Faz Parte Da
Nova Versão.
Joalin Narrando
Faculdade...
Eu estava com as minhas irmãs, aguardando ansiosamente as meninas chegarem para irmos ao shopping. A tarde estava quente, e o sol brilhava intensamente, tornando a espera ainda mais desconfortável. Olhei para o relógio no meu celular pela enésima vez, suspirando de frustração.
— Nossa, elas estão demorando muito — disse Any, revirando os olhos enquanto olhava para os lados, na esperança de avistá-las.
O tempo parecia se arrastar até que, finalmente, Saby apontou em uma direção, os olhos brilhando de alívio.
— Chegaram! — exclamou ela, apontando para onde as meninas vinham. Começamos a caminhar na direção delas.
Quando nos encontramos, algo parecia estranho. O clima estava pesado, e seus rostos estavam fechados, cheios de uma emoção que não consegui identificar de imediato.
— Até que enfim. Elas estão estranhas. Que caras são essas? — perguntei, tentando esconder a minha preocupação.
— Ainda se faz de cínica — disse Shiv, com uma risada amarga, olhando diretamente nos meus olhos. — O que está acontecendo?
— Pera, como assim? Qual é o problema? — perguntei, sentindo um nó se formar no meu estômago.
De repente, Yoon explodiu em fúria, os olhos ardendo de raiva.
— VOCÊS SÃO O PROBLEMA! — gritou ela, a voz ecoando pelo estacionamento.
— A gente não tá entendendo — disse Saby, com uma expressão de genuína confusão no rosto.
— Ah, não tão entendendo? — repetiu Sav, com um tom carregado de sarcasmo. — VOCÊS SÃO UMAS COBRAS!
Diarra, com os olhos cheios de lágrimas, deu um passo à frente, tremendo de indignação.
— Confiamos em vocês para quê? Para fazer uma aposta e arruinar nossas vidas?
Eu sentia um aperto no coração, as palavras dela ecoando na minha mente.
— Que aposta? — perguntei, a voz falhando. Senti as lágrimas se acumularem nos meus olhos.
— Parem de se fazer de vítimas — disse So, com desprezo. — A aposta de que vocês conquistavam nossa amizade e depois destruíam nossas vidas.
Saby começou a chorar abertamente, soluçando.
— Achamos que gostavam da gente, achamos que eram nossas amigas de verdade, mas vejo que estou enganada — disse Hina, a voz quebrada pela tristeza.
— Não ousem nos chamar de amigas. Não quero olhar para a cara de vocês, nenhuma de nós quer — disse Shiv, com um olhar de nojo.
— Não, a gente... — tentei explicar, mas Yoon me interrompeu bruscamente.
— Já chega, vamos embora — disse ela. E assim, sem mais nem menos, elas se viraram e foram embora, deixando-nos atônitas e devastadas. Voltamos para casa em silêncio, e quando chegamos, vi Bay me olhando com a mesma expressão de desprezo.
— Bailey... — chamei, a voz trêmula.
— O quê, Joalin? Uma aposta? — ele perguntou, a voz cheia de mágoa. Comecei a chorar novamente. — Não acredito. Não adianta se fazer de coitada. Nunca mais chegue perto de mim — ele disse, afastando-se quando tentei me aproximar. — EU TE ODEIO! — gritou ele, a dor evidente na sua voz. Ele virou-se e saiu andando.
— BAILEY! — gritei, desesperada. — BAILEY, ESPERA! — ele entrou no carro e foi embora. Fiquei ali, paralisada. — Eu não... fiz isso. Eu te amo — murmurei para mim mesma, sentindo o peso do desespero.
De repente, uma risada ecoou pelo ar, e eu me virei para ver Rafael.
— Não é que nosso plano deu certo — ele disse, batendo palmas para si mesmo.
— Te odeio... EU TE ODEIO! — gritei, chorando descontroladamente. Rafael apenas riu, sem humor.
— Eu falei que você é só minha — ele disse, se aproximando perigosamente. Me afastei, mas ele continuou a vir em minha direção. Então, ouvi uma sirene de polícia ao longe.
— Sua vadia — ele rosnou, tentando fugir, mas logo foi capturado. Eu não tinha chamado a polícia. Entrei em casa, trêmula, e Sina correu até mim, também chorando.
— Ele não me ama mais... ele disse que foi o maior erro ter me conhecido — ela disse, e eu a abracei forte. Krys apareceu com Any e Saby ao seu lado.
— Eu chamei a polícia. Sinto muito — disse Krys, com um olhar de desculpas.
— Não é sua culpa, mas eles não sabotaram você. Você ainda pode ser amiga deles — disse Saby, tentando consolar Krys.
— Prefiro ficar com vocês. Vamos embora daqui — disse Krys, a voz firme.
— Para onde? — perguntou Any, olhando ao redor, perdida.
— Não sei, mas depois voltamos — disse Krys. Levantei-me, sentindo um enjoo repentino, e corri para o banheiro. Comecei a vomitar, o estresse e a dor emocional finalmente me dominando...