Autora: LexysK23
Tags: Romance/Drama/Amizade
Personagens: Mal/Evie/Ben
Palavras: 3.7K
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Sinopse:
Marcas da alma é o nome da pessoa que está destinada a ser seu par, para sempre.
A menos que o nome não apareça marcado em alguma parte de seu corpo, ou, caso a pessoa tenha outro nome que não seja o seu, marcado nela.
Isso é algo muito raro, mas quando acontece, leva ao portador do nome, a fazer coisas inexplicáveis.
Infelizmente, Evie descobre que sua alma gêmea, não tem o nome dela, como sua marca da alma.
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Quando Evie tinha seis anos, ela foi banida junto com sua mãe, por Malévola.
Sua mãe estava furiosa pelo acontecido, mas, usou o tempo presa ali, para ensinar a filha a ser a princesa perfeita e obediente que deveria se tornar. A ensinou coisas como cozinhar, limpar, fazer sua maquiagem, a falar como uma princesa e a punia quando ela errava algo.
Sua filha deveria ser perfeita.
Infelizmente, esses ensinamentos tomaram o lugar de diversas outras coisas, como a educação escolar. A Rainha Má sabia que sua filha tinha uma mente brilhante, mas, ela não podia deixar que a mesma ficasse muito inteligente. Os príncipes não gostariam disso, então, a rainha escondeu todos os livros que haviam no castelo. Ela só saberia o que a rainha deixasse ela saber.
E então a marca da alma de Evie apareceu em seu pulso, quando ela tinha treze anos. O nome Mal, com um dragão em volta. Evelyn sabia de quem se tratava, era a garota a qual as fez serem banidas. Mas, ela era a alma gêmea de Evie, portanto, a garota não conseguiria odiá-la.
Quando ela completou dezesseis anos, a Rainha Má pôde enfim sair do esconderijo e voltar para os arredores da Ilha, assim, relutante ela permitiu que Evie fosse à escola. Não foi algo tão simples para a garota, já que era sua primeira vez estudando e precisaria pegar todo o conteúdo e aprender tudo que os outros já sabiam. Por sorte, sua mente brilhante a ajudaria a entender tudo rapidamente. Ela estava animada para aprender, mas, não era somente isso que a deixava ansiosa.
Ela se reencontrou com Mal e a garota não parecia estar contente. A trancou no armário da Cruella e quase a machucou. Mas, por ser amiga de Carlos (o garoto a ajudou a sair). Mais coisas aconteceram, sua vida estava em perigo novamente e enfim ela se tornou amiga de Mal e Jay.
Os outros três também tinham nomes marcados em si mesmos. Jay deixava seu braço a mostra, onde Audrey estava escrito, junto à uma roca de fiar, na parte de trás. Demorou um pouco, até que Evie visse o de Carlos, mas, quando isso aconteceu, ela viu o nome Jane, junto à uma varinha. E, por mais que ela amasse os meninos, só havia uma pessoa que realmente lhe importava. Evie estava animada para ver seu próprio nome no braço de Mal.
Mas, quando a mesma viu o nome, seu coração afundou no peito. Não era o nome dela, e sim, Ben, com uma fera uivante, na parte de trás.
Ela foi para casa e chorou junto a mãe, que acabou por dizer que aquilo era algo bom. A mesma lhe disse para esquecer sobre o nome, para que assim pudesse concentrar-se em obter um príncipe que a amasse.
Mas Evie não conseguiria esquecer, não quando tinha o nome escrito em sua pele.
Ela tentava esquecer. Ela tentou esquecer que tinha visto outro nome no braço de Mal. Ela tentou deixar pra lá...
Mas, não conseguia.
Então, ela tentou se livrar do nome.
Ela tentou riscar o nome, mas apenas conseguira cicatrizes.
Ela tentou queimar a pele, mas, o nome continuava lá, quase brilhando.
Ela chegou tão longe a ponto de raspar o local ao qual o nome estava escrito, mas quando a ferida se curou (um pouco), lá estava novamente.
Não tinha como Evie apagar o nome de Mal de seu próprio pulso.
E tudo foi de mal a pior, quando ela, Mal e os garotos, receberam a notícia de que estavam indo para Auradon.
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Auradon era um lugar dos sonhos de Evie, mas, rapidamente se tornou seu pesadelo.
Os quatro jovens saíram da limousine e viram o pequeno grupo de Ak's e adultos parados na frente deles.
Jay se aproximou de uma das garotas, com um sorriso ladino no rosto.
- E ai, gata. Meu nome é Jay.
