✓ Fix You¹ • Bucky Barnes

18

A única coisa que se via em meio aos travesseiros e cobertores brancos, era os fios ruivos de Amelia. Um raio de sol passava por entre a janela entreaberta e refletia bem em seu rosto, a fazendo franzir o nariz e puxar a coberta para cima.

Ela se remexeu inquieta na cama, abriu um dos olhos e olhou ao redor. Suas mãos foram parar no lado vazio de sua cama e ela resmungou não encontrando o corpo quente de Bucky ali.

Seus olhos se fixaram no teto branco, as mãos indo até o peito e os dedos brincando com sua nova cicatriz. Ainda estava em choque em saber que havia ficado duas horas desacordada. Que naquele momento ela poderia estar dentro de um caixão a sete palmos do chão.

O pensamento fez um arrepio percorrer por sua pele e os olhos encherem de água. Não culpava seus amigos por chegarem a aquela decisão, afinal ela estava morta. Mas doía saber, que nem todos tiveram a mesma esperança que Bucky.

O som do chuveiro e a voz melodiosa do homem, foi o que chamou a atenção de Amy, que virou-se na cama e encarou a porta do banheiro com um sorriso bobo preso nos lábios avermelhados.

— Darling so it goes, some things are meant to be — cantarolou com a voz rouca e abafada, Amelia sentiu o coração disparar em seu peito. — Take my hand, take my whole life too... — continuou Bucky, fazendo uma pausa e desligando o chuveiro. — For I can't help falling in love with you...

Amelia não conseguiu conter o sorriso largo que surgiu em sua boca e o frio na barriga ao ouvir os versos de Elvis Presley saírem pelos lábios de Barnes.

A porta do banheiro se abriu de repente e ela encolheu os ombros ao ver Bucky a observar com um sorriso tímido, enquanto enxugava os cabelos em uma toalha. Não sabia expressar o que estava sentindo naquele momento, mas seu coração sabia muito bem o que era.

Os olhos castanhos então pararam no peitoral molhado e descoberto dele, observando as gotículas de água espalhadas pelo ombro e abdômen. Amelia mordeu o lábio com força e desviou o olhar, sentindo as bochechas esquentarem e o corpo tremer levemente.

Ele é maravilhoso. Talvez, o homem mais bonito que já havia visto em toda sua vida. E estava bem a sua frente, a olhando como se existisse apenas ela no mundo.

As borboletas em seu estômago se manifestaram e ela remexeu na cama, sentando-se e colocando o cabelo atrás da orelha. Bucky riu baixo e jogou a toalha em suas mãos no encosto da cadeira giratória, ajeitando a que estava em sua cintura e caminhando até a menina corada.

— O que foi? — perguntou cutucando o joelho de Amy, com o dedo de metal e procurando uma camiseta perdida pela bagunça do quarto dela.

— Você é lindo! — disse sem vergonha alguma, mordendo o interior da bochecha e observando os músculos das costas de Bucky com atenção.