A maldição: Draco Malfoy - Li...

Por expressofic

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Quarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua famí... Más

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos

Capítulo 25

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Por expressofic

lLogo que desembarcou Maia avistou um homem alto com capa preta e um rapaz bem mais jovem ao seu lado, não precisou de muito para os reconhecer.

— Tio Lament! — O abraçou entusiasmada.

— Querida, como você está? Como foi a viagem?

— Estou bem, tio — sorriu, abraçando o rapaz ao seu lado. — Foi um pouco cansativo, mas nada que uma boa noite de sono não reolva.

— É bom te ver, de novo — Nolah sorriu timidamente.

— Vamos para casa? Essa estação me deixa um pouco aflito — comentou Neil, enquanto seu neto pegava a pequena mala de Maia.

— Sabe que essas máquinas são programadas para não causar acidentes vovô.

— Eu sei, mas mesmo assim eles acontecem.

— Como está a escola, Maia? — Os três caminhavam calmamente para fora da estação.

— Esse ano tem sido mais divertido do que eu pensei que seria.

— Hogwarts deve ser incrível, Beauxbatons tem tantas regras que eu me canso só de pensar — o garoto lamentou.

— Ora, Nolah! Sabe que seus pais querem que fique perto de casa.

— Eu sei, mas a Escócia não fica tão longe quanto vocês dizem vovô. — Maia apenas os observava, pareciam os mesmos reclamões que ela se lembrava.

— O que tem acontecido para te deixar tão empolgada querida? — Neil abriu a porta do carro e acenou para que o neto sentasse no banco do motorista, afinal de contas os trouxas estranhariam os ver desaparatar ali.

— Bom... — Maia procurou as palavras certas, não diria que Draco Malfoy era um veela e que por acaso ela era a sua companheira, Neil ficaria transtornado com a notícia — Minha companheira de quarto começou a namorar um garoto da sonserina, e é engraçado ver os dois juntos. As matérias estão ficando cada vez mais interessantes.

— Meu avô disse que você ajuda na monitoria da escola, é legal? — perguntou o rapaz, enquanto dava partida em seu carro.

— Ah, é bem engraçado na verdade! Já perdi as contas de quantos alunos encontrei dentro dos armários de vassouras. — Neil gargalhou com a afirmação da garota, ao contrário de seu neto, que parecia constrangido.

— Eu me lembro na minha época! É um ótimo lugar para namorar.

— Vovô! — Nolah o repreendeu.

— E o seu amigo, Maia?

— Que amigo?

— Aquele que conhecemos, o projeto de Malfoy. — A encarou pelo retrovisor — Ainda continuam com a amizade?

— Ah Draco, sim, somos amigos — suspirou, lembrando-se do loiro.

— Só não vá se apaixonar, os Malfoy são traiçoeiros! Lembro-me como se fosse ontem, Abraxas Malfoy adorava seduzir as garotas para que fizessem o que ele queria.

— E funcionava?

— Sua tia Winky foi uma das suas vítimas — suspirou. — Jamais esquecerei de seus lamentos pelos corredores, Merlin, como ela era dramática.

— Achei que ela odiasse os Malfoy desde sempre. — Nolah encarou o avô que parecia pensativo.

— Ah não, quando jovem ela vivia o perseguindo o que resultou em uma nota alta e um coração partido.

— Se sabia que ele estava a usando porquê não disse a verdade? — Fitz encarou o homem.

— Ah querida, você não sabe como essas garotas podem ser teimosas — sorriu, lembrando-se de quando eram apenas adolescentes, jovens e sonhadores. — Acredita que Winky me fez a levar ao baile do dia dos namorados apenas para vigiar Davina? — riu fraco.

— O que minha avó estava fazendo? — Maia sorriu com um olhar curioso.

— Ah ela estava de paquera com um rapaz na época.

— Quem?

— Não me lembro bem de seu nome, se não me falha memória seu nome era Tom.

— Tom? — A corvina sequer reparou a semelhança entre os nomes, mas isso não duraria por muito tempo.

— Sim, graças a ele nós brigamos várias e várias vezes.

— Por que? Achei que meu avô tinha sido seu primeiro namorado.

— Tom era um ótimo aluno, mas também um egocêntrico, manipulador — respirou fundo. — A vida é um mar de confusões, querida, e às vezes nos afogamos.

Maia o encarou sem entender muito bem o que Neil queria dizer com aquela frase, por um segundo até pensou em parar de fazer perguntas. Mas sua curiosidade não a deixaria ficar quieta sem descobrir mais coisas sobre esse "primeiro amor" de sua falecida avó.

— E que fim teve esse Tom?

— Não sei te dizer, ele sumiu logo que terminamos a escola.

A viagem seguiu em silêncio, Maia encarava a cidade em sua volta, haviam luzes de natal brilhando para todos os lados, o chão estava coberto por uma camada fina de neve o que deixava tudo ainda mais bonