A maldição: Draco Malfoy - Li...

By expressofic

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Quarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua famí... More

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos

Capítulo 30

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By expressofic

Londres, 18 de outubro de 1997

A tarde estava agradável para Edward, sua pesquisa contra varíola de dragão finalmente estava tendo efeitos. Mesmo que tenha demorado cinquenta anos de pesquisas e especializações, ele sabia que isso mudaria vidas.

— Ah, querida Davina — murmurou, encarando o retrato da falecida esposa que ficava pendurado em sua sala. — Ficaria tão orgulhosa se soubesse o progresso que estou tendo em nossa pesquisa. — O quadro apenas sorriu para o velho que logo subiu para sua sala.

Edward sentia-se um pouco sozinho, Maia passava mais tempo longe de casa do que ele gostaria. Suas únicas distrações eram suas pesquisas e poucos amigos que ainda o visitavam. O velho ouviu alguns passos no andar de cima, mas os ignorou e sentou-se em sua poltrona lendo mais uma das obras favoritas de Davina.

Mesmo que tenha ignorado o barulho no andar de cima, Fitz sabia que não estava sozinho em sua casa. Quando a figura encapuzada parou em sua frente ele o encarou dos pés a cabeça e respirou fundo sem demonstrar medo algum.

— Boa tarde, Riddle — murmurou

— Fitzgerald — respondeu seco.

— Posso saber o motivo da visita?

— Preciso falar? — Riddle tirou o capuz, mesmo tendo a mesma idade que o velho Fitzgerald, sua aparência ainda era a mesma de quando tinha vinte anos.

— Davina está morta — continuou lendo seu livro.

— Eu estava em seu enterro, não estou procurando a Davina.

— Algum remédio então?

— Quero o que me pertence Fitzgerald. — O velho apenas o encarou como se não estivesse entendendo — Maia.

— O que você quer com a minha neta? — Edward levantou-se irritado.

— Faça-me rir, Fitz. — Tom caminhou lentamente até uma cristaleira que tinha algumas bebidas que o velho fazia.

— O que você quer com a Maia? — O rapaz riu baixo e pegou uma de suas taças, sequer esperou Edward oferecer uma bebida, serviu-lhe um licor e sorriu para o homem.

— Ela tem algo que me pertence.

— Maia não sabe nada sobre isso! Deixe-a em paz.

— Por que está na defensiva? Sabe o que Davina me prometeu, só quero o que é meu.

— Não tocará em minha neta enquanto eu estiver vivo!

— Não seja ingênuo, apenas quero o colar de Davina! O meu sangue corre nas velas de Louis e Maia.

— Não ouse dizer isso! Louis é meu filho! Você o abandonou antes mesmo de nascer.

— Você acha mesmo que eu abandonaria um filho? Davina fugiu, mas nunca deixou de me amar.

— Isso não a impediu de ficar comigo por todo esse tempo.

— Apenas para ficar comigo novamente!

— Ela sempre te achou um monstro!

— Calado! Agora me dê o colar, não queremos complicar isso. — O velho suspirou e desceu para sua sala novamente.

Edward estava irritado, jamais deixaria que Voldemort encontrasse Maia. Ela era sua única neta, quase como uma filha, tudo o que ele sabia havia ensinado a garota.

Tom encarava todos os materiais de Edward, haviam muitas poções espalhadas pela grande sala. Mas logo sua atenção foi chamada pelo quadro de Davina que sorria para ele, logo foi tirado de seus pensamentos quando Edward o atacou pelas costas.

— Edward! — gritou revidando. — Me dê esse colar!

— Nunca pegará de volta!

— É isso o que pensa.

...

Escócia, 2 de janeiro de 1998

— O que está fazendo? — perguntou Malfoy, encarando a morena.

— Ocupando a minha mente.

— Montando castelos de cartas?

— Tem ideia melhor? — Maia parou o que estava fazendo e o encarou — Eles já voltaram?

