me fazer desaparecer. Me forço a escolher a primeira opção, mesmo querendo muito ir na segunda. Ignoro a dor no meu peito, pegando um vestido de alças finas, preso ao corpo em cima e soltinho depois da cintura. All satrs brancos, e uma jaqueta jeans por cima pelo "frio" de Miami.

Não conseguiria fazer melhor que isso. Não mesmo, não assim, não hoje.

Pra completar, acordei extremamente cedo hoje, para começar meu projeto de matemática e não arriscar mais uma nota baixa sequer. Em nenhuma matéria.

Saí do banheiro, depois de escovar os dentes e tentar um jeito de diminuir minhas olheiras, não funcionou muito. Emmet cantarolava algo que tocava no seu celular, enquanto cozinhava animadamente, aquele lugar era mesmo seu templo, o lugar que dava paz ao seu espírito. Não sei como alguém acorda com essa animação.

— Ei Mads, adivinha a notícia incrível! — Em estava de costas pra mim. Ele deu um tempo pra eu responder, mas continuei calada, mordendo um sorriso ao ver sua energia. — Eu consegui fazer aquele omelete que a gente viu no programa de culinária, lembra? Você disse que pareciam ótimos, aí eu fiz no dia seguinte e ficou horrível. — Ri quanto ele virou pra mim com uma careta frustrada, mas voltou a sorrir. — Eu tentei algumas vezes, não vou mentir, precisamos comprar mais ovos, por sinal. Mas eu consegui, ficou bom!

Ele apontou com os dois braços para os pratos na ilha, com orgulho de si mesmo. Eu estava sorrindo, mas quando olhei a comida meu estomago revirou, roncando alto e meu sorriso morreu. Rezei para Em não ter escutado e falei a primeira coisa que me veio na cabeça.

— Parecem deliciosos Em, mas combinei com Dakota de comer antes da aula, temos uns assuntos pendentes e você sabe como Dakky é com suas fofocas... — Desconversei, com um riso desconfortável e Em perdeu um pouco da animação.

— Tudo bem, tenho certeza que Jason não vai deixar essa passar. A gente se vê no colégio? — Assenti, dando um beijo em sua bochecha, antes de pegar as minhas chaves e sair.

Meu coração batia forte contra minha garganta, como uma dose de adrenalina.

Mais mentiras. Mais mentiras. Oh, merda.

Como eu voltei a mentir tão fácil?! Eu odeio isso. Eu odeio. Percebi que apertava as unhas contra a palma da minha mão com certa força quanto senti a pele arder ao relaxar os dedos. Tinham marcas vermelhas ali, fruto do nervosismo.

Me joguei no banco do carro querendo chorar e respirando fundo uma série de vezes, sem saber como oxigênio passava pelo nó em minha garganta.

Mordi o lábio e engoli o choro, tentando não arruinar minha aparência, que eu tinha me esforçado tanto para ser apenas mediana. Abri o espelhinho do carro, passando as pontas das minhas unhas nos cantos dos meus olhos, levemente molhados.

Fechei o espelho com força e liguei o rádio, em uma tentativa desesperada de me distrair. Até funcionou nos primeiros trinta segundos, até eu parar em um sinal e "queen of broken hearts" de blackbear começar a tocar. Não me incomodou muito nos primeiros versos, mas quando eu prestei mais atenção na letra, precisei parar o carro e deitar contra o volante, sentindo meu corpo todo doer.

"I'm too far gone, you can't save me."
(Eu estou muito imersa, você não pode me salvar).

Uma lágrima escorreu e limpei rápido, mordendo a parte interna da minha bochecha. Eu estava uma pilha de nervos. Me sentia fraca, com fome e derrotada. Eu perdi mais uma batalha contra mim mesma e eu sentia isso claro como o dia.

"Take anything, make it about me."
(Coloque a culpa de qualquer coisa em mim).

E realmente a culpa era minha e só minha, fodi tudo. Eu não queria ser assim, juro, mas a merda já estava feita. E meus pensamentos eram tão péssimos, mas tão familiares. "O ser humano pode ficar até um mês sem comer". Eu repetia isso pra mim mesma sem parar antes, como um mantra, e mesmo não acreditando nas palavras, elas pareciam tatuadas no meu cérebro.

