✓ Fix You¹ • Bucky Barnes

By sarahverso

798K 58.3K 85.8K

𝑭𝑰𝑿 𝒀𝑶𝑼. 𝐃𝐔𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐔𝐌 ⸻ Após dois anos no Missouri, aproveitando... More

fix you
galeria + playlist
epígrafe
prólogo
parte um
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
flashback: o começo
parte dois
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23.1
23.2
flashback: a hydra
parte três
24
25
26
27.1
27.2
28
29
flashback: fazenda barton
parte quatro
30
31
32
33
34
35
36
37
38
flashback: james
parte cinco
39
40
41
42
44
45
epílogo
agradecimentos
extra #1: a festa
extra #2: melhores amigos
extra #3: o porquinho
extra #4: preparativos
samtasha #1
samtasha #2
dear amelia - especial de 100K
SEGUNDA TEMPORADA

43

7K 482 1.8K
By sarahverso

🚨 ALERTA DE GATILHO: sangue, violência gráfica e abuso físico

O som de fogo crepitando e água corrente ecoava em sua cabeça. Lentamente, Amelia abriu os olhos, a visão turva, enxergando apenas a escuridão sob sua cabeça. O ouvido zumbia, e as mãos tremiam. Com dificuldade, ela se sentou, o corpo inteiro doendo.

— Steve? — chamou baixinho, olhando ao redor e vendo apenas a destruição. Onde estava?

Amelia estava muito confusa. Em um momento estava tudo bem, e em outro o chão tremia sob seus pés. E agora, estava ali, em meio a escombros, fogo e muita água.

Ela levou uma mão a cabeça e gemeu. Havia um corte em sua cabeça; sangue escorria pelo corte, sujando seus cabelos alaranjados. Amelia examinou o corpo, seu traje estava empoeirado e com alguns rasgos. O tornozelo latejava e, ao bater os olhos nele, Amelia tinha certeza que havia o torcido na queda.

Foi então que ela olhou para a mão esquerda.

— Droga! — gritou, assustada. A mão sangrava, muito mais do que o corte em sua cabeça. E ao franzir os olhos e observar bem, Amelia viu que lhe faltavam três dedos.

Ela arregalou os olhos e sentiu o estômago revirar. Com a mão boa, ela rasgou — com muita dificuldade — um pedaço de seu casaco e enrolou na mão mutilada. Segurando uma ponta com os dentes e puxando a outra com a mão, ela grunhiu de dor ao apertar o tecido, em uma desleixada tentativa de estancar o sangue.

Engolindo seco, ela ficou de joelhos, encarando a mão machucada e só então se dando conta do que mais estava faltando: O anel de noivado, que estava em seu dedo anelar, o mesmo dedo que faltava em sua mão.

— Não, não, não — choramingou. Com a mão livre, ela passou a cavar o chão em busca dos dedos que havia perdido. — Por favor! — implorou, já sentia os olhos embaçarem por conta das lágrimas.

Entretanto, embaixo de um pedaço de concreto, Amelia encontrou seu dedo anelar e junto dele, o anel de noivado. O gosto amargo subiu por sua garganta quando com a mão trêmula, ela retirou o anel do dedo e, o guardou dentro do bolso interno da calça de couro. Ela suspirou aliviada e por fim olhou ao redor, tentando reconhecer onde estava.

— Tony? — gritou, ficando de pé e sentindo as pernas doerem. Estava ferrada. Tinha sorte de não ter quebrado alguns ossos ou não ter morrido esmagada. — Steve? Alguém?

As lágrimas escorreram por seu rosto, os lábios tremendo e o suor brotando em sua testa. Não sabia o que fazer. E, pra completar, estava morrendo de medo do que poderia ter acontecido com os outros.

— Steve! — berrou a plenos pulmões. Quando fez menção de andar, quase caiu ao chão. Confusa, Amelia encarou os pés e quase riu ao perceber que não havia torcido o tornozelo, mas sim o quebrado. E naquele momento, seu pé direito estava em uma posição bem feia. — Ótimo! Perfeito!

— Amelia? — Uma voz ecoou por onde estava e o coração da menina deu um salto.

— Steve! — gritou de volta, seguindo o som da voz do amigo.

A figura alta e máscula de Steve surgiu em meio os escombros e, ao ver o amigo, Amelia suspirou aliviada. Ele correu até ela e arregalou os olhos, olhando-a de cima a baixo.

— Meu Deus, Amelia — suspira Steve, pegando a mão dela e examinando o curativo fajuto que ela havia feito.

— Eu estou bem, sério. — Ela respondeu, puxando a mão e a escondendo dentro do casaco.

— Bem?! Você percebeu que seu pé está quebrado? — indagou Steve, voltando a puxar o braço da mulher e examinando o sangue que cobria a mão dela. — E o que aconteceu com sua mão?

— Ah, eu perdi três dedos! — Deu de ombros. — Nada demais.

— Nada demais? — A voz dele carregada de incredulidade. A mulher deu de ombros mais uma vez e olhou ao redor.

— Então? Vamos ou não sair desse buraco?

— Tá maluca? — questionou Steve, caminhando até a mulher e segurando os ombros dela. — Você não vai à lugar nenhum desse jeito.

Amelia revirou os olhos e cruzou os braços em frente ao peito, arrastando-se até o homem, ela o olhou profundamente.