— Ainda não. — Sentou-se na poltrona encarando o pequeno castelo de cartas que ela havia montado — Por que não usa magia? Seria mais rápido.

— A ideia é distrair.

— Ainda está chateada?

— Bom, minha avó namorou o bruxo mais cruel de todo o mundo, matou uma garota para dividir sua alma, engravidou e mentiu durante toda a minha vida sobre a verdade. Acho que chateada não é a palavra. — Malfoy riu fraco e observou os quadros em volta.

— Esses são eles em Hogwarts?

— Eu acho que sim, tio Lament disse que tem algumas fotos ou retratos como ele chama — riu fraco. — Nas gavetas.

— Quer ver algumas?

— Sério?

— Tem ideia melhor? — Malfoy debochou.

— Sorte a sua que eu te amo. — Maia levantou-se e foi em direção ao gaveteiro, o escritório do senhor Lament poderia ser interessante.

— E eu amo isso.

Não demorou muito tempo para que eles encontrassem as fotos que estavam guardadas dentro de uma pequena caixa. Com certeza seria mais rápido, se não fossem as pilhas de cartas do velho ou até mesmo os documentos desnecessários que ele guardava.

— Olha essa, é a tia Winky.

— Se não soubesse quem era, juraria ser mais uma Weasley — sorriu, pegando uma foto. — Quem é essa?

— Vê se tem o nome atrás.

— Katerin Beauts, meu avô namorou com ela. — Draco riu com a coincidência.

— Não me surpreende, ele era muito bonito. — Mostrou a foto de Abraxas.

— Mais do que eu?

— Hum... eu vi como ele envelheceu bem, mas eu entendo a tia Winky correr atrás dele por tanto tempo, mesmo sendo um babaca.

— Ei! — Malfoy chamou sua atenção a fazendo rir.

— Eu sei que ele é da sua família, mas vai ter que concordar.

— Nosso segredo — riu fraco. — Davina Wezen e Tom Riddle, formatura de quarenta e cinco. — Draco encarou a garota e tentou esconder a foto.

— Me deixa ver.

— Não precisa ver isso. — A corvina apenas o ignorou e encarou a foto.

Davina tinha os cabelos longos e ondulados, usava um vestido preto simples, Tom estava ao seu lado, seus cabelos eram escuros como a noite e sua pele pálida. Os dois sorriam, mesmo que o rapaz estivesse um pouco sem graça na foto.

— Eles eram bonitos juntos — suspirou, encarando o colar de sua avó que brilhava na foto. — Acha que eles seriam felizes juntos?

— Eles parecem felizes.

— Se ele não fosse um lunático assassino — suspirou.

— Eles foram importantes um para o outro Fitz, mesmo que tenha sido por pouco tempo a Davina ainda conseguiu encontrar amor e afeto nele.

— Ela era incrível — sorriu. — Acha que meu pai sabe da verdade?

— Não, vão contar para ele?

— Não vou deixá-los preocupados. Papai nunca quis se envolver tanto nesse meio, ainda mais depois da discussão que teve com o meu tio avô Fergus.

— O que aconteceu?

— Faz alguns anos, um pouco antes de eu entrar em Hogwarts. Meu pai queria que eu estudasse em casa, já que o trabalho deles não fica apenas em um lugar. Meus pais me ensinariam tudo enquanto viajávamos.

— E qual seria o problema?

— Bom, já fazia três anos desde a morte da vovó, meu pai não estava aceitando o luto, vivia discutindo com meu avô e até disse que ele era um péssimo pai. Meu tio Fergus ouviu aquilo e ficou muito bravo, não que ele gostasse muito do meu avô, mas hoje entendo o porquê ele disse tantas barbaridades naquele dia.

— Acha que ele sabia sobre isso?

— Sim, não se podia enganar ele por tanto tempo — suspirou. — Ele disse que meu pai deveria agradecer por ter uma família, que ele era um bastardo rebelde. Não me lembro muito bem o que foi discutido, mas esse era o motivo.

