Just a Year - (COMPLETA)

By alexia-macedo

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Rebeca mora em São Paulo e está no último ano do ensino médio. Tudo que ela quer é apenas aproveitar esse últ... More

Sinopse
Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6 (bônus)
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25 (Especial 6 mil leituras)
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42
Capitulo 43
Capitulo 44
Capitulo 45 (Final)
EPILOGO
Agradecimentos
Novidades para os leitores!

Capitulo 11

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By alexia-macedo

Seco minhas lagrimas com as costas das mãos e me atrevo a olhar pro Brian. Ao contrario do que eu esperava, ele está com uma expressão séria, suas sobrancelhas estão unidas em uma expressão confusa e sua boca forma uma linha fina. Sua respiração é falha e ofegante e escorre gotas de suor pelas laterais do seu rosto.

Eu não digo nada. Não tem nada para dizer. Bom, se tivesse tudo bem comigo eu não estaria chorando, com essa roupa ridícula de dormir na escadaria do prédio.  Oh Céus! Minha roupa! Eu estou com um short de algodão cheio de morangos vermelhos e uma camiseta branca escrito “ but first, let me take a selfie”. Mas ele não pareceu ter notado nada.

- Você está me assustando com essa cara de paisagem. Dá para você me falar o que tá acontecendo? Escorregou na escada de novo? – Sua boa tenta segurar um sorriso e eu reviro meus olhos. Estou tão cansada que não consigo nem mesmo ficar chateada com seu comentário.

- Não estou pra papo. Só quero ficar sozinha, por favor.

- Sabe, tem horas que a melhor coisa que podemos fazer é desabafar com alguém. – Ele volta com sua expressão séria e cheia de compreensão e se senta ao meu lado na escada. – O que tá pegando?

Sua atitude me assusta um pouco. Ele mesmo que disse que não queria ser um príncipe em um cavalo branco e agora se senta ao meu lado todo preocupado? Será que ele não tem nada melhor para fazer? Sinto um bolo se formando em minha garanta e meus olhos começam a arder novamente. Não consigo segurar choro por muito tempo, mas dessa vez eu realmente não posso chorar. Não mais. Não com esse garoto do meu lado.

- Qual é a sua? Você tá aqui pra quê? Para amanhã correr na escola e contar para todo mundo o quanto eu sou uma boba que fica chorando escondida na escada do prédio? – Eu explodo e me levanto. Sinto a raiva tomar conta de mim novamente e começo a subir as escadas.

- Rebeca, claro que não! Você não está bem, olha só para você! Para de correr, por favor! – Quando estou no quinto degrau sinto sua mão presa em meu cotovelo. Me desvencilho do seu aperto, mas continuo parada na escada. A verdade é que eu não tenho para onde ir, se eu sair daqui eu terei que voltar para casa, afinal não dá para sair com pijama e descalça.

- Foi besteira. – Digo enquanto volto a sentar na escada. Ele se senta ao meu lado, tão perto que posso sentir seu braço roçar de leve pelo meu. Sua expressão está cuidadosa, como se tivesse esperando que eu falasse mais e como se tivesse prestando atenção a cada palavra que sai da minha boca. Desvio o olhar. – Foi uma briga com meu pai.

- Você quer falar sobre? Acho que pode ajudar...

- Por que você está aqui? – Volto a olhar para ele e vejo que minha pergunta o pegou de surpresa. – Você tem coisas mais interessantes para fazer, não?

- Sinceramente? – Sua expressão fica pensativa. Vejo que ele quer que eu responda a sua pergunta e balanço a cabeça em afirmativa. – Não faço a menor ideia. Estava voltando para casa e ouvi alguns barulhos, vim aqui e te vi assim e fiquei preocupado. Não é todo dia que eu encontro uma valentona chorando na escadaria.

- Valentona? Eu? – Solto uma gargalhada. – Você está louco.

- Claro que sim. Você é meio diferente, cheia de sete pedras nas mãos. É ousada e não tem papas na língua, fala o que quer e não tem medo. Parece frágil e delicada, mas é forte e fala de forma determinada.

Seus olhos estão presos aos meus. Eles me lembram um pouco os olhos do Guilherme, mas são mais esverdeados, não tem aquela profundidade, são rasos, claros. Tem toques de divertimento em toda sua expressão e é como se tudo para ele fosse simples, fácil e leve. Como se nada importasse muito e tudo pudesse ser resolvido.

- Você já andou de moto alguma vez? – Ele pergunta com a voz fraca, quase inaudível. Balanço minha cabeça de um lado para o outro. – Para tudo tem uma primeira vez então.

Ele se levanta e pega na minha mão, me puxando para cima.

- O que? – Digo assim que fico sobre meus pés. Ele só pode estar louco! Até parece que eu vou subir naquela maquina da morte! Ainda mais com ele! – O que faz você pensar que eu vou subir naquele treco com você?!

- Você precisa espairecer. É o que eu sempre faço quando fico chateado, deixo o vento bater no rosto sem pensar em nada. – Ele fala enquanto caminha até a portaria. – Espere dois minutos que vou pegar a moto.

Eu só posso estar em um daqueles dias em que fico no piloto automático, sem me preocupar com nada, sem falar nada, sem ir contra nada. Apenas confirmo tudo com um aceno. Pois em menos de cinco minutos eu estou com os braços na cintura do Brian, um capacete na cabeça e levando um vento gelado no rosto.

Provavelmente amanhã minha cabeça irá girar e eu irei ter vontade de me bater quando lembrar o que fiz nessa noite. Mas a verdade é que hoje, agora eu não me preocupo com nada. Nem com meu cabelo voando para fora do capacete, nem com minha roupa, nem com meus pés descalços, nem com o que aconteceu no meu quarto à uma hora, nem com o fato de eu estar em cima de uma moto com o garoto mais arrogante que eu já conheci.

Tudo que eu sinto agora é o vento batendo. Incrivelmente ele tinha razão. Isso é libertador.

- O que você achou? – Ele para a moto na frente do nosso prédio. Tiro o capacete e entrego para ele. Quero nem imaginar o estado dos meus cabelos depois de tanto vento que levou. E ele parece também não notar isso, está com um sorriso presunçoso e sei que se eu realmente falar o que eu achei ele vai falar um belo “eu te falei”.

- Até que foi legal. – Digo enquanto finjo desinteresse e dou de ombros. – Obrigada.

Seu sorriso se abre e ilumina todo seu rosto. Me viro e antes que eu possa dar um passo ele segura novamente meu braço, me fazendo girar e ficar tão perto dele que eu praticamente perco minha respiração. Com certeza eu deveria empurrá-lo ou dar dois passos para trás, ficando em uma distancia segura. Mas meu cérebro parece ter congelado naqueles olhos, que intercalam seu foco entre os meus olhos e minha boca.

Antes que eu perceba qualquer coisa, sua boca já está na minha. Uma parte do meu cérebro grita para empurrá-lo. Outra parte insiste em que eu relaxe. Infelizmente, ou não, eu dou ouvidos a essa outra parte. Jogo minhas mãos ao redor do seu pescoço e sinto as mãos dele em minha cintura. Ao contrario do último beijo que recebi, esse é intenso, seus movimentos são ágeis e eu perco o ar com facilidade.

Quando finalmente nos afastamos e não sei o que falar. Por isso eu corro.  Claro que essa não é a atitude mais madura no momento, mas tudo que eu tenho feito nas últimas horas não tem sido muito bem pensado. Evito pegar o elevador para não ter que esperar na portaria e dar tempo do Brian vir atrás de mim, apesar de eu saber que ele não faria realmente isso.

Ele não é do tipo que corre atrás de garotas. Ele é do tipo que lança um sorriso e a garota vem atrás dele. É do tipo que faz piadas sem graça e elas riem como se ele fosse o mestre de comédia. Meus pés sobem os degraus cuidadosamente para não escorrer nem pisar em falso. Tento me concentrar apenas nisso. Um pé em cada degrau.

- Rebeca! Dá para você parar de correr pela escada, pelo amor de Deus?

Eu paro de correr. Sua voz me atinge como uma flecha e só agora que parei percebo o quanto meu coração está acelerado e minha respiração ofegante. Não sei se foi realmente por causa da escada.  

- O que te deu? – Ele finalmente aparece no meu campo de visão. Seu rosto está confuso, quase que com uma careta. Sua respiração também está ofegante.

- Olha, eu não sou como você. Eu não sou como as garotas que você anda. E um beijo para mim tem que significar algo, algum sentimento, por mínimo que seja. E essa não é uma boa hora para brincar comigo. Nunca é uma boa hora, na verdade. Mas essa definitivamente é a pior hora. Por isso, por favor, me deixa em paz.

Antes que ele possa dizer qualquer coisa eu volto a subir a escada. Não corro mais. Apenas subo as escadas depressa. Uma parte um tanto idiota de mim quer que ele diga que não está brincando comigo e que o beijo para ele também significado. Mas ele não faz isso, mostrando que minha parte sã realmente estava certa.

 ***

PLÁGIO É CRIME. DENUNCIE!

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