Just a Year - (COMPLETA)

By alexia-macedo

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Rebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse últ... More

Sinopse
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6 (bônus)
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25 (Especial 6 mil leituras)
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45 (Final)
EPILOGO
Agradecimentos
Novidades para os leitores!

Capitulo 13

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By alexia-macedo

- Você sabe que ele está tentando se aproximar de você, certo? – No minuto em que eu abri minha boca e contei para ela sobre o Brian (ocultando a parte do beijo, obviamente) percebi que tinha feito uma grande besteira. 

- Barbara, ele pode ter qualquer menina daquela escola! Você acha mesmo que ele ia correr atrás de mim, que além de não ter nada muito atrativo, não está nem aí para ele? – Digo enquanto termino de arrumar meus livros pela quinta vez. Nunca consigo achar uma boa forma de organizá-los: nem por editora, nem por ordem alfabética, nem por cor, nem pela ordem alfabética do nome do autor. Nada hoje parece muito bom. 

- Por isso mesmo, sua tola! – Ela diz como se a resposta fosse a coisa mais obvia do mundo. – Olha, ele sempre tem todas as meninas na palma da mão, basta dar um aceno ou um sorriso que elas correm atrás. Com você não foi assim. Ele se sentiu atraído por isso. E acho melhor você parar com essa auto piedade, já que você é linda! 

- De qual forma você achou melhor? – Digo parada olhando para a estante. Agora os livros estão organizados por tamanho. Viro para o computador que está posicionada na cama, em direção a prateleira. 

- As cores, sem duvidas. E você precisa de mais uma prateleira, duas não é suficiente e você tem muito livro em cima da escrivaninha. Mas você não vai conseguir me desviar do assunto em foco aqui. 

- Babi, infelizmente vou ter que te deixar com seu assunto em foco, já que está na hora de ir pro clube. O que faz uma pessoa querer marcar um encontro para discutir sobre um trabalho escolar em um clube? 

- Talvez ele queira te ver de biquíni. 

- Babi, tchau! – Fecho o notebook antes que ela possa dizer qualquer coisa e pego minha ecobag na cama. 

A Penélope ficou de me encontrar na portaria do prédio e, mesmo eu tendo pedido para ela ligar assim que chegasse, para que eu pudesse descer. Eu não consegui segurar o nervosismo. Não sei por que, mas meu estomago passou o dia dando cambalhotas e meus pés nem minhas mãos conseguem parar quietos. Usei três biquínis várias vezes. Um amarelo com estampas de abacaxi e tomara que caia não parecia muito bom. O azul de cortininha também não. Acabei optando por um vermelho de cerejas, as alças pendiam no pescoço e sem duvidas foi o que ficou melhor. 

Antes que eu começasse a cavar um buraco na sala, decidi descer para a portaria mesmo sem ter nenhum sinal de vida da Penélope. Assim que as portas do elevador se abrem vejo o Brian. Ele está meio virado de lado e com o telefone no ouvido. Entro mesmo morrendo de vontade de usar as escadas ou esperar o elevador voltar, eu ainda teria uma chance de fugir, já que ele está tão concentrado na conversa que nem notou minha presença. Mas seja lá pelo qual motivo insano, eu decido entrar. Estou impaciente demais para esperar o elevador voltar. 

- Ceci, eu já disse que vou passar esse sábado ocupado. – Juro que não estava querendo escutar a conversa dele, mas em um elevador tão pequeno é impossível não ouvir, mesmo com a voz tão abafada. – É sim, é aquele trabalho.  Nã... Não Ceci! Não sei que horas vai acabar. Olhar assim que eu sair do clube te ligo, amanhã ainda é domingo. Quem sabe a gente não vai ver um filme? Perfeito! Nos falamos depois, beijo. 

Quando ele, finalmente, parece notar minha presença as portas do elevador já estão se abrindo e antes que ele diga qualquer coisa, eu já sai. 

- Rebeca! - Me viro e percebo que ele está bem mais perto do que eu imaginava. Quase a um palmo de distancia. – Você quer uma carona para o clube? 

- Não, obrigada. Eu vou com a Penélope, ela já deve estar chegando. 

