Doce Orgulho (Completa) - Sér...

By beemantovane

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Anitchka Della Volpe é a mulher mais poderosa da máfia. Futura chefe das famílias italianas aliadas, ela tem... More

Avisos
I - Hoje
II - 12 anos antes
III - Mata-me de prazer
IV - 10 anos antes
V - Pacto com o diabo
VI - 10 anos antes
VII - Conversa de homem
VIII - 10 anos antes
IX - Napa e Kate?
X - 9 anos antes
XI - Sexto sentido
XII - 9 anos antes
XIII - Loira aguada
XIV - 9 anos antes
XV - Fada madrinha
XVI - 9 anos antes
XVII - Entre decisões e segredos
XVIII - 8 anos antes
XX - 8 anos antes
XXI - Favores desagradaveis
XXII - 8 anos antes
XXIII - Rastros
XXIV - 8 anos antes
XXV - Planos impossíveis
XXVI - 7 anos antes
XXVII - Mikhael Rurik
XXVIII - 5 anos antes
XXIX - Hoje (parte I)
XXX - Hoje (parte II)
XXXI - Promessas e corações
XXXII - Lar doce lar
XXXIII - Doce vingança (parte I)
XXXIV - Doce vingança (parte II)
XXXV - Vida após a morte
XXXVI - Paraíso secreto
XXXVII - Epílogo
Agradecimentos

XIX - Rosa dos ventos

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By beemantovane

Hoje

São Francisco, Califórnia.

Quando Domenico me contou, durante o fim de semana, que sua preciosa Kate MacLaine tinha tomado o controle da empresa do pai minha primeira reação foi a mais pura surpresa. Aquela Kate não se parecia em nada com a boba romântica que achava que o melhor para o Bello era abandonar a família e viver algum sonho hippie com ela.

Aquela mulher de negócios que tinha exigido que uma reunião pessoalmente comigo era alguém que eu quase poderia... respeitar.

Claro que eu só cheguei a essa conclusão depois de um período de choque. Ela quer negociar conosco, se aliar a nós, o Bello tinha me dito. Isso era no mínimo intrigante. Que tipo de acordo Katherine MacLaine poderia me oferecer? Domenico já tinha um acordo proveitoso com Lorelai, a mulher do nosso alvo. Juntos, eles já estavam envenenado Christopher com o mesmo veneno que ele usara em sua antiga esposa, a mãe de Kate. Uma ideia no mínimo cruel de Dom, mas que eu tinha aprovado. Deus sabia que minha tolerância para maridos e pais abusivos era perigosamente baixa.

Por pena, aceitei me encontrar com Kate em uma segunda feira de manhã na sede da empresa dos MacLaine.

— Espero que você tenha alguma coisa muito importante para dizer, Katherine. Porque eu sei que eu tinha coisas importantes para fazer além desse teatrinho — digo a ela. Não importa quanto eu simpatize com ela ultimamente, isso tudo seria no máximo uma perda de tempo e perder tempo é algo que eu não posso me dar ao luxo de fazer.

Em breve, Christopher estará morto e meu acordo com os Gambinos concluído. Eu não terei mais nenhuma desculpa para continuar aqui e se eu não tiver descoberto toda a verdade até lá terá sido tudo em vão. Sem contar que eu ainda preciso pensar em o que fazer com Romano. Deixá-lo fugir como eu tinha mentido que faria ou levá-lo para casa para que seja morto. Eu não gosto de nenhuma das duas opções.

— Anna, você quer se sentar? Gostaria de beber algo? — ela ironiza.

— Kate, vá direto ao ponto, eu não sou uma mulher que aprecia perder tempo — aviso.

— Eu quero negociar com você. Sei que o plano de vocês era simplesmente eliminar o homem que lavava dinheiro para uma família inimiga, apesar de eu não entender bem como isso ajudaria uma família que não é nem desse país, mas eu posso oferecer mais. — Imediatamente presto mais atenção nela. Kate é esperta.

É claro que um simples acordo de negócios não seria suficiente para me trazer tão longe de casa. Praticamente, a essa altura todos sabem que eu tenho um objetivo secundário. A diferença é que apenas Domenico, Max e Romano, em partes, sabem qual é. Meu pai provavelmente acha que eu estou aqui tentando convencer meu marido fugitivo a voltar comigo. Kate não precisa saber de nada disso, então respondo:

— Você não sabe como o nosso mundo funciona, por isso não entende. Essa é a era do crime globalizado, Katherine, e uma família importante como a nossa atua em muito mais que drogas e armas. Precisamos de conexões e parceiros, e infelizmente seu pai e essa familiazinha que ele é associado estão dificultando as coisas. Por isso, admiro muito sua coragem de marcar essa reunião.

