Uma Song Fic Mevie, inspirada na música Invisible String, da Taylor Swift.
Autora: SuckerforMevie
Tags: Romance, Universo Alternativo
Personagens: Mal/Evie, Chad, Doug, Audrey, Lonnie
Palavras: 2.2K
• Boa Leitura
Hoje era o grande dia. Evie nunca teve tanta certeza de nada em sua vida, do que àquele tão esperado momento.
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A mãe de Evie sempre teve aquela percepção perfeita de como deveria ser a vida da própria filha. Ela teria que se casar com um homem rico e bonito e se tornar a esposa troféu impecável, dele.
Evie tentou corresponder às expectativas de sua mãe e começou a namorar Chad, o filho do prefeito, no colégio.
Ela começou a duvidar do conceito de sua mãe de uma vida perfeita, alguns dias depois do início do relacionamento. Além de Chad ser o cabeça-dura mais superficial e arrogante de todos os tempos, toda vez que ele a puxava para um abraço ou a beijava, algo dentro dela a impulsionava a se afastar o mais rápido possível dele.
Então, ela decidiu que queria outra coisa em um relacionamento. Ela queria alguém que a apoiasse e a encorajasse a ser ela mesma, não alguém que apenas quisesse exibi-la por aí e dizer o que deveria ou não fazer.
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Ela sempre amou se sentar em meio a natureza para ler um bom livro, curtindo um lindo dia.
Evie queria encontrar um cara com interesses semelhantes aos dela, então, para concluir, ela costumava se sentar em um pequeno cobertor na grama verde do Parque Centenário, e lia um de seus livros favoritos.
Após algumas semanas de suas visitas rotineiras ao parque, ela conheceu alguém.
A mesma estava lendo um capítulo de sua tarefa de química para uma de suas aulas na faculdade, quando um cara aparentemente legal começou a falar com ela. Doug era graduado em química e disse a ela que a viu vindo ao parque semana após semana e falou o quão surpreso ficou, ao vê-la lendo algo diferente de romances naquele dia.
Ela ficou um tanto confusa em relação a ele saber quais livros ela lia, mas não se importou muito.
Este relacionamento começou muito melhor do que o anterior. Eles tinham conversas interessantes e coisas em comum para fazerem juntos. Mas, assim como com Chad, por algum motivo, toda vez que eles se aproximavam ou ficavam íntimos, algo dentro dela a impulsionava para longe de Doug e dizia para ela correr e se afastar dele o mais rápido que pudesse.
Tal sentimento ficava mais forte a cada dia que passava. E com isso, Doug também mostrou sua verdadeira face, sua personalidade horrível e ciumenta veio à tona.
Ele começou a controlar com quem, e por quanto tempo Evie poderia sair. Chegou ao ponto dele entrar nas redes sociais dela e enviar mensagens de texto às pessoas para deixá-la em paz, sem o consentimento de Evie.
Isso foi a gota d'água para ela, e assim, ela terminou o namoro.
Mas todo esse caos a fez se questionar. O que havia de errado com ela?
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Assim que conheceu Audrey, ela finalmente descobriu o que havia de errado. O problema nunca esteve em Evie, mas sim no fato de Chad e Doug serem homens.
Audrey era linda, a apoiava e se importava muito com Evie. Nunca antes em sua vida a azulada tinha sido tão feliz.
Elas tinham um relacionamento quase perfeito. Com longas conversas até tarde da noite sobre moda e novos designs, passeios de mãos dadas pelas manhãs de sábado e muito mais.
A única parte de Evie que Audrey nunca entendeu, era seu amor pela ciência, e por tudo que tinha haver com números e lógica. Sempre que Evie queria iniciar uma conversa sobre seu mais novo trabalho de química ou um projeto que ela estava fazendo para a faculdade, Audrey a cortava e mudava de assunto.
E com isso, Evie sentiu o impulso novamente, não tão forte quanto antes, mas ainda assim, sentiu. Era algo que queria levá-la para algo mais, algo melhor, algo que ela esperava por sua vida inteira.
Mesmo assim, Evie não teve coragem de terminar com Audrey porque, de certa forma, a amava. O que ela fez foi se distanciar. Por exemplo, às vezes, quando aquele sentimento ficava mais forte, Evie se esquivava das tentativas de afeto de Audrey.
Por conta disso, semanas depois, Audrey terminou com Evie, dizendo que ela deveria descobrir o que queria antes de começar um relacionamento novamente.
