Louis P.O.V
Eu ouvi água espirrando. Estou na margem de um pequeno riacho. Eu ouvi um grito. Parecia Harry.
"Harry?" Eu gritei correndo em direção ao som.
"Socorro!" Harry gritou.
"Harry!" Eu gritei.
Eu ouvi outro grito. Afastei os galhos enquanto corria entre os troncos das árvores. Eu encontrei Harry em uma batalha com um cervo. Harry não está ganhando. Eu agarro o cervo pelo chifre, o puxando para trás.
"Corra, seu idiota!" Eu gritei. Harry se levantou e saiu correndo. O cervo não ficou feliz. Ele tentou me bater com seus chifres mas eu os segurei longe do meu corpo. O cervo era forte.
Ele me empurrou contra uma árvore. Eu o soltei e me abaixei. Seus chifres ficaram presos em uma rede de galhos. Eu saí correndo.
Me encontrei com Harry. Ele estava tremendo.
"Vamos lá." Eu ordenei. Harry seguiu atrás de mim enquanto íamos para minha casa. Eu vesti algumas roupas. Elas pareciam um pouco estranhas para mim. Eu não visto roupas há muito tempo. "A cidade fica bem lá embaixo. Vamos com a minha moto." Eu disse a ele. "É muito longe para andar."
Eu liguei a moto e fomos para a cidade. Demorou algumas horas. "Temos cerca de duas horas, então não perca tempo." Dei alguns trocados a Harry e apontei para a cabine telefônica. "Você sabe o número do seu amigo?" Eu perguntei e Harry concordou com a cabeça.
Harry P.O.V
Eu disquei o número de Zayn no telefone público. Eu ouvi o som enquanto esperava que ele atendesse. E ele atendeu.
"Ei, mate. É o Harry" Eu falei ao telefone.
"Olá, Harry." Ele cumprimentou. "Onde você está?"
"Eu não sei. Estou em uma pequena cidade em algum lugar."
"Muito descritivo, Harry." Zayn disse sarcasticamente.
"Desculpe." Eu olhei em volta. Vi uma placa que dizia, "Engle Street". "Zayn, me ajude a procurar a Engle Street." Eu soletrei o nome da rua para ele.
"É uma rua em Baermorial. Cinco horas de carro da minha casa." Zayn respondeu.
"Não posso ficar aqui. Louis disse que preciso ir embora."
"Quem é Louis?"
"Eu encontrei outro. Ele se transforma em lobo também."
"Sério? Então por que vocês dois não podem simplesmente ficar juntos? Você não vai fazer mal a ele. É perfeito."
"Cara, eu não sei. Ele já me ajudou muito. Eu não posso simplesmente entrar em sua vida e ficar em sua casa para sempre."
"Verdade. Eu não sei como você vai encontrar uma casa em algum lugar longe de todo mundo. A última vez você teve sorte. Mas aí algum idiota quis construir um shopping ao lado de sua casa e destruiu sua casa com sua bola de destruição."
"Você não ajuda muito."
"Eu não sei como te ajudar. Ei, eu preciso ir."
"Zayn, não. Eu preciso de você. Eu preciso de sua ajuda. Por favor, não vá."
"Desculpe, cara. Eu quero ajudar, mas não posso e realmente tenho que ir agora."
Eu abri minha boca para dizer algo mas Zayn já tinha desligado. Suspirei. Foi um desperdício de telefonema. Saí da cabine telefônica.
"Você está chorando." Louis disse. "Você está bem?"
"Sim," Eu disse engasgando um pouco. Enxuguei minhas lágrimas com as costas da mão.
"O que seu amigo disse?" Louis perguntou.
"Ele desligou na minha cara."
"Oh." Louis comentou sem saber o que dizer.
Mais lágrimas brotaram dos meus olhos. A próxima coisa que percebi foi que estava descendo a rua correndo.
"Harry, onde você está indo?" Louis gritou, correndo atrás de mim.
"Volte, Louis! Você não precisa mais cuidar de mim."
Corri pela estrada, sem olhar para trás para ver se Louis estava me seguindo. A princípio, ouvi seus passos atrás de mim mas o som morreu lentamente.
Virei em um beco entre duas lojas. Sentei-me no chão de cimento, encostado a uma parede. Meus sentimentos me oprimiram. Lágrimas grossas correram pelo meu rosto. Abracei meus joelhos e enterrei minha cabeça entre eles. Depois de um tempo, Louis se sentou ao meu lado.
Eu disse a ele para me deixar em paz, mas ele era teimoso como uma mula. Ele deu um tapinha nas minhas costas sem jeito.
"Por que você fugiu?" Louis perguntou ofegante.
Eu olhei para Louis, funguei e inalei profundamente. "Eu não sei. Eu só sei que você não me queria por perto e-"
"Harry, isso não é verdade."
"Não é verdade?" Louis olhou para o chão com culpa. "Meu único amigo não pode me ajudar. Não tenho para onde ir. Acho que fiquei um pouco nervoso. Sinto muito. Não quero arrastá-lo para isso. Vá para casa. Obrigado por me ajudar." Eu divaguei.
