Do terno à mamadeira

By AutoraJS

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Duas pessoas completamente opostas, mas com um elo que as farão viver juntas para sempre. Adam nasceu em berç... More

AVISOS
Prólogo
Um.
Dois.
Três.
Quatro.
Cinco.
Seis.
Sete.
Oito.
Nove.
Dez.
Onze.
Doze.
Treze.
Catorze.
Quinze.
Dezesseis.
Dezessete.
Dezoito.
Dezenove.
Vinte.
Vinte e um.
Vinte e dois.
Vinte e três.
Vinte e quatro.
Vinte e cinco.
Vinte e seis.
Vinte e sete.
Vinte e oito.
Vinte e nove.
Trinta.
Trinta e um.
Trinta e dois.
Trinta e três.
Trinta e quatro.
Trinta e cinco.
Trinta e seis.
Trinta e sete.
Trinta e oito.
Trinta e nove.
Quarenta.
Epílogo.
Livro novo - Alexia & Henrique

Quarenta e um.

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By AutoraJS


Sexta-feira.


POV C.M.C.

Devo parabenizar minha sogra, quando quer algo realmente consegue. Se aliou a Mike e juntos bolaram um plano, ela fingiu estar tendo um ataque cardíaco, isso nos fez vir imediatamente para o Havaí.

Não me arrependo de ter vindo, a ilha é linda, as praias maravilhosas.

Fica tudo ainda melhor por ter ao meu lado minha amiga. Mas gostaria de ter tido tempo para arrumar minhas coisas, tivemos que vir às pressas, afinal era uma situação urgente.

Chegamos na terça de noite. Na quarta, usei o dia para fazer compras para mim e Ivy, junto a Amber e Susan. Na quinta comemoramos o terceiro mês de vida da Ivy, o tema foi o desenho infantil Moana, para combinar com a praia. Na sexta, usamos o dia para conhecer uma parte da ilha e ir ao salão. E hoje, estamos finalmente aproveitando, enquanto Susan se empenha em dar ordens ao pessoal da decoração. 

Será a festa de réveillon com mais glitter que já vi.

-Ei! – me assusto ao ser pega de surpresa.

Adam me prensa na parede, me segura pela cintura.

-Shhh – pede, rindo.

-Você me assustou!

-Desculpa – beija meu pescoço – Cadê nossa filha?

Sua mão sobe em direção ao meu peito, por cima do biquíni, ele passa seus lábios pelo meu pescoço desferindo alguns chupões.

-Co...com a vó – gemo.

-Ótimo! – sussurra no meu ouvido antes de voltar a me beijar.

Tem sido divertido esconder meu relacionamento, quando ficamos sozinhos nos pegamos.

 Algumas vezes já até quase fomos flagrados. 

Por hora, todos acreditam que decidimos sermos amigos, ou pelo menos fingem.

-Adam! – Mike grita.

É possível ouvir o som dos seus chinelos batendo contra os degraus da escada, cada vez mais alto.

-Droga! – Adam esbraveja, rio.

Contra sua vontade, retira o braço da minha cintura, me liberando.

-Achei você! Cara você não disse que estava vindo?

-Mike eu fico pensando, quando você fica com a sua namorada? Porque todo lugar onde piso você está atrás, se eu parar você bate nas minhas costas – rio.

-Tadinho, Adam!

-Ele é assim mesmo Chlo, não valoriza o meu amor.

-Cala a boca, mano! – Adam ri, abraça o amigo e descem juntos a escada.

Os sigo, antes de ser abordada no corredor, estava indo em direção à praia.

-Chloe, vem logo! – Amber me chama, está tomando Sol, deitada na areia.

Apresso os passos, saio da casa e sigo em sua direção. Estendo a canga do seu lado e me deito.


-Essa casa é maravilhosa! – diz animada.

Estamos tentando retocar o bronzeado. Adam, Mike e alguns dos seus primos brincam no mar.

Moro em uma cidade que possui praias, praias lindas, e por incrível que pareça consigo contar nos dedos as vezes em que fui.

-Tia Flávia tem muito bom gosto.

