Oii babies
Então...nesse cap o Lou vai explicar sobre a morte da mãe dele e como ele reagiu a isso e pode ser que dê gatilho em algumas pessoas. Achei melhor deixar avisado desde já.
E a imagem da fonte é apenas para vocês imaginarem uma fonte daquelas no gramado. Para vocês saberem qual fonte eu estou falando.
Enfim, aproveitem a leitura :)
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Sentado no gramado e encostado na fonte, Louis se encontrava perdido. Perdido nos olhos verdes brilhantes e únicos de Harry.
O que você está fazendo comigo, Harry? Ele pensava.
Ele sentia que aqueles olhos, aqueles cachos, aquelas covinhas não lhe eram estranhas. Ele não sabia explicar, ele acabara de conhecer Harry, mas já sentia uma conexão imensa com o garoto.
Aqueles olhos verdes dominavam os pensamentos do menor, e ele não sabia o porquê disso.
Ele estava esperando Harry aparecer enquanto estava sentado no gramado e encostado na fonte, sentindo a brisa suave bagunçar um pouco seus cabelos e a água gélida da fonte respingar um pouco em sua nuca.
Ao invés de apenas esperar Harry, que havia mandado uma mensagem - eles haviam trocado os números de telefone de manhã naquele dia - dizendo que iria se atrasar uns vinte minutos pois seu professor de matemática estava passando um trabalho para eles fazerem em classe, Louis iria fazer o que sempre faz quando algo não sai de sua mente: desenhar.
Não importa o que era, um animal, uma pessoa ou um objeto, Louis desenhava. E não seria diferente com o cacheado de olhos verdes que cativaram Louis e lhe chamaram a atenção.
Louis enquanto desenhava não parava de pensar no quanto ele estava ansioso para Harry chegar. Passar um tempo com o cacheado era simples, fácil. Louis sentia que Harry lhe compreendia e, mesmo ainda se conhecendo, Louis sentia que podia confiar em Harry. Ele confiava em Harry.
Louis notara o quão atraente Harry é, mas não era somente isso. Nem mesmo Louis sabia explicar como se sentia em relação a Harry, e sabia que falar assim era um pouco rápido pois havia conhecido Harry no dia anterior, mas sua bagunça mental não dava para ser escondida.
Minutos se passaram e Louis estava quase concluindo o desenho ao o colorir quando Harry finalmente chegou.
Ele estava com os cabelos presos em um coque e segurando seus livros em uma das mãos e na outra um papelão com dois copos.
- Me desculpe pela demora - Harry disse no que se aproximou e se sentou ao lado de Louis olhando para os papéis, os lápis de cor e os desenhos nas mãos de Louis - O que você está fazendo?
- Só alguns desenhos - responde escondendo o desenho do olho de Harry. O que ele acharia se soubesse que Louis estava lhe desenhando? Ele não queria ser taxado como louco - E fique tranquilo, não tem problema.
- Bom, isso é pra você - entregou um dos copos para Louis e pegou o outro para si mesmo - Eu não sabia o que você gostaria então peguei um chocolate quente já que hoje está mais frio.
- Para quem estava em dúvida você acertou em cheio. Chocolate quente é um dos meus favoritos - explicou tomando um gole do copo em suas mãos - O meu favorito de todos é Yorkshire Tea, mas chocolate quente está em segundo.
- Ainda bem que acertei - brincou se aproximando um pouco mais de Louis e tomou um longo gole do líquido em seu copo.
Harry observou alguns dos desenhos de Louis e notou que ele desenhava muito bem, mas também notou que Louis desenhava a mesma mulher varias vezes de diversas formas.
Ele pegou algumas das folhas em suas mãos, deixando o copo de lado para observar os desenhos bem feitos de perto. Os traços dos desenhos de Louis eram delicados, bem feitos. Os desenhos transpareciam a paixão de Louis e Harry admirava isso.
- Quem é ela? - Harry fez a pergunta que rodeava sua mente
- Minha mãe - Louis respondeu tristemente e Harry engoliu em seco.
- Ela é linda - disse sincero. Ele sabia o que havia acontecido, mas também apreciava os desenhos de Louis e via o quão linda a mulher era.
- Ela era mesmo - suspirou e deu um sorriso triste - Ela infelizmente morreu quando eu nasci - explicou sabendo que Harry apenas o escutaria. Ele não precisava de ninguém lhe dando consolos, ele somente queria ser escutado, e ser escutado de verdade. Ele precisava por pra fora o que há anos ele não punha.
