Resquícios de amor: Tom Riddl...

By expressofic

375K 28.4K 65.3K

Primera parte de Resquícios de amor! Tom Marvolo Riddle, era o seu nome antes de ser conhecido como Voldemort... More

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Agradecimentos finais

Capítulo 20

9.5K 715 1.5K
By expressofic

Tom finalmente acordou, estava exausto a noite passada havia sido agitada. Aos poucos abriu seus olhos procurando por Davina, mas não precisou de muito para perceber que estava sozinho.

Não demorou muito para que o rapaz fosse tomar seu café da manhã, a casa parecia estar vazia, exceto pela risada de Abraxas que ecoava por todo o ambiente.

— Bom dia — murmurou Tom, sentando-se à mesa.

— Bom dia — responderam.

— Malfoy! Você vai ter que decidir, não estou brincando — disse Katerin, já irritada.

— Não tem como, eu gosto das duas!

— Sem essa, ou fica com uma ou sem nenhuma. — Winky o encarou.

Tom ignorou completamente a conversa, primeiro, ele não se importava e segundo, a discussão não chegaria a lugar algum. Sua expressão de desprezo só não era tão notável quanto a de Neil Lament, que parecia querer vomitar em todos ali.

— Vocês viram a Davina? — perguntou Tom, já terminando seu café.

— Ela tomou café comigo mais cedo. — Abraxas sorriu — Mas por algum motivo ela saiu brava.

— Algum motivo? — O encarou.

— Sim, sua namorada está muito irritada.

— Eu entendo ela — murmurou Neil.

Tom os ignorou novamente, apenas levantou-se da mesa e caminhou para fora da casa. Ele sabia que a garota não sairia de Wiltshire sem avisar, talvez Malfoy tenha feito algo que a irritou. De longe ele a avistou abraçada com Fitz, aquela cena não o deixou nada feliz.

Eu disse que era uma questão de tempo até ela te largar. — A voz que o atormentava há dias murmurou.

— Saia.

Por que está tão bravo, Riddle? Todos sabem que ela jamais será sua quando descobrir o monstro que você é.

O rapaz respirou fundo encarando a cena, mesmo relutante tirou seu anel e guardou em seu bolso. Em passos lentos e silenciosos, o sonserino aproximou-se dos jovens e os encarou por alguns segundos.

— Davina? — A garota se assustou, pois sequer havia escutado seus passos.

— Oi amor, está acordado há muito tempo?

— O suficiente, aconteceu algo? — Encarou Fitz que amassava um papel em suas mãos.

— Nós podemos conversar?

— Vou deixá-los a sós. — Edward levantou-se sem cerimônia e caminhou de volta para a casa.

— Então? — Tom a encarou preocupado, por um momento ficou tentado em ler seus pensamentos.

— Ah, você contou algo ao Malfoy? — suspirou.

— O que ele fez? — Aproximou-se.

— Estávamos tomando café, como sempre ele estava se gabando das garotas, foi quando ele disse que não tinha um colar mágico e me chamou de coelhinha. — Seus olhos já estavam marejados novamente — O que contou à ele?

— Não quero te ver chorando, prometo resolver isso com ele. — A abraçou.

— O que mais contou? — Limpou seu rosto.

— Não se preocupe com isso, meu amor. Não contei nada demais, sabe que eu jamais faria algo para te machucar, não sabe?

— Eu sei Tom, mas como vou confiar em você se conta toda a nossa intimidade para aquele babaca? — O encarou.

Riddle sentia-se péssimo ouvindo aquelas palavras, já havia feito tanto por Davina, até mesmo cancelado ataques que planejou durante meses, apenas para ela ter um baile perfeito.

Talvez Abraxas tivesse razão, esse amor por Davina o deixava fraco e frágil, apenas vê-la chorar por motivos banais o deixava irritado.

— Olha para mim. — Segurou seu rosto com calma — Eu te amo, Davina Wezen, mesmo que não consiga demonstrar tanto quanto gostaria, você foi a melhor coisa que me aconteceu em toda minha vida. Não deixe o Abraxas estragar isso.

A morena já estava chorando, não sabia ao certo se era felicidade ou tristeza, mas ouvir Tom dizer aquelas palavras, a fazia acreditar que estariam juntos para sempre, ela suspirou e o abraçou o mais forte que pode.

— Você é incrível, sabe disso, não sabe? — murmurou.

— Você quer dar uma volta?

— Essa volta pode ser em Londres?

— Está nevando. — Acariciou seu rosto — Com certeza está tudo fechado.

— Não ficaremos livres do Abraxas tão cedo, não é?

— Pode aguentar isso como presente?

— De natal?

— Aniversário.

— Você nunca me disse quando é seu aniversário.

— Promete guardar segredo?

— Sim.

— 31 de dezembro.

— Está brincando?

— Infelizmente não.

— Não fala assim.

— Vamos entrar, está muito frio. — Tom segurou sua mão.

A chuva tomava conta de toda a cidade, mesmo a mansão Malfoy sendo enorme, ainda sim os adolescentes estavam entediados, Edward e Neil até tentaram inventar algo para se distraírem, mas foi em vão.

— Por que não jogamos, duas verdades e uma consequência? — Winky os encarou.

— Jogos de trouxas, sério? — Abraxas revirou os olhos.

— Tem outra ideia? —perguntou a ruiva, sem paciência.

— Muitas na verdade — sorriu malicioso.

— Estúpido! Quem quer jogar? — A ruiva sentou-se ao chão, mesmo não querendo os jovens não tinham muita opção e acabaram cedendo.

— Abraxas vai buscar uma garrafa — disse Katerin.

— O que vocês acham que sou? Um elfo doméstico?

— Seria mais útil se fosse um elfo. — A loira resmungou.

— Vocês são insuportáveis — reclamou Abraxas, levantando-se e saindo da sala.

— Eu te ajudo. — Tom o acompanhou silenciosamente.

Os jovens desceram as escadas em um silêncio ensurdecedor até a adega da mansão, os pais de Abraxas haviam saído para um jantar com alguns amigos, esse era o momento perfeito para eles se divertirem sem regras.

— O que você quer, Riddle? — perguntou Abraxas, fechando a porta da adega.

— O que você disse para a Davina? — perguntou Tom, encarando algumas garrafas de vinho de costas para o garoto.

— Nada demais, eu apenas brinquei com ela — explicou o rapaz, revirando os olhos.

— Ela não gostou dessa brincadeira.

— A Davina é muito emocional, você sabe disso.

— Eu não quero você dizendo essas coisas para ela, pensando ou sequer olhando sem ela lhe dirigir a palavra — disse Tom, virando para o olhar.

— Você sabe muito bem que eu não sou como aquele bando de adolescentes que te seguem, Riddle.

— Tem razão, Malfoy. Ao contrário deles, eu te mataria sem pensar duas vezes. — Tom apontou a varinha para o loiro que riu.

— Faça, vou adorar ver a próxima mentira que vai inventar para a Davina! Ela ainda acredita em toda essa história que conta à ela? — riu fraco.

Crucio.

Antes que pudesse fazer algo, Abraxas estava deitado no chão, gemendo de dor. Riddle não sentia remorso algum fazendo aquilo com o amigo que conhecia desde seu primeiro ano em Hogwarts e que obedecia todas as suas ordens sem questionar.

— Se continuar dizendo essas coisas, eu não me limitarei aapenas uma tortura, Malfoy. — Agitou a varinha, a expressão do loiro mudou completamente, ainda estava no chão quando Tom saiu da sala carregando uma garrafa em suas mãos.

— Por que demorou tanto, amor? — perguntou Davina, sentando-se ao seu lado.

— Estava conversando com Abraxas, ele não vai mais te incomodar.

— Obrigado — sorriu, dando-lhe um selinho.

— O que vocês acham de deixarmos isso mais interessante? — Katerin encarou a todos.

— Como? — perguntou Neil.

— Podemos colocar um pouco de veritaserum, o que acham?

— Péssima ideia —  respondeu Fitz.

— Vai ser divertido, ninguém tem nada a esconder — disse Katerin. — Duas gotas para toda a bebida, certo?

— Sim, mas o Edward coloca — respondeu Winky, pegando a garrafa da garota.

— Eu tive a ideia! Por que é ele quem coloca?

— Porque de todos nós, só o Fitz sabe preparar um licor sem nos matar.

— Não se preocupem, o efeito será fraco.

...

Todos os jovens estavam reunidos e sentados no chão, formando uma roda em volta da garrafa, mesmo tomando uma dose fraca da poção, eles ainda estavam lutando contra seu efeito para não revelarem seus segredos.

— Eu começo! — disse Wink,  girando a garrafa, que parou imediatamente em Fitz. — Mmm... você gosta da Davina?

— Sim, somos amigos — sorriu.

— Não desse jeito!

— Sua vez já foi, Crockett. — Fitz girou a garrafa que caiu em Katerin — Você realmente gosta do Abraxas ou é só birra com a Winky? — A loira apertou os lábios e engoliu seco.

— Gosto.

— Isso está muito fácil. — Tom riu encarando os jovens.

— Sua vez vai chegar, Riddle. — A ruiva lembrou sorrindo — Gira Katerin, agora é desafio.

