STOCKING | changhyuk

By JuloryFics

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Sobre o dia que Changkyun resolve vestir uma surpresa sem saber que Minhyuk guarda um segredo também. Onesho... More

Capítulo Único

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By JuloryFics

Deixe seu voto 💅🏻

Nos vemos lá em baixo.

*

A rua estava bem iluminada e Changkyun olhou pelo canto dos olhos para todos os bares existentes naquela reta. Era próximo à universidade e embora houvessem vários estabelecimentos praticamente iguais, todos sempre estavam cheios. Principalmente naquela época.

Ele não estava com muita vontade de sair naquele dia, mas fez um esforço porque suas vontades para aquela sexta à noite incluíam alguém que, com certeza, estava enfiado em um daqueles bares.

Quando chegou ao estabelecimento correto, onde sabia que estava acontecendo a comemoração que o amigo participava, ele entrou buscando-o com os olhos. A jaqueta por cima do moletom foi uma escolha ótima quando estava do lado de fora, mas agora começava a sentir um pouco de calor.

Esperava encontrá-lo logo.

Minhyuk havia chegado cedo.

Como parte da coordenação da atlética da faculdade, sempre acabava tendo que comparecer aos ambientes antes da maioria para ajudar com o que os demais precisassem. Acabou ficando encarregado de cuidar do gelo e quando terminou de distribuir os pacotes no dispenser, as pessoas já começavam a se aglomerar na pista de dança que ainda tocavam as músicas mais tranquilas da playlist.

Hyungwon já havia chegado e começava a cuidar de seu material de DJ, então fez questão de ficar com ele até o momento que fosse requisitado mais uma vez. Jooheon chegou um pouco antes junto com outros amigos e ele fez questão de ajudá-lo a encontrar uma mesa boa enquanto ainda existiam algumas vagas.

Havia flertado com algumas pessoas e seu copo de vodka com algum tipo de suco já estava na metade quando achou estar um tanto confuso por causa das luzes. Changkyun não era o tipo de pessoa que curtia aquele tipo de entretenimento, mas quando encarou aquele ponto específico pela segunda vez teve certeza de que era ele.

Ele riu indignado e acenou, ignorando as pessoas que o olhavam como se fosse um alien, na esperança de que Changkyun o cumprimentasse antes de sumir no meio daquela pequena legião de gente.

Por sorte, Changkyun o viu. Escondeu o suspiro aliviado e caminhou com dificuldade até onde o mais velho estava, sem saber exatamente como cumprimentar os que estavam ao redor. Um sorriso de lábios fechados se formou na boca, exibindo as covinhas e ele se inclinou sutilmente para dar olá.

Então olhou para Minhyuk.

— Eu vim — foi o que disse, dando de ombros porque o Lee sempre o chamava para aquelas festas.

Era a primeira vez que ele realmente aparecia, no entanto.

— Estou vendo. — respondeu, rindo, olhando-o de cima abaixo antes de voltar para os olhos.

Changkyun era sempre um colírio.

— E você tomou essa decisão bêbado ou sob tortura?

— Tortura — respondeu, puxando o ar e ainda sem graça porque não estava próximo como gostaria e parecia que Minhyuk não estava nem um pouco afim de sair do meio da rodinha — Só tinha a saga crepúsculo passando na TV do dormitório.

— Oh! — Respondeu, rindo, então puxou a barra da jaqueta que ele usava como se a analisasse. — Por isso veio pra cá vestido com uma roupa mastigada pelo Jacob? — Brincou.

— Você nunca gosta de mim quando eu estou vestido — respondeu, um pouco mais baixo e desviou o olhar.

Minhyuk riu e se aproximou um pouquinho.

— Sim. — Assentiu. — Porque aí te incentiva a tirar.

Changkyun teve que segurar o riso, porque gostava do jeito que Minhyuk o respondia. Se tudo desse certo, as coisas poderiam terminar como ele havia previsto.

— Tem outra coisa pra beber aqui? — apontou para a mesa e deu um passo para trás, esperando que Minhyuk viesse consigo.

O Lee então o acompanhou, devagar, ainda atento ao que acontecia ao ambiente; ele lambeu a boca e assentiu, apontando na direção do bar com o queixo.

— Cerveja, uns drinks que eu nunca decoro o nome, vodka com qualquer outro tipo de bebida e umas latas de um negócio importado que tem gosto de gasolina e te faz entrar em coma alcoólico no segundo gole. — Explicou, de forma divertida. — O que você vai querer?