— Minha empresa poderia repensar essa aliança. Se vocês me derem o que eu quero, podemos começar a fazer negócios para os Della Volpe. Ano passado conseguimos repassar um bilhão e meio de dólares.

Acho que em um mundo invertido eu poderia até gostar dessa garota.

— Interessante. Mas o que você ganha com isso?

— É muito simples. Eu quero Domenico.

— Domenico? Como assim? — Eu não poderia estar entendendo direito.

— Quero que ele seja livre. Sem ligações com vocês. Que ele possa viver como um homem normal. Aqui, comigo, ou onde ele quiser.

Eu realmente olho para ela por um tempo, esperando o resto da piada, mas nada vem. O que me faz ter uma crise de riso descontrolada.

— Eu não posso acreditar. Você quer comprar o Bello.

— Nem é tão absurdo assim — ela resmunga.

— Kate, nós somos a máfia, não ingleses traficando escravos. Você não pode simplesmente comprar um de nós. Eu achei que Dom tinha te explicado. O único jeito de alguém sair é morto.

Ou fugindo, como Romano, mas ela não precisa saber disso. E Romano é praticamente um morto vivo agora, sua situação não é exatamente um exemplo favorável.

— Tem que ter um meio termo, porque vocês precisam de mim e eu quero ele, nós precisamos chegar em um acordo.

Coitadinha, ela realmente acha que precisamos dela. Subo discretamente a barra do meu vestido escuro mostrando a ela o metal brilhante da minha arma.

— Não precisamos de você. Eu poderia te matar, aqui, agora. Mas eu não vou. Por que eu respeito sua coragem. Mas você precisa entender, não tem nenhum cenário possível para Domenico sair da familia vivo.

Eu realmente preciso que ela entenda isso, porque Dom é meu melhor amigo. Meu irmão mais velho. E se ela continuar com ideias assim, e se Dom embarcar nelas, isso me colocará em uma posição extremamente difícil. Me sinto mal quando ela relaxa na cadeira, derrotada.

— Eu aceito sua oferta, no entanto. Gostaríamos de fazer negócios com você. E talvez eu possa mandar que o Dom passe bastante tempo aqui, você sabe, supervisionando as coisas. — É o melhor que posso fazer por ela. Me levanto para ir embora e estou na metade do caminho quando me viro para ela novamente. — Eu realmente gostaria que houvesse um jeito de sair, algumas pessoas merecem — confesso.

Max estava com tudo pronto. Ele tinha trabalhado muito bem e eu seria eternamente grata a ele por isso. Meu plano brilhante de sequestrar Mike Ricci tinha dado certo. Eu finalmente iria enfrentar aquele homem e descobrir coisas que eu tinha passado a vida toda me perguntando. Eu estava no mínimo animada para esse dia chega e agora aqui estavamos.

Nem me importei quando Max me mandou o endereço de um galpão abandonado em um endereço desconhecido por mim na cidade e me mandou encontrá-lo lá. Ele tinha Mike com ele e era isso que me importava.

— Ele não tem a tatuagem que procuramos — Max contou assim que me viu. A expressão em seu rosto é de puro descontentamento. Se Mike não é quem estamos procurando então eu estou de volta a não ter nada. E eu não posso me dar ao luxo de passar por isso agora, simplesmente não teria tempo para procurar novamente.

— Eu quero ver — aviso. — Quero ver com meus próprios olhos.

Deixo Max me conduzir pelo galpão. Temos uma dúzia de homens aqui, fazendo nossa segurança. Não são meus soldados, mas são da sua confiança e isso é suficiente para mim. O galpão é escuro e sujo e estou deslocada em todos os aspectos. Mas algo dentro de mim se agita quando vejo Mike amarrado a uma viga, com o rosto coberto por um capuz.

— Tire a camisa dele — é a minha ordem.

Max tem razão. Mike Ricci não tem uma tatuagem de estrela no peito. Em seu lugar está uma rosa dos ventos, muito bonita por sinal. Meu soldado não entende nada quando eu começo a rir.

— Senhora?

Ele não percebe, mas eu percebo. E continuo rindo, por que estou muito feliz.

— Sinto muito por não ser quem a senhora procura — ele se desculpa. — Sei quanto isso é importante...

— Max, você fez tudo certo — eu o corto. — Você achou exatamente o homem que procuro.

Aquela tatuagem é uma cobertura. Eu vejo a forma da estrela por baixo, vejo claramente.

— Como?

— Olhe bem para ela — mando. — Você não percebe que uma das tintas parece mais recente?

Eu não sou nenhuma grande especialista em cobertura de tatuagens, mas eu esperava que algo assim acontecesse, por isso tinha me preparado e treinado meu olho. Eu seria capaz de reconhecer a estrela mesmo se Mike a tivesse tirado a laser.

— Então é ele?

— É ele — eu respondo. — Nós encontramos meu pai.

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