Meu Viúvo - (COMPLETO)

By Kami_Cavalcante

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VERSÃO ATUALIZADA, COMPLETA E REVISADA, JÁ NA AMAZON! Não recomendado para menores de 18 anos! ... Para Victo... More

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EPÍLOGO
Nunca Deixei de Te Amar

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By Kami_Cavalcante

Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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Victoria foi muito firme em suas orientações e disse que entraria em contato comigo ainda durante a semana. Avisei de antemão todos os meus empregadores sobre começar em um trabalho fixo, até então, eu atuava em diversas casas. Também deixei uma lista com nomes e telefones de colegas em quem confiava para realizar o serviço que eu não mais poderia fazer. Não podia simplesmente dizer adeus e deixar aqueles que tanto me ajudaram nas mãos.

Logo após sair da entrevista, fiz questão de passar na agência para agradecer a Carina por toda a sua ajuda. E, como eu esperava, ela ficou muito feliz por mim, apesar de um pouco receosa pela mentira que eu estava prestes a viver. Mas se a dona da casa me queria lá assim mesmo, eu não via um problema real.

E, caso fosse descoberto, Victoria, com certeza, saberia domar o seu marido, ou não teria me contratado.

Objetos passaram a ser luxo, desde que Mauro nos deixou, mas isso não importava. Eu só precisava deixar Leo confortável. E isso era mais que suficiente para mim.

O contrato assinado para que eu pudesse trabalhar na casa era bem detalhado e com cláusulas que parecia que eu estava trabalhando para uma celebridade, principalmente quando li a de confidencialidade, que dizia que eu não podia falar sobre qualquer acontecimento que ocorresse dentro da mansão e, sobretudo, com o senhor Victor Hugo Mendes. Caso abrisse a boca, além de perder o emprego, também teria que pagar uma multa exorbitante, que nem mesmo se dinheiro caísse do céu eu teria como pagar. Não que eu estivesse planejando falar sobre qualquer coisa, claro.

Outras cláusulas que compunham o contrato também chamaram minha atenção, como, por exemplo, o fato de que eu poderia me locomover por toda a extensão do térreo, jardim e demais locais, exceto o andar superior. Vic explicou que, uma vez na semana, uma senhora que já trabalhava para ele há muitos anos, fazia a limpeza do andar, mas que eu não deveria fazer perguntas a respeito. E, mesmo curiosa, eu apenas acatei.

Me foi explicado também, pela minha nova patroa, que eu passaria pelo período de três meses de experiência e, caso fosse bem, continuaria o trabalho normalmente.

~*~

Leo e eu morávamos humildemente, mas nunca tive vergonha. Apesar de simples e pequena, nossa quitinete bastava para nós dois. Mas eu não esperava receber visitas, muito menos da minha nova patroa em um carro que custava mais que qualquer casa do bairro.

— Bom dia, Helena. Por que você ainda não está pronta? — Victoria questiona logo que abro a porta e tira seus óculos escuros.

— Eu... Bom, Leo e eu iríamos no fim da tarde — respondo ainda paralisada na porta. Sua roupa e suas joias estão impecáveis, como da última vez que a vi.

— Precisamos fazer a matrícula do Leo antes da mudança. Eu não te avisei que passaria aqui? Eu jurava que tinha mandado uma mensagem ou pedido para alguém fazer isso...

— Bom, o meu celular parou de funcionar ontem...

— Mamãe, posso tomar tetê? — Leo pede manhoso pelo leite com chocolate e sorri para Victoria quando a vê. — Bom dia, moça bonita. — Galanteador que meu filho é, estende a mão para cumprimentar minha nova patroa, que se abaixa ficando no mesmo nível dele.

— Bom dia! Você deve ser o Leo. Pode me chamar de Vic.

— Você é muito bonita — diz arrancando uma risada dela.

— Obrigada. Você é um gentleman.

— Mamãe, ela me falou palavra feia... — Leo vira rapidamente para mim, assustado, arrancando risada de nós duas dessa vez.

— Não é isso, meu amor.

— Eu só quis dizer que você é um "cavalheiro". — Ela se justifica arrancando um sorriso do meu filho.

— Ah... Mamãe, e o tetê? — Rapidamente se volta para o seu alvo principal: a comida. Leo, apesar de ter sete anos, tem algumas atitudes de crianças menores que ele. Tudo o que passamos fez com que eu o mimasse da forma que podia e, sendo o meu maior companheiro, não conseguia me arrepender, mesmo sabendo que não era o ideal.

— Senta um pouquinho pra mamãe conversar com a dona Victoria que eu já levo, ? — Ele balança a cabeça e volta para o quarto. — A senhora aceita uma água? — Dou-lhe espaço para entrar.

~*~

A primeira semana de trabalho passou rapidamente e segui tudo o que me foi indicado por Vic, que insistiu que eu a chamasse assim. De início, ela explicou que a pessoa responsável pela limpeza, geralmente morava num espaço que havia dentro da própria mansão, mas levando em consideração o fator Leo, ela ordenou uma rápida e simples reforma na antiga casa de caseiro nos fundos da propriedade. Antes mesmo que eu tivesse tempo para me instalar na nova casa, Vic precisou viajar.

Leo detestou o fato de ter de ficar durante todo o dia na escola, e admito que eu também não gostei muito, mas, ao início da segunda semana meu filho já estava animado e ansioso para voltar para a escola e ver seus novos amiguinhos.

A gigantesca e imponente propriedade, apesar de linda, era simplesmente vazia e precisava urgentemente de flores e música para alegrar o local. Mas, seguindo as instruções de Vic, mantive meu velho radinho a pilha no volume mínimo na cozinha.

— Helena! — Escuto a voz de minha patroa na entrada e prontamente vou ao seu encontro.

— Bem-vinda de volta! — cumprimento-a animada.

— Obrigada! — Seu sorriso é sincero. — Eu preciso sair e comprar algumas coisas. Vim direto do aeroporto porque preciso conversar com você rapidamente.

— Aconteceu alguma coisa, dona Vi... — Ela me olha com uma cara feia e retifico. — Vic. Só Vic. Sem dona.

— Bom, vai acontecer. Hugo está voltando hoje e ele pode ser um pouquinho... bom, a palavra é... difícil. Nessa última semana eu deveria ter ficado para te instruir melhor a respeito dele, mas, bem, obviamente eu não pude. — Ela fala rapidamente como se nem precisasse respirar. — Você sabe as regras e eu confio em você. Hugo está chegando e eu preciso que você as siga à risca. Onde está o Leo?

— Claro, Vic. Ele está na escola.

— Isso é ótimo. Depois quero saber como está sendo a adaptação de vocês, mas eu realmente preciso ir agora. — Sopra um beijo no ar e sai rapidamente enquanto um time de pessoas começa a adentrar. — Os funcionários sabem como funciona, fica tranquila.

— Funcionários? — em questão de segundos, a casa que até então só tinha a mim cuidando de tudo, parece estar sendo invadida por um batalhão.

Enquanto a cozinha é revirada por dois cozinheiros que preparam uma refeição digna de reis, a piscina é limpa, assim como o jardim, e algumas moças lustram as escadas. Um jardineiro tira a maioria das plantas que estão mortas e adiciona algumas poucas que apesar de simples, trazem certa vida ao lugar.

Todos parecem saber bem o que fazer e, com a casa com mais funcionários, pela primeira vez desde que eu me mudei sinto-me completamente desnorteada.

Quando a campainha toca, imediatamente as poucas vozes que se ouviam silenciam-se rapidamente e todos os olhos se voltam para mim, deixando claro que abrir a porta é a minha responsabilidade.

Todos os funcionários se direcionam rapidamente para a cozinha, deixando o silêncio ecoar. Parece que sou capaz de ouvir meu sangue pulsar por minhas veias.

Tão logo abro a porta vejo um homem alto, usando um terno escuro e com uma barba escura cheia. Seus olhos igualmente escuros pareciam tristes e sua boca também, quando olhou diretamente nos meus olhos:

— Quem é você? — Sua voz era autoritária e arrogante, tirando-me o fôlego momentaneamente.

— Eu... e-eu... Meu nome é Helena. Cuido da limpeza.

— Victoria! — brada entrando na casa sem me dar muita atenção. — Victoria! Onde ela está? — Volta-se para mim.

— Ela não está, dis...

— Isso eu notei! — resmunga irritado.

— Ela disse que iria comprar algumas coisas e que...

— Quando ela voltar... — Me interrompe mais uma vez. O que tem de bonito, tem de mal-educado! — Diga que a estou esperando lá em cima — resmunga sem olhar em minha direção e subindo as escadas em seguida.

O estrondo de uma porta batendo me tira do torpor e percebo então a porta de entrada ainda aberta e uma mala ao lado. Fecho a porta e coloco a mala próxima à escada antes de voltar à cozinha. Todos pareciam estar mais atentos ao que estava acontecendo comigo e com o patrão do que com o próprio serviço.

— Pobrezinha, mal chegou e já está sofrendo com o mau humor do senhor Victor Hugo. — Escuto uma voz antes de finalmente entrar no cômodo e todos voltarem a me ignorar enquanto fazem seu trabalho.

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