"Harry! Você ao menos se ouve?" Louis gritou comigo. "Você é a porra de um lobisomem. Pare de agir como um marica! Pare de chorar."
Limpei as lágrimas do meu rosto com a manga. "Okay" Murmurei.
"Você só precisa de duas coisas: Um lugar para descansar durante o dia e ficar longe dos humanos durante a noite."
Eu concordei.
"Então, pense em como você está lidando com isso. Enquanto isso, eu quero pegar uma bebida. Perseguir você o caminho todo através de Baermorial me deixou exausto. Acho que vi uma loja de conveniência em algum lugar. Quer alguma coisa?" Louis já começou a andar. Levantei-me e caminhei com ele. Eu balancei minha cabeça. Meus olhos ainda estavam molhados por causa das lágrimas.
Entramos em uma loja da esquina. Louis comprou uma garrafa de refrigerante. Encontramos um banco e nos sentamos. Louis tomou um gole de sua bebida.
"Há quanto tempo você é um lobisomem?" Eu perguntei a Louis.
"Alguns anos. Não muito tempo, eu acho. Há lobisomens que viveram até milhares de anos."
"Você tinha amigos antes de ser mordido?"
"Oh, sim. Eu tinha muitos amigos, mas então achei que não era seguro para mim ficar perto das pessoas. Eu me distanciei. Eu fui para a floresta. Esta é minha primeira vez na civilização desde então."
"Você nunca mais volta?"
"Nunca."
"Jamais?"
"Bem, eu voltei hoje."
"Você não sente falta dos seus amigos?"
"Sim, mas é o melhor assim, eu acho." Louis encolheu os ombros.
"Você sabe, eu fui atacado em algum lugar aqui. Eu estava em um posto de gasolina em algum lugar lá." Eu narrei, apontando para trás. "Estava quase amanhecendo. Um lobo apareceu do nada e se lançou sobre mim. Ele me arrastou como se fosse um vegetal e acertou minha perna. Depois disso, simplesmente saiu correndo." Louis ouviu minha história.
O céu estava pintado em vários tons de laranja e roxo. Admirei as cores bonitas.
"Ah Merda!" Louis praguejou. Uma mãe que estava passando com seu filho olhou para Louis. "Nós precisamos ir."
Louis me agarrou pelo pulso e me arrastou rua abaixo. Ele pulou em sua moto e eu sentei atrás dele. Louis desviou imprudentemente entre as árvores. Não percebi que estava abraçando sua cintura. O céu estava ficando cada vez mais escuro.
Louis tinha pelo no corpo. Ele freou de repente, nos fazendo voar. Mudamos no ar.
Lobo Harry P.O.V
Eu fui jogado contra uma árvore e caí no chão. Doeu, mas consegui me colocar de pé. Meu corpo estava envolto em um tecido estranho. Eu o arranquei com meus dentes. Havia uma engenhoca metálica no chão com luz vindo dela.
Eu lambi. Ai! Queimou minha língua. Eu me afastei.
Acabei esbarrando no outro lobo. Ele cheirou o ar e então, correu. Não sei para onde, mas o segui de perto.
Logo, eu percebi o que ele queria. Ele cheirava humanos. Eles têm um cheiro fresco e vivo. O lobo correu para uma cidade. Ele atacou um humano, puxou-a pelo tornozelo para a floresta e mordeu seu pescoço. Ela gritou histericamente. Ela estava com o namorado. Palavra-chave: "estava"
Seu namorado a abandonou. Ele nem mesmo tentou salvá-la. Ele é egoísta. A garota lutou e lutou, mas obviamente seus esforços foram infrutíferos. O lobo era violento. Ela era magra e fraca. O lobo a matou. Ele comeu sua carne.
Corri atrás do namorado. Ele gritou pateticamente. Sou mais rápido do que ele; Sou mais forte que ele. Eu o prendi no chão e arranquei sua cabeça de seu corpo. Fui localizado por outro humano.
Ele apontou algo de metal para mim. Um barulho alto foi ouvido. Um pequeno objeto brilhante se incorpora ao chão ao meu lado.
Eu corri para a floresta. O humano seguiu atrás de mim. Eu me esquivei e desviei. Ele me perdeu, mas viu o outro lobo. Ele apontou sua arma para o lobo e puxou o gatilho. O lobo uivou de dor.
Eu ataco o humano e arranco o cano de sua mão com meus dentes. Eu joguei longe de meu alcance. O humano me empurrou para longe dele, ao que eu não lutei. O humano ficou em seus calcanhares sem recuperar sua arma.
Eu trotei até o outro lobo. Ele choramingou, sentando-se no chão. Havia um pedaço de metal em sua pata. Eu puxei com minha boca. O lobo chorou em agonia quando eu o fiz. O lobo lambeu suas feridas, recusando-se a andar.
Levei pedaços de carne para ele. Ele não comeu, mas eu sim.