Como se por um sinal do destino, no mesmo instante a Penélope me envia uma mensagem avisando que já está na esquina do prédio. Aceno o celular para mostrar pro Brian e solto um sorriso sem graça. 

- E como vocês vão chegar lá? 

- Bom, são quatro pernas! 

- Quatro belas pernas, aliás. – Me viro assim que ele faz seu comentário para que ele não veja meu rosto corar. – Mas não foi o que eu quis dizer. Você sabe onde é? 

- A Penélope sabe. – Dou novamente um sorriso daqueles forçados. – Olha ela lá. 

Do outro lado dos portões do prédio percebo um vulto vermelho. Posso soltar um suspiro de alivio quando vejo o que os cabelos vermelhos vem acompanhados de um óculos preto. Vou andando até a Penélope com o Brian ao meu lado.  

- Oi! – Ela diz com aquela sua típica animação e seu rosto se contorcendo entra um sorriso animado e uma cara de espanto. – Me atrasei muito? 

-Você chegou na hora certa, na verdade. – Abro o meu melhor sorriso. – Bom, a gente pode ir indo. O Brian vai de moto e enquanto ele pega sua maquina da... sua moto, a gente pode ir adiantando, certo? 

- Na verdade... – O Brian começa a dizer e antes mesmo que ele consiga completar a sua frase eu já imagino que não vem nada d que eu já gostar. Nada que essa boca faça eu gosto. Quase nada, pelo menos. – Eu vou indo com vocês, o clube é tão pertinho! Nem vale o trabalho de pegar a moto. 

Antes que eu perceba o Brian a Penélope já começaram a andar. Reviro meus olhos e começo a ir atrás deles. 

- Você tem algum apelido? Seu nome é meio grande... – O Brian começa a dizer e faz com que eu revire novamente meus olhos. Ele conseguiu fazer com que eu revirasse meus olhos duas vezes em menos de minuto. 

- Na verdade não tem apelido nenhum. É um nome bem chato – Percebo um rubor crescer por baixo das sardas da Penélope e ela desvia ao máximo os olhares do Brian, que parece se divertir com sua timidez. 

- Pois eu acho seu nome lindo. – Digo tentando entrar na conversa e salvar minha pobre amiga de ter uma crise de constrangimento e acabar virando uma chama viva de tanta vergonha. – Qual livro você escolheu Penélope? 

- Eu escolher A Republica, do Platão. – Ela me encara com seus grandes olhos, que hoje estão incrivelmente mais claros, quase como mel. – Só vamos ter que combinar direito para comprar o livro. 

- Platão? – O Brian pergunta voltando a querer entrar no assunto, ai dele se vier com suas gracinhas! – Meu pai tem vários livros desse cara, posso ver direito com ele depois. 

- Que gentileza a sua Brian. – Tento não soar tão irônica, mas as palavras meio que escapam da minha boca. – Eu ainda estou me perguntando por que a gente está indo para esse clube sendo que dá para combinar tudo no intervalo da escola! 

- Ah, ok. E você, por acaso tinha algo melhor para fazer nesse sábado a tarde? 

- Sim! – Minto. Quer dizer, qualquer coisa é melhor do que ter o Brian ao lado, qualquer coisa mesmo! Até arrumar meu quarto! – Sinto lhe informar, mas passar a tarde com você, embaixo desse sol quente, é a minha visão do inferno. 

Vejo aquele sorriso zombeteiro se abrir pelo seu rosto enquanto ele dá um leve aceno como se tivesse reprovando alguma atitude minha. Para minha sorte (ou azar) só andamos por mais uns dois minutos. Pelo visto o Brian era sócio há tempos do clube, já que todo pareciam lhe conhecer muito bem. 

- Você tá afim do Brian? – A Penélope diz assim que me sento em uma cadeira. 

- Em que mundo você está, Penélope? 

- AH, vocês vivem se implicando e ele fica te lançando aquelas piscadelas, fora que volta e meia ele fica te olhando do outro lado da sala. – Essa última parte fez um sorriso (completamente involuntário) brincar nos meus lábios. Minha vontade era de perguntar mais, só que isso só faria com que ela ficasse ainda mais desconfiada. 