— Quero vodka — respondeu — Você vai pagar pra mim, hyung?

O mais velho riu do duplo sentido da frase e arqueou a sobrancelha.

— Você está num open bar. — Disse, então acariciou a nuca dele de forma rápida. — Não acho que tenha algo a te pagar por aqui.

— Ah não? — questionou, dando um sorriso ladino absolutamente maldoso e baixou mais o tom de voz — Nadinha?

— Tem certeza que veio pra cá pra fugir da programação ruim dos dormitórios, Changgie? — Questionou, o sorriso tomando um formato diferente conforme ele observava o jeito que Changkyun agia consigo.

— Na verdade — O mais novo suspirou, se aproximando até estarem com os corpos praticamente colados; a boca próxima ao ouvido alheio — Eu vim porque eu tenho uma surpresa pra você, hyung.

Minhyuk arqueou uma das sobrancelhas, as mãos se prendendo na cintura imediatamente com a proximidade, olhando-o como quem pedia para terminar de falar o que havia começado.

— Você sempre reclama do meu estilo, sabe? — ele continuou, alisando o braço de Minhyuk de forma leve — Dos meus moletons e tudo mais. E eu pensei em comprar algo bonito dessa vez, mas queria que você fosse o primeiro a ver. Pra me confirmar se é do seu gosto — A outra mão puxou uma das de Minhyuk e levou até o cós da própria calça, induzindo os dedos a puxar o tecido e olhar por baixo.

Minhyuk ficou confuso por apenas meio segundo antes de sentir o tecido trançado da meia por baixo das roupas. A temperatura de Changkyun era alta debaixo da jaqueta e o mais velho riu de nervoso enquanto encaixava o dedo entre duas aberturas da peça.

— Você... — Ele negou, os olhos descendo para subir um pouquinho a blusa e poder, enfim, ver a barra da meia arrastão saindo pela calça. — Você está usando cueca?

Ele negou com a cabeça, deixando o sorriso crescer enquanto observava as reações do outro.

— Você quer ver melhor, hyung?

A mão grande desceu pelas costas, alcançando a bunda para apertá-la enquanto continuava olhando para aquele pedacinho de tecido despontando para a barriga lisa.

— Você não presta, Changkyun. — Disse, então subiu o rosto, sorrindo de canto antes de se aproximar para beijar e depois morder o queixo, seguindo a linha da mandíbula até o lóbulo da orelha. — Como você descobriu?

O Im se sentiu um pouco constrangido em dizer aquilo, mas não mentiria mesmo assim.

— Eu te ouvi falar sobre as meias quando o Hoseok hyung usou, no outro dia — confessou baixinho, segurando o outro pelos ombros para que ele permanecesse onde estava e não notasse que ele tinha corado — Achei que você gostaria.

Minhyuk riu. Não de forma divertida como no começo daquela conversa, mas de forma baixa e abafada enquanto puxava mais o corpo de Changkyun na direção do seu. Ele mordeu o lóbulo, puxando-o um pouco, então se permitiu passar o nariz pela pele cheirosa do pescoço.

Gostava da dualidade de Changkyun, de como ele podia ser absolutamente provocante num instante e desesperadamente adorável no segundo seguinte. O relacionamento deles era sempre casual, embora frequente, mas eles já mantinham uma boa amizade desde muito antes.

Havia sido por uma daquelas atitudes que ele havia beijado Changkyun de forma impulsiva a primeira vez e era pela personalidade forte que ele continuava trazendo-o para perto sempre que podia.

— Você está tentando me matar. — Disse, baixinho, a respiração morna batendo na pele alheia.

— Estou? — perguntou, rindo em seguida, sentindo tudo se arrepiar com os toques que recebia — Você vai me tirar daqui e me dar uma lição, então?

Minhyuk riu de forma indignada, mas ainda assim se aproximou para puxar o lábio de Changkyun entre os dentes antes de deixar a mão - que continuava na bunda dele - deixar um tapa estalado.

— Se eu tomar bronca da administração por ter deixado todo mundo na mão, vou ter que te castigar duas vezes. — Disse, baixo, então o puxou para fora do ambiente.

Changkyun riu e o seguiu. As coisas saíram do jeitinho que ele havia previsto.

