Meu Viúvo - (COMPLETO)

Bởi Kami_Cavalcante

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VERSÃO ATUALIZADA, COMPLETA E REVISADA, JÁ NA AMAZON! Não recomendado para menores de 18 anos! ... Para Victo... Xem Thêm

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EPÍLOGO
Nunca Deixei de Te Amar

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Bởi Kami_Cavalcante

Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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VICTOR HUGO

Imediatamente lembro de como foi realmente que minha esposa me contou que estava grávida. Mesmo que não estivesse feliz com a casa que eu havia comprado para nós, Jaqueline ainda não havia encontrado um lugar que realmente gostasse para que nos mudássemos.

Para o nosso sexto mês de casamento havíamos combinado de passar um final de semana em uma ilha australiana. Eu havia viajado primeiro, pois tinha um compromisso de negócios em Dubai, onde ela deveria encontrar comigo em uma quinta-feira à tarde.

Mas, na quarta-feira pela manhã, Jaque me avisou que não teria condições de viajar, que estava doente, provavelmente uma intoxicação alimentar e, após minha última reunião, peguei o primeiro voo de volta para São Paulo.

Quando cheguei em casa, era noite e fui direto para o jardim, onde ela avisou que estava, como no meu sonho. Com a mesa arrumada, puxei a cadeira para ela, que se sentou e, sem conseguir se conter, contou que estava grávida, mas, diferente do meu sonho, terminamos a noite fazendo amor.

~*~

— Diz alguma coisa, Hugo. — Minha irmã, mais uma vez, me traz de volta à realidade.

— Parabéns, Vic. — A abraço. Não estou irritado, estou feliz por ela, assim como ela ficou por mim quando contei que seria pai. Mas, diferente da minha irmã, não consigo demonstrar.

— Só isso? — Ela está magoada, a conheço.

— Eu...

— Deixa pra lá, Hugo. Vamos ao que te interessa. — Joga alguns documentos sobre minha mesa. — Essa é a proposta dos Santiago.

— Dos Santiago? — Os pais da minha mulher cortaram qualquer relação comigo e com minha família após o ocorrido. Tentaram a todo custo que eu fosse indiciado por matar Jaqueline, mesmo com gravações de câmeras de segurança do local mostrando que eu tentei impedi-la.

— Recomendo que leia com muita calma. E não recomendo que assine. Só quero que fique ciente — avisa. — Agora preciso te apresentar devidamente à Helena. Não vou vir aqui como antes. Preciso cuidar de mim e do bebê.

— A gente já falou sobre isso, Vic. É só ela não me perturbar.

— Isso não é um pedido, Victor Hugo. Venha comigo — diz já abrindo a porta do escritório e a sigo. — Helena é uma pessoa muito especial, ela acabou de chegar na cidade, precisa desse emprego. Então, por favor, não seja um cuzão.

Não, Gertrudes, não diz sim pra ele! Ele está dormindo com a sua irmã! — A voz que me recepcionou em casa resmunga e outras vozes se fazem presentes na minha cozinha.

Eu nem a conheço e ela já está convidando pessoas para minha casa?

Ao entrar na cozinha percebo a TV ligada, tirando-me do sério imediatamente. Que tipo de pessoa quer manter o emprego dessa forma? Curtindo novela na TV durante o expediente...

— ... então foi para isso que você insistiu em uma nova empregada, Victoria? — reclamo. — Pagar para ela ficar assistindo TV no horário de serviço?

Imediatamente noto que Helena se assusta e por um segundo quase sinto pena dela, mas ela cai em minha direção, se apoiando diretamente entre minhas pernas. Tento vergonhosamente me controlar. Helena é uma mulher bonita, não sou hipócrita.

Ela começa a pedir desculpas tão rápido quanto eu começo a brigar com ela e minha irmã rir da situação enquanto a ajuda a se levantar.

Sem saber lidar com o ridículo volume que aumenta em minha calça, aponto para a TV mandando-a desligar, tentando distraí-las da minha vergonhosa situação e saio rapidamente do cômodo, voltando para meu quarto.