- Por muito tempo eu me culpei, sabe? Se eu não tivesse nascido ela ainda estaria viva, mas esse pensamento passou. Sempre que chega perto do aniversário dela eu tento desenhá-la como eu imagino que ela seria hoje em dia. Eu os levo até o túmulo dela e converso com ela, conto como vai a vida, como eu sinto falta dela mesmo nunca a tendo conhecido, coisas do tipo. Quando eu ia embora para casa eu trazia o desenho comigo, talvez na esperança dela vir me visitar e ver o desenho - contou com algumas lagrimas brotando em seus olhos. Harry apenas segurou sua mão e esperou Louis continuar - Talvez desenhá-la faz eu me sentir mais próximo dela. Mesmo não a conhecendo sei que ela era uma mulher forte, trabalhadora e amorosa, então sempre tento transparecer isso através dos meus desenhos. Você acha que ela gosta deles?
- Eu acho que ela tem muito orgulho de ter você como filho, e que ela está te observando do céu te aplaudindo e pensando o quão maravilhoso o filho dela é. Tenho certeza que ela ama seus desenhos, e sempre vai visitá-los. Não só os desenhos como você também - disse agradando a mão de Louis com o polegar e olhando no fundo dos olhos azuis brilhantes dele - Sabe, eu te admiro muito. Eu nunca conheci os meus pais, mas nunca pensei em homenageá-los dessa forma. Você é uma pessoa tão amável Louis, sua mãe deve ter tanto orgulho da pessoa que você é.
- Obrigado - respondeu segurando as lágrimas teimosas que queriam cair, mas logo começou a rir levemente - Me desculpe por isso, eu estraguei o nosso encontro.
- O que? Não! De jeito nenhum. É sempre bom te ouvir falar, seja para desabafar ou somente para jogar conversa fora - apertou de leve a mão de Louis.
- Obrigado de verdade - sorriu grande porem sem dentes, enquanto apreciavam a companhia um do outro - Eu nunca contei isso dos desenhos para ninguém. Nem mesmo para liam e Zayn.
- Fico feliz que tenha confiado em mim o suficiente para contar - sorriu grande para Louis que apoiou a cabeça no ombro.
- Eu não sei porque, mas sempre que estou com você eu sinto que posso ser eu mesmo, sabe? Que eu posso ser a rosa branca - disse e riu quando disse rosa.
- Eu também sinto a mesma coisa quando estou com você - Louis retirou sua cabeça do ombro de Harry e olhou no fundo dos olhos do mesmo, alternando para os lábios rosados do cacheado. Harry fazia a mesma coisa e nem se deu conta de que ele estava se aproximando lentamente de Louis.
Mas quando se deu conta, se afastou rapidamente pigarreando, soltando os desenhos e pegando sua mochila e retirando uma torta pequena fechada em um pote pequeno de plástico transparente que havia comprado na cafeteria para os dois comerem.
- Aqui. Eu pensei que talvez um mini piquenique seria interessante enquanto nós conversamos - disse retirando pratinhos de plástico e dois garfinhos pequenos do mesmo material - Espero que goste de torta de limão.
Louis fez uma careta demonstrando nojo.
- O que? Você não gosta? Droga, eu deveria ter pegado a de chocolate - disse e Louis começou a rir do desespero de Harry - Ei, não ria. Espera aí, você estava brincando? - Louis riu mais ainda e Harry lhe deu um tapinha leve no braço dele - Idiota
- Mais idiota que eu só você que caiu.
- Come logo.
-X-
Os dois começaram a comer e continuaram conversando sobre coisas aleatórias, desde jogos até o clima que eles mais gostam. Se alguém fizesse uma pergunta sobre Harry para Louis, era provável que esse soubesse respondê-la. Isso porque eles conversaram até a hora do jantar, o que significa que passaram horas falando. Os dois decidiram sair para comer juntos, e agora estavam discutindo sobre onde ir.
- Eu quero comer no Mc'Donalds, já disse - Louis cruzou os braços e olhou para Harry com uma carranca, pois o mesmo se recusava a entrar no carro de Louis a não ser que eles fossem para o Burguer King.
- Se você for para o Mc'Donalds você vai sozinho - o outro menino imitou o gesto de Louis, cruzando os braços e adotando a expressão do rapaz mais baixo na sua frente.
- Deus, como você é teimoso - revirou os olhos e apoiou uma de suas mãos na porta do carro.
- Diz o cara que está teimando porque diz que Mc'Donalds é melhor.
- Ai, ta bom. Entra no carro. Eu te levo no Burguer King - levantou os braços em rendição.
- Se eu ver que você esta dirigindo em direção ao 'Mac, eu pulo do carro - disse abrindo a porta do carro.
- Para de drama e entra logo no carro Styles.
Os dois passaram praticamente a viagem inteira discutindo sobre qual fast-food era o melhor, o que não os levou a conclusão nenhuma.
Louis estacionou o carro na frente da construção e os dois desceram do carro. Harry parecia uma criança sendo levada á um parque de diversões pela primeira vez.