— Olha... — A loira riu fraco encarando Davina — O que seria terrível para a Wezen?

— Ah não — reclamou Davina, apertando a mão do namorado.

— Já sei! Vai ficar três rodadas presa no outro quarto com Abraxas.

— O que? Ah não, faz outra.

— Sem essa, vai ter que fazer.

— Amor. — Encarou Tom.

— Sem essa de amor, vai logo Davina — disse Neil, rindo da situação.

— Vai ser rapidinho. — Tom lhe deu um selinho.

Todos caminharam para um quarto ao lado, a maioria estava rindo exceto Tom e Davina, que mesmo esperando piadas de Malfoy, o rapaz ficou apenas em silêncio. Katerin fechou a porta rindo e todos voltaram para o outro quarto e continuaram jogando.

— Não comece com as suas piadas, Malfoy. — O rapaz a ignorou e sentou-se em uma poltrona, enquanto ela estava sentada na cama.

Davina ficou em silêncio encarando o quarto à sua volta, todos os cômodos dessa casa pareciam ser enormes. Por um breve momento ela saiu de seus pensamentos e encarou o loiro que encarava sua varinha, ele estava estranho, em dias normais Abraxas estaria fazendo piadas e rindo de sua reação.

— Abraxas?

— Hum? — Levantou os olhos a encarando.

— O que o Tom te disse?

— Nada.

— Nada? Por que está tão quieto?

— Só não estou afim de socializar.

— Tem certeza?

— Não confia no seu namorado?

— É claro que confio! — Revirou os olhos.

— Por que a dúvida então?

— Só quero saber o que vocês conversaram.

— Mesmo que eu te diga a verdade, você é inocente o suficiente para pensar que é mentira.

— Do que está falando?

— Tom Riddle não é um bom rapaz como você pensa.

— Eu não acredito em você.

— Eu sei, esse será o motivo da sua queda, Davina. — Aproximou-se e segurou seu rosto — Tão frágil, tão inocente...  — suspirou a soltando. — Eu entendo Tom gostar de você.

— Do que você está falando? — Levantou-se, mas logo a conversa foi atrapalhada por Katerin abrindo a porta e os chamando de volta para o jogo.

— Certo, Tom Riddle. — Katerin sorriu encarando o moreno, que teve a sorte de cair em desafio duas vezes — Qual o seu maior segredo?

— Até parece que ele vai contar. — Neil revirou os olhos.

— Ele não tem escolha — Winky riu, encarando o moreno que os observava.

— Bom, eu ia deixar isso para outro momento... — murmurou o rapaz, pegando algo em seu bolso. — Mas já que estamos aqui... Davina Segnus Wezen, você aceita casar comigo?

— Como? — perguntou Winky.

— É sério? — A morena sorriu com os olhos marejados.

— Eu não quero passar mais nenhum dia da minha vida longe de você — disse Tom, levantando o anel, que ela sequer sabia, mas uma parte da alma do rapaz estava ali, aquilo não era apenas um simples pedido de casamento.

— Sim, sim, sim — sorriu e o abraçou.

O que antes era apenas um jogo bobo entre adolescentes, agora havia se tornado a comemoração de um noivado. Todos pareciam felizes com a situação, exceto Neil que nunca aprovou essa relação e Abraxas que estava furioso com o colega.

— Isso é ridículo — disse Abraxas, sentando ao lado de Lament.

— Os pais dela não vão permitir.

— Ela faz 18 anos em março, isso não é mais uma decisão deles. — Revirou os olhos — Mesmo que Tom não tenha absolutamente nada a oferecer.

— Tolice, não dura um ano.

...

Os dias passaram com calma, as garotas estavam em êxtase com o noivado de Davina, Fitz até prometeu ceder toda a bebida para a festa. Neil estava mais emburrado do que nunca, mesmo que Tom tenha o ajudado no passado, ele ainda duvidava de sua índole.

— O que achou de toda essa história? — Neil encarou Fitzgerald que estava tirando sua gravata.

— Nada demais, eles se gostam e... Tom parece estar diferente com ela.

— Acha mesmo? Não quero que a Davina se decepcione.

— Eles tem sorte, não acha? — sorriu fraco. — Podem ficar com quem gostam.

— Cada um carrega o peso que aguenta, Fitz — sorri o encarando.

— A Winky já desistiu do Malfoy? — Edward sentou-se tirando seus sapatos.

— Claro que não. — Revirou os olhos — Acho que ela nunca vai perceber que gosto dela.

— Por que não diz a ela?

— Pelo mesmo motivo que ninguém sabe sobre nós. Ela surtaria.