Mesmo que Evie tivesse se distanciado, o término havia partido seu coração. Ela se trancou no apartamento e ficou lá por algumas semanas, saindo apenas para fazer o necessário.
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Depois de algum tempo, Evie disse a si mesma que precisava sair novamente.
Ela até conheceu alguém novo.
Uma noite, ela decidiu levar Lonnie para seu lugar favorito na cidade. Ambas tiveram uma ótima conversa durante o jantar e quando Lonnie se inclinou sobre a mesa para beijar Evie, ela sentiu aquele familiar sentimento dentro dela. Só que desta vez foi diferente. Parecia impulsioná-la em uma direção específica, e quando ela virou o rosto, sua respiração ficou presa na garganta.
No canto daquele lugar, estava sentada a garota mais linda que ela já tinha visto. A mesma estava rindo com alguns amigos e Evie sentiu o impulso novamente, mas, em vez de arrastá-la na direção oposta, parecia empurrá-la em direção à garota misteriosa.
Por um minuto, seus olhares se encontraram e Evie teve a sensação de que a outra garota também sentia o mesmo. Mas ambas decidiram não se falarem, pois estavam acompanhadas.
Ela não encontrou Lonnie novamente depois daquela noite, pois não seria justo com a asiática, afinal, Evie não conseguia parar de pensar na garota de cabelos roxos.
Por toda a sua vida, cada vez que ela conhecia alguém novo, ela tinha aquele sentimento incerto, aquele impulso, que a fazia saber quando não era a pessoa certa.
E agora, pela primeira vez, era o oposto. Ela viu aquela garota e por algum motivo, aquele sentimento que sempre quis mantê-la longe de todos, agora a empurrava em direção à uma estranha.
Ela não sabia do que se tratava, mas estava curiosa para descobrir o que aquilo significava.
Então, quando ela estava caminhando um dia, sentiu aquela sensação novamente e não pensou duas vezes em seguir até um bar. Depois de entrar, seus olhos pousaram em uma cabeleira púrpura.
A garota estava sentada em um cantinho novamente, mas desta vez, sua única companhia era um caderno de desenho. Quando a arroxeada olhou para cima e notou Evie, ela sorriu. E assim, a mais alta soube que aquilo poderia ser o início de algo novo, o início de algo bonito.
Ela sorriu de volta para a estranha e foi até a mesa.
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Lembrar-se de todo o caminho percorrido até conhecer sua namorada, fez Evie sorrir. Elas eram feitas uma para outra.
Ao chegar no parque, ela apertou o lenço em volta do pescoço e abotoou o casaco. O ar tinha ficado um pouco frio nos últimos dias, mas Evie amava o outono.
Ela avistou Mal debaixo de uma árvore e sorriu largo, ao notar como era bonito o contraste que os cabelos púrpura dela, faziam com as folhas alaranjadas.
Ambas caminharam pelo parque, de mãos dadas, falando sobre coisas aleatórias, como, o fato de Mal finalmente ter tido uma ideia para seu próximo quadro que iria expor na galeria e como Evie tinha acabado de enviar para Audrey e Uma, algumas roupinhas de bebê que ela desenhara na semana passada.
A azulada havia se encontrado com Audrey alguns anos após o término. Elas conversaram e decidiram que poderiam ser amigas, já que ambas estavam em um relacionamento feliz e saudável. Uma e Audrey tinham adotado uma garotinha no ano passado e Evie adorava mimá-la. A mágoa que sentia pelo término de ambas, havia se esvaído por completo.
Evie e Mal continuram andando e conversando, até a garota de cabelo azul parar. Ela puxou um pequeno cobertor e o colocou na grama verde, se sentando e fazendo um gesto para que Mal fizesse o mesmo.
Assim que as duas estavam confortáveis no cobertor, Evie pegou as mãos de Mal e olhou profundamente em seus olhos.
— Sabe? Quando era mais nova, na época da faculdade na verdade. Eu costumava vir aqui todos os dias, com o pensamento de encontrar minha outra metade. Eu adorava sentar ao sol, apenas para ler livros.
— Você ainda faz isso, amor. — Mal respondeu, sorrindo. Ela conseguia sentir o quão nervosa Evie estava, assim, ela quis dar a certeza para Evie, de que ela estava dando toda sua atenção para a mais alta.
Evie sorriu com isso. Bertha a conhecia como ninguém.