"It's a heavy crown it might drown me."
(É uma coroa pesada, isso pode me afogar).

Foi aí que eu desisti de tentar, desisti de chorar, fúria me tomou e voltei a dirigir. Mantendo meus olhos focados na minha frente, na rua, nos carros, nas luzes. O sol me deixava tonta. "O ser humano pode ficar até um mês sem comer."

"Used to be a shootinhg star, when did I become so dark?"
(Costumava ser uma estrela cadente, quando eu me tornei tão sombria?).

Foi nesse momento que eu bati no botão do rádio com força, desligando a porra da música e me sentindo vazia de todas as formas possíveis. Então eu gritei. Gritei mesmo, dentro do carro, sem me preocupar com alguém que pudesse me olhar agora. Os boatos estavam certos: eu enlouqueci, surtei. E não tem como voltar.

Não.

Entrei no colégio no automático, estava adiantada e sem vontade de falar com ninguém. Ainda bem que eu ia na biblioteca, porque ninguém vai lá mesmo e provavelmente eu posso ficar em silêncio.

O lugar era claro e amplo, com várias estantes escuras super altas e lotadas de livros. Tinham algumas mesas espalhadas, afastadas uma da outra pra garantir privacidade. Bem no meio, um balcão circular, com a moça que cuidava do empréstimo e devolução dos livros.

Vi algumas pessoas reunidas em volta de uma mesa com um cartaz que dizia "monitoria de matemática avançada". Com certeza aquilo me ajudaria com o projeto do senhor Gilbert. Me aproximei do grupo e eles falaram que o tutor estava atrasado. Ótimo.

Andei até uma prateleira perto da entrada e quase fui esmagada pela porta pesada, levando um susto e pulando para longe dela.

— Madison? Que merda está fazendo aqui? — Jason me olhou com as sobrancelhas juntas, seu rosto gritando confusão.

Seu cabelo loiro ainda estava molhado e uma mecha caia em sua testa, mas ele parecia despreocupado, como sempre. Roupas pretas e uma jaqueta jeans em um tom verde militar.

— Sabe, eu podia te perguntar o mesmo. O que o grande Jason Foster... — Fiz uma voz de locutor de esportes e ele soltou uma risada. — Faz na biblioteca?

— Do que você está falando? Todo mundo sabe que eu venho aqui toda terça e quinta para a monitoria de matemática.

— Você não tem cara de quem é ruim em matemática. — Dei de ombros.

— Na verdade eu sou muito bom, por isso eu ensino. — Ele deu um sorriso convencido. — Gilbert me forçou porque aparentemente eu posso bombar por faltas. — Jason soltou um sorriso e eu continuava estática, com o queixo no chão. — Não fique tão surpresa assim, princess. — O observei revirar os olhos.

Mas que merda. Meu tutor é Jason? Não. Me recuso, vou fazer esse projeto sozinha.

— Não estou. — Ajeitei minha mochila de um jeito desconfortável no meu ombro porque sim, eu estava surpresa pra caralho.

Jay Jay? — Uma garota que eu não conhecia miou, quase que do outro lado da biblioteca, usando um cropped vermelho e uma saia; se não tinha uma punição de dress code até agora, com certeza receberia ao longo do dia. Seu cabelo era loiro e cheio de cachos. — O que essa coisa estranha que parece um "S" significa?

— Vou aí em um minuto! — Ele falou de volta, no mesmo tom da garota. — E não grita, estamos em uma biblioteca. — Então ele riu e falou mais baixo pra mim, balançando a cabeça. — Algumas pessoas não respeitam as regras mais simples, não é?

Ele fingia estar indignado, mas seu tom era de puro sarcasmo.

— Oh sim, tutor. Certo. Entendi tudo agora. — Provoquei, mordendo um sorriso e levantando as sobrancelhas na direção da garota.

Jason empurrou de leve meu ombro, revirando os olhos novamente, mas se divertindo com a situação.

— É sério, Madison, eu realmente sou o tutor de matemática avançada. — Ele suspirou.

— Vamos, Jay, me ajuda a resolver a equação. — A garota gritou novamente e ele pressionou os lábios, de olhos fechados e balançando a cabeça, parecendo o mais perto que Jason Foster consegue de envergonhado.