Cada vez que me referia a Flávia sem usar antes a palavra "tia", era repreendida.

Sua casa é espetacular, tão grande quanto a dos meus sogros, a diferença crucial é que sua varanda dá acesso a uma praia restrita. Como competir com um quintal desse?

-Ainda bem que viemos – Amber comemora, rio.

É muito bom vê-la feliz, tanto com sua realização profissional, como com seu relacionamento com Mike.

-Amber, obrigada por me ajudar tanto – pego sua mão – Você sempre está presente quando preciso, mesmo quando não tenho ideia do que estou fazendo – ela ri – É sério, você é muito incrível, a melhor amiga que qualquer um deseja ter! E não, eu não fiquei louca, só estou dizendo isso porque percebi que nunca te agradeci o suficiente por tudo que você fez e faz por mim, então é isso. Obrigada, eu te amo.

Quando deixei de morar com minha tia para ir viver sozinha, não me atentei aos detalhes mais básicos, só queria me ver livre. 

Com meu emprego sequer conseguia comprar meus livros da faculdade, quem dirá pagar um aluguel. Amber se mostrou muito solidária ao me ajudar sem esperar nada em troca.

-Para com isso Chloe, você sempre foi um ogro, o que está acontecendo? – limpa uma lágrima que escapa por baixo do óculos escuro – Não sei lidar com esse seu lado.

-Ótimo, então fingimos que não aconteceu. É bom que você tenha gravado bem aquelas palavras, pois não tenho intenção alguma de repeti-las em qualquer outro momento da minha vida! – ela ri.

-Agora sim! – me abraça – As suas loucuras colorem minha vida, sem você nada teria graça – sussurra em meu ouvido antes de me soltar.

-Posso participar? – Eric se intromete.

-Não, e você está tampando meu Sol – reclamo, ele ri.

Eric se senta do meu lado.

-Está ficando bronzeada – elogia.

-Não tem nada melhor para fazer?

-Melhor que olhar essa vista? Duvido muito.

Descarado.

Não preciso olhar para o seu rosto para saber que está olhando minha bunda.

-Isso não é pra você! – Amber repreende.

-Ela tem razão, isso não é pra você! – Adam repete ao fundo.

Não estava na água segundos atrás?

-Cara, não vale a pena – Mike aparece.

-Estou cansado de você! – encara seu primo, ignorando o amigo.

-Está tudo bem – levanto e me coloco no meio dos dois – Não aconteceu nada – olho para Adam, tento apaziguar a situação.

-Nada? – ele ri – Faz tempo que esse otário está tentando algo com você, parece que não sabe onde é o seu lugar! – cerra os punhos.

-E o que você tem haver com isso? – Eric ri – Foi passear, perdeu o lugar! Agora desencana!

-Como se eu quisesse algo com você, né! – rio, incrédula.

Adam acerta um gancho de direita. Ele lutava muay thay, não esperava menos. Eric cai na areia. Antes que possa processar o que aconteceu ou tentar se defender, Adam praticamente voa para cima, não dá tempo para respostas. Seus punhos sobem e desce no rosto do primo.

-Adam! – grito – Para com isso! – tento afastá-los – Mike, faz alguma coisa!

Mike assiste a tudo gargalhando, assim como os outros primos do Adam, de sua idade. Finalmente Mike percebe que o amigo está passando dos limites e intervém.

-Cara, chega! – pede, o encaro, incrédula.

-Eu disse para FAZER alguma coisa, não FALAR alguma coisa! – grito.

Mike respira fundo e entra na luta, tenta imobilizar Adam. 

Ele é tão bom quanto.

-Tira a mão de mim! – Adam brada, Mike passa as pernas ao seu redor.

-Você precisa se acalmar!

-O que está acontecendo aqui?! – Susan aparece na varanda segurando Ivy, seguindo ela os outros familiares surgem.

Isso não poderia ser mais constrangedor.

Adam está na areia embolado com Mike, Eric permanece deitado com o rosto sangrando, seus outros primos assistem a tudo animado, como se fosse um show de MMA.

-Ainda bem que não perdi isso – Amber sussurra – Mas dá próxima, quero estar com um balde de pipoca – ignoro.

-Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo aqui? – Nikolai questiona, já sem paciência.

-Meu filho, o que houve?!! – Clara, mãe do Eric, se desespera ao ajoelhar do lado do filho.

-Nada mãe! – ele a afasta, passa a mão pela boca limpando o sangue e se levanta.

Adam ainda o encara com fúria, mas não diz nada.

Ivy chora no colo da avó, minha vontade é de saltitar. Praticamente corro para Susan.

-Acho que ela está com fome, já está na hora – informo.

Susan ainda olha ao redor tentando obter uma resposta, mas me entrega Ivy mesmo assim.

-Obrigada por me tirar dessa, filha – sussurro para Ivy, beijo sua bochecha.

-Eu te ajudo – Eric chama.

Olho para trás apenas para ver Adam o acertar novamente e Eric rir. Ele é doente, só pode.

-Não mano, de novo não! – Mike lamenta.

-Adam, solte seu primo, imediatamente! – Nikolai brada, furioso.

-Meu filho, você não tem mais 23 anos! – Susan grita desesperada.

-Meninos, façam alguma coisa! Léo, ajude! – tia Flávia grita para seus sobrinhos.

Como os postes que são, eles continuam parados, apenas observando o circo pegar fogo.

-O que foi Adam, você está com ciúmes? – Eric ri, consegue desferir um soco no ombro do primo.

-Eric, para de provocar! Já não está satisfeito com todo esse estrago? – Clara tenta novamente, ele a ignora.

-O que vamos fazer com o seu pai? – pergunto para Ivy enquanto me sento na rede na varanda, longe de toda gritaria.

Retiro meu peito do biquíni e o entrego.

-Você estava com fome bebê? – Ivy aperta meu bico, preciso morder o lábio para não gritar – Entendi, estava.


-Chloe, nós precisamos conversar – Adam aparece na varanda como um furacão, atrás dele vem sua mãe.

-Adam, você não sai mais! Você vai ficar em casa, está entendendo?!

Nunca vi Susan tão brava.

-Mãe, quantos anos acha que tenho? – ela não responde – Pois é! Agora me deixe conversar com a Chloe.

-Se você a magoar, eu vou...

-Não se preocupe Su – a tranquilizo.

Ainda furiosa, Susan se vira e entra dentro da casa.

Adam se senta ao meu lado na rede.

-Nós não vamos mais esconder esse relacionamento – decreta, entrelaça minha mão livre com as suas.

-Você sabe que ele não fez absolutamente nada, né?

-Ele te seca sem vergonha alguma, é nojento. Além disso Mike me disse que ele dá encima de você mesmo antes, quando estávamos juntos. Ele precisa entender limites.

-E você acha que agora ele aprendeu? – debocho.

Está claro que não.

-Posso te assegurar que fiz ele entender, não vai nem mesmo chegar perto de você.

Duvido.

-Que bom, meu amor. Parabéns por agir exatamente como ele queria.

-O quê?! – rio.

Por que os homens nunca saem das cavernas?

-Deixa para lá.

Adam passa a mão em meu rosto e me beija, um beijo curto, mas bom, muito bom.

-Vou colocar minhas coisas no seu quarto – ele diz, me fazendo rir.

-Está se convidando?

-Você negaria? – beija o canto da minha boca – Hmm?

-Sua sorte é ser tão gostoso! – seguro seu queixo e selo nossos lábios.

-Eu sabia! – Amber grita animada, está parada em frente a rede – Você me deve 600 dólares! – pula animada.

Adam apenas para de me beijar e coloca um dos braços relaxadamente nas minhas costas.

-Não, não apostei de verdade! – Mike tenta voltar atrás, está com um bico gigante no rosto – Droga Adam, não podia ter me contado?! – rimos.

-Foi mal – dá de ombros, Mike surta.

-Ela precisa trocar a fralda – beijo a bochecha do meu bebê e a entrego para o pai – Eu vou me arrumar – me levanto da rede e puxo o braço da Amber.

-Você também podia ter me contado, sabe disso né! – ela está feliz, mas tem uma pontinha de chateação junto.