A mesma arregalou os olhos e fitou o garoto ao seu lado. As orbes avelã de Evelyn foram em direção ao braço desnudo de Audrey e notou o nome de Jay, no mesmo. Ela sentiu alegria, sabendo que um de seus melhores amigos, um irmão na verdade, havia encontrado seu final feliz.
Fada madrinha, impediu a garota de dizer qualquer coisa. Evie observou Mal perguntar sobre a varinha e a fada a respondeu com um sorriso.
- É tão bom finalmente conhecer todos vocês. Eu sou Ben. - O garoto falou, sorrindo para eles, mas com seus olhos fixados em Mal. No mesmo instante, Evie sentiu seu mundo parar.
Desde o momento em que ela soube que não poderia ficar com Mal, ela tinha esperanças de que a garota nunca encontrasse seu amor verdadeiro, mas parecia que o destino queria brincar com ela um pouco mais.
- E essa é a Audrey. - Ben apresentou a princesa que estava fitando Jay. O mais alto arregalou os olhos e um sorriso apareceu em seus lábios.
- Bom, você já sabe meu nome, estes são a Mal, Carlos e Evie. - Jayden os apresentou e o príncipe sorriu. Seus olhos foram em direção ao braço de Mal, onde pôde ver seu nome escrito ali.
Os Vk's foram a procura dos dormitórios. Depois de se instalarem em seus devidos quartos, os quatro voltaram a se reunir.
- Nossas almas-gêmeas estão aqui. Eu nunca imaginei que fosse realmente encontrá-la. - Jay sussurrou, fitando Mal, que parecia em conflito.
- Nós ainda precisamos seguir com o plano. Não podemos desapontar nossos pais. - Mal falou, mas sua voz não tinha tanta confiança.
Carlos olhou para o nome em seu próprio braço, antes de voltar a fitar os amigos.
- Vocês acham que eu vou encontrar a minha?
Evie lhe lançou um sorriso e concordou com a cabeça.
- Sua mãe irá machucar as pessoas que baniram ela, você sabe quem é a mãe da Audrey, não sabe? - Jay perguntou, olhando-a.
Mal fechou os olhos e passou as mãos pelos cabelos roxos:
- Evie, o que você acha? Já que você não tem ninguém que valha a pena não seguir com o plano.
A pergunta fez Evie ficar tensa, pelo fato de que a outra garota não sabia da verdade. Ela olhou para o rosto de seus amigos e balançou a cabeça.
- Eu acho que deveríamos passar alguns dias aqui, e ver se a alma-gêmea de vocês vale a pena ao ponto de desistir do plano.
Mal assentiu:
- A gente ainda precisa procurar pela varinha. Caso isso não de certo.
E foi isso que eles fizeram. Eles foram até o museu e viram onde a varinha estava. Pensaram numa maneira de conseguir tirá-la de lá e logo voltaram para os dormitórios. Evie deitou em sua cama, olhando para o teto, enquanto Mal dormia do outro lado do quarto.
Os quatro foram para sua primeira aula, onde conheceram Jane. Carlos ficou tenso, até que seus olhos foram em direção ao braço da garota. Um sorriso apareceu nos lábios dele, ao notar o próprio nome ali.
E foi naquele momento que o grupo decidiu que não queria que seus pais machucassem as pessoas que eles estavam destinados a amar. Seus pais haviam deixado a raiva e o ódio consumi-los e isso os deixou fechados e sem esperanças, e os três jovens não cometeriam o mesmo erro que seus progenitores. Eles tinham a chance de serem felizes e não a desperdiçariam.
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Evie parou de se encontrar com seus amigos no horário de almoço, por não querer ficar no meio dos casais. Ela sempre dizia que queria estudar e que queria aprender o que sua mãe havia lhe restringido.
Grimhilde sempre sentia uma dor imensa, quando via Mal e Ben, juntos.
Jay, Audrey, Carlos e Jane haviam se tornado amigos, apenas para conhecerem melhor sua outra metade. Para Evie, isso era bom e ela desejava o melhor para eles, mas, não podia não deixar de se sentir péssima. Era como se uma parte de seu coração estivesse faltando. Ela não conseguia não se sentir vazia.
E esse vazio estava matando-a.
Alguns meses depois de chegarem em Auradon, Evie "roubara" o livro de feitiços de Mal. Ela andou até a cozinha e começou a ler o mesmo.
Depois de chegarem em Auradon, Evie e Mal examinaram o livro, pensando em quaisquer feitiços ou poções que poderiam usar. Mal mostrou a Evie uma poção do amor, E fez uma piada sobre isso. Mas, Evie se perguntou se algum dia ela fizesse aquela poção e desse para Mal, a mesma se apaixonaria por ela.
