~ Amber ~
- Para ser sincera, eu não quero conversar com você. - Disse por fim, fazendo menção em levantar.
Sebastian segurou o meu pulso e fez questão que eu o olhasse. Abaixei a cabeça, pondo uma mecha atrás da orelha e ficando relutante comigo mesma. Sei que ele não merece nenhum tipo de explicação por ter mentido pra mim e quebrado a promessa, mas fala sério, o garoto está absolutamente todo arrebentado - pela própria merda que fez -. Acho que ele já pagou o suficiente para eu não lhe dar qualquer oportunidade de se explicar, mesmo que não mude nada.
É, eu sei que não devia ceder a isso, só que, de qualquer jeito eu já estou aqui. O pior já aconteceu que foi Sebastian levar uma bela surra, então não preciso mais esperar que outra coisa desse tipo aconteça. Odeio lutar entre a razão e a emoção, mas tratando-se dele, a emoção sempre acaba falando mais alto.
Fechei os olhos e respirei fundo antes de voltar a me sentar. Mesmo sem olha-lo, posso praticamente sentir que ele está sorrindo em satisfação ao ver que sim, eu me rendi e estou aqui lhe dando uma oportunidade para seja lá o que ele quer dizer. Já está tudo uma merda mesmo.
- Amber, me desculpa por ter quebrado a nossa promessa. A Julie foi mais rápida do que eu
- Não é como se você não tivesse retribuído. - O encarei séria.
Sebastian suspirou e concordou com a cabeça, passando a mão no cabelo logo em seguida.
- Eu sei, só que... - Estalou a língua no céu da boca e se virou para me encarar. - Sei que vacilei
- É incrível porque ultimamente você só está fazendo isso! - Franzi as sobrancelhas. - Ainda acusou o Dener de tentar se aproveitar de mim enquanto eu estava bêbada? Ficou louco?!
- Eu não sabia o que pensar e...
- Então que tal começar a realmente pensar em algo, Sebas?
Ele ficou me encarando com o olhar perdido e sentido pelas minhas palavras.
Por um segundo eu pensei na possibilidade de só deixa-lo aqui sozinho e ir para o meu quarto ficar no mesmo, só que, minhas pernas definitivamente não me obedecem. Estou me forçando a falar tudo de uma vez pelo simples fato de odiar ter as coisas presas na garganta, mas parece impossível.
Sebastian fez merda, e precisa entender isso.
- Amber, por favor, me desculpa. Não devia ter retribuído o beijo da Julie e nem acusado ele de... - Mordiscou o próprio lábio. - Você sabe
Neguei com a cabeça, respirando fundo.
- Só não suportei a ideia de ter outra pessoa te encostando, principalmente contra a sua própria vontade. Você estava mal e indefesa, não consegui pensar em outra coisa que não fosse isso.
Por um lado achei fofo esse jeito dele de tentar me proteger, mas não da para negar que foi uma puta burrice que resultou em belíssimos hematomas por todo o seu corpo.
- E acha que um simples pedido de "desculpas" vai resolver as coisas que você fez, Sebastian? - Falei com determinação. - Levando em conta tudo o que aconteceu?
- Sei que é pouco comparado as coisas que eu fiz e que aconteceram, mas no momento só tenho a te oferecer isso. Se não aceitar vou entender, mas pode só considerar? Por favor.
Entreabri a boca para dizer algo, só que a mão do garoto na minha coxa me fez travar.
Um nervoso estranho passou pelo meu corpo inteiro. Não daqueles que eu costumava sentir só de lembrar do nome dele. Um nervoso estranho que indica apenas gelo. Sua pele na minha sempre me causou irradiação e êxtase, mas dessa vez só me deixou extremamente confusa por não ter esse mesmo efeito. Meu coração quase saiu pela boca com a comparação de pensamentos daquela época para os que estão me invadindo nesse exato momento.
O toque do Sebastian não é mais o mesmo? Como assim?
Antes era embriaguez pela ideia. Derretimento, tensão, excitação, desejo e a puta vontade de ansiar por isso. Agora eu estou sentindo medo, nervoso, confusão, lucidez e até mesmo ressentimento.
O toque dele na minha coxa trouxe a tona vários sentimentos, porém, nenhum que eu realmente estivesse esperando pelo fato de já estar acostumada. Está tudo diferente, mas é comigo ou com o meu próprio corpo? Não é possível que um estalar de dedos está me deixando de ponta cabeça com sabe sei lá o que. A única coisa que posso afirmar é que não é o Sebastian me encostando. Não o Sebastian que sempre me deixou em prantos. Não é esse Sebastian. Não, não pode ser.
- Sempre funcionamos tão bem juntos... - Seus dedos pontilharam a minha coxa e sua voz ecoou dentro de mim.
Mas não foi o suficiente para me fazer erguer o olhar para si.
"Bem juntos"
Funcionavamos bem?
Com esse mesmo toque? Como?
Busquei nas minhas memórias qualquer que fosse a lembrança dele encostando em mim. Fizemos isso na festa lá em casa, várias vezes no meu quarto e no seu, no carro, garagem, festas e até aqui na casa dos meus avós, mas até as mais vastas lembranças me fazem crer que sempre foi esse mesmo toque. Como eu pude ter aceitado algo tão frio?
Preciso lembrar do meu corpo sentindo algo quente.
Ele me encostou. Claro que encostou. Quando foi diferente de como está sendo agora?
Olhei em volta na intenção de me prender a alguma memória de nós dois que me fizesse aquecer internamente na época, mas só lembrei dele beijando a porra da Julie ali no canto na noite de ano novo. Tivemos outros momentos, claro que sim. Olhei para baixo e sorri comigo mesma ao notar que ficamos aqui na piscina daquela vez e...
Espera, não foi com ele.
Dener.
Minha frustração só aumentou ao imaginar o Dener me encostando e dessa vez meu corpo aqueceu. Transamos essa semana, né? E aquele toque fez meu mundo virar de ponta cabeça. Não foi frio e nem áspero como está sendo o do Sebastian agora, foi quente, excitante e extremamente enlouquecedor, mas, tem que ser coisa da minha cabeça. Não pode ser verdade.
- O que foi? - O garoto ao meu lado atraiu meu olhar.
- Eu te desculpo Sebas - Falei. Ele abriu um sorriso e se aproximou um pouco para me beijar, levando sua mão até minha bochecha.
Me afastei, ficando de pé logo em seguida com o coração batendo forte e as mãos soando frio. Eu preciso provar a mim mesma que estou errada.
- ...Mas eu preciso resolver uma coisa. - Foi a última coisa que falei antes de virar as coisas e adentrar a casa.
Eu só quero entender o que está acontecendo comigo e pra isso preciso mesmo sentir o Dener me encostando. Talvez não seja a coisa mais inteligente a se fazer, porém, não tenho por onde começar e muito menos como entender isso sozinha. Além de bem perdida, estou ficando apreensiva e não estou conseguindo nem raciocinar. Será que ele tem as respostas? Se é que eu preciso de respostas que envolvam dialogar. Nunca da bom quando resolvemos fazer isso.
Estamos brigados ainda, e o foda é que não sei como o garoto vai reagir assim que eu pedir para ele me encostar. Preciso pedir?
As lembranças que eu tenho de quando transamos no ano novo me fazem entrar em êxtase. Isso não é nada, nada bom. Devia ser o Sebastian, sempre foi o Sebastian. Que palhaçada é essa agora? Não consigo nem criar a imagem dele me tocando que fico enojada e com muito frio. As coisas estão saindo de ordem, mas estou prestes a resolver essa merda de uma vez por todas.
Espero que o toque do Dener seja pior do que eu me lembro.
Assim que subi as escadas como um jato e parei na frente da porta pensei em bater, mas não sei nem o que dizer quando ele ficar na minha frente. Sem pensar em mais nada, apenas girei a maçaneta e entrei, vendo Dener de costas na cama e suas sobrancelhas franzidas na minha direção logo em seguida.
Devo estar toda descabelada e meio ofegante por subir correndo. Meu biquíni está molhado, mas sinceramente eu não me importo. Não estou no meu momento de maior lucidez pelo visto. Só preciso esclarecer as coisas pra mim mesma e parar com essas porras de fantasias sem sentido que estou criando sozinha.
- Não sabe bater? - A voz dele me fez entreabrir a boca lentamente e soltar um pouco de ar.
Meu Deus, estou enlouquecendo.
Bati a porta atrás de mim e não pensei duas vezes em me aproximar e em subir no seu colo. Obviamente o garoto me olhou como se eu tivesse acabado de chutar suas partes íntimas. Talvez eu devesse mesmo ter feito isso.
Retirei o vestido e o biquíni, mas ele nem se atreveu a me encostar. Que porra, Dener!
Vi que ele ia dizer algo, então me aproximei e tomei sua boca com a minha. A sensação familiar me inundou e fez meus músculos relaxarem mais. Demorou uns segundos para ele finalmente corresponder o beijo, quando suas mãos foram até meu peito e apertaram o mesmo, me fazendo gemer não apenas pelo toque, mas pelo calor que veio com ele.
Eu de fato não estou louca, o toque dele é tão quente que chega a ferver cada célula minha. Era assim com Sebastian, só que, as coisas mudaram. E como mudaram. Sinto que estou cada vez mais perto de largar todos esses pensamentos que me atormentam para fazer as coisas mais impulsivas que tem.
(....)
Saí do quarto com a camisinha e fui direto para o banheiro, jogando a mesma no lixo e me sentando no ladrilho com ambas as mãos atrás da cabeça, tentando me organizar de forma coerente.
O Dener realmente me trouxe aquele puta calor que eu costumava sentir toda semana apenas por lembrar da existência do Sebastian. Não o calor que me fazer transbordar sozinha de paixão, mas aquele que fica tão marcado na pele que chega a queimar quando as memórias ficam muito nítidas. Parece que fiz uma tatuagem com as marcas da mão dele, porque a sensação delas no meu corpo não me abandona nem depois de já ter transado com ele pela segunda vez na mesma semana nessa casa que está levando todo mundo a loucura.
Me levando a loucura.
Tirei a minha roupa novamente, decidida a me livrar de cada rastro do Dener em mim. Liguei o chuveiro e quando a água morna começou a cair, não pensei duas vezes em me enfiar em baixo dela. Peguei a esponja e comecei a passar pelo meu corpo com força, tentando não sentir mais nada dele aqui comigo. Isso precisa parar!
Fui esfregando mais forte nos braços, nas pernas, coxa, peito e a raiva me atingiu quando eu notei que mesmo tirando suas digitais, a sensação efervescente não me larga de jeito nenhum. Passei ambas as mãos no cabelo tentando não gritar de frustração. Fechei os olhos e tentei fugir da memória mais recente, mas a medida que eu fugia dela, ela corria atrás de mim.
A mão dele me encostando, enlouquecendo, entrando em cada parte da minha alma, me apertando só me trouxe mais eletricidade. Mordi as costas da mão e soltei um suspiro rendido contra a mesma, enquanto a outra desceu até o meio das minhas pernas. Ainda estou fervendo por dentro, e sem saber o que fazer.
Parece que tem uma tonelada de hormônios no meu corpo em sua temperatura mais alta.
Remexi meu quadril contra minha própria mão. Não é o mesmo toque, mas o dele nunca esteve tão acesso na minha cabeça como está agora.
Fechei os olhos e ao invés de imitar o garoto, deixei meus dedos agirem até onde minha mente permitir. Me segurei na parede na intenção de intensificar e quase dei um grito quando meu corpo ficou dormente de uma única vez. Não me permiti cair derrotada no chão, mas tive que esperar vários segundos para voltar ao normal depois.
(....)
- Já que é nossa última noite, vamos ficar longe de bebida porque sempre da ruim quando a gente bebe - Lúcia disse trazendo alguns refrigerantes e copos de vidro da cozinha para a sala.
Estamos todos sentados no chão ou no sofá conversando enquanto o Max coloca algumas músicas para tocar na televisão através de seu celular.
Estão todos aqui, menos a Julie que está possivelmente no quarto fazendo sabe se lá o que, que pra mim é ótimo já que ela não está por perto. Posso respirar tranquilamente sem ficar ouvindo indiretinha desnecessária.
- Ah, mas é a melhor parte. - Andy disse sorrindo, respondendo o comentário de Lúcia que apenas revirou os olhos.
Jéssica sentou no colo do mesmo ao ajudar a loira a colocar as coisas na mesinha de centro. Estou evitando contato com o Dener e com o Sebastian. Preciso apenas relaxar, não ficar pensando e muito menos comparando esses dois. Já estou perdida o suficiente para me enfiar em novos labirintos.
Max e Jéssica pareceram perceber porque estão trocando olhares significativos comigo, que eu só respondo com uma negação de cabeça. Não quero mesmo falar sobre isso agora e estragar a última noite que tem tudo para ser boa. As malas de todos já estão prontas, e acho que é por isso que a Julie está lá em cima.
Dener tentou me puxar para conversar hoje umas duas vezes, mas não quero ter que explicar o porquê subi em seu colo do nada e induzi ao sexo de forma tão aleatória. Se ele souber, é capaz de aconselhar os meus pais a me levarem para umas consultas com um psicólogo. Confesso que também estou considerando essa ideia levando em conta tudo que vem acontecendo desde o começo dessa viagem.
Foi incrível curtir com meus amigos, dar para o meu babá, quase cair na porrada com a Julie, ficar bêbada demais para lembrar das coisas e ver os fogos na praia, porém, só quero que ela termine para que eu possa voltar para a minha casa. Estou tão desgastada que não sei nem dizer.
Acho que todo mundo precisa de umas férias dessas férias.
- Vocês estão com fome? - Max perguntou. - Estou pensando em fazer algo para comer
- Estou não, mas se você fizer eu como - Dener se espreguiçou após praticamente se jogar no sofá.
- Tem umas batatas no freezer para fritar - Lúcia disse, distribuindo os copos.
Peguei o meu e não pensei duas vezes em colocar o refrigerante no mesmo, voltando para o meu lugar em seguida.
- Podíamos dar um último pulo na piscina - Andy disse.
- Agora? - Ergui uma sobrancelha. - Está calor mas nem tanto
- Amanhã não vamos poder fazer isso, então por mim a gente faz agora. - O garoto deu de ombros.
As garotas começaram a falar sobre isso com ele, mas não demorou nem três segundos para o meu pensamento se perder de novo. Vou ficar a noite toda nessa, tenho certeza absoluta.
Senti alguém sentando do meu lado no sofá e quando olhei, Sebastian sorriu pra mim, o que eu tentei retribuir. Ele ainda está com pequenos hematomas no rosto e seu olho continua roxo, mas ainda está melhor do que estava ontem. Não sei como vou explicar isso para os meus pais porque sei que vai sobrar pra mim no final.
- O que? - Perguntei.
- Você está bem? Correu e me deixou sozinho lá fora - Fez bico.
Sem clima para isso.
- Fui fazer uma coisa lá em cima - Disse e tive que morder o lábio inferior com força. Tenho certeza que fiquei vermelha.
Lá em baixo, né, porque eu vou direto para o inferno depois dessa.
- Finalmente vamos voltar para casa e eu vou poder ter você de novo sem interrupções - Ele segurou a minha mão.
Senti um olhar sobre mim e quando virei, Dener virou o rosto. Revirei os olhos tentando ignorar totalmente isso.
- É. - Concordei com a cabeça e dei um sorriso sem mostrar os dentes, puxando minha mão de volta.
Estou começando a ficar melancólica com a noção de que minha vida mudou toda. As coisas estão diferentes e eu não sei quão diferentes ou como estão agora. Vou bater com a cabeça na parede para ela parar de gritar e se descontrolar. Estou prestes a ter um surto.
- Alguém da uma ideia de música ai - Max falou.
- Me da aqui, já sei uma. - Dener pediu o celular do garoto.
Dei um gole na minha bebida e olhei para a mesma, até a música "Complicated" da Avril começar a ecoar pela sala, me dando um nó no estômago.
A letra dessa música é um puta gatilho, e me deixou insegura sobre ele colocar ela para tocar. Bom, prefiro ela do que "girlfriend", porque ai seria um belo de um novo problema, e para ser sincera, já temos muito deles. Nossa última noite definitiva é para nos despedirmos daqui, e não arrumar mais brigas. Certeza que Sebastian ia se ligar na letra e pronto, mais um dia com eles trocando espinhos.
Mas essa que ele colocou ainda é... Forte?
- Amber, o que foi? Está muito avoada - O garoto ao meu lado me encarou com as sobrancelhas franzidas.
- Não é nada, só cansaço mesmo...
- Certeza? - Assenti com a cabeça. - Quer que eu te deixe quieta?
- Não, tudo bem. É só doideira minha mesmo - Falei com um sorriso de lado.
Sebastian piscou pra mim.
- Então é verdade?! - A voz de Julie sobrepôs a música, fazendo Dener dar pause na mesma.
Olhei para a garota que coincidentemente tem seu olhar fixo sobre nós dois. Do que ela está falando? Sebastian disse alguma coisa ou sei lá?
- O que é verdade? - O namorado da mesma perguntou, só me deixando mais confusa ainda.
Se nem ele sabe do que se trata, então o que é?
- Ju, não... - Dener largou o celular e se aproximou dela.
O que o Dener tem a ver com isso?
Jéssica e Lúcia me olharam buscando respostas. Dei de ombros e neguei com a cabeça, tão perdida quanto às garotas. Andy ficou observando Dener e Julie, da mesma forma que o Max está fazendo.
Ignorando totalmente o garoto em sua frente, ela passou por ele e veio na nossa direção pisando forte e com os olhos inchados como se tivesse chorado o dia inteiro. Alguém me explica que porra está rolando aqui?
- Vocês dois tem um caso! - Ela gritou.
Eu fiquei branca na mesma hora e dei um pulo do sofá ao mesmo tempo que Sebastian. Todos se olharam chocados, mas sem saber o que dizer. Eu também não tenho a menor ideia do que dizer depois dessa.
- De onde você tirou isso? - Sebastian franziu as sobrancelhas.
- Eu devia ter desconfiado, vocês estão sempre juntos pelos cantos e agora você tem a coragem de se fazer de inocente?! - Julie empurrou ele pelo peito, mas o garoto nem se móvel. - De todos esses anos, agora que eu me toquei. Isso é totalmente ridículo da parte de vocês, e de você - Ela se virou pra mim com os olhos cheios de água. - É muito pior do que eu pensei!
- Eu? - Franzi as sobrancelhas. - Você que tirou isso de sei lá onde e agora está fazendo esse barraco desnecessário!
Julie riu, me fazendo engolir a seco.
- Sempre fui cega pra ele, mas depois do que o Dener disse, as coisas começaram a fazer sentido
- O que? - Eu e Sebastian falamos ao mesmo tempo.
Olhei para Dener que continuava no pé da escada nos encarando, mas agora com os olhos arregalados e totalmente pálido. Ele deu dois passos para trás. Não consigo acreditar.
- Como você pôde? - Julie gritou para o seu namorado. - Depois de todos esses anos!
- E porque você está acreditando nisso, Julie? - Ele falou. - Somos só amigos e você sabe!
"Amigos"
- Não quero ouvir, Sebastian!
Enquanto os dois continuaram discutindo, eu só tentei processar as coisas na minha mente. Dener? Julie? Sebastian? Eu? Por que os quatro estão tendo uma ligação? Não estou mesmo conseguindo entender e sem nem notar, vi que minhas unhas já estavam cortando a minha pele ao se apertarem contra a palma da minha mão. Que?
Um barulho de vidro muito forte ecoou, me tirando da minha hipnose que eu nem sabia que tinha entrado. Olhei para onde o barulho veio, vendo Dener todo molhado e com pedaços de vidros perto do seu pé. No braço direito, uns três cortes que começaram a sair sangue. Lúcia gritou e Andy correu até lá.
Quem jogou isso?
Ao meu lado, Sebastian também parecia chocado e me olhava de forma amedontrada. Quando eu ia lhe perguntar o porquê fez isso com o Dener, Max entrou na minha frente segurando os meus braços e me afastando com Jéssica ao seu lado. Am?
- Amber, não faz isso! - Minha melhor amiga gritou. - Para!
Parar? Com o que?
Olhei minha mão e não vi meu copo de refrigerante na mesma.
- Por que jogou o copo no Dener? - Max me perguntou. - Ficou doida?!
Eu fiz o que?
Dei dois passos para trás e cai sentada, com a cabeça girando e girando.
--------------------------------------------------
TO VIVA GENTEE KKKKK
Perdoem a demora, esse mês foi bem corrido e meu aniversário foi dia 13/09 uhuuu 🥳💜
Ah, se puderem, vejam a tradução da música "Complicated" da Avril e ouçam também, ela é maravilhosa.
Curtam e comentem.
Amo vocês 💜
Miin.