-Eu sei, confio muito em você, mais do que em qualquer um. Mas isso era uma coisa nossa, entende? – a abraço de lado enquanto seguimos para os quartos.

-Dessa vez vou deixar passar, mas dá próxima quero ser a primeira a saber! – rio.

-Vai ser!



***



-Ninguém te avisou que seria só uma comemoração em família, em casa?

Adam me abraça por trás, aproxima sua boca da minha costa, exposta pelo vestido, e deposita um beijo.

-Bobo! – rio.

-Está espetacular! – dessa vez beija meu ombro, sobe aos poucos os beijos em direção ao meu pescoço – Estou louco para tirar esse vestido de você.

O que ele tem com o meu pescoço? Descobriu meu ponto fraco.

-Você também não é de se jogar fora – ele ri – Agora para com isso, está todo mundo olhando!

Adam usa uma calça jeans com lavagem clara, por ser mais justa, define bem a musculatura das suas pernas bombadas. A camisa polo preta, de marca, completa o look, o deixando completamente delicioso. 

Sim, eu poderia come-lo, tenho medo de estar salivando agora.

-Quer comer alguma coisa?

A grande mesa a nossa frente está repleta de sobremesas.

-Não, obrigada, estou satisfeita da janta.

A família está reunida na varanda, mas existem algumas mesas dispostas pela areia na praia.

-O que eles estão fazendo?!

Não sei se os primos do Adam estão tentando colocar fogo um nos outros, ou na madeira.

-Minha família tem o hábito de relembrar momentos bons do ano que está acabando. Tipo uma ação de graças, sabe? – assinto – Vamos para a fogueira? – oferece sua mão, aceito.

É uma coisa legal a se fazer, gosto de ser grata.

Junto a nós o restante da família de Adam nos acompanha para a areia. A fogueira está montada próximo ao mar, mas longe o suficiente para não ser molhada.

Nos sentamos nas cadeiras ao redor dela e apreciamos o momento. 

A noite está linda, bem iluminada pela grande lua e os milhões de estrelas que nos presenteiam hoje no céu.

-Acho que ela cansou da vovó – Susan lamenta ao me entregar Ivy, rio.

Não existe mais tensão, é como se o "evento" de mais cedo não tivesse existido. 

Estão todos rindo e bebendo, aproveitando a companhia uns dos outros, como a bela família que são.

-Ela jamais cansará.

Minha sogra sorri e beija minha testa, em seguida beija Adam e caminha até a cadeira vaga ao lado do marido.

-Quem quer começar? – Carlota se pronuncia, alterada pelo champanhe em demasia.

Aos poucos cada um vai dizendo os motivos pelos quais são gratos este ano.

Mesmo sendo um momento tão íntimo da família, não me sinto desconfortável em participar. Me sinto bem, verdadeiramente acolhida.

Enquanto cada familiar fala, só consigo olhar para Ivy e sorrir, ela com certeza é o meu maior agradecimento. 

Não nasci uma mãe, como muitas, minha filha que me ensinou a ser uma.

-Este ano sou grata por tantas coisas, não sei nem por onde começar – Susan faz uma pausa para pensar – Sou grata por poder estar aqui, ter vencido o câncer. Sou grata por Deus ter sido tão generoso e devolvido meu menino – se emociona – Sou grata por ter ganhado mais uma filha – ela sorri para mim, sussurra um "te amo" – Sou grata por ter sido presenteada com Megan Ivy, minha princesinha. Sou grata por ter meu marido – Nikolai sorri e aperta sua mão, faz uma caricia – Sou grata por ter cada um de vocês em minha vida – resume, agradecemos.

Ao lado de Susan está Mike, seguindo a ordem ele dá seu depoimento de gratidão. Muito menos emotivo, mas muito mais engraçado.

A sequência continua. Alguns parentes do Adam também passaram por grandes desafios este ano, sequer sabia.

-Bom, para ser justo eu não me recordo do meu ano, apenas deste mês, então não tenho tantos motivos... – Adam inicia – Sou grato por estar aqui, acordado. Sou grato pela minha filha. Sou grato pela minha família e amigos. Sou grato pela minha empresa... E sou grato por ter alguém tão especial ao meu lado – coloca a mão em meu rosto e vira para um beijo, sorrio.