— Deveria tentar! O que acha de chamarmos as garotas para cá?

— O Abraxas vem de brinde.

— Ele está mais quieto esses dias, e se eu falar com Katerin, ela pode nos ajudar.

— Acha mesmo?

— Ela gosta do Malfoy.

...

— Por que nos chamaram aqui? — perguntou Winky, tirando seus sapatos.

— Só queríamos passar um tempo com vocês. — Edward sorriu.

— E cadê a Davina? — A ruiva os encarou.

— Com o Tom, é claro. — Katerin sorriu maliciosa.

— Vamos jogar de novo? — Neil encarou os amigos.

— Só nós quatro?

— Vai ser divertido. — Katerin sentou-se ao lado de Edward.

Após algum tempo jogando e rindo com algumas bobagens que eles diziam, Katerin finalmente colocou seu plano em prática.

— Neil, qual de nós duas você prefere beijar?

— Nós somos amigos, Katerin! — Winky a encarou.

— Qual o problema? Amigos também se beijam.

— Os seus amigos.

— Então Lament?

— Hum... Winky e eu somos muito próximos, acho que você.

— Como assim? Somos amigos há anos e você prefere beijar ela?

— Foi você quem disse que amigos não se beijam.

— Certo, é minha vez! — Fitz girou a garrafa.

— Essa é o desafio. — A ruiva riu, mas logo fechou o sorriso quando a garrafa apontou para ela.

— Hum... estou sem ideia alguma! — Fitz encarou em volta.

— Eu tenho uma ideia! — disse Lament, enquanto ria.

— Não vale ajudar! — reclamou Katerin.

— Certo, eu já sei... Winky, eu te desafio a beijar o Neil.

— Como? — A ruiva o encarou brava — Isso não vale!

— Conhece as regras, ou você beija ou… — Katerin sorriu.

— Eu não vou beijar ninguém na frente de vocês.

— Sem problemas, nós saímos. — Katerin puxou Fitz antes mesmo que ele pudesse dizer algo.

— Ah... não precisa fazer isso, se não quiser. — Neil a encarou se ajeitando na cama.

— De todos os males, esse não é o pior — suspirou o encarando.

— Ah... então você me beija, eu... — Winky interrompeu o amigo, nunca se sentiu tão constrangida quanto nessa situação.

— Você beija bem, Lament. — Winky afastou seus rostos e sorriu.

— Sério?

— Sim.

...

— Nós podemos alugar algum apartamento, enquanto não vendemos a casa que herdei.

— Você não quer mesmo morar lá? — perguntou Davina, abraçando o namorado.

— Não parece ser um lugar aconchegante.

— Seria bom poder começar nosso casamento já em uma casa grande.

— Acha mesmo?

— Não precisaríamos nos preocupar com espaço futuramente.

— Você quer ter filhos? — Riddle sorriu.

— Você não?

— Não me imagino sendo pai — suspirou. — Não sei se eu seria tão bom cuidando de crianças.

— Faremos isso juntos, amor.

— Eu amo quando me chama de amor — sorriu a abraçando mais forte.

— Podemos comemorar o seu aniversário essa noite, amor? — Davina deitou-se sobre seu corpo.

— Isso não vale, eu não gosto de comemorar.

— Por favor? Vai ser o seu primeiro aniversário que passamos juntos, não precisa ser algo grande. — Lhe deu alguns selinhos.

— Pedindo assim, não tem como negar. — A apertou contra si — Mas sem grandes coisas, tudo bem?

— Sim.

...

A família Malfoy daria um baile para celebrar a chegada do ano novo, Davina pediu para os elfos prepararem um bolo para Tom, mesmo estando atarefados eles ainda arrumaram um tempo.

Tudo parecia estar perfeito para o casal, eles se amavam, estavam noivos e suas vidas pareciam estar seguindo seus caminhos.

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

Continue Reading

You'll Also Like

41.9K 5K 55
Seokjin e Namjoon são casados e vivem uma vida cheia de amor. São pais de Yoongi um alfa , Jimin um omega, Hoseok um omega e Taehyung um alfa, uma fa...
152K 12.8K 23
Amare, é a deusa do amor, destinada a viver com alguém sem amor. Amare é tudo o que Tom Riddle precisa, mas será que ele deixará a luz entrar e o...
35.5K 2.8K 36
Katherine está de volta e com ela vários mistérios que englobam a garota e o tenebroso Tom Riddle. Com o passar dos tempos, Katherine terá a oportuni...
10.3K 853 189
Depois de meses trocando cartas, e mais um bom tempo em uma ponte aérea maluca entre Atlanta/ NY - São Paulo, finalmente Norman Reedus conseguiu conv...