— Ah, eu vou sim!

— Amelia...

— Cadê os outros? — questionou Amy, ignorando seja lá o que ele fosse dizer. — E que merda acabou de acontecer?

O homem suspirou, imitando a pose de Amelia e olhando ao redor. Não fazia ideia de onde os outros estavam. Quando Tony o encontrou desmaiado, com algumas pedras sobre seu corpo, a primeira coisa que Steve fez foi ir atrás de um dos amigos.

— Não sei... — respondeu ele. — E isso tudo... — Apontou a destruição ao redor deles. — Foi obra do Thanos.

A mulher mordeu o lábio inferior com força, tanto que sentiu o gosto metálico do sangue em sua língua. Estava com tanta raiva, que tudo que queria era arrancar a cabeça de Thanos. Se não fosse por ele, Natasha estaria viva e todos os outros estariam ali com eles.

— Vamos? — chamou Steve, observando os olhos de Amelia oscilarem do castanho para o vermelho vívido.

— Você podia me dar uma carona, né? — pediu, manhosa. Steve franziu o cenho e olhou para os pés da menina, soltando um murmúrio baixo.

— Você não voa?

— É, mas não quero gastar minha energia... — disse Amy. — Quero guardar para o que nos espera lá fora, Cap.

— Ainda acho que você deveria ir para um local seguro.

— Opinião anotada com sucesso e graciosamente ignorada. — Os lábios de Amelia se curvaram em um sorriso aberto, que fez Steve bufar e aproximar-se dela.

— E também deveria ter deixado Bruce te examinar — continuou. — Mas você tem que ser tão teimosa!

— Ai, não começa com o sermão. — Amelia resmungou, passando os braços pelo pescoço do homem. Ele ajeitou o escudo no braço e abaixou-se, pegando a ruiva no colo, sem nenhum esforço. Ela sorriu e apoiou o pé quebrado sobre o pé bom.

— Está doendo? — indagou Steve, caminhando até onde Tony e Thor estavam.

— Um pouco, mas vou ficar bem — sorriu.

Ao chegarem até os outros dois, Steve colocou Amelia no chão, cuidadosamente. Os dois arregalaram os olhos ao notar que a destruição ali fora era pior que a do complexo. Uma nave enorme estava ao céu; fogo e destroços espalhadas onde antes havia um lindo gramado.

— O que ele está fazendo? — Tony pergunta. Ao esticar a cabeça para ver o que eles estavam olhando, Amy avista Thanos sentado em uma rocha.

— Absolutamente nada.

— Onde estão as Joias? — perguntou Steve, apoiando uma mão na base das costas de Amy.

— Debaixo de tudo isso — suspira Tony, olhando sobre os ombros e vendo Amelia parada ali. — Só sei que ele não tá com elas.

— É melhor que fique assim.

— Garota... — falou Tony, exasperado. — O que aconteceu com você?

— Minha nossa, Amy! — Thor murmura, cobrindo a boca com as mãos e olhando para a menina, espantado.

— Não sei se vocês repararam mas fomos soterrados. — Ela sacudiu os ombros. — São só uns machucadinhos.

— Você está sangrando e seu pé está... quebrado — aponta o Homem de Ferro, negando com a cabeça. — Vem! Vou te deixar em algum hospital.

— Não! — Ela grita. — Eu vou ficar e lutar com vocês.

— Amy, você está perdendo muito sangue.

— Nada demais, Tony — resmungou ela. — Eu estou ótima, juro.

— Não parece.

— Thor! — irritou-se a menina. — Podemos focar no Thanos? — pediu. — Qual vai ser o plano?

Os três homens suspiraram, não concordando nem um pouco com a decisão de Amelia. Estava tão debilitada, sua mão machucada gotejava e as caretas que fazia cada vez que mudava o peso da perna, era de partir o coração. O medo deles era se em meio a batalha ela não conseguisse resistir a luta ou aos ferimentos. Já haviam perdido Nat, não queriam perder Amelia também.

— Isso aí é uma armadilha — anuncia Thor, tranquilamente.

— É, só que eu não me importo — respondeu Tony, olhando para Thor, Amy e Steve.

— Ok. Era só pra deixar isso bem explicado — disse, e no momento em que finalizou sua frase, um trovão ecoa pelo céu. O deus estica os braços para invocar o Stormbreaker e Mjolnir, e um raio o atinge. — Vamos deixá-lo bem morto dessa vez!

Os quatro vão de encontro a Thanos, que os observa atentamente com um sorriso preso aos lábios. Amelia aperta a alça de sua aljava, examinando os arredores do Titã em busca de alguma emboscada. Mas, estavam sozinhos com ele.

— Não conseguem viver com a sua falha — começa ele. — Aonde isso trouxe vocês? De volta a mim. — Ele mesmo responde a sua pergunta. Amelia caminha pelo local, os olhos desviando de Thanos para os amigos. Estava pronta para atacar. — Achei que eliminando metade da vida, a outra prosperaria. Mas mostraram a mim que isso é impossível enquanto houver aqueles que lembrem de como era, haverá sempre aqueles que são incapazes de aceitar o que poderia ser e resistirão.

— É porque a gente é teimoso. — Tony falou.