Embora eu adore falar e dar discursos, e falo muito, não gosto quando preciso falar sobre mim, principalmente meus sentimentos, principalmente para tantas pessoas.

-Eu sou grata por Las Vegas – sorrio, não foi este ano, estou roubando, mas não importa – Sou grata por ter tido uma gestação abençoada. Sou grata pela minha filha, e pela saúde dela. Sou grata por ter sido "adotada" – eles riem, continuo – Por uma família tão maravilhosa. Sou grata por Amber, Adam e Mike. Sou grata por muitas outras coisas, mas tudo me foge à mente agora.

-Nós te amamos querida, você pertence tanto a nossa família quanto qualquer outro membro – tia Flávia declara, seguida de outros comentários de apoio, sorrio.

-Com certeza, para mim a Chlo pertence mais do que você – uma das tias de Adam alfineta Carlota.

-Pois saiba que é reciproco, me importo muito mais com minha nova sobrinha do que com você irmã! – elas riem.

-Isso não importa, eu sou a tia dela preferida! Não é mesmo, meu bem?

Lá vamos nós de novo.

-Pessoal, faltam dois minutos para meia noite! – Léo grita animado mostrando o celular, interrompe a pequena competitividade que crescia. 

Agradeço, aliviada por não precisar responder.

Adam, seus primos e alguns tios, correm para a varanda, pegam as caixas de fogos de artifícios e se posicionam na areia.

Susan deixa o relógio do celular ocupando a tela inteira, mostrando os segundos. 

Quando faltam 10 segundos para 00h começamos a contagem regressiva juntos.

-10!

-9!!

-8!!

-7!!

-6!!

-5!!!

-4!!!

-3!!!!

-2!!!!!

-1!!!!!!!

-FELIZ ANO NOVO!!! – gritamos animados ao som dos fogos.

Me certifico que os protetores estão bem posicionados no ouvido de Ivy, e começo a abraçar as pessoas.

-Feliz ano novo, amiga! – Amber passa os braços ao meu redor, englobando-me e Ivy – Amo muito vocês!! – grita em meu ouvido.

É difícil ouvir qualquer coisa com a queima dos fogos, mas é lindo de se ver a explosão de cores, então vale muito a pena.

-Feliz ano novo, meu amor – Adam beija minha boca, se agacha e beija nossa filha – Feliz ano novo, meu outro amor! – sorrio.

-Feliz ano novo!! – Susan e Nikolai aparecem de braços abertos na nossa direção.

-Amo muito vocês – Susan diz ao nos abraçarmos, um super abraço em grupo.

-Eu também os amo – Nikolai diz – Estou muito feliz que estão bem! – agradeço.

-Eu também, agora chega! – Adam reclama.

-Filho, como pode dispensar sua família?! – Susan pergunta indignada – Só vou perdoar se me deixar levar Ivy! – rimos.

Entrego Ivy para a avó coruja, eles andam em direção a casa. 

-Acho que hoje a noite é nossa – sorri ao voltar a me abraçar.

-Pelo menos até nossa bebê precisar se alimentar – completo – Temos hmm... 2h?

-É melhor corrermos então! – Adam me pega no colo desprevenido, grito.

-Aonde vamos? – rio.

Adam praticamente corre para dentro da casa.

-Amor, devagar! – peço diante seu desespero para subir as escadas – Nós vamos cair! – me ignora.

Ele nos leva até o quarto em que estou, estamos. Abre a porta, ao passarmos ele a fecha com o pé, em seguida tranca. 

Caminha até a cama e me deita com cuidado sobre ela.

-Você está doido para transar, não é? – rio.

-Doido para transar com você – admite olhando em meus olhos.

Ele retira os itens do seu bolso e os coloca encima da mesa de cabeceira, antes de deixar seu celular coloca uma playlist com melodia romântica para tocar.

-Vai fazer um strip-tease para mim? – ele ri.

-Você quer? – assinto.

Adam sai de cima da cama, aproveito para ligar o abajur. Só a luz que vem da Lua não é suficiente, quero vê-lo com riqueza em detalhes.

