Flores (Rabia)

By kalimannss

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Meses após o BBB 20, e as circunstâncias são outras. Bianca ainda não conseguia lidar completamente com o ma... More

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Dezesseis - (Omissões)
Dezessete
Dezoito
Dezenove

Dez.

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By kalimannss


Oi, oi! Voltei.

Ia postar mais cedo mas preferi deixar mais para o final do dia e finalizar esse dia 27 com alguma coisa boa.

Espero que todos estejam bem.

Sigam!

#

— Rafa? — Franziu o cenho, tentando controlar e não demonstrar seu nervosismo.

— Bia... — Tentou. — Posso entrar? Quer dizer... — Reformulou. — A gente pode conversar?

Bianca levou alguns instantes para seu cérebro processar quem estava ali, assim como o pedido que havia sido feito segundos atrás.

A mineira ainda a encarava, com os dedos machucando a alça de sua bolsa em ansiedade. 

— É..., entra! — Voltou do transe em que estava e afastou o corpo para dar espaço para a outra adentrar sua casa. — Aconteceu alguma coisa?

— A gente pode conversar em algum lugar? Com calma? — Viu a mulher fechar a grande porta e voltar a atenção para si.

Bia ainda não conseguia identificar o sentimento ao ver a mineira em sua porta, em sua casa, buscando uma conversa.

Por mais que ainda não soubesse do que se tratava, sentia um misto de alivio, confusão, medo e até um tanto de raiva.

Por um momento, havia esquecido do homem que ainda estava em sua varanda a esperando. Seguiu os olhos até a mesa onde Bruno as encaravam, sendo seguida pelo olhar da mineira ao mesmo tempo.

— Cê tá acompanhada? — Rafaella quebrou o segundo transe seguido que Bianca havia entrado.

Poderia simplesmente expulsar o homem dali, mas seu orgulho ainda falava um pouco mais alto e não sabia se estava pronta para ouvir o que quer que Rafaella teria para falar.

— Estou. — Retomou sua postura ereta. — Rafa..., eu não sei se a gente ainda tem algo pra conversar. Tu já deixou bem claro no que tu acredita e eu não preciso escutar todas as tuas opiniões mal entendidas novamente, e nesse momento, eu não tenho mais forças pra tentar te explicar alguma coisa, pelo menos não agora. — Despejou.

A carioca não aguentaria mais uma sessão de julgamentos naquela noite, ao mesmo tempo em que precisaria encarar a mulher oficialmente comprometida a sua frente.

— Escuta o que eu tenho pra falar primeiro, por favor. — Pediu, alternando o olhar entre Bianca e o homem que já parecia impaciente.

Bianca soltou uma risada fraca e completamente sem humor.

— É fácil pra ti pedir isso agora. — O leve efeito do álcool que já havia ingerido não poupava a ironia na voz da mulher.

— Eu sei que não tenho nenhum direito de te pedir pra me ouvir, mas ainda sim eu vou fazer. — Disse segura.

— Como eu disse, estou acompanhada. — Desviou o olhar da mineira, que naquele momento não deixava de lhe encarar em nenhum segundo.

— A companhia é tão importante assim que cê não pode dispensar por uma noite? — Percebeu os olhos da carioca voltarem quase assustados para si e diminuiu no tom de deboche. — Eu tenho certeza que cê tem um tempinho pra conversar comigo. Por favor, Bia.

Antes da carioca responder, as duas notaram o homem se aproximando com um sorriso leve e o cenho franzido.

— Tudo bem aqui? — Sorriu para a mineira. — Rafa, que surpresa!

—É..., vocês já se conhecem, né? — Bianca forçou um sorriso. — Rafa esse é o Bruno, ou o famoso Fred do desimpedidos. — Riu para o homem, que retribuiu a graça.

Rafaella sentiu-se extremamente incomodada com a interação, não era burra e nem desinformada, a mineira sabia de todo o contexto dos dois.

— Eu sei quem é você sim. — Colocou sua melhor aula de atuação em prática, treinando simpatia. — Eventos da vida, parceria com a Brahma... Enfim, bom de te ver! — Apertou a mão do rapaz.