Minhyuk abriu a porta enquanto tinha Changkyun prensado à ela. O corpo quente estava colado ao seu e ele beijava a boca bonita de um jeito gostoso, mas que o fez errar algumas vezes a entrada do cartão-chave.

O clique o permitiu entrar no dormitório individual e minúsculo, então ambos cambalearam para dentro, até que Changkyun estivesse com as coxas presas na borda da escrivaninha.

— Ficou com saudade? — questionou, enquanto as mãos caminhavam para acariciar a pele quente abaixo das roupas.

— Fiquei — ofegou, devolvendo tudo com entusiasmo enquanto tirava de vez a jaqueta e se arrepiava com o toque das mãos grandes — Muita. Você estava tão ocupado esses dias...

Odiava parecer carente, até porque Changkyun gostava bastante de passar algum tempo sozinho, mas estava tão habituado à presença de Minhyuk que sua falta era sentida de longe.

Em todos os sentidos.

— E por isso... — Ele puxou o elástico da meia arrastão, deixando o barulho ecoar quando a soltou. — Você resolveu me provocar com isso?

— Eu precisava de um bom motivo pra te convencer a vir comigo — ele sorriu, mordendo os lábios — É um presente. Você não gostou?

— Eu gosto. — A mão puxava casaco do outro para cima devagar, raspando os dígitos na pele clara. — Mas já me desculpo agora, porque não acho que ela vai estar intacta no fim dessa noite... — Sorriu antes de puxar o tecido para fora.

Changkyun deixou a roupa sair do corpo e se arrepiou todo com o contato direto, puxando Minhyuk novamente para mais perto e procurando sua boca com vontade.

Abriu o botão da calça do mais velho e tocou a ereção, gemendo no meio do beijo enquanto o sentia tão quente em sua palma.

— Você vai me comer bem forte, hyung? — perguntou; a voz manhosa repentinamente — Vai me comer enquanto eu uso isso só pra você?

Ele riu baixinho, satisfeito e excitado com a forma como Changkyun agia. A ansiedade do mais novo o instigava, a boca suja o deixava totalmente duro. As mãos seguraram o queixo e trouxeram os olhos para os seus.

— Vou te comer do jeito que você merece. — Respondeu, então lambeu a boca, observando como ele o tocava. — Vou tirar essa sua calça... então você vai me chupar bem gostoso usando só essas meias... — Sorriu. — E eu vou foder sua boca para depois foder você, bebê.

Changkyun ofegou. Os olhos pesados, o pau duro e ele completamente entregue.

— Tira — pediu, abrindo a própria calça e puxando desesperadamente as roupas do outro pra fora do corpo também — Por favor, tira tudo e me deixa te chupar bem gostoso, hyung.

Ele se livrou das calças de Changkyun e admirou o corpo dentro do tecido vazado durante um tempo. As mãos formigaram e ele o puxou para perto pela bunda, deixando um tapa forte ali, arrastando-o para a cama até estar deitado sobre ele, as ereções se roçando. Ele simulou uma estocada e sorriu, a boca muito próxima.

— Me chupa bem gostoso enquanto eu preparo você pra mim.

Changkyun assentiu, impulsionando o corpo a se virar até estar sobre o de Minhyuk. Virou-se do lado contrário, com o pau alheio na altura de sua boca e as pernas de cada um dos lados do Lee, inteiramente aberto para que ele pudesse prepará-lo como bem quisesse.

Ele se empinou enquanto segurava a ereção pela base e lambia a extensão até colocar a glande na boca, passando a língua ao redor, num beijo molhado delicioso enquanto gemia só por aquele contato. Esfregou o próprio pau na altura do peito de Minhyuk e se abriu mais ainda, afundando a ereção inteira dentro da própria boca até senti-lo no fundo da garganta.

Minhyuk gemeu baixinho, o corpo se arrepiando com o contato enquanto a boca começava seu serviço. Ele beijou a parte interna da coxa de Changkyun, subindo devagarinho até chegar próximo da bunda.

— Desculpe. — Pediu, ainda que não se sentisse culpado pelo que faria.

As duas mãos se prenderam em torno de um dos buracos da meia e puxaram até rasgarem todos os pontos que cobriam a bunda, deixando-a desnuda para que começasse o trabalho. A língua habilidosa escorregou do períneo até a entrada, molhando tudo enquanto uma das mãos massageava o pênis.