- Ele é um idiota, e eu não o suporto. Infelizmente vivemos no mesmo prédio e estudamos na mesma escola. Só isso. – Começo a tomar minha coca e começo a olhar o movimento pelo clube. 

Aqui não é dos melhores lugares, é um clube pequeno e não tem tantas piscinas nem nada de muito legal para se fazer, e, incrivelmente, também não tem muitas pessoas. Por isso decido que agora é o melhor momento para tirar meu lindo exemplar de Nada é Para Sempre da bolsa. 

Assim que pouso o livro sobre a mesa, tomo coragem e tiro meu vestido. Eu sou uma das pessoas mais brancas que você pode conhecer na vida, o que me dá vários apelidos nada agradáveis. Eu até poderia tomar mais sol, principalmente agora que estou morando no Rio, mas a verdade é que eu sou completamente neurótica com o sol. Para sair de casa somente com uma generosa camada de protetor solar de 60 FPS. E eu sei que estou certa, pois cada vez mais as pessoas adquirem câncer de pele conforme cada vez mis o sol parece estar mais perto da terra. 

Vejo que a Penélope também tem essa mesma “mania” de protetor. Já que sua pele clara está ainda mais branca e ela não para de passar protetor, principalmente no rosto. Seus cabelos vermelhos fazem um contraste incrível com sua pele e seu biquíni preto. 

- Eu sempre ODEIO usar esse treco? – Ela diz enquanto espalha ainda mais protetor pelos braços. Eu devo ter feito uma cara muito confusa, pois ela continua com uma explicação- Minha mãe é muito neurótica com câncer, com sol, com a pele, com qualquer coisa que possa afetar minha saúde. E se eu chegar com a pele em um pequeno tom fora do normal, ela simplesmente me leva em tudo quanto é dermatologista. Prefiro evitar ir a mais de cinco médicos para apenas ouvir “não é nada demais, ela só tomou um pouco de sol”. 

Engraçado perceber como muitas vezes os papeis são trocados na vida. Eu e a mãe da Penélope somos idênticas e é claro que não posso deixar de pensar em como eu seria a filha perfeita para ela, assim como ela seria a filha perfeita para minha mãe, que nunca está muito preocupada com o efeito do sol sobre sua pele alaranjada. E isso sempre me faz perceber como minha teoria da balança humana está certa. Precisamos conviver com pessoas diferentes de nós para podermos nos balancear. 

- Tá com medo da água? – O Brian se materializa na minha frente tirando toda e qualquer concentração que eu tinha no meu livro. Pela quantidade de água que escorre pelo seu corpo suponho que ele tenha acabado de sair da piscina. Ele mexe nos cabelos fazendo várias gotas caírem ao redor, e eu nem ao menos me importo que algumas dessas gotas tenham caído nas páginas do meu amado livro. 

- Você acabou de molhar meu livro! – Digo saindo do transe, tentando fazer aquela raiva constante que eu sinto por ele voltar. Mas vamos combinar que é um pouco difícil se irritar com ele assim. 

- Fala sério que você veio para clube apenas para ler! Você pode muito bem ler em casa. Até a Penélope está na água! – Ele aponta e vejo uma menina com cabelos ruivos em um coque, sentada na beira da piscina. Tenho vontade de afundar a cabeça dela naquela água apenas por ela ser uma traidora e ter me deixado com esse idiota. 

Antes que eu possa perceber o Brian me pegou nos braços e jogou meu livro em cima da mesa. Juro que se não tivesse com tanta raiva (que enfim voltou) eu poderia estar amando ser carregada por ele. Ele tinha um físico perfeito, em minha concepção de beleza. Não era como aqueles caras fortões e musculosos, mas também não era magrelo.  Fora que seu corpo era completamente proporcional, desde os ombros as pernas, sem ter aquele corpo funil. Era na medida certa. 

- Seu idiota! Acho melhor você me soltar! – Dou alguns tapas nas suas costas e tenho a impressão que me machuquei mais do que ele. Mas pelo menos ele me obedeceu. Pelo menos, nada. Infelizmente. 