A ruiva pegou o arco e preparou uma flecha explosiva, agora sua atenção estava toda em Thanos. Porém, seu pé — até então quebrado — começou a formigar e uma onda de arrepios tomou conta de seu corpo. Ela abaixou o olhar, engolindo seco. Aquela sensação... Não é hora pra isso, Amy. Se concentra. A ruiva suspirou, voltando seus olhos para Thanos, que se levantava calmamente.

— Ah, eu agradeço. — Ele falou. — Porque agora eu sei o que preciso fazer. Eu vou destroçar esse universo até o último átomo — explicou, pegando seu capacete e colocando-o. — E aí... Com as Joias que vocês coletaram pra mim, criar um novo... Repleto de vida, que não saibam o que foi tirado mas apenas o que lhe foi dado. Um universo grato.

— Banhado em mortes. — Steve fala, já em posição de ataque. Amelia prepara a flecha no arco e mira em Thanos.

— Nunca vão saber, pois vocês não sobreviverão pra isso.

Thor urra e corre em direção a Thanos, enquanto Tony e Steve chocam-se contra ele, esquivando-se dos ataques do Titã. Amelia atira a flecha nos pés dele e prepara outra — envolta por sua energia —, que atinge as costas dele.

Quando Tony atinge um jato de energia em Thanos, Steve joga seu escudo contra ele. Amy coloca o arco nas costas e corre mancando até o Titã, pendurando-se nos ombros dele e enfiando as mãos em seu pescoço. Ondas de energia perpassam pelo corpo de Thanos, que urra de dor e agarra Amelia pela perna, jogando-a longe.

— Amy! — grita Steve.

A ruiva geme de dor e encara o chão seu, tossindo e sentando-se. Teria sorte se saísse dessa batalha inteira, porque seu corpo doía e ainda sentia aquela sensação familiar de formigamento. Porém, não tinha tempo para apreciar aquilo.

— Ok, Thor, atira em mim. — Tony se agacha.

Thor bate uma arma na outra, invocando raios. O traje de Tony suga a energia e ele atira em Thanos, usando as mãos e o corpo. Entretanto, o Titã gira sua lâmina para desviar da energia de Tony. Thor então agarra a Stormbreaker e usa-o para bater em Mjölnir e atingir Thanos, que usa Tony como um escudo.

Amelia fica de pé e corre até Thanos, usando sua energia para prender os braços e pernas dele, enquanto Steve o ataca. Só que Thanos, facilmente, consegue soltar-se da energia de Amy, empurrando-a com brutalidade no chão e derrubando Steve, em seguida.

— Que droga... — Ela murmura, sentindo as costelas doerem e o ar faltar.

Thor é o único de pé e corre para atacar Thanos, que o bloqueia com sua espada e o pega pelo pescoço. Amy ofega, tentando levantar do chão, mas não sentia suas pernas. Ela vê Thanos jogar Thor de um lado para o outro, como se ele fosse uma boneca de pano.

— Thor... — Amy geme, girando o corpo para o lado e vendo Thanos enfiar o amigo contra uma rocha, chutando-o e socando-o. — Não...

Quando ela pensa que Thor vai conseguir acertar sua Stormbreaker em Thanos, o Titã é mais rápido e a pega no ar, tentando enfiar a lâmina no peito do deus. Antes que Thanos consiga cravar a lâmina em Thor, o Mjölnir voa pelos ares e atinge a cabeça do Titã e volta.

Os três olham surpreso para a direção que o martelo voou. Steve o segurava, o rosto banhado de fúria. Thanos dá um chute no peito de Thor e caminha em direção a Steve, que já corria até ele.

Amelia umedece os lábios e observa o próprio corpo, o pé continuava quebrado e agora tinha um rasgo enorme em sua calça, mostrando os joelhos ralados. Mais um ferimento pra conta...

Steve e Thanos passam a lutar, conseguindo atacar e defender dos golpes do outro, usando suas armas. Amelia observa Steve derrubar Thanos mais de uma vez e sorri, esperançosa. Ela consegue ficar de joelhos e geme alto, sentindo os olhos lacrimejarem pela dor que sentiu. Uma onda de raios ilumina o campo e Thanos está no chão. Estavam ganhando?

Porém, rapidamente, Thanos consegue ficar de pé e passa a atacar Steve. Thanos corta a coxa do Capitão e lança o Mjölnir longe; o Titã atingi o escudo de Steve com sua espada, quebrando-o até que restasse uma única metade.

— Steve... — murmura Amelia, abrindo as palmas das mãos e tentando lançar um jato de energia em Thanos, mas não teve sucesso. Thanos acerta Steve com a espada e o lança pelos ares; Amy arregala os olhos e grita, desesperada. — Steve! Levanta! Por favor...

— Cala a boca, menina! — ordena Thanos, ofegando. — Em todos meus anos de conquista, violência, massacre, nunca foi pessoal. — Thanos começa a falar, olhando para Amy e Steve. — Mas agora, o que eu estou prestes a fazer com seu teimoso e irritante planeta... Eu vou gostar. E vou gostar demais.

O exército de Thanos surge de repente. Amelia engole seco ao ver Próxima Meia Noite, Chitauris e aliens e mais aliens. A ruiva troca um olhar com Steve, e engatinha até ele, que a ajuda a ficar de pé. A menina volta a pegar o arco de suas costas, e algumas flechas; e Steve aperta a fivela de seu escudo quebrado.