Changkyun gemeu de forma longa enquanto continuava a chupá-lo com fome. Ele agarrou as pernas de Minhyuk como se aquilo lhe desse alguma força para suportar o tesão que sentia e foi inevitável que por breves segundos, ele tenha deixado a tarefa para sentar no rosto de Minhyuk e rebolar enquanto a voz ecoava pelas paredes do dormitório em gemidos sofridos.

— Isso... Me fode assim... — ele pediu, e caiu de boca mais uma vez, ainda mais faminto, engolindo aquela ereção todinha na boca como se sua vida dependesse disso.

Chupou também os testículos enquanto a mão masturbava a ereção dura e voltava a engolir tudinho, sentindo-se engasgar pela euforia com a qual fazia aquilo.

Minhyuk apreciava o desespero com o qual Changkyun trabalhava durante o processo. O corpo quente tremia e o mais velho fez questão de segurar os quadris enquanto ele sentava, entrando com a língua, o masturbando de um jeito apertado e movendo o quadril na direção da boca alheia enquanto continuava. Os dedos, já úmidos pela saliva, naturalmente tomaram o caminho para dentro não muito depois, indo e vindo de um jeito apertado, cavando para achar a próstata e massageá-la.

Ele sugou a parte interna da coxa enquanto fazia isso, marcando de modo forte antes de descer a mão livre contra a pele já avermelhada pelos tapas anteriores. Sabia que Changkyun gostava e se deliciava com os sons. A meia arrastão deixava tudo pior, desenhando com listras escuras a pele claríssima e inserindo obstáculos que ele fazia questão de driblar, encaixando os dedos nos vãos para apertá-lo mais e, conforme o calor subia, Minhyuk se sentia cada vez mais ansioso.

— Você tá apertando tanto os meus dedos... — Disse, a voz grave. — Vai apertar meu pau desse jeito também? Vai gemer igual uma puta enquanto senta em mim? Hm?

A resposta veio em um gemido engasgado, enquanto ele chupava ainda mais fundo ao ouvir aquilo frase suja; as lágrimas se prendendo no canto dos olhos. Minhyuk era sempre muito atencioso consigo, lhe enchendo de carinho de modo que não estava acostumado, mas descobriu que gostava muito.

Ao menos quando partia do Lee.

Ele gostava de abraços, de deixar mordidas em suas costas como um filhote e era amável o tempo todo. Menos quando faziam sexo. Embora gostasse do jeito como Minhyuk o tratava - e tenha se aproveitado do fato do mais velho achá-lo fofo para conseguir o seu primeiro beijo -, eram naqueles momentos onde ele se sentia na beira.

— Eu vou — disse de forma mais clara quando largou a ereção com um estalo molhado — Vou gemer bem alto, hyung. Vou quicar em você e te apertar forte dentro de mim — ele rebolou nos dedos longos de Minhyuk, se contraindo ainda mais e arriscou olhar por sobre os ombros — Como a puta sedenta que eu sou.

Minhyuk sorriu, satisfeito, então apertou a bunda bonita com força à ponto dos nós dos dedos ficarem brancos. Ele empurrou o corpo de Changkyun para baixo, até que o quadril alheio estivesse na altura do seu e se sentou, mordendo ombro e pescoço. Ele roçou a entrada e lambeu a pele sensível atrás da orelha.

— Estique o corpo e alcance as camisinhas e o lubrificante na minha mesa de cabeceira. — disse, numa ordem cantada e rouca. — Você vai abrir o pacote e me vestir pra eu te fazer sentar em mim com força, hm? — A mão apertou a intimidade dele e masturbou devagar. — Bem fundo... até você chorar pra mim.

Changkyun obedeceu, ansioso. Qualquer coisa que Minhyuk fazia deixava-o arrepiado dos pés a cabeça. Ele buscou as camisinhas e o lubrificante na gaveta, deixando a embalagem do líquido perto do mais velho e pegando um dos pacotinhos metalizados enquanto se virava de frente para o outro.

Rasgou com os dentes, tirando o preservativo e o encaixou entre os lábios antes de segurar o pau de Minhyuk pela base e vestí-lo com a boca. Depois de ter colocado, ele lambeu os lábios e se ergueu, procurando pelos olhos de Minhyuk e aproximando seus rostos. As pernas se posicionando aos lados do corpo alheio.

— Vai me comer assim, hyung?

Ele se observou ser vestido e lambeu a boca de Changkyun após a pergunta, se concentrando em abrir a embalagem de lubrificante e despejar um pouco na mão, espalhando pelo próprio pênis. Uma das mãos avançou para a bunda de Changkyun, lubrificando-a também.