— Hugo! — Escuto minha irmã gritar.

— Não seja ridículo, Victor Hugo! — reclamo comigo mesmo e respiro fundo tentando me controlar. — Vão ficar apenas os dois nessa casa enorme, não seja escroto!

Não demora muito e minha irmã entra no meu quarto, irritada, com toda a razão. Eu me tornei uma pessoa difícil de lidar. E após ela me fazer prometer que seria mais educado com Helena, se despediu dizendo que estava indo para a própria casa.

Apesar de não gostar de Luciano, marido da Victoria, sabia que o certo seria ela voltar para a casa deles. Não era justo eu manter minha irmã na minha casa e fazê-la deixar a própria e o marido.

Já estava acostumado às pessoas se demitirem em casa. Não tive tempo de aprender o nome da cozinheira antes que ela se demitisse. E após implorar à minha irmã por ajuda, ela resolveu o problema: fez de Helena a nova cozinheira.

Todos os dias, quando eu descia, o café já estava pronto e sempre havia algumas unidades da minha bolacha favorita. Exatamente tudo o que eu gostava e tudo aquilo que eu não tocava, no dia seguinte não era colocado.

Helena parecia ter medo de mim e eu não a culparia depois do dia em que nos conhecemos. Optei por trocar apenas palavras necessárias com ela.

Através das antigas câmeras que, graças ao comportamento estranho de Jaqueline, eu havia instalado anos antes, pude perceber a animação de Helena quando eu não estava em casa. Um velho radinho de pilha ia e deixava a casa com ela todos os dias. Tão logo eu deixava a residência, ela o ligava e começava a dançar. Conseguia ficar por muito tempo apenas observando ela dançando alguma música ou assistindo o raio da novela que ela fez com que eu viciasse.

Descobri o canal e sempre assistia. Tentei esconder, mas com o meu escritório da loja sede cada vez mais tomado por meu time de terroristas, Cláudia, Stella e Túlio, eles acabaram vendo uma das vezes em que eu estava assistindo e começaram a me perturbar por isso. Decidi então trabalhar mais tempo em casa e menos no escritório para não correr o risco de gritar com um deles. Numa sexta qualquer, percebi Helena, através das câmeras, ignorar totalmente o rádio e a televisão, então decidi apenas tomar o dia de folga. Diferente do que ela claramente pensava, eu também tinha meu lado calmo e relaxado. Helena claramente não ficou muito confortável. Mas eu estava estranhamente orgulhoso e pensei que deixaria minha irmã igualmente orgulhosa pelo fato de tratar Helena como igual, não que eu realmente me achasse superior a ela, mas, mais uma vez, acabei metendo os pés pelas mãos e era tarde demais, percebi que a havia insultado. Após ela voltar do mercado, apenas ordenei que não voltasse até segunda-feira. Eu precisava desestressar imediatamente.

Antes de me relacionar com Jaqueline, eu tinha um comportamento desregrado, era um verdadeiro bon vivant. Mesmo que trabalhasse na empresa do meu pai, era um grande desgosto para ele, que cortou todos os meus luxos e me fez aprender a lutar pelo que eu realmente queria. E quando achou que eu estava pronto, informou que eu teria total controle das empresas, desde que aceitasse casar com a herdeira dos Santiago.

Com a morte de Jaqueline, voltei com meu comportamento de antes, o que, provavelmente, fez com meu pai se revirasse no túmulo até hoje. A cada noite tive uma mulher diferente em meus braços durante o primeiro ano. No início do segundo ano após minha perda, minha irmã me colocou contra a parede, me obrigando a voltar a ser o homem que fui criado para ser. Porém, a amargura tomou conta de mim e, por mais que eu queira, não consigo me livrar dela.

De vez em quando, ainda contrato uma acompanhante para satisfazer minhas necessidades, mas diferente de todas as outras vezes em que eu frequentemente imaginava que estava com minha esposa, dessa vez a única mulher que me vinha à mente era minha nova empregada, fazendo com que eu dispensasse a acompanhante antes mesmo que conseguisse tocá-la.


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