A dupla se olha mais uma vez, um sorriso pequeno surgindo em seus rostos sujos. "Juntos?" pergunta Steve em pensamento, a ruiva sente os olhos arderem e concorda com a a cabeça. "Custe o que custar, né?"

Eles dão as mãos e voltam a atenção para Thanos e seu exército. Agora, era tudo ou nada. Não tinha sinal de Tony ou Thor, e muito menos de Bruce, Rocket, Scott e Rhodes. Estavam sozinhos e prontos para lutar. Até a morte se fosse preciso.

Ela abre a mão, torcendo para que seu poder não tivesse se esvaído. E, lentamente, ela observa a aura avermelhada envolver suas mãos sujas e ensangüentadas. A ruiva solta um murmúrio aliviado e junto a Steve, caminha em direção a Thanos.

Mas, um chiado ecoa pelo comunicador dos dois, fazendo-os cessar seus passos e trocarem um olhar, confusos. Uma voz, e Amelia sente o estômago gelar.

Capitão, tá ouvindo? — chia a voz com algumas interferências. Amy aperta o braço de Steve e ele a olha, ofegante. — Capitão, é o Sam. Tá me ouvindo?

— Meu Deus! — Amy fala em um suspiro. Era real, né? Era real assim como a ligação de Clint mais cedo?

Steve leva a mão até o comunicador e ofega, olhando ao redor. Atrás dos dois, um portal amarelado surge.

À esquerda. — Sam Wilson falou, fazendo Amy e Steve olharem para trás e só assim notarem o círculo amarelado que girava atrás deles.

A mulher prende a respiração, vendo três silhuetas surgindo do portal: T'Challa, Shuri e Okoye. O rei de Wakanda e Steve trocam um olhar, e T'Challa dá um pequeno sorriso ao Capitão. Um arrepio percorre o corpo de Amelia, que solta um soluço aliviado.

Não estavam sozinhos.

Antes que ela e Steve pudessem dizer ou fazer alguma coisa, Sam voa sob eles. E a menina não consegue conter o choro que desencadeia, voltando a segurar o braço de Steve com força.

Amelia sente o coração dar um pulo em seu peito, ao ver vários outros portais surgindo pelo campo de batalha — e deles, todos aqueles que foram desintegrados por Thanos, em 2018, aparecendo. E foi impossível para Amelia não pensar em Natasha e o quão feliz ela ficaria em saber que tinha dado tudo certo. As lágrimas molhavam seu rosto, e ela se segurava em Steve, pois, de repente, seus joelhos pareciam que iriam ceder a qualquer momento.

Estavam todos de volta.

Depois de cinco longos e difíceis anos, estavam todos ali.

Amy encarou Thanos, que tinha os lábios abertos e observava chocado o exército que chegava para batalhar. Você tá tão ferrado, ela pensou, sorrindo.

De repente, atraindo a atenção de todos os presentes, um Scott gigante surge em meio aos escombros do complexo. Ele lentamente abaixa a mão grande e de dentro dela, Bruce, Rhodes e Rocket pulam.

Uma gargalhada escapa da boca ressecada da mulher, que se vira para Thanos e olha ao redor, emocionada e sentindo-se revigorada. Thor e Tony se juntam ao lado dela e Steve, e estavam todos juntos novamente.

Ela ignorou a vozinha em sua cabeça que relembrava que faltava uma pessoa ao lado deles. O seu coração apertou e ela deu um suspiro sôfrego. Precisava se concentrar no agora. Mais uma vez ela sentiu aquele formigamento familiar percorrer por todo o seu corpo; os joelhos ralados arderam, assim como o corte em sua cabeça e aquele esquecido em seu pulso. Era como um beliscão, um choque.

Os seus olhos arregalaram levemente. Estava se curando? Tinha tanto tempo que não sentia aquele formigamento conhecido. Amy mordeu o lábio, sua mão ainda estava mutilada e o pé ainda doía e se encontrava em uma posição estranha. Mas, já era um começo, né? Isso significava que aos poucos estava voltando ao normal?

— Amy? — A voz de Steve ecoa em sua mente, ela o olha e esboça um sorriso.

— Estou bem.

Ela, então, estica a cabeça e apoia a mão machucada no ombro de Steve, ficando na ponta do pé bom. Amy olha ao redor, curiosa e ansiosa, em uma tentativa de encontrar aquele quem fazia seu coação bater mais rápido. Mas, tinha muita gente. Muita.

— Vingadores — grita Steve, invocando o Mjölnir. Amy sorri e com seu poder, ergue do chão. —, avante!

E todos eles correm em direção ao exército de Thanos, que ergue sua espada, comandando seu próprio exército a atacar.

Depois disso, é uma bagunça. Raios e jatos de energia, tiros, escudos e socos para tudo que é lado. A ruiva voava, jogando bolas enormes de energia contra o exército de Thanos. E duas vezes, ela achou ter visto Bucky ou Sam lá embaixo — o que quase a fez despencar do céu.

Capitão, o que quer que eu faça com essa coisa? — A voz de Peter Quill chia pelos comunicadores. Amelia recordava de ouvir Rocket e Nébula falarem sobre o rapaz e sua namorada, Gamora.