— Então?

— Meus pais foram embora e voltaram alguns dias depois, eles conversaram com meu avô não sei ao certo o quê, mas disseram que eu moraria em Londres até terminar os estudos e que eu passaria o verão com eles.

— Por isso morou todo esse tempo com o Fitz?

— Sim.

— E esse Fergus ainda está vivo?

— Ele mudou para a Bulgária há algum tempo, a última vez que vovô falou dele, ele estava doente.

— Ah. — Encarou algumas fotos.

Sua atenção foi totalmente voltada para o andar de baixo, Draco conseguia ouvir Abraxas conversando com Neil e outra voz familiar, não demorou muito para descobrir de quem se tratava.

— Eles estão aqui?

— Devem estar lá em cima, Dumbledore.

— As suas suspeitas estavam certas? —  perguntou Neil.

— Eu pedi para que um auror amigo meu investigasse a fundo. É impossível Edward ter sido morto por uma explosão, ele foi assassinado — disse Dumbledore.

— Vocês acham mesmo que Voldemort o matou? — perguntou Abraxas.

— Tenho minhas suspeitas, senhor Malfoy. Mas não contem nada a Maia, ela já está passando por muitas coisas nesses dias, a última coisa que ela precisa é saber que seu avô foi assassinado.

— Draco? Está tudo bem?

— Ah? Sim.

— Tem certeza? Ficou quieto do nada.

— Ouvi abrirem a porta.

— Eles chegaram?

— Acho que sim, não consigo ouvir o que estão conversando — mentiu.

Após algumas horas conversando com Dumbledore, o casal finalmente poderia retornar para a escola, mas ficariam em alas separadas dos demais alunos depois que as aulas retornarem. Eles receberam as atividades enquanto ficavam afastados de todos.

— Acha que isso vai dar certo? — perguntou Maia, jogando-se em sua cama.

— Estamos seguros com Dumbledore, amor.

— Tenho medo de que algo nos aconteça.

— Prometo te proteger por toda nossa vida. — Deitou-se ao seu lado.

— Ainda gosta de mim? Mesmo sabendo que... — suspirou.

— Você vai precisar mais do que um avô assassino para me fazer desistir de nós.

— Draco Lucius Malfoy. — Deitou-se de lado o observando — Você foi a melhor coisa que me aconteceu nesse último ano.

— Ele vai chorar — disse o veela, tomando controle da situação.

— Não seja bobo — riu fraco.

— Estou falando sério — sorriu a encarando. — Você foi a melhor coisa de toda a minha vida.

Maia sorriu aproximando-se e logo selou seus lábios em um beijo calmo, suas mãos acariciavam o rosto do rapaz que mesmo estando tenso com o que tinha escutado mais cedo, não transpareceu emoção alguma, isso poderia deixar a garota devastada.

Antes que ele percebesse a morena já estava sentada em seu colo acariciando seu corpo, o veela controlava a situação bem, mesmo que sua mente estivesse longe.

— Está tudo bem? — Maia parou o que estava fazendo e o observou.

— Sim, meu amor — sorriu um pouco desanimado, mas logo colocou suas mãos dentro da camiseta da garota e abriu seu sutiã.

— Tem certeza? Parece distraído.

— Acha mesmo? — Abriu sua calça.

— Sim.

— Hum. — O veela a encarou tirando sua camiseta e a deitou na cama — Pode ficar quietinha?

— Sim, mas para?

— Confia em mim. — Draco levantou-se e tirou sua camisa ficando apenas com sua calça. Maia apenas o observava enquanto o mesmo puxava seu jeans para baixo a deixando somente de calcinha.

— Abaffiato. — A corvina conjurou o feitiço fazendo o loiro rir baixo.

— Certo, fecha os olhos e não abre.

— Isso é uma festa surpresa do sexo? Nós sabemos o que acontece no final.

— Shi... — Deu-lhe um selinho.