Ele se vira de costas para mim e começa a se balançar no ritmo da música, lentamente. 

Adam não é nenhum dançarino, mas ainda assim consegue ser sexy para cacete.

Se abaixa e retira seus sapatos, quando levanta começa a puxar lentamente sua camisa para cima, revelando pouco a pouco cada parte da sua costa musculosa. 

Preciso de autocontrole para não o puxar para mim e dar pra ele nesse instante.

Adam se vira e exibe seu abdômen e braços perfeitos, enquanto continua sua dança sensual. Ele faz um pouco de graça com as mãos no fecho da calça, mas quando a abre rapidamente puxa para baixo.

-Não aguento mais – revela ao se deitar encima de mim.

-Estava quase me masturbando. Deveria ter continuado! – seus olhos escurecem de desejo.

Adam é selvagem, não apenas o "Adam de 27", isso é algo que está nele.

Leva a mão aos meus pés, retira meus sapatos com certa delicadeza, e os beija. Enquanto usa suas mãos para fazer uma breve massagem, sobe seus beijos pela minha perna. 

É uma delícia sentir sua barba rala se aproximando da minha virilha, roçando contra mim.

-Cheirosa – sua voz sai rouca.

É um tesão.

Adam sobe mais o vestido, imediatamente me encara ao perceber.

-Você estava sem calcinha?! – questiona, surpreso.

-Pensei que fosse notar antes – provoco.

-Se tivesse notado antes, o meu amigo aqui – aponta para o seu pau duro – Teria entrado em você na mesma hora.

É sujo, chulo. Mas eu gosto, muito.

Adam me eleva o suficiente para abrir o zíper em minhas costas e retirar o vestido. 

Quando me deita, volta a olhar meu corpo, admira cada parte, fascinado.

-O que vai fazer agora? Estou nua, a sua disposição! – ele sorri maliciosamente.

-Você é muito safada, amor.

-Você ainda não viu nada.

Não permito que volte a abaixar sua cabeça, me viro sob ele na cama. 

Sento em seu colo e rebolo por cima da sua cueca, ao ritmo da música. Aproveito a posição para chupar e dar alguns beijos em seu pescoço, enquanto passo minhas unhas pela sua costa.

Suas mãos envolvem meu corpo, me mantendo pressionada, abraçada a ele. Desliza suas mãos pelo meu corpo todo, uma carícia alucinante.

-Você é tão linda! – sussurra em meu ouvido.

Uma de suas mãos sobe pela minha costa e desacelera ao chegar na nuca, fazendo movimentos circulares na minha cabeça, segurando meu cabelo. 

Puxa meus fios para trás, liberando meu pescoço para si, passa a língua devagar e deixa um beijo molhado, arrepio.

-Olha como me deixa! – sua voz rouca me enfeitiça.

Seu pau pulsa embaixo de mim.

Mordo seu lábio e empurro seu peito para baixo, o forçando a se deitar.

Adam me olha animado, curioso, atento a cada movimento meu.

Passo minhas unhas pelo seu peito, passeio os dedos pelo abdômen, cubro os arranhões com uma trilha de beijos, descendo até o começo da sua cueca. 

Se tivesse a força que ele tem, eu a rasgaria.

-Isso é muito bom – geme, seus pelos estão arrepiados.

Sustento seu olhar, enquanto puxo a cueca para baixo ele ergue o quadril, facilitando assim a retirada da peça. A jogo para o chão, não sei onde.

Seu corpo nu é como uma escultura, uma bela obra de arte.

O meu deus grego.

Continuo a descer os dedos pela sua virilha, lentamente, prestando atenção em cada expressão.

-Você vai...?

-Vou – rio do seu espanto – Você não se lembra, mas adora quando eu te chupo – informo, ele sorri, envergonhado.

Deslizo meus dedos pela sua extensão, um de cada vez, sentindo cada pulsar do seu pau. 

Coloco todos os dedos de uma vez, fechando minha mão em volta do seu membro, subo e desço, ainda no ritmo da música, uma masturbação lenta.