Leva as Joias o mais longe possível — respondeu Steve. Amy aterrissou, agarrando um alien pelo braço e enfiando as mãos envoltas de energia na cara dele.

Não! Temos que levá-las de volta pro lugar delas. — Bruce retruca.

Não rola levar de volta, Thanos destruiu o túnel quântico. — É a vez de Tony dizer.

Espera! — Scott fala. — Não era nossa única máquina do tempo.

Uma buzina ecoou pelo campo de batalha e todos eles procuraram de onde vinha o som divertido. Amelia franziu o cenho, caminhando pelo campo e olhando ao redor.

— La Cucaracha? — indagou para si mesma, rindo em seguida.

Conseguem ver uma van marrom em algum lugar? — Steve pergunta, fazendo Amy erguer do chão e procurar a van.

— Consigo, mas não vai gostar de saber onde ela tá parada! — Ela responde pelo comunicador.

Scott, quanto consegue fazer ela funcionar? — Tony pergunta.

Em uns dez minutos.

Liga ela, vamos levar as Joias até você.

Entendido, Cap. — Uma mulher responde.

Amelia volta a pousar em terra firme, e naquele exato momento Sam sobrevoa, fazendo seus cabelos voarem. Ela arregala os olhos, estavam tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Só queria abraçar seu melhor amigo... E seu Bucky.

Um trio de aliens correm em sua direção, e ela abre um sorriso, pegando três flechas explosivas da aljava e atirando contra eles. A mulher observou o corpo deles explodirem em milhares de pedaços, rindo alto. Pelo seu campo de visão, ela avista T'Challa correndo ali perto e a manopla em seus braços, porém ele é impedido por ninguém mais que Thanos.

Amelia grunhe de raiva e voa até os dois, pousando entre T'Challa e Thanos. Os seus olhos brilhavam em vermelho e as suas mãos emanavam pura energia. Ela observou Thanos com extrema atenção, olhando-o de cima a baixo e caminhando lentamente em sua direção.

— Você roubou tudo de mim — diz Amy, entredentes.

— Eu nem sei quem você é. — Thanos responde.

Ainda. — Amelia fala, um sorriso largo curvando-se em seus lábios.

Com seus poderes, ela pega alguns destroços do chão e tenta esmagar Thanos com eles. Quando o mesmo caí, ela aterrissa novamente e atinge bolas de energia contra ele. Thanos tenta atacar Amy com sua espada de lâmina dupla, mas ela é mais rápida e o empurra para longe. Em todo o momento, a ruiva está com um sorriso enorme na boca e raiva nos olhos.

Ela ergue Thanos do chão, e sua energia o circunda, apertando o titã como se fosse uma serpente. Enquanto ele grita de dor, Amelia vai retirando sua armadura, destruindo-a ou amassando-a.

E pela segunda vez no dia, uma chuva de mísseis os atinge. Amelia arregala os olhos e solta Thanos bruscamente contra o chão; ela cria um escudo de energia pra se proteger de um míssel, mas não é rápida o suficiente e, logo, é derrubada longe.

— Merda... — Amy geme de dor, seu rosto coberto de terra. Ela gira de costas e encara o céu, ao mesmo tempo em que os mísseis cessam e passam a atingir algum lugar lá entre as nuvens.

O que é isso? — Sam pergunta pelo comunicador.

Uma luz brilhante de energia surge no céu, enquanto Carol Danvers voa através da nave de Thanos, resultando em uma explosão que a derruba no lago.

— Agora sim! — grita Rocket e só então Amelia nota o guaxinim atrás dela.

Danvers, consegue ajudar aqui? — Steve fala e é a última coisa que a ruiva consegue ouvir, pois sua atenção está toda voltado na figura parada a alguns metros.

Amelia ignora os chamados de Rocket e Groot, dando passos hesitantes para frente. As suas mãos tremiam levemente e sua respiração estava entrecortada. Bucky Barnes estava sob uma rocha, atirando contra um mar de aliens.

— J-James... — suspira Amy, ambas as mãos na barriga.

— Amelia, cuidado! — Rocket grita no exato momento em que um alien pula nela, derrubando-a no chão e tentando enfiar as enormes garras em seu rosto.

A ruiva berra, segurando os braços do bicho com as mãos e chutando-o com as pernas. Ela o empurra para trás e sobe em suas costas, agarrando seu pescoço e apertando com força. Os seus olhos lacrimejavam e estavam fixos em uma única pessoa, Bucky, que agora olhava naquela direção.

Amelia grita de raiva e arranca a cabeça do alien a sua frente, sangue roxo respingando em seu rosto. Rocket assobia e Groot diz algo, mas a ruiva não presta atenção nisso. Ela chuta o corpo morto do alien para o lado e, usando a manga do casaco, limpa o sangue em suas bochechas.

— Amy? — Aquela voz que tanto sonhou ouvir novamente ecoa por onde estava, trazendo uma onda de arrepios pelo corpo de Amelia.

Ela abre um sorriso torto e corre em direção ao homem, nocauteando alguns aliens no caminho. Nada iria a impedir de encontrar ele. Nada. Bucky caminha em direção a noiva, jogando a metralhadora para as costas e abrindo os braços. Amelia chorava e ria ao mesmo tempo, sentindo o estômago revirar e o coração pular desesperado.