Eu sabia que ele realmente era o tutor e que muitas garotas se aproveitariam disso para passar um tempo com ele e que provavelmente ele não tinha nada com essa menina, mas zoar Jason era tão mais divertido. E especialmente hoje, eu precisava de diversão.

— Hum, certo, certo. — Brinquei novamente e ele só sorriu e foi até a mesa, primeiro andando de costas, com o olhar divertido ainda focado em mim, depois ele girou nos calcanhares, indo para suas aulas.

E contra todas as chances, Jason Foster conseguiu fazer meu dia melhor.

— Aí ela ainda teve a ousadia de dizer que meu cabelo ficava melhor no tom de menta, acredita?! — Dakota segurou as pontas do cabelo.

Ela desabafava sobre quando saiu com a garota da academia, ou algo assim. Eu não estava prestando muita atenção, pra ser sincera, minha mente ainda estava desconectada do planeta Terra.

— Uh-huh. — Murmurei, olhando para o campo de futebol.

Estávamos tendo aula de Educação Física... Em teoria. Eu e Dakky sentamos na arquibancadas e ficamos obsevando os outros alunos fazendo algum exercício que o professor tinha passado, antes de sair pra uma reunião.

— Quer dizer, meu cabelo roxo está sendo meu favorito até agora, e eu sei que pensei em pintar de ruivo mais uma vez, mas eu gosto do roxo. Eu falei pra Milene que as chances de eu sair com ela de novo eram mínimas. — Senti meu estômago roncar e uma dor muito incomoda, torcendo para Dakota estar distraída demais nas suas histórias. — Mas aí a gente 'tá se mandando mensagem sem parar desde então e... Sei lá, vamos sair hoje mais uma vez. Dá pra acreditar? Você não acha que o menta combina mais comigo também, não é? — Eu não respondi, porque não entendi nenhuma palavra desse rolo todo. Meu olhar continuava fixo no nada e Dakky tocou minha cabeça algumas vezes, me vendo voltar à orbita. — Maddie?

— Hum? Oi? — Pisquei algumas vezes em sua direção.

— Você 'tá bem? Parece meio... Chapada? — Eu ri com seu palpite e neguei com a cabeça.

— Nah, tudo certo por aqui, só... Um pouco cansada.

Deitei minha cabeça em seu ombro, com dificuldade em manter o foco em qualquer coisa. Eu me sentia fraca e sem energia. "O ser humano pode ficar até um mês sem comer."

— Então no almoço a gente pode dar uma fugida de St.Phillip e ir comprar um frappucino, ou sei lá.

— É, claro. Um frappucino soa legal. — Quantas calorias tem isso, pelo amor?! — Falando nisso... A gente vai pra a Gain hoje de noite, certo?

— Você não me escutou mesmo, né? — Ela deu uma tapa atrás da minha cabeça, levantei do seu ombro na hora, me sentindo mais focada. — Eu tenho um encontro hoje!

— Ah é, Milene, foi mal. — Mordi o lábio, ficando tonta só de olhar a minha classe correr em círculos na quadra.

— Tem certeza que 'tá bem? — Os dedos finos e pálidos de Dakota tocaram minha testa, checando minha temperatura.

Eu ri, afastando do contato enquanto ela continuava a dizer que eu estava precisando de um médico e tentando medir meus batimentos, em uma brincadeira pra tentar me deixar mais pra cima. O que funcionou mais do que eu pensei que fosse.

Mas isso durou pouco, porque quando voltamos para o vestiário e eu comecei a trocar de roupa, não pude deixar de me observar no espelho e me sentir desconfortável, com desgosto de mim mesma por coisas tão pequenas, que deveriam ser tão insignificantes. Que não importam nos outros.

Mas em mim importa. Eu preciso ir pra a academia.

nos 45 do segundo tempo, mas tô aqui!! kkkkkkk

prometo que o sofrimento vai acabar, eu já não aguento mais minha bebê assim 🤧🤧

mas algumas partes são necessárias pra o desenvolvimento do livro neah..

okay, agora sobre Jason: além de lindo é bom em matemática???? isso existe mesmo ou eh fic??? 🆘

*nota de registro: eu AMO blackbear e sou viciada em queen of bronken hearts 😳🤷🏻‍♀️*

votem e comentem :))

xx, izzy

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