A de azul fitou o livro que estava em sua frente. Mordendo o lábio inferior, ela folheou as páginas, até encontrar a que queria. Ela fitou a porta da cozinha checando se tinha alguém por perto e assim que teve a certeza de que estava sozinha, ela conseguiu todos os ingredientes nos armários e começou a fazer os cookies.
A filha da Rainha Má seguiu a receita do livro a risca e antes que pudesse notar, havia uma pequena fornada de cookies enfeitiçados, na mesa. Ela voltou a olhar a porta, desejando que alguém entrasse ali e a impedisse de fazer o que ela estava prestes a fazer, mas, ninguém apareceu. E com lágrimas descendo por suas bochechas, ela pegou um dos biscoitos e o enfiou dentro da boca.
O mastigou, deixando a mágica acontecer. Aquilo precisava funcionar.
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Mal conheceu Evie aos seis anos e sua mãe baniu a garota junto à Rainha Má. A de cabelos azuis parecia confusa e triste.
Mas, ainda que Evie tivesse ido embora, Mal não deixava de pensar nela. A garotinha ficaria presa e isolada, junto com a mãe, e Mal sabia que se fosse ela naquela situação, provavelmente ficaria perturbada por ter de ficar presa junto a própria mãe, sem poder sair. Mas, ainda assim, ela nunca falou nada para que Evie fosse livre do banimento.
Quando tinha dez anos, conheceu Jay. Os dois costumavam infernizar a vida das pessoas, e ao notarem isso, ambos resolveram se juntar, pois assim, os resultados seriam melhores.
Aos treze, ela ganhou sua marca da alma. O nome Ben com uma fera. Ela não conhecia ninguém que se chamava assim e ficou um tanto confusa. Ela não se importava com tal coisa, pois para ela, conhecer sua alma gêmea não mudaria sua situação atual.
Sua mãe sempre batia na mesma tecla, dizendo que ela não era má o suficiente. Tudo que Mal queria era provar o contrário, mas nunca conseguiria, porque aos olhos de sua mãe, ela sempre seria um desapontamento.
Quando fez dezesseis anos e Evie retornou, Mal sentiu raiva e inveja, pois a outra era toda sorrisos.
Ela sempre tentava se aproximar de Mal e a garota de cabelos púrpura resolveu tirar vantagem disso. Talvez se ela se livrasse de Evie, sua mãe começasse a amá-la. No final, ela não conseguiu. Algo na outra garota não a permitiu deixá-la dormir por cem anos, por tocar no cetro.
E a dupla, se tornou um quarteto. Eles se tornaram uma família, especialmente depois que seus próprios pais se voltaram contra eles.
Mal, Carlos e Jay quase sempre conversavam sobre suas marcas da alma. Com teorias sobre quem seriam e se os encontrariam. E no que dizia respeito a isto, Evie não tinha uma marca. Ela nunca falava sobre, e sempre ficava na defensiva quando lhe perguntavam.
Algo na garota havia mudado do nada.
Evelyn era toda corações e arco-íris em um dia, e no outro, parecia carregar um peso enorme nas costas. Mal via a dor nos olhos dela todos os dias e a mesma não sabia como ajudá-la e pareceu piorar quando eles chegaram em Auradon.
Talvez, Evie só estivesse triste por Mal, Jay e Carlos terem encontrado seus finais felizes e ela ainda não. Por outro lado, Mal achava que Evie tinha sorte, pois a garota não tinha um nome que predizia seu futuro e felicidade.
E então, de repente, Evelyn parecia leve novamente. Ela sorria e parecia relaxada. Mas, o brilho em seus olhos havia sumido e Mal não sabia o que tinha acontecido. Não era como se tivesse afetado a vida de Evie, pois, ela continuava a mesma que eles conheciam e amavam, só que algo nela estava diferente.
A dor havia desaparecido, mas havia um vazio ali. Mal só não sabia dizer o que era bom ou ruim.
- Está tudo bem? - A de roxo perguntou um dia, com preocupação em sua voz.
Evie a olhou, lhe dando um sorriso inocente.
- Sim, por quê? Você está bem?
Mal a fitou por alguns segundos, antes de balançar a cabeça.
- Não é nada, só queria ter certeza.
Evie deu a ela um sorriso e voltou a atenção para os estudos. Mal a observou por um segundo antes de fazer o mesmo.
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Evie gostava do quão leve se sentia. Seu coração já não doía mais. Ela não se corroía por dentro, só em ver Mal junto de Ben.