A mulher joga seu corpo contra o dele, sentindo as mãos fortes circundarem sua cintura e a tirar do chão. Amy enfia o rosto contra a curva do pescoço de Bucky e agarra o tecido grosso do traje dele. Estava tão feliz. Depois de cinco anos, estava novamente nos braços do homem que amava.

O cheiro dele, que tanto sentiu falta. O toque quente e gelado em sua pele. A textura de seu cabelo na ponta dos dedos. O azul intenso em seus olhos brilhantes. Os lábios rosados e macios.

— Bucky... — suspira, dando beijinhos no pescoço dele e escutando o homem rir e a girar. — Olha pra mim — pede, segurando o rosto dele entre as mãos e observando cada mínimo detalhe.

— Oi, doll. — Bucky fala, colando sua testa na da menina.

— Eu não acredito que você está aqui — choraminga. O homem abre um sorriso ladino, roçando seu nariz ao dela. — Senti tanto a sua falta... Tanto.

— E eu a sua... — murmura ele, erguendo uma mão e colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. — Amei o novo corte.

A ruiva ri fraco, sacudindo a cabeça e soluçando alto. Ela volta a abraçar Bucky pelo pescoço e deixa-se chorar, apertando-o o máximo que conseguia.

— E-eu achei que nunca m-mais fosse te ver — falou baixinho, sua voz saindo entrecortada. Ela envolve a cintura do homem com as pernas, os braços fortes dele fixos em sua cintura; prendendo-a, protegendo-a.

Shhh... — Ele dá um beijo no ombro dela, fechando os olhos. Ela tremia em seus braços, soluçando baixinho e sempre o tocando, como se quisesse ter certeza de que ele era real. — Eu estou aqui... Tá tudo bem agora.

A mulher solta um gemido sôfrego, afastando-se levemente dele e encarando os olhos azuis brilhantes. Era aquela a sensação de explodir de felicidade?

Nada parecia importar.

Que se dane a batalha. Que se dane Thanos.

Bucky estava ali.

— Me beija — pede, manhosa.

Bucky dá uma leve espiada ao redor, tendo certeza de que não havia ninguém à espreita para atacá-los. Ele morde o lábio inferior com força e aperta os dedos na cintura dela, levando a mão de metal até a bochecha gelada e puxando o rosto de sua menina para perto.

Claro que ele iria a beijar. Ele faria qualquer coisa por ela.

Quando seus lábios finalmente se tocam, Amelia solta um gemido de alívio. E como se possível, apertando Bucky ainda mais contra o seu corpo. Não era um beijo quente, era apenas um tocar carinhoso — carregado de saudade e amor —, de seus lábios. Ela embrenha os dedos nos cabelos dele, suspirando e, quando a língua de Bucky pede passagem por seus lábios entreabertos, alguém pigarreia atrás deles.

— Não acho que seja o melhor lugar pra vocês sugarem a cara do outro. — A pessoa fala, fazendo o casal se encarar profundamente. — Se não perceberam, tá rolando uma guerra aqui...

Amelia empurra o rosto de Bucky e arregala os olhos, pulando do colo dele e olhando sobre os ombros. Sam Wilson estava parado ali com um sorriso zombeteiro preso aos lábios e os braços cruzados em frente ao peito.

— Sam! — Amy grita, jogando-se contra o melhor amigo, que vai ao chão junto da ruiva.

— Também senti sua falta, ruivinha — ri o homem, ficando de pé e a ajudando em seguida. — Só não senti falta de ver ele enfiando a língua na sua garganta...

A ruiva cobre a boca com as mãos, os olhos desviando de Sam para Bucky e, mais uma vez, ela chora desesperada. Uma mistura de soluçõs e murmúrios incompreensíveis saindo da boca dela, fazendo Sam rir e Bucky querer a puxar para outro abraço. Amy agarra ambos os homens pelo pescoço e os abraça desajeitamente.

— Meus garotos preferidos — comenta com a voz abafada. — Não conta pro Steve e pro Tony que eu disse isso!

— Ah, abraço em grupo, que legal! — Sam fala, fazendo uma careta e afastando o braço de Bucky da cintura da melhor amiga.

— Eu fiquei cinco anos sem ver vocês, então cala a boca e me abraça. — A mulher resmunga, dando um tapa na cabeça de Sam.

— É Sam, cala a boca e abraça ela. — Bucky provoca, beliscando o braço do amigo, que deu um tapa no seu.

— Mas eu não quero ficar perto dele.

— Ai, achei que esse tempinho juntos ia fazer vocês serem mais... legais com o outro.

Sam olha pra Bucky, que sacode as sobrancelhas e ri. O outro resmunga e puxa o cabelo de Bucky, que chuta seu pé. Amelia gargalha, sentindo o peito aquecer de ver os dois a sua frente.

— Ai, eu amo vocês. — Ela murmura, tentando não chorar de novo.

Sam revira os olhos de brincadeira e olha Amelia de cima a baixo, só naquele momento notando o estado em que ela se encontrava. Nunca a viu tão... ferrada? E aquilo partiu seu coração. Além de ela estar magra demais e pálida demais, o pé estava torto e a mão esquerda gotejava sangue.

— Tá, acho que eu vou comentar primeiro, né? — Ele olha para Bucky, apontando com as sobrancelhas a mulher. — Você tá um caco.