Malfoy retornou para a cama deslizando suas mãos pelas pernas da garota, aos poucos Maia sentia os seus lábios tocarem suas coxas, deixando alguns beijos leves a fazendo arrepiar. O rapaz apenas sorriu com a situação e aproximou-se de seu pescoço o mordendo com calma, suas mãos deslizavam pelo abdômen da garota até seus seios.

— Isso é tortura — resmungou.

— A ideia não é sentir dor. — Depositou alguns beijos em seus seios.

— E qual a ideia? — suspirou, sentindo o rapaz tirar sua calcinha enquanto descia os beijos.

— Prefiro mostrar — respondeu, imediatamente deslizou sua língua por todo seu abdômen e intimidade, a corvina suspirou, sentia seu corpo estremecer com a situação.

— Isso é bom — sorriu. — Mas eu quero você. — Maia deixou um gemido escapar.

— Tem certeza? — Draco parou o que estava fazendo e retirou o restante de suas roupas.

— Sim — sorriu, o puxando para cima de si.

Draco não fez muita cerimônia antes de penetrar a garota, o casal estava em êxtase total. Seus movimentos eram lentos, não parava um segundo sequer de beijar seu corpo e deixar suspiros escaparem quase como gemidos abafados.

A morena estava cada vez mais ofegante, suas respirações misturavam-se conforme a intensidade de seus movimentos, Draco puxou seus cabelos com certa força e sem pensar a mordeu novamente, liberando todo seu desejo por Maia, que logo arranhou suas costas com força.

...

A noite já havia chegado há algumas horas, Maia estava inquieta presa com Draco e mais dois velhos bruxos resmungões. Draco estava no jardim aprendendo algumas magias que ensinavam nas escolas para se defender.

A morena já havia lido dois livros em um dia, não aguentava mais ficar em uma casa que sequer era a dela, sem suas coisas e até mesmo sua privacidade. Resolveu então ler o diário de sua avó, Abraxas havia lhe devolvido a carta que pegou escondido. Sua curiosidade estava a matando, ela precisava saber o que Riddle havia escrito a sua avó.

"Grã Bretanha, 05 de agosto de 1947

Davina, estive pensando nesses últimos dias, o que você me disse no aniversário do Louis. Eu sinto tanto por não poder lhe dar a família que você merece, que o nosso pequeno merece.

Eu sei que nunca mais quer me ver, mas todos os dias que acordo sem você ao meu lado, sinto uma dor terrível em meu peito. Amo você com todas as minhas forças, cada momento que estou perdendo com vocês, jamais vou me perdoar por não estar com você no nascimento do nosso filho.

Louis será um excelente bruxo, jamais vou deixá-lo desamparado, eu apenas quero vocês ao meu lado, eu me odeio todos os dias por não ter feito diferente, por ter perdido vocês.

Eu te peço para que receba esse pedido com carinho, se não me responder vou entender e deixá-los em paz, mas não vou deixar minha família ir embora sem ao menos lutar por ela. Sei que o que fiz foi errado e você tem toda razão de me manter longe do pequeno, mas te prometo, se me der uma última chance para poder me redimir com você, prometo me lembrar todos os dias o porquê estou feliz, apenas quero vocês ao meu lado, por favor considere isso meu amor.

'Os covardes morrem muitas vezes antes de sua morte; Os valentes morrem uma única vez.'

Não serei mais covarde, eu prometo.

Amo vocês, Davina Riddle.

— T.M.”

Senhorita Fitzgerald estava paralisada com a carta em suas mãos, seus olhos haviam deixado lágrimas escorrerem incansavelmente por seu rosto. Ela sentia o peso daquelas palavras, algo dentro de si sentiu empatia e carinho pelo rapaz que havia escrito aquela carta.

Ela sabia que Tom Riddle realmente amava Davina, se sua avó ao menos tivesse aberto aquela carta, talvez seu futuro tivesse sido completamente diferente. Talvez todas as vidas inocentes que foram ceifadas pelas mãos de Voldemort tivessem sido poupadas.

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

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