Mas o feitiço tinha seu lado negativo. Enquanto o mesmo estivesse sob efeito, ela nunca seria capaz de se apaixonar ou amar ninguém. Porém, isso era um sacrifício que ela estava disposta a fazer. Ela preferia não se apaixonar mais, do que sentir seu coração quebrar-se a cada segundo.
- Nós vamos até o lago encantado. Ben, Audrey e Jane vão nos ensinar a nadar. Queremos que venha também. - Mal falou, olhando para a garota que estava costurando em sua máquina.
- Eu estou bem sem saber nadar. - Evie a respondeu, sorrindo levemente.
- Por favor... - Mal pediu, fazendo beicinho.
Evie deixou escapar um suspiro, antes de se levantar e começar a escolher o que levaria na mochila, pois mesmo com a falta de amor, ela ainda faria qualquer coisa por Mal.
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Evie fitou o lago azul, ele parecia tão bonito e pacífico.
- A melhor forma de aprender a nadar, é se jogando na água. - Jay falou, empurrando Evelyn para dentro do lago.
Evie entrou em pânico. Ela começou a sentir o coração bater rapidamente e não era por conta do afogamento. A mesma se debateu na água, sentindo todas as emoções, toda a dor que havia se livrado, retornando com força. Tudo ao seu redor começou a escurecer, e ela parou de lutar, se permitindo afundar de vez.
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Mal assistiu Ben puxar Evie para fora da água. A garota estava mole nos braços dele. Depois que Ben colocou Evie no chão, ele começou a fazer RCP nela. Mal pôde apenas olhar, enquanto sua alma gêmea tentava trazer sua melhor amiga de volta a consciência. Pareceram horas, até que Evie finalmente começou a tossir a água. Ela ofegou por ar, com lágrimas surgindo em seus olhos. Mal franziu o cenho, ao ver o sofrimento voltar a aparecer nos olhos de sua melhor amiga.
Ela, Carlos e Jay, se aproximaram da mesma e se agacharam ao redor dela.
- Evie? - Mal sussurrou, mas a de azul não pareceu ouvi-la. Ela apenas repetia a palavra "não", o tempo todo. - Evie, você está bem agora.
A garota não lhe deu atenção. Ela apenas começou a soluçar. Audrey e Jane buscaram a mochila de Evie, afim de lhe dar roupas secas. Jane puxou da mochila, uma bolsa transparente com cookies.
Os olhos de Evie se voltaram para a garota mais baixa e seus olhos se arregalaram: - Não!
Mal fitou os biscoitos por alguns segundos e logo desviou os olhos para o lago encantado.
- Mal. - Jay sussurrou, chamando sua atenção. Ela o olhou e ele sinalizou o braço de Evie ao qual estava coberto.
Mal sabia que Evie tinha uma cicatriz a qual escondia de todo mundo, entretanto, nunca a tinha visto antes. A faixa a qual cobria um de seus pulsos, havia descido levemente, revelando uma parte de "tinta" preta.
Evie tinha uma marca da alma?
Mal olhou para Carlos e Jay, notando os olhares confusos nos rostos deles. Mal estava prestes a puxar a faixa um pouco mais, mas Evie se afastou dela.
- Faça isso parar, faça parar... - Ela sussurrou, balançando a cabeça, com seus olhos fixados nos biscoitos.
- Evie, você enfeitiçou os cookies?
- Eles são as únicas coisas que me ajudam. - Ela murmurou em um sussurro. Evie fitou Mal, que sentiu seu coração se quebrar ao ver a expressão agonizante que havia no rosto da azulada. - Faça isso parar, Mal.
- Evie, qual é o nome que está no seu pulso?
Evelyn desceu o olhar para o próprio braço e logo desviou para Mal, retirando a faixa branca do local. A de olhos verdes sentiu tudo começar a girar, enquanto olhava para o próprio nome estampado no braço de Evie.
Olhando aquelas letras, tudo fazia sentido. O fato de Evie ter mudado após descobrir a marca de Mal, e a aflição que apareceu em seus olhos quando a outra conhecera Ben. Agora tudo fazia sentido.
E isso a fez se sentir um lixo.
Ela era a melhor amiga de Evie, e ainda assim não tentou descobrir o que havia acontecido com a mesma.
Ela era a alma gêmea de Evie, mas, Evie não era a dela.
Ela era a razão da Grimhilde estar desolada.
- Por que você não me contou? - Mal perguntou baixo, aproximando-se mais dela.
Evie negou com a cabeça.