— Nossa, você sabe como falar com uma garota, hein.

— Mas é verdade. — Deu de ombros. — O que aconteceu?

— Ah, nada demais! O complexo explodiu encima da gente... aí quebrei meu pé, minha mão tá um pouquinho ferrada, mas tá tudo bem.

— Tudo bem?! — Bucky questiona, indignado.

Um grupo de aliens aproxima dos três, que separam-se o suficiente para atacá-los. Amelia atira flechas de atordoamento neles, enquanto Bucky e Sam os derrubavam em uma luta corporal.

— Amor, você não parece bem! — Bucky comenta, ofegante. O suor escorrendo por sua testa e as mãos apoiadas na cintura.

— É, você já não deveria estar curada?

— Longa história... — riu, sem graça. — Mas não estou me curando mais e aparentemente estou morrendo. O que é engraçado já que eu não morro, né? Mas é isso, sem cura e mortal. Como vocês estão?

— Desacelera, ruivinha. O quê?

— Você está morrendo? — indaga Bucky, desesperado, puxando ela pelos braços e examinando cada mínimo pedaço do corpo dela com atenção e carinho.

— Sim, ela está! E não deixou Bruce a examinar e nem deveria estar aqui. — Uma voz rouca surge atrás deles junto ao som de tiros, os três olham para figura animal que se aproxima.

— Cala a boca, Rocket!

— Ai gatinha! — resmunga ele, pulando em uma pedra e cruzando os braços.

— Ei, aliás, vocês sabem onde a Nat está? Até agora não esbarrei com ela. — Sam faz a pergunta que Amelia mais temia, ela engole seco e troca um olhar demorado com Rocket, que abaixa a cabeça, triste.

— Ah... — suspira. — Ela... Nós fomos... — choraminga. — Não tivemos como... — Amelia pega as mãos de Sam, erguendo os olhos cheios de lágrimas para ele. — Eu sinto muito, Sam.

— O q-quê? — perguntou Sam, hesitante. Os seus olhos ficaram turvos e ao seu redor, tudo parecia estar em câmera lenta. Ele observava os olhos da melhor amiga expulsarem grossas lágrimas, as mãos pequenas tremendo.

— Ela... — A mulher abaixa a cabeça, sentindo a garganta doer. Não conseguia finalizar aquela frase.

— Não, não... — Sam murmura, sacudindo a cabeça levemente. Bucky morde o lábio inferior e apoia uma mão no ombro do amigo.

Natasha estava... morta. O homem sentiu a bile subir por sua garganta e os joelhos tremerem. Ele não pôde nem despedir dela. Não pôde dizer o quanto a amava. Ou a dizer o quanto ela era importante pra ele. Sam não conseguia acreditar naquilo. Ele ainda tinha esperanças de que tudo fosse uma pegadinha de muito mau gosto e que Natasha fosse surgir de repente, gritando: "Te peguei, anjo". Mas, não foi o que aconteceu. Não era uma pegadinha, e essa realidade estava estampada no rosto de Amelia, que chorava descontroladamente à sua frente.

— Me desculpa... Eu tentei impedir, mas... Não consegui... — choraminga. — Por favor, Sam, me perdoa...

— Amy... — Sam suspira, os lábios tremendo.

Quando Sam se aproxima para abraçar a melhor amiga, eles escutam Thor gritando. Os quatro olham para trás a tempo de ver o Titã nocautear Thor e Steve. Amelia aperta as mãos de Sam, que sorri fraco, dando um beijo em sua testa. Wilson observa o corpo enorme de Thanos e engole a vontade de chorar, ignorando a dor horrível que tomou conta de seu coração.

Eles correm até onde os outros estavam, assistindo Carol lutar com Thanos e impedi-lo de estalar os dedos. A ruiva franze o cenho, observando a luta e tremendo de medo e ódio, ao ver o que Thanos carregava em sua mão.

— O filho da mãe conseguiu pegar a luva... — Amy resmunga, irritada, limpando as lágrimas com a ponta dos dedos.

— Vamos! — Sam puxa a menina e Bucky pelo braço, para chegarem mais perto e assim tentarem impedi-lo.

Thanos coloca a Joia do Poder na manopla, gritando com a radiação gama que percorre por seu corpo. Tony corre até ele, tentando puxar a manopla de sua mão, mas Thanos defere socos em sua cabeça e o empurra para longe.

O Titã ajeita a luva e olha para o trio que havia acabado de chegar, erguendo a mão no ar. Amelia prende a respiração, agarrando tanto Bucky quanto Sam. De novo não...

— Eu sou inevitável! — Thanos fala, estalando os dedos, mas nada acontece, apenas um som metálico. Ele olha para a mão, confuso, e logo desvia o olhar para o lado.

Tony tem as Joias presas em sua armadura, a radiação gama passa por seu corpo, o fazendo gemer de dor e encarar Thanos.

— E eu... — Tony fala, arfando. — sou o Homem de Ferro.

E ele estala os dedos.

Amelia prende a respiração e olha para Steve, em expectativa. Ao redor deles, o exército de Thanos se desintegra nos ares. O Titã observa chocado, todos os seus aliados virarem pó bem em frente os seus olhos. E Amelia sentiu prazer de ver o horror estampada na cara dele.