Ele estava com aquele sorriso enorme em seus lábios e com os olhos brilhantes. O ar de vencedor já havia passado e agora ele estava apenas aproveitando enquanto comiam o lanche já entregue nas mesas.
Se Louis falasse que não estava admirado pela alegria de Harry ele estaria mentindo.
Louis pediu um lanche qualquer que tivesse hambúrguer e cheddar e Harry pediu um lanche de frango, porque segundo ele, os lanches de frango são muito mais apetitosos.
- Você até que tem um ponto, as batatas são muito boas - Louis disse enquanto comia das batatas de Harry.
- Hey, você tem as suas - deu um tapinha na mão de Louis e os dois começaram a rir.
- O que é seu é meu, amor - disse pegando mais uma batata.
- Não sabia que nós já estávamos nesse nível - brincou e pegou o lanche de Louis que estava na bandeja e deu uma mordida.
- Hey, esse lanche é meu - reclamou, mas riu da ação de Harry.
- O que é seu é meu, amor - imitou Louis, que revirou os olhos com a imitação.
Eles continuaram brincando e roubando da comida um do outro ate que chegou a hora deles irem embora, após comer tudo o que haviam pedido.
Eles pagaram - e com eles quer dizer o Harry, que insistiu para pagar, já que eles tinham ido para o lugar que ele queria - e saíram do estabelecimento de barrigas cheias e sorrisos no rosto. Eles estavam tão distraídos que nem haviam notado que eles estavam andando de mãos dadas até o carro de Louis.
-X-
O caminho de volta para casa foi tranquilo, eles foram conversando sobre como o lanche estava gostoso, e mesmo que Louis não quisesse admitir, Harry tinha razão quando disse que o lanche de lá era muito bom.
Louis estacionou seu carro novamente no estacionamento da faculdade e ao descerem do carro, Louis pulou nas costas de Harry.
- Me leve, estou cansado - disse ao sentir as mãos de Harry segurarem suas coxas para ele não cair.
- Preguiçoso.
Os dois foram caminhando assim, com Louis de cavalinho em Harry, atraindo diversos olhares curiosos até chegarem no dormitório de Harry.
- Eu...hm..me diverti bastante hoje - Harry disse nervosamente. Não importa quantas vidas se passem, ele sempre vai se sentir nervoso com Louis por perto. Era como se a cada vida de Louis que passasse ele se apaixonada novamente por Louis. Cada vez mais forte do que a anterior.
- Eu também. Até que você tem bom gosto para escolher lugares para comer - disse o provocando.
- Eu sei - Harry falou convencido - Bom, então hm...tchau? - a frase soou mais como uma pergunta, e Harry já ia dar as costas, mas Louis o chamou.
- Hey espera - segurou a mão de Harry, fazendo-o se virar para Louis - Semana que vem, na sexta à noite vai ter uma festa na minha fraternidade, você gostaria de ir comigo? - Louis perguntou ainda segurando a mão de Harry.
- Eu vou sim. Boa noite Louis.
- Boa noite Harry - disse se aproximando para abraçar Harry, lhe dando também um beijo na bochecha de Harry.
Louis se afastou lentamente de Harry, porém algo nos olhos dele o prenderam, então Louis começou a olhá-los profundamente, logo observando cada traço do rosto de Harry, e pensou que a beleza de Harry se assemelha à de um anjo.
Harry teria se afastado por não querer apressar as coisas, mas também queria que Louis tomasse os primeiros passos, e se o mais baixo queria beijá-lo naquele momento, ele não impediria.
A respiração dos dois se tornou mais pesada no que Louis aproximou seus rostos, posicionando uma das mãos na cintura de Harry. A respiração deles se tornou uma só no que os lábios deles se colaram. Um beijo calmo se iniciou e eles apenas apreciaram a sensação de ter os lábios do outro nos seus.
Não era um beijo desesperado, era apenas um selinho demorado, mas para os dois já estava de bom tamanho. Eles se separaram e Louis encerrou o beijo com um selinho rápido nos lábios de Harry.
Eles mantiveram as testas coladas uma na outra e sorriram, ambos de olhos fechados. Louis jurava que nunca havia se sentido daquele jeito por apenas um selinho, mas ele estava nervoso, ofegante e feliz. Extremamente feliz.
Os dois se afastaram ainda com sorrisos grandes nos rostos e Harry disse um pequeno "tchau" antes de entrar. Louis permaneceu na frente do dormitório de portas fechadas de Harry com um sorriso bobo em meio á um transe.
Quando saiu daquele transe, balançou a cabeça e se pôs a caminhar para o seu dormitório. Naquela noite nenhum dos dois conseguiram dormir tão cedo, tanto por terem contado para seus colegas de quarto - Niall, Liam e Zayn que estava no quarto de Louis e Liam - quanto por estarem felizes demais para sequer pensar em dormir.
Mas quando dormiram, sonharam um com o outro.