Sabe quando tudo fica em câmera lenta e você simplesmente não consegue dizer uma única palavra, e então o momento parece acelerar completamente? Como se tivesse acontecendo cinco vezes mais rápido que o normal? Foi exatamente assim que eu me senti quando o Brian me soltou. Ele simplesmente abriu seus braços e me largou. Por um momento achei que ia me arrebentar no chão e já estava prevendo meu rosto completamente amassado, até senti o choque da água gelada. 

A minha grande sorte era que a piscina não era funda, mas mesmo assim eu me desesperei completamente, e me debati até conseguir ficar de pé e perceber que várias pessoas estavam me olhando com expressão confusa, já que a água batia um pouco abaixo dos meus ombros. 

Assim que consegui fazer contato visual com o Brian, já dentro da piscina, minha primeira reação foi querer afoga-lo. Até não sobrar nada em seus pulmões. Sem consegui conter minha fúria, que parecia aumentar ainda mais com aquele sorriso torto, eu segurei sua cabeça debaixo d’água até onde minha força conseguia. 

Mesmo com minha tentativa de assassinato ele não tirou seu sorriso presunçoso do rosto. Antes que eu possa fazer qualquer coisa, ele revida. Claro que não com tanta força como eu, mas foi o suficiente para atiçar ainda mais minha raiva. Ficamos nessa brincadeira de gato e rato por várias vezes, até que várias pessoas entraram na dança. Antes que eu pudesse perceber, todo mundo estava afundando todo mundo. Minha raiva a essa altura já tinha sido substituída por longas gargalhadas.

- Está vendo só o que você fez? – O Brian me acompanha no momento em que resolvo voltar para a cadeira. Sinceramente, essas coisas cansam mais do que correr. Acho que essa foi a primeira vez que olhei para ele sem ter vontade de lhe dar um soco. E olhando assim, ele é um dos garotos mais lindos que já vi. Seus olhos brincalhões, seus sorriso de lado, a forma como ele passa a mão pelos cabelos e como morde, sutilmente, a boca. Parece uma obra de arte, com cada pequeno detalhes combinando. 

Provavelmente foi a euforia que simplesmente me fez puxar seu pescoço para mais perto e lhe beijar. Por um momento eu nem mesmo percebi o que tinha feito. Mas depois a consciência pesou. Só podia ter entrado água pelo meu ouvido e ido direto para a parte racional do meu cérebro! 

Assim que nossas cabeças se afastaram e sua mão foi caindo da minha cintura, percebi seu olhar de surpresa. Senti minhas bochechas pegarem fogo e aposto que estavam mais vermelhas que um camarão. E eu sabia perfeitamente que não era por causa do sol. 

- WOW! Por essa eu não esperava. – Antes que eu possa dizer nada, ele já está se aproximando novamente, ou sou eu que estou sendo puxada. 

- Brian, não. – Tento me defender, mas qualquer palavra que minha boca estivesse pronta para dizer foi perdida quando seu olhar cruzou com o meu. E ele puxou pra um beijo novamente. Definitivamente eu perdia a razão quando eu me aproximada demais dele. 

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele já estava se afastando, ele e seu sorriso. Pela primeira vez me senti infectada por aquele sorriso cafajeste dele. Era como se, nesse momento, ele não fosse um idiota, um cafajeste. 

- Por que você está com esse sorriso bobo? – Me virei no susto ao perceber que a Penélope estava bem atrás de mim. Olho para ela com aquele meu olhar de curiosa, e percebo que ela realmente não viu o beijo. O que me faz ter vontade de sorrir novamente, mas dessa vez me contenho. 

Passei o resto da tarde lendo ou conversando com a Penélope. Percebi diversas vezes o olhar do Brian, mas ele não se aproximou, e a cada vez que eu o flagrava ele sorria e desviava o olhar. A cada vez que o via meu coração batia um pouco mais forte e um sorriso ameaçava estampar meu rosto. Por mais que eu tentasse evitar. Por mais que eu não quisesse. Era como se seu ele tivesse injetado em mim uma substancia de idiota sorridente, pois era assim que eu me sentia.  

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