— Definitivamente. Enfim, eu conheci certa pessoa aqui, e eu já te falei sobre isso. Ele não era pra mim e você sabe o quão horrível foi esse meu relacionamento, mas, honestamente, eu passaria por aquele inferno centenas de vezes, se isso significasse que eu poderia passar o resto da minha vida no paraíso que é você, Mal. Todos os meus relacionamentos anteriores foram apenas uma jornada que me levou até você. Pode parecer cafona, mas sempre achei que havia algo... Não sei como dizer, mas era como se uma corda me puxasse de todos os braços errados, me levando para aquele bar onde te conheci.
Evie fez uma pausa e respirou fundo.
— Mal, você é a pessoa para mim. Eu quero passar o resto da minha vida com você. E é até bonito pensar que o tempo todo, houve um fio invisível amarrando você a mim. Um único fio dourado que me ligou a você.
Com lágrimas nos olhos, Evie retirou uma caixinha de veludo e a abriu, mostrando para Mal um lindo anel com um diamante arroxeado no meio, enquanto ao redor, pequenos diamantes azulados o envolviam.
— Minha linda Mal, gostaria de me fazer a mulher mais feliz do mundo, sendo minha esposa?
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Quando Mal tinha dezesseis anos e trabalhava numa loja de iogurte afim de ganhar um pouco de dinheiro para entrar numa boa escola de artes algum dia, ela nunca tinha imaginado que conseguiria seu final feliz. Por que? Porque ela nunca imaginou que ganharia dinheiro suficiente para realmente tirá-la daquela cidade e, mais especificamente, da camisa cor de azul-petróleo feia com o feliz copo de iogurte rosa na frente.
Mas de alguma forma, ela conseguiu. Ela entrou em uma ótima escola de arte e lhe foi oferecida uma vaga numa galeria muito conhecida em LA.
E em uma de suas primeiras noites lá, ela viu a garota mais linda de todas, exatamente quando estava jantando com seus colegas. Ela queria tanto cumprimentar a azulada, mas a mesma parecia estar em um encontro, então Mal desistiu e ficou com seus amigos de arte pelo resto da noite.
Ela se arrependeu muito dessa decisão e tentou por a beleza daquela desconhecida, em todas as suas pinturas e desenhos nas semanas seguintes, mas nada chegou perto da aparência original.
Quando a garota de cabelo azul de repente apareceu na frente dela um dia em um bar, ela teve a certeza de que tinha conseguido uma segunda chance.
Um pouco corada, ela mostrou para a bela de cabelos azulados, o esboço que ela estava fazendo dela naquele exato momento e o resto foi história.
Evie foi a melhor coisa que acontecera com ela.
Ela nunca tinha sido a prioridade de ninguém, ou o primeiro pensamento de alguém pela manhã e o último pensamento à noite. Mas Evie a fez se sentir cuidada, ela a fazia se sentir a pessoa mais importante neste planeta.
Certa vez, quando as duas estavam em uma viagem, uma garçonete linda flertou com Evie, ousadamente bem na frente de Mal. Ela até a comparou com uma cantora americana, mas Evie apenas acenou para ela, pegou a mão de Mal, olhou para o lago e disse:
"Devíamos dar um mergulho mais tarde. Está um dia lindo e eu quero ver minha namorada gostosa com o novo biquíni que fiz para ela."
Mal teria rido da expressão de choque no rosto da garçonete, mas ela estava muito cativada pelo sorriso malicioso no rosto de Evie.
Mal sabia que ela queria passar o resto de sua vida com essa garota.
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Enquanto todas as lindas memórias fluíram pela cabeça de Mal, ela não pôde deixar de sorrir.
— Você é a melhor coisa que já me aconteceu, E. Então, sim, é claro! Um milhão de vezes sim, eu quero ficar pra sempre com você!
Mal puxou Evie pelas mãos ainda entrelaçadas e a beijou tão profundamente e com todo o amor que conseguiu.
Evie sorriu no beijo. Aquilo parecia tão certo e finalmente ela havia encontrado a única pessoa em quem podia confiar e que estaria sempre lá por ela, não importasse o quê.
E como ela sabia disso? Bom, depois de conhecer Mal, ela nunca mais sentiu aquele impulso arrastando-a para longe de sua amada. Em vez disso, sempre que elas estavam separadas, ela sentia um desejo dentro de si, que a fazia querer voltar para Mal o mais rápido possível.
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