— Mano, você veio visitar a Bia ou é algo mais sério? — Voltou o olhar para a carioca antes de continuar. — Se for urgência de trabalho eu posso vazar tranquilo, viu, linda?

— Que isso, a Rafa só passou aqui pra...

— Urgência, Bia. — Interrompeu. — Urgência de trabalho, não pode esperar. — Forçou outro sorriso para Fred, que coçou a nuca sem saber muito o que fazer ali.

Bianca suspirou, notando que não teria como fugir daquela conversa.

— Eu vou embora! — O homem falou sorrindo e Rafaella se segurou para não lançar um "finalmente". — Fica de boa, Bia. Vou ficar chateado não, entendo essas paradas urgentes de trampo.

— Desculpa, real. — Torceu o lábio.

— Relaxa, linda. — A abraçou de lado e a mineira desviou o olhar dos dois, poupando-se. — Termina aquele vinho com a Rafa e outro dia a gente bebe outro juntos!

Vinho? Rafaella encarou a mesa do encenado boteco e avistou a garrafa de vinho com as duas taças posicionadas.

— Ai, tu é tudinho. — Sorriu para Bruno. — Depois a gente se fala, certo? — O homem assentiu antes de juntar suas coisas e ser acompanhado até a porta.

Rafaella tentou ao máximo esconder seu incômodo naquela situação toda, se despedindo de Bruno e tendo seu estado ansioso aumentado ao notar que agora só restavam as duas.

Bianca caminhou lentamente até a mesa do boteco, despertando Rafaella que ainda estava parada no mesmo lugar, e fazendo a mineira lhe seguir.

A carioca serviu a própria taça com o vinho que ainda havia na garrafa e apoiou a parte traseira de seu corpo na mesa, enquanto tinha suas ações encaradas pela outra.

— Tu quer? — A carioca perguntou, erguendo a garrafa na mão direita.

— Não, obrigada. — Sorriu tentando processar que teria que conversar com a carioca levemente alcoolizada. — Bia...

— Aqui, o que te fez mudar de opinião? — Interrompeu notando a mais alta franzir o cenho. — Por que do nada tu resolveu vir aqui e me dar voz? — Levou novamente a taça até os lábios.

— Porque eu percebi que fui completamente infantil e injusta julgando você daquela forma. — Se aproximou da carioca, sentando no banco ao lado de onde seu corpo estava apoiado.

— Demorou uma semana inteira pra tu perceber isso? — Riu sem humor. — Carái, hein!

— Tenta entender o meu lado, pelo menos. Eu escutei algo que realmente me magoou, Bia. Cê tava no meio da conversa, o que eu poderia pensar? — Tentou justificar.

— Que a frase não saiu da minha boca, talvez? — A encarou.

— Na hora isso nem passou pela minha cabeça! — Soltou o ar que prendia a alguns segundos. — A Venturotti conseguiu abrir a minha mente pra tudo que eu estava sendo extremamente cega e...

— Pera aí, a Bianca foi falar contigo? — Deixou a própria taça em cima da mesa e franziu o cenho para a mineira.

— Não fica chateada com ela, por favor. — Levantou do banco em que estava sentada para concentrar melhor na ideia. — Ela conseguiu explicar tudo que eu não consegui te dar chance pra fazer, e eu sinto muito por isso.

A carioca ainda estava achando aquela situação inacreditável.

— Tu sempre vai precisar da palavra de alguma outra pessoa pra ter fé em mim, não é? — Virou o resto do vinho da taça, já se servindo novamente.

— Não fala assim, não... — Tocou seu braço fazendo a carioca levar o olhar até o toque. — Só aconteceu tudo muito rápido e eu realmente errei em não ter deixado cê se explicar, eu julguei errado e me sinto uma otária por isso.

— Tá tudo bem, Rafa. — Suspirou.

É óbvio que ainda estava chateada, não entendia porquê ainda era tão difícil as pessoas confiarem em sua palavra, entretanto, buscaria esquecer tudo aquilo.

— Eu sei que ainda não está. — Esboçou um sorriso triste. — E novamente, eu sinto muito.

— Pelo menos tu sente, é o que importa. — Sorriu fraco. — Fica de boa, eu vou esquecer isso. É só um histórico de não ter nenhuma credibilidade com as pessoas, que me deixa assim, mas eu estou procurando evoluir e ao mesmo tempo fazer com que mudem essa visão de mim. — Rafaella sentiu-se ainda pior com as palavras. — Segue o baile!

— Como assim? — Procurou entender melhor.

— Ah, metade das brigas com as pessoas que eu já me desentendi na vida e até hoje não falo mais, aconteceram por mal entendidos. — Riu sem humor. — Em algumas eu realmente fui imprudente, mas na maioria eu fui julgada sem ao menos ter o benefício da dúvida.

— Eu juro que odeio ter passado nessa lista de pessoas. — Torceu o lábio, tocando a mão direita da carioca que repousava no tampo da mesa. — Ow, tem algo que eu possa fazer pra cê esquecer isso mais rápido? — Sorriu travessa.

Dessa vez Bianca não conseguiu segurar seu sorriso acompanhado de um revirar de olhos.

— Parar de usar esse tanto de charme pra cima de mim, isso tu pode fazer! — Tentou, sem sucesso, não sorrir.

— Ah, está funcionando? — Mordeu o lábio inferior ao manter o sorriso.

A mineira já estava posicionada a poucos centímetros do corpo da outra, que estava quase sentada no tempo da mesa com Rafaella a sua frente.

Bianca tentava manter em sua consciência de que aquela cena não poderia lhe desestabilizar em momento algum.

— Não tá, não! — Brincou. — Eu já disse que tu não vale nada, né?

— Uai, cada um usa as armas que tem! — Deu de ombros. — Mas falando sério agora, cê realmente não tem um pingo de ódio nesse coraçãozinho, né? Eu fui maior otária com você e mesmo assim já tá toda aí com o discurso de "segue o baile".

Bianca riu, enchendo sua taça com o resto do vinho que havia na garrafa.

Sentia-se quase embriagada, como se a proximidade com a mulher estivesse contribuindo com a tontura.

— É que em parte eu entendo a irresponsabilidade da minha equipe e o que tu sentiu quando escutou e relacionou a todo o nosso... — Repensou suas palavras. — Nosso "contexto". — Desenhou aspas no ar. — É por isso que eu não quis misturar as coisas.

— Realmente... — Riu fraco. — Tinham muitas chances de dar errado.

— Mas passou, não é mesmo? — Intensificou seu sotaque ao tentar desviar aquele assunto. — Pode ficar de boa, tô feliz que tu veio, inclusive.

— Por que? Saudades? — Brincou, mas dessa vez aproximou ainda mais seu corpo do de Bianca, que ficou em alerta.

— Não brinca com isso. — Brigou tentando segurar a expressão séria.

— Por que eu estaria brincando, Bia? — Rafaella já havia notado a carioca na defensiva, não lhe dando abertura.

Bianca suspirou pesado antes de soltar o que ainda estava martelando em sua mente.

— Tô aqui me perguntando a hora que tu vai chegar no tópico do teu namoro. — Tomou o último gole do vinho e voltou a encarar Rafaella. — Não que eu possa cobrar algo, mas se tu quer ir por esse lado, eu acho que a gente tem que chegar nesse tópico primeiro.

— Bia... — Rafa não estava tão surpresa com as palavras, mas ainda parecia tentar organizar seus pensamentos.

— Tu realmente não ia me contar? — Continuou. — Certo que a internet e o Brasil já estão tudo por dentro, mas... — Suspirou. — Enfim, se não quiser falar sobre, também não tem problema, mas acho que a conversa acabaria aqui.

— Eu ia chegar nessa parte. — Rafaella sabia que aquele era o momento que teria de ser o mais sincera possível. — Eu aceitei o pedido em um momento extremamente vulnerável, Bia. — Explicou. — Eu não estava pronta, e nem estou agora.

— Como assim?

— Eu vou reverter essa situação. — Mordeu o lábio tentando organizar o que falaria em seguida. — Não quero mais fechar os olhos para o que eu estou sentindo. — A carioca sentia sua respiração acelerar levemente. — Eu tenho certeza que cê sabe do que eu estou falando.

— Rafa...

Bianca tinha medo.

Medo do que poderia sair da boca da mineira naquele momento. Medo de enfrentar seus próprios sentimentos e no final a outra perceber que estava enganada.

Rafaella era imprevisível.

— Muitas vezes eu penso que eu queria me sentir bem ao lado dele, me sentir confortável e ter todo esse desejo que eu tenho por... — Sentiu o dedo da carioca em seus lábios antes de continuar.

— Não faz isso. — Bianca pediu. — Não antes de tu ter certeza, antes de tu terminar ou sei lá qual decisão que tu vai tomar. Só não verbaliza algo que vai me deixar ainda mais confusa e criando uma expectativa que eu não vou poder cobrar.

Rafaella segurou seu dedo que ainda estava em seus lábios antes de continuar.

— Eu não falaria sem ter certeza. — Beijou os três primeiros dedos da mão da carioca, um de cada vez. — Mas eu vou resolver isso primeiro e depois cê não vai mais fugir dessa conversa.

Sorriu antes de entrelaçar seus dedos com os da outra, que não segurou o sorriso de lado.

— Por que tu é assim, hein?

— Assim como? — A mineira riu apenas vendo Bianca fazer um movimento de negação com a cabeça. — Eu senti sua falta essa semana...

Não conseguiu ver a expressão da empresária pois já havia afundado o rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro que tanto havia aprendido a gostar.

E involuntariamente, as mãos de Bianca já tinham repousado em sua cintura.

— Sentiu? — A mulher assentiu contra seu pescoço, deixando um beijo ali e arrepiando a menor. — Minha semana foi tão difícil de lidar. — Confessou. — Real, ainda tô tentando entender o que tu tá causando em mim.

Rafaella não conseguiu segurar o sorriso contra a pele da mulher.

— Não esquenta com isso, não. — Distanciou seu rosto do pescoço da mulher para encará-la, e Bianca quase reclama com a falta. — Cê sempre foi esse trem leve e desapegado, não se sente pressionada em entender todos os seus sentimentos agora, não.

— Acho que eu só preciso me acostumar com eles. — Sorriu, feliz com o que estava conseguindo absorver daquela conversa toda. — Pô, pensando aqui que tu fez eu expulsar o Bruno daqui, tô me sentindo sem moral nenhuma na minha própria casa!

Brincou e logo se arrependeu, pois notou a mineira fechar levemente a expressão ao lembrar do homem que estava ali.

— Cê tá arrependida? — Arqueou uma sobrancelha. — Eu achei que a gente realmente precisava conversar, só isso.

— Não tô arrependida, não. — Negou, puxando a cintura da mulher para mais perto de si. — Pelo contrário, tô felizona que tu veio aqui.

— E atrapalhei a resenha, né? — Não estava conseguindo esconder seu incômodo.

Bianca riu com o comentário.

— Que resenha, o que! — Suas mãos acariciavam levemente a cintura da mulher. — Ele só veio deixar meu celular e acabou ficando aqui, nem foi nada combinado.

— Seu celular? — Franziu o cenho e Bianca se xingou internamente.

— Eu esqueci na casa dele ontem. — Não mentiria.

Bianca sabia que Rafaella não pediria detalhes, então optou por não mentir, mesmo que ainda não devesse explicações.

— Entendi. — Assentiu sem prolongar o assunto.

— Eu já consigo identificar até quando tu tá com ciúmes. — Riu e a mineira revirou os olhos. — Mas o Fred é só meu parceirão mesmo.

— Cê não precisa explicar, não. — Não queria ser aquela pessoa. — Ainda mais pra mim que estou em uma situação pior, né?

— Acho que a gente não devia mais falar sobre isso. — Pediu. — Pelo menos não agora que eu queria te curtir mais um pouquinho... — Sorriu. — Nem que seja só conversando besteira. — Sabia que não podiam se exceder.

— Só conversando, é? — Seu sorriso já era provocativo.

— É só o que a sua situação permite, não é? — Também não pouparia a provocação.

Rafaella bufou.

— Você não tem noção do quanto eu estou me odiando agora por ter entrado nesse trem de namoro sem sentido. — Voltou o rosto para o pescoço da carioca.

Bianca apenas riu antes de sentir os beijos em seu pescoço novamente. Rafaella era lenta em seus movimentos, quase como se quisesse tirar a carioca completamente de seu eixo.

Fechou os olhos por alguns segundo para sentir o macio da boca da mulher contra sua pele.

— Rafa.. — Tentou. — Eu não vou ficar pedindo pra tu se controlar, porque não cabe a mim fazer isso. Mas eu acho que tu não vai querer trair ninguém, então vamos dar uma segurada, por favor.

— Já está tudo tão errado, Bia. — A voz baixa contra seu ouvido estava fazendo Bianca perder mais um pouco de sua noção. — Desde o começo. — Mordeu o lóbulo de sua orelha. — Desde a primeira mentira que eu contei só pra estar com você.

— Mas agora é diferente... — Os beijos agora desciam para seu ombro esquerdo, que estava desnudo pelo top faixa que vestia. — O relacionamento agora é sério.

— Não mudou nada, além do status. — Subiu sua boca novamente e ainda mais lento, beijando sua mandíbula e queixo.

Sentiu Bianca descer as mãos que estavam em sua cintura para sua bunda, contradizendo todas as suas intervenções.

A mineira olhou na diagonal inferior, observando as mãos espalmadas em sua bunda e soltou uma risada com a boca quase colada na da empresária.

— Cê não tem credibilidade nenhuma. — Mordeu o lábio inferior da carioca.

Foi o suficiente para Bianca jogar tudo para o ar e puxar Rafaella para um beijo.

Bianca levou uma das mãos para a nuca da mineira e posicionou ali, tomando o controle do beijo lentamente, da forma que sabia que excitava Rafaella rapidamente.

O beijo era preguiçoso e as duas se perderam por minutos na boca uma da outra. Rafaella soltava resmungos no meio do beijo todas as vezes que Bianca chupava seu lábio inferior, não fazendo questão de apressar aquele ato.

— Vamos subir? — Rafaella perguntou ainda com a boca ainda colada na de Bianca.

— Tem certeza? — Tentou mais uma vez.

— Toda certeza do mundo. — Assentiu. — Não quero passar mais um dia sem te sentir de novo.

Bianca mordeu o lábio em um sorriso e desceu da mesa, puxando a mineira atrás de si.

Subiram as escadas com dificuldade pois Rafaella parava nos degraus para beijar a boca de Bianca rapidamente, e as duas se atrapalhavam nas risadas.

Entraram no quarto de Bianca e Rafaella não perdeu tempo, tirou os sapatos, jogando também seu blazer na cabeceira da cama.

— Deixa eu fazer isso pra você. — A carioca pediu, aproximando-se de Rafaella com um sorriso safado no rosto.

Puxou a camisa que a mesma vestia por baixo, a deixando apenas de sutiã. Levou as mãos ao botão de sua calça e desceu a mesma, dando vista completa ao conjunto de lingerie de Rafaella.

— Toma um banho comigo? — Bianca pediu, roubando um selinho da mulher, que assentiu, sorrindo.

A carioca tirou a própria roupa enquanto a mineira se desfazia de suas peças íntimas. Assim, se juntaram no box do banheiro já completamente nuas.

— Saudades. — Bianca roubou outro selinho de Rafaella, que havia sido pressionada contra a parede ao lado do chuveiro. — Saudades. — Beijou sua mandíbula. — Saudades. — Beijou seu pescoço.

— É? — Perguntou contra seu ouvido. — E essa saudade toda aí é de que?

— De tu. — Desceu sua boca pela clavícula da mineira, seguindo o caminho lentamente até alcançar seus seios e rodear a ponta da língua em seu mamilo direito. — Do teu corpo.

Rafaella arfou ao sentir os lábios da Bianca se fecharem contra seu seio.

A mão da carioca desenhava um carinho na parte interna de sua coxa, subindo seus dedos lentamente até os mesmo resvalarem contra a umidade de Rafaella.

— De te sentir meladinha assim. — Sorriu ao sentir a facilidade que seus dedos passeavam pela fenda encharcada da mineira.

Rafaella tinha os olhos fechados, a boca entreaberta e a mão direita na nuca de Bianca, guiando as chupadas que a mesma dava em seus seios, revezando nos dois montes.

Bianca desceu os beijos por sua barriga lentamente, ajoelhando-se no chão e fazendo Rafaella tremer em antecipação.

— Abre pra mim. — Pediu, encarando a mulher de onde estava e Rafaella só sentiu ainda mais sua intimidade encharcar com aquela cena. — Isso... mais um pouco. — Ajudou a mulher a apoiar a perna na parede adjacente, dando espaço completo para o que a carioca faria em seguida.

Bianca sorriu com a vista, levou o dedo indicador e o do meio até a carne molhada e deslizou em seu canal, ouvindo um gemido arrastado de Rafaella.

Estava fascinada com a facilidade que seus dedos entravam na boceta da mineira, não conseguia parar de encarar os movimentos que fazia.

— Bia... — Pediu de olhos fechados, mordendo o lábio inferior.

— Hum? — Ainda deslizava lentamente seus dedos, já sentindo o quadril de Rafaella se movimentar contra eles.

— Me chupa. — Levou sua mão até o cabelo da Bianca e guiou sua cabeça para próximo de sua intimidade. — Por favor.

Jamais negaria aquele pedido, assim, chocou seus lábios ao redor do clitóris de Rafaella, o chupando devagar.

Tirou seus dedos de onde estavam e deu o seu melhor para trabalhar com sua língua. Descendo a ponta até sua entrada, rodeando ali ao redor e subindo novamente até o clitóris.

Rafaella gemia manhosamente, estava completamente sensível e com saudades daquilo. Gozaria facilmente se a carioca continuasse com os movimentos por mais alguns segundos.

Bianca sentiu que Rafaella não demoraria muito para gozar e enfiou a língua em sua entrada, fazendo movimentos de vai e vem e escutando os gemidos da mineira se intensificarem.

— Porra, assim... — Aumentou o rebolado contra a boca de Bianca e começou a sentir os espasmos em seu corpo. — Amor...

Bianca sorriu e franziu o cenho com o apelido, que havia gostado até demais.

Rafaella usou sua mão livre para apoiar na parede do box e não cair com a fragilidade de suas pernas, deixando-se levar pelo orgasmo que havia atingido.

Bianca sentiu sua língua inundada pelo líquido de Rafaella e chupou todo o resto em sua intimidade. Subiu seu corpo e segurou a mineira firmemente em seus braços, agarrando sua cintura e segurando em seu rosto para um beijo.

O beijo foi ainda mais preguiçoso, Rafaella não tinha forças para controlá-lo e deixava-se levar pela boca gostosa de Bianca e sua língua que tinha seu próprio gosto.

O contato foi se intensificando e o tesão da mineira já estava ali novamente.

Sem parar o beijo, Rafaella desceu sua mão entre as pernas da carioca e sentiu sua boceta completamente molhada, ouvindo a mesma resmungar entre o beijo.

— Me diz aonde que fica os seus brinquedos. — Pediu em seu ouvido, não deixando de lhe masturbar lentamente.

Bianca levou alguns segundos para entender, mas logo sorriu sacana com o pedido da mineira.

— Tu é uma safada, Rafaella. — Gemeu com a masturbação gostosa que estava recebendo. — Segunda gaveta, embaixo da pia aqui do banheiro.

Rafaella tirou a mão da intimidade de Bianca, saindo do box após lhe roubar um selinho.

Segundos depois, a mesma volta para o local com o vibrador de Bianca nas mãos.

As duas sorriram antes de se beijarem novamente e a maior começar a massagear os seios fartos de Bianca com sua mão livre.

— Faz um tempo que eu quero usar isso aqui com você. — Mordeu o lóbulo de sua orelha, esfregando o comprimento do objeto na fenda molhada da carioca, que arfou. — Tentar coisas novas.

A mineira torturava Bianca em seus movimentos, descendo o vibrador e ameaçando penetrá-la, mas logo voltando a passear o mesmo por fora.

— Rafaella. — Pediu em meio aos gemidos baixos. — Me come bem gostoso com isso.

Gemeu com o desespero de Bianca, antes de enfiar devagar o vibrador em seu canal encharcado, metendo apenas a ponta em provocação.

— Assim? — Fazia movimentos de vai e vem lentos.

— Enfia mais... — Mexia seu quadril contra o objeto em busca de mais contato. Rafaella enfiou até mais da metade da extensão do vibrador e escutou um gemido rouco em seu ouvido.

— Caralho, Bianca. — Sentiu a mulher morder levemente seu ombro enquanto movimentava o quadril contra a extensão que já entrava quase toda em sua boceta. — Eu nem sinto dificuldade pra te foder com isso, você tá tão molhada.

Rafaella ligou o objeto na velocidade um, a mais fraca que havia, apenas para completar a sensação gostosa que sabia que Bianca estava sentindo.

— Rafa... — Gemeu e segurou firmemente em sua nuca em busca de apoio. — Assim eu vou gozar rapidinho.

— Goza gostoso, vem. — Aumentou as estocadas na boceta da carioca e colou seus lábios, sentindo a mesma gemer contra eles.

Mais alguns segundos e Bianca estava derramando seu líquido ao redor do vibrador, tremendo nos braços da mineira.

Rafaella tirou o objeto de dentro de sua intimidade e desligou, levando seus dedos até a entrada de Bianca, buscando seu gozo e direcionando os dedos até a própria boca.

Chupou sob o olhar da carioca, antes da mesma lhe puxar para outro beijo.

— Cada dia eu me surpreendo mais contigo. — Disse com o lábio inferior preso em um sorriso.

— Isso é ruim?

— Isso é ótimo. — Deixou um selinho nos lábios da mineira.

Se curtiram por mais alguns minutos antes de realmente tomarem um banho juntas e deitarem na cama de Bianca, que não precisou nem perguntar para saber que Rafaella dormiria aquela noite consigo.

#

Venturotti tentava achar a chave certa que abriria a porta da casa de Bianca. Já era quase meia noite e só naquela hora a mulher havia conseguido voltar para casa.

Se assustou brevemente quando um carro parou na frente da casa e um homem desceu, o mesmo que demorou para reconhecer por causa da escuridão da rua.

— Bianca, né? — Reconheceu a voz de Daniel Caon. — Cara, a Bia está em casa? A Rafa não atende o celular e também não está com a Manu.

Venturotti franziu o cenho para o homem, tentando raciocinar rapidamente para caso Rafaella realmente estivesse lá. O que não seria estranho, devido a conversa que as duas tiveram mais cedo.

— Já tentou o celular da Bia? — Tentou ganhar tempo. — Eu não sei, como você pode ver, estou chegando em casa agora.

— Eu não tenho o número dela, por isso achei mais fácil vir aqui porque decorei o endereço da última vez que vim buscar a Rafa. — Venturotti segurou a risada.

Demorou alguns segundos pensando no que responder, e como não veio nada, o homem continuou:

— Eu posso entrar? Eu preciso de verdade achar a Rafaella.

#

Por hoje é isso, espero que tenham gostado de pelo menos alguma parte do capítulo!

Sobre a traição, vamos ver o desenrolar disso em relação a culpa da Rafa.

Mais uma vez, vou tentar não demorar.

Beijão.

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