Quero que fique gravado em sua mente esse momento. Cada detalhe.

Aproximo a boca da sua cabeça inchada, assopro para que tenha a sensação do meu ar gelado contra sua pele, e como o esperado ele pulsa. 

Passo a língua, fazendo pouco contato, apenas o suficiente para que sinta a mudança de temperatura, o quente junto ao molhado.

-Porra! – geme, passa a sua mão em meus fios e os segura com firmeza.

Aos poucos retiro minha mão, parando de masturba-lo. 

Desço passando a língua por sua extensão, posso ver suas bolas contraírem com a proximidade do toque. 

Subo novamente, voltando a dar atenção a sua cabeça, abocanho e a sugo com força, o engolindo inteiro, finalmente.

-Amor! – geme, não está gozando, mas se contorce – Quero te chupar também – implora.

-Hoje não – respondo, antes de voltar ao trabalho.

Adam faz um trabalho fenomenal na minha boceta, mas hoje é como se fosse a nossa primeira vez novamente. 

Quero que seja especial, quero que seja sobre ele.

Ele pressiona minha cabeça para baixo, tentando aumentar a velocidade com que o chupo, o atrito.

-Se eu te machucar você...

-Você não vai me machucar.

Engulo seu pau, volto a bombeá-lo e chupar o que sobra, quando sinto sua ejaculação vindo retiro minha boca.

-O que aconteceu?! – pergunta, desesperado – Não me tortura, baby! – sorrio.

Acaricio seu rosto e beijo sua boca, um beijo lento o suficiente para que eu possa sentir cada sensação, mas ao mesmo tempo rápido para que eu consiga saciar minha vontade dele.

Seguro sua mão, separo dois dedos e os levo a sua boca, Adam entende, ele os chupa, deixando bem babado. Pego sua mão novamente e a direciono para baixo, na minha boceta. 

Adam desliza seus dedos por ela misturando sua saliva com minha lubrificação.

-Já estava molhada?! – se surpreende, assinto.

Acho que ele não tem noção do quanto é gostoso, se tivesse não se surpreenderia com isso.

Seguro seu pau novamente, com firmeza. Enquanto beijo sua boca, tiro sua mão da minha entrada e subo encima do seu colo. 

Paro de beijá-lo para observar sua reação, seu pau entra devagar, sento rebolando. 

É delicioso senti-lo de novo dentro de mim, preenchendo cada espaço.

-Cacete! – geme quando está todo dentro. Contraio a boceta contra seu pau – Faz de novo! – pede, atônito.

-Estava com saudade disso! – admito.

Volto a contrair seu pau, dessa vez com mais força.

Me inclino sobre ele, apoio meus braços na cama e começo a quicar devagar. 

Adam coloca uma mão em meu peito e a outra leva até minha bunda, me impulsionando a cavalgar mais. 

Juntos seguimos com um movimento bom, nem tão rápido, nem muito devagar, um ritmo perfeito. Contraio novamente no seu pau, o apertando cada vez mais.

Ele sempre ia a loucura quando eu fazia isso. 

Adam me aperta contra si com força, impossibilitando meus movimentos, me pegando desprevenida. Nos vira na cama, ficando encima de mim. Toma minha boca com voracidade, urgência, desespero.

-Marjorie, casa comigo?! – diz entre o beijo, tem lágrimas nos seus olhos – Diz que sim! – desespero.

Congelo.

-Adam...

-Eu me lembro de você, eu me lembro de nós, me lembro de tudo! Fica comigo, pra sempre?! – pede novamente, sua respiração está irregular.

Seus olhos buscam o meu, sustento o olhar. 

Adam está de volta, o brilho está lá.

É tudo que eu quero ouvir. 

-Caso! – Adam volta a me beijar, mantem seu abraço apertado enquanto enfia todo seu pau para dentro de mim.

Passo meus dedos pelos seus cabelos, forçando sua boca contra a minha.

-Eu te amo muito, Marjorie! – solta entre as fortes estocadas.

Ele afunda seu rosto no meu pescoço, inspirando meu cheiro, beijando meu pescoço, gemo.

-Eu te amo, Adam.

Fim.

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