- Eu não quis. Eu aguentaria não receber seu amor, contanto que eu tivesse você. Eu tinha tudo planejado... Iria ser só sua amiga. Mas então, o Ben apareceu e doeu tanto. Isso dói tanto. - Mal se encolheu quando a voz de Evie falhou em meio a um soluço. - Doía e eu queria que parasse, mesmo sabendo que não iria acontecer. - Evie olhou para o nada, e sua voz demostrava todo sofrimento que sentia. - Então, eu peguei o seu livro, segui a receita da poção anti-amor e fiz os cookies. Funcionou, não doía mais, eu não sentia mais, me ajudou. Eles deixaram tudo melhor. Mas agora tudo voltou e eu não quero me sentir assim de novo. Eu quero que pare.
- O que você quer que pare? - Jay perguntou suavemente.
Mal virou e olhou os garotos, vendo lágrimas descendo pelo rosto de Carlos e os olhos de Jay marejados.
- Meu coração está doendo... E eu quero que pare. - Evie falou para eles, com exaustão em sua voz.
Os olhos de Mal se desviaram em direção aos biscoitos nas mãos de Jane.
- Evie-
- Por favor Mal. - A de cabelos azuis sussurrou, com a voz falhando. - Ou eu uso os biscoitos ou volto para a Ilha.
A cabeça de Mal se virou para a garota, sabendo que ela estava falando sério. Ela estava disposta a voltar para a Ilha apenas para não sentir aquela dor. Para não magoar Ben. Mal lentamente andou até Jane e pegou a pequena bolsa. Ben, Audrey e a filha da diretora haviam dado um passo para trás, e apenas assistiram o que acontecia. O príncipe olhou para Mal e quis dizer algo, mas, não conseguiu.
A mesma voltou para Evie e a fitou.
- Você não tem que se livrar dos seus sentimentos... - Mal falou para ela, enquanto via os olhos de sua melhor amiga cobertos por sofrimento.
- É a única forma de eu ser feliz por vocês dois. - Ela falou, fitando os olhos verdes da outra. - Por favor. É a única forma de eu continuar na sua vida.
Mal segurou a bolsa com as guloseimas enfeitiçadas. Ela se inclinou para frente e pressionou os lábios contra os de Evie. A garota mais alta se inclinou para o beijo e antes que ela conseguisse aprofundá-lo, Mal se afastou dela.
Ela ergueu a mão e a colocou sobre a de azul.
- Eu amo você. Quero que saiba disso.
Evie a olhou, antes de abrir a bolsa com os biscoitos e pegar um deles. Mal a observou enquanto ela dava uma mordida e mastigava o cookie.
Não demorou muito para a de cabelos púrpura notar a diferença em Evelyn. Era como se agora ela pudesse voltar a respirar novamente. Ela abriu os olhos e Mal ficou cara a cara com o vazio novamente.
- Evie-
- Eu vou ficar bem, Mal. - Ela murmurou, antes de sorrir levemente e ir buscar suas coisas.
Ben se aproximou de Mal:
- Ela irá encontrar alguém novo.
Mal negou com a cabeça, para o comentário do garoto.
- Enquanto ela estiver sob esse feitiço, não conseguirá amar ninguém. Nem mesmo a mim.
- Eu queria que tivesse uma forma de ajudar vocês duas.
Mal se virou e fitou o namorado.
- Você pode encontrar uma maneira de tornar as marcas da alma irreais? Assim, ela não ditaria quem deveríamos amar.
A garota viu Evie se desculpar com Jane e Audrey, pelo surto. Ambas a abraçaram e disseram que estava tudo bem. Jay beijou o topo da cabeça dela e Carlos a abraçou firme.
Mal odiou saber que Evie nunca se apaixonaria novamente.
Ela odiou o fato de que ela havia trancado seus sentimentos.
Mas, o que ela mais odiou, foi o fato de que ela estava feliz por ainda ter sua melhor amiga.
Evie estava disposta a viver com dor para ser feliz e chegou ao ponto de livrar-se de sua capacidade de amar, por ela e Mal não tinha certeza se ela seria capaz de fazer isso, se os papéis fossem invertidos.
Mas este era o mundo que eles viviam. Consiga seu amor, não o tenha, ou perca-se tentando obtê-lo. E para sorte deles... Os três não perderiam Evie tão cedo.... Não enquanto o feitiço estivesse funcionando.
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Um tanto triste, não?
O que acharam desse "UA" com as marcas da Alma? Já pensaram se isso existisse de verdade? Provavelmente eu teria a má sorte da Evie 😂.
O que acharam da nossa azulzinha ter se auto-enfeitiçado, apenas para não sofrer mais e não ter que estragar o relacionamento de Ben com Mal...?
O que acharam da Mal tê-la beijado? Foi uma rejeição cruel ou algo como um "me desculpe", aos olhos de vocês?
Me digam o que pensam, não esqueçam de votar e até a próxima ❤️