Quando Thanos se senta em uma pedra, Amy encara Bucky, que observava o homem com a testa franzida. Lentamente, Thanos desintegra e o grupo não consegue segurar o suspiro de alívio que escapa por seus lábios.

— Acabou... — Amy murmura, sentindo os olhos lacrimejarem.

— Senhor Stark?

Ao ouvir a voz de Peter Parker, Amelia olha sobre os ombros e, sentindo o ar faltar de seus pulmões, ela arregala os olhos. Tony estava sentado ao chão, muito pálido e o lado direito de seu corpo todo queimado.

— Tony? — chama baixinho, sentindo a mão de Sam e Bucky em suas costas. Os três aproximam-se, sendo seguidos por Thor e Steve.

— Oi, senhor Stark. — Peter fala. — Pode me ouvir? É o Peter... — ofega, Amelia morde o dorso da mão e fecha os olhos com força. — Ei... Deu certo. Senhor Stark? Vencemos, Senhor Stark. — O menino diz, em meio as lágrimas. — O senhor conseguiu, senhor. Conseguiu! Sinto muito, Tony.

A ruiva soluça, sentindo aquele nó na garganta e a dor no peito. Não podia perder Tony também... Ela levou as mãos no peito, soltando um gemido doloroso, as lágrimas escorrendo por seu rosto. Os seus olhos estavam fixos no rosto pálido e lívido de Tony.

— Oi — murmurou Pepper para o marido.

— Oi, Pepper...

— SEXTA-FEIRA? — pergunta a mulher, a mão no reator do homem.

A mão de Bucky está na cintura de Amelia, segurando-a fixamente contra seu corpo, já que ela não tinha mais forças para ficar de pé. Sam, ao seu lado, segurava a mão dela, fazendo um carinho com o polegar.

— Não... — murmurou a menina.

— Tony? — Pepper chama. — Olha pra mim! Pode ficar tranquilo. Relaxa agora. — A mulher fala, sorrindo.

— Tá — murmura Tony, virando a cabeça para o lado e encara Amelia. Ele sorri fracamente para ela, que nega com a cabeça, soluçando e murmurando "não" e "por favor".

O reator dele se apaga e Amelia soluça, abraçando Bucky pelo pescoço. O homem desliza a mão pelas costas da noiva, o corpo dela tremendo e as lágrimas molhando seu ombro. Sam aproxima-se do casal, dando um beijo na cabeça de Ameia e apertando o braço dela com carinho.

Não podia acreditar que em um único dia havia perdido Tony e Natasha. A dor em seu peito era avassaladora. A cada batida do seu coração, era como se ele apertasse e encolhesse. O ar não passava por suas narinas e ela acabava ofegando, engasgando com o próprio choro.

— Amy? — chamou Bucky, a voz embargada sussurrando em seu ouvido. Ela negou com a cabeça e pelo canto do olho viu Sam sorrir. — Olha...

A ruiva franziu o cenho, encarando os olhos azuis que já não mais guardava tristeza, mas sim, esperança. Ela olhou sobre os ombros, Pepper sorria e Peter corria de um lado para o outro.

— Ele precisa ir para o hospital. Agora! — A loira falou, exasperada. Amy tombou a cabeça para o lado, confusa, e encarou Tony. O reator dele estava aceso novamente, brilhando em azul, e seu peito mexia bem devagar.

— Ele... Ele...

Tá bem. — Sam falou, sorrindo para a melhor amiga.

❄️

Nota da autora: Nossa, vocês estão vivas depois desse capítulo? Muitas emoções ao mesmo tempo! Esse capítulo deu um trabalho... Pensem que eu tive que resumir a batalha final inteira em um único capítulo, porém, alterei e adicionei muita coisa... E, estou muito feliz com o resultado final. Espero que tenham gostado também ♥️

Três cenas que partiram meu coração e acredito que vocês vão concordar comigo: Amy e Bucky se reencontrando; O Sam descobrindo da Natasha; e toda a cena do Tony estalando os dedos. Nossa! Chorei tanto escrevendo, gente 😔

O que vocês acharam? E o que será que vai acontecer agora? 👀

Só pra avisar e compartilhar meu desespero: Faltam três capítulos para o final de Fix You!!!!!!

Quer ficar por dentro de novidades (spoilers e fofocas) sobre essa e minhas outras fanfics? Vem fazer parte do nosso grupo no Whatsapp!!!! O link está no meu perfil, só clicar e entrar pro Cantinho do Surto ♥️

Até o próximo capítulo!

Continue Reading

You'll Also Like

5.7K 674 30
Após dois anos de sua iniciação, Becky está indo muito bem na liderança, sua desconfiança contra a Erudição apenas aumenta, a chegada de sua irmã faz...
141K 11.3K 33
Luna nunca foi uma garota normal, ela cresceu entre um pai bêbado e uma mãe que a odiava, sua única âncora era o irmão gêmeo. Após quatro anos morand...
61.7K 6K 18
essa história está sendo traduzida e a autora original e a @gossipp_queenn 🥇#Howl (05/08) 🥇#Casteloanimado(05/08)
903 55 10
Obito Uchiha Idade:22 Status: casado Deidara Uzumaki Idade: 21 Status: casado Obito é empresário e trabalha de segunda a sexta de manhã e volta de n...