— Não. — Disse, enquanto o penetrava com os dedos. — Eu quero te ver bem mansinho... você ainda merece um castigo por ser uma cadela e me provocar desse jeito. — Sorriu. — Deita de costas na cama e abre bem as pernas pra mim.

Changkyun gemeu com o contato, sentindo o corpo reclamar quando ele deixou que os dedos longos saíssem de dentro para se deitar como ele havia pedido. O peito subia e descia e ele abriu as pernas o máximo que pôde, segurando a parte de trás dos joelhos e deixando os pés pro ar.

— Vem, Min hyung — pediu, manhoso — Castiga sua puta.

Ele se masturbou devagar, espalhando mais o lubrificante, sentando-se sobre as panturrilhas enquanto o observava naquela situação. Changkyun era absurdamente delicioso.

— Minha? — Sorriu, esfregando a glande contra a entrada dilatada. — Você quer ser meu? — Perguntou, de forma divertida, mas os olhos eram afiados na direção do outro.

Gostava da submissão que Changkyun lhe entregava sempre que estavam juntos.

Changkyun piscou. Os lábios foram fortemente mordidos e, por algum motivo, ele não teve coragem de dizer nada em voz alta. Apenas assentiu com a cabeça enquanto gemia baixinho pelo contato iniciado. Queria que ele entrasse logo.

— Por favor... — pediu, baixando as mãos e afastando a própria carne para se abrir ainda mais.

Minhyuk estapeou a mão alheia e se inclinou como podia, até estar próximo o suficiente.

— Responda.

Ele ofegou, puxando o ar e apertando os olhos antes de abri-los; marejados novamente.

— Eu quero — ele disse baixinho e fungou, soltando o ar com força — Eu quero muito ser todo seu.

O sorriso de canto era malicioso e o mais velho se inclinou beijá-lo, sugando o lábio de um jeito lento antes de voltar à posição inicial, se encaixando e entrando só um pouco. Os olhos não desgrudavam dos de Changkyun nem por um minuto.

— Você não tem noção de como está gostoso assim. — Lambeu a boca. — Tremendo e todo aberto pra mim...

As pálpebras estavam pesadas e ele respirava de forma difícil, custando manter os olhos abertos e o juízo em perfeito estado.

Minhyuk o deixava louco.

— Min hyung, por favor — ele pediu, choramingando — Enfia tudo — ele voltou a puxar a própria pele, querendo abrir espaço.

Minhyuk beijou os pés de Changkyun, assim como parte da panturrilha, que era onde conseguia alcançar com aquela posição, então deixou uma das mãos escorregarem até o peito, sentindo o calor do corpo menor. Gostava de fazer devagar pois sabia que aquilo atiçava Changkyun, deixando-o pedinte e ansioso.

— Mas você fica tão gostoso desesperado assim... — Entrou mais um pouco, até a metade. — Eu quero te comer bem devagar para ver você implorar assim... — Entrou inteiro, forte, só pra sair de novo, deixando só a glande dentro. — E você vem sendo um menino tão mal ultimamente...

O gemido veio alto e comprido quando Minhyuk entrou inteiro e então ele rebolou contra a glande, querendo aquele contato de novo.

— Você... É tão malvado, hyung — Sussurrou, ainda se movendo de modo desesperado e apertando-se tanto que sentia as unhas curtas machucando a pele. Os olhos continuavam brilhando de lágrimas finas presas. — Eu só queria seu pau todinho enfiado em mim — choramingou mais uma vez — Só isso.

— Só isso? — Sorriu, escorregando para dentro antes de se inclinar mais uma vez sobre o corpo dele, o rosto pairando próximo ao do outro. — Não quer que eu me mova assim? — Disse, indo e vindo forte mais uma vez, o sorriso de canto nascendo enquanto ele via as lágrimas presas aos olhos.

Changkyun soltou a própria carne e abraçou Minhyuk com braços e pernas enquanto ofegava dentro da boca dele. Se apertou ao redor da ereção de propósito, tão forte que foi capaz de sentir tudo.

— Quero — respondeu; as lágrimas caindo pelas laterais do rosto — Me come, hyung. Por favor. Me fode o mais forte e fundo que você conseguir... — soluçou, rebolando enquanto o tinha dentro de si — Faz do jeito que só você sabe... Por favor...

Minhyuk gemeu.

As mãos grandes se fecharam em torno das coxas, os dedos se prendendo à carne e ignorando as linhas finas da meia arrastão que continuava ali, embora bem avariada.

— Não me aperta assim... — Pediu, então ofegou mais uma vez.

O mais velho costumava ser gentil.

O Lee era um cara tranquilo, sociável, extremamente bem humorado e para lá de cuidadoso e preocupado com as pessoas, especialmente no sexo. Com Changkyun não seria diferente, mas, em alguns pontos, era.

Changkyun era guloso, embora preocupado com seu bem estar também. Ele cobrava por um pouco mais de força, de profundidade, implorava pela agressividade atípica e reivindicava a mão mais pesada do que Minhyuk costumava utilizar com outras pessoas.

E, ainda que fosse um garoto simples, Changkyun era cirúrgico. Queria forte, queria gostoso, queria ser domado e queria sentir tudo o que tinha direito, tudo o que Minhyuk havia lhe entregado naquela primeira foda levemente alcoólica.

Seria bobagem sua dizer que estavam bêbados, mas o mais velho havia se soltado e o Im gostara de sua falta de controle. Não por acaso pedia pelos apelidos ofensivos e menos ainda seria coincidência as meias que agora lhe cobriam o corpo. Minhyuk gostava de mandar, Changkyun tinha prazer em lhe obedecer e o tesão escorrendo pelos olhos alheios em formato líquido deixava tudo claro. Era bom daquele jeito.

Quando notou, já se movia para dentro num ritmo gostoso, forte, muito fundo e sem parar. O corpo de Changkyun era quente e deslizava sob o seu, os barulhos estavam altos e Minhyuk afundou o rosto no pescoço cheiroso, marcando, mordendo. A forma como ele lhe reivindicava era deliciosa.

Por isso, quando viraram na cama, Minhyuk ordenou:

— Senta. — A voz era grave — Gostoso e fundo, sua vagabunda.

Changkyun sentia o corpo amolecer, mas não ousou desobedecer. Ele gemeu de novo ao ouvir o que devia ser uma ofensa, e se apoiou sobre os joelhos enquanto o encaixava em si mais uma vez. Apoiou uma das mãos no peito de Minhyuk e sentou com força, gemendo um pouco mais alto, num tom mais agudo e manhoso do que o normal. Seus olhos se reviraram quando ele foi tocado no ponto certo de primeira e foi forte de novo, rebolando enquanto o tinha todo dentro.

O pau ainda estava preso pelas meias e ele sentia a carne inchada em atrito com o tecido vazado, fazendo escorrer pré gozo da glande pela extensão inteira.

— Hyung — ele chamou, quicando mais rápido e mais forte; a voz entrecortada devido aos movimentos — Seu pau é tão gostoso, hyung — as lágrimas voltaram mais grossas; a próstata sendo surrada sem parar — Você me fode tão fundo... Come sua puta assim...

Ele então puxou o quadril de Changkyun para baixo, o peso do corpo somado à força do puxão o fez ir ainda mais fundo, até a base; o limite. Minhyuk estapeou a coxa durinha e riu baixinho, extasiado antes e chamá-lo com a mão, finalmente conseguindo o beijo que queria.

— É gostoso? — perguntou, então moveu o próprio quadril para fodê-lo. — Você tá me apertando de novo... — Sussurrou, então mordeu a boca, voltando a fodê-lo naquela posição que facilitava o acesso à próstata. — Vai gozar pra mim? Sem se tocar de novo?

Changkyun assentiu para a pergunta e gemeu com os movimentos, beijando-o de modo tão explícito que se sentiu tonto. Minhyuk sempre o levava àquele limite sem o menor esforço. Prova disso era que sempre acabava gozando sem precisar se tocar. E ele amava isso tanto quanto Minhyuk parecia gostar.

— Eu vou — ele se moveu mais rápido, sugando o lábio inferior alheio e já não sabia se as contrações ao redor da ereção do outro eram propositais ou não — Eu vou gozar bem gostoso pro hyung... Você deixa? — perguntou, segurando o rosto do mais velho para olhá-lo nos olhos — Deixa eu gozar hyung? Enquanto você me enche com a sua porra?

Minhyuk sorriu de canto, excitado, virando-o na cama mais uma vez para aumentar a velocidade das estocadas, pois se sentia próximo da borda também.

— Goza. — Assentiu, a mão seguindo até o rosto para inserir o dedão na boca alheia, apertando a língua para baixo. — goza bem gostoso, meu bebê. Eu vou gozar pra você também...

Changkyun gemeu alto enquanto chupava o dedo alheio, buscando a outra mão e alisando a palma em seu rosto, pedindo para que Minhyuk batesse. Ele se sentia tão perto que poderia desmaiar. O corpo todo se movia em favor do outro, a voz elevada, mas os lábios fechados em torno do polegar alheio. Os olhos brilhantes, ainda chorosos.

A mão grande estalou alta no rosto bonito duas vezes antes de ouvir a frase que o fez tremer.

— Eu vou gozar... — avisou, com dificuldade e gritou quando finalmente veio.

O corpo se contraiu e Minhyuk sentiu tudo, assim como também sentiu a umidade crescer dentro daquela meia, sujando tudo.

Os dígitos marcaram mais uma vez sobre o rosto, e o dedo saiu de dentro da boca para que a destra toda rodeasse o pescoço de Changkyun, apertando enquanto ele avisava que iria gozar, apenas para vir logo em seguida. Os movimentos ficaram desregulados e ele revirou os olhos, sentindo-se encher a camisinha, parando com tudo apenas quando a última gota se foi. Ele suspirou, então negou.

— Você está tentando acabar comigo.

Changkyun ofegava e, ainda se sentindo carente, ele estendeu as mãos de forma preguiçosa até que o corpo de Minhyuk descansasse sobre o seu.

— Só estava com saudade, hyung... — disse enquanto o abraçava.

— Eu gostei dessa meia... — Disse, passando a mão pela perna antes de se retirar dele, dar um nó na camisinha e deixar próximo aos olhos para jogar fora mais tarde. — Ficou bonita em você... mas eu acho que estraguei ela... um pouco.

— Pois é — fez um biquinho, como se realmente se importasse com aquilo — E agora? O que vão dizer quando eu quiser usar de novo com alguém?

— Você pode... comprar outra... eu acho. — disse, um tanto confuso, tentando não parecer um grande babaca em pedir para ele comprar, de fato, outra meia...

Mas para usar com o próprio Minhyuk.

— Você é quem deveria pagar — reclamou, procurando os olhos dele, irritado; não pelas meias, mas porque Minhyuk nunca o respondia como ele desejava.

Não naquele jogo.

Minhyuk o olhou. O corpo estava mais tenso que anteriormente e não precisava ser um gênio para compreender que Changkyun estava puto. Só não compreendia porque se sentia tão irritado por causa de uma meia que ele sabia que estaria inutilizável no fim da noite.

O mais velho até havia pedido desculpas por ter rasgado...

— Ok, me desculpa. Eu te compro outra, sem problemas.

Changkyun fungou e as sobrancelhas se uniram. O queixo tremeu e ele cobriu o rosto com as duas mãos, tentando se virar e sair das vistas de Minhyuk. Queria ir embora porque, definitivamente, não queria que ele ouvisse tudo que estava pensando.

— Hyung... Me deixa sair — pediu, tentando se impedir de parecer ainda mais patético enquanto se movia para sair debaixo dele.

— Changgie? — Chamou, um tanto desesperado porque não entendia por que ele estava daquele jeito. — O que aconteceu? Eu machuquei você? Você nunca vai embora assim, é por causa da meia? Eu sinto muito... não chora... eu sei que você vai chorar. Olha pra mim. — Impediu-o de sair, então segurou o queixo, virando o rosto em sua direção. — Eu disse algo errado?

Changkyun não conseguiu resistir, mas fechou os olhos com força e mordeu os lábios, sentindo as lágrimas finas correndo de novo pelas laterais do rosto. O pedido para que não chorasse apenas fazendo com que ele tivesse ainda mais vontade de fazê-lo.

— Eu não quero outra meia — sussurrou e fungou de novo, ainda de olhos fechados — Eu quero... Que você peça pra eu não usá-la com mais ninguém — soluçou — Desculpa. Me desculpa. Eu vou embora — ele tentou sair mais uma vez.

— Changkyun. — Chamou, então segurou ambos os pulsos, prendendo-os acima da cabeça, tornando impossível que o mais novo saísse. — Por que você está se desculpando?

Minhyuk era um cara solto. Raramente se envolvia romanticamente com as pessoas e prezava demais por seu espaço pessoal; não ligava muito, pois não gostava que ligassem de volta, naturalmente demorava para responder as mensagens e acabava soltando a pessoa antes que se visse preso demais à ela.

No entanto, sempre havia sido diferente com Changkyun e ele sabia.

Ainda que casual, era frequente. Minhyuk ligava de vez em quando porque conhecia o calendário de Changkyun, porque se preocupava de verdade e porque não se importava em ceder espaço pessoal sempre que Changkyun pedia... e às vezes sem que pedisse também.

Existiam muitas coisas sobre o mais novo que ele preferia ignorar para não pensar demais, mas, naquele momento, era muito difícil.

— Changgie... — Chamou. — Você gosta de mim?

— Desculpa — ele pediu mais uma vez, chorando de novo, porque conhecia o mais velho bem demais àquela altura.

Quando começaram a se envolver, o trato implícito era que não houvessem cobranças exageradas por rótulos que eles não tinham. E ele sabia que não tinha o direito de ficar chateado por não receber as respostas que queria.

Foi ele quem se deixou apaixonar.

— Eu sinto muito — fungou mais uma vez — Você não precisa dizer nada. Eu vou embora e a gente esquece isso. Eu não vou te encher com esse assunto, eu prometo...

— Im Changkyun. — Chamou mais uma vez, um pouco mais firme porque estava sentindo coisas demais. — Você gosta de mim?

Changkyun se sentiu acuado, e o queixo tremeu de novo quando ele confirmou com a cabeça.

— Gosto — vocalizou, se sentindo ainda mais sensível do que já estava — Eu gosto. Me desculpa.

Minhyuk se aproximou devagarinho, unindo os narizes devagar antes de deixar um selo longo nos lábios trêmulos. Ele soltou as mãos que estavam presas e usou a própria para secar as lágrimas que haviam escorrido.

— Por que você está me pedindo desculpas?

— Porque... — começou a responder, ainda zonzo pelos carinhos que recebia — Eu sei que você não está procurando nada sério. E eu acabei de te deixar numa situação chata...

— Eu não estava mesmo procurando por algo sério... — Começou, observando o rosto bonito, acariciando os cabelos úmidos de suor e gravando cada pedacinho. — Eu não esperava começar a gostar de você, também.

Changkyun procurou pelos olhos dos quais fugia até aquele momento e franziu o cenho, observando-o.

— O que...?

— Eu disse que tudo bem, Changgie. — Explicou de novo. — É recíproco. Só você não sabia disso.

— Só eu? — questionou, com a voz fraquinha, deixando os braços rodearem o Lee mais uma vez, querendo-o perto.

Era vergonhoso pensar quantas vezes já tinha devaneado com aquelas palavras saindo da boca do seu hyung.

— Hm... o Kihyun sabia. O Hyungwon, o Jooheon, o Shownu hyung e o Wonho hyung desconfiavam. Eu só não queria te falar ainda, achei que estava cedo, mas você acabou dizendo antes. — Riu fraquinho. — Por isso usou as meias? Ficou com ciúme do Wonho hyung?

— Eu... — ele fungou de novo, procurando se esconder no pescoço do outro — Queria que você achasse bonito em mim também.

— Bobo. — Minhyuk riu fraquinho e o apertou dentro do abraço, beijando a ponta do nariz. — Você é um menino muito bobo, Changgie.

— E você gosta de mim mesmo assim? — perguntou com a voz abafada, mas procurou os olhos dele em seguida.

Minhyuk sorriu.

— Sim. — Respondeu e lhe roubou outro selinho. — Eu ia gostar de você mesmo se você fosse burrinho e tivesse chulé.

— Que nojo, hyung — ele riu, e procurou a boca bonita para dar um beijo — Não preciso me preocupar em comprar outras meias, então?

Minhyuk fez um bico.

— Vai comprar. — Respondeu, então se aproximou para morder a orelha; o indicador entrando no elástico da meia que ainda estava no corpo menor. — Mas vai usar só pra mim.

Changkyun sorriu. Aquela parte da noite ele não tinha previsto, mas terminou ainda melhor do que ele esperava.

///

Roi, galera

Pois é, a gente viu o Chang com essa meia e não deu pra segurar o plot. Foi mais forte do que nós. Era pra ser só o hotzinho, mas acabou ficando um pouquinho mais nhonhonhon do que esperávamos. Fazer o que... Somos promíscuas românticas.

Esperamos que tenham gostado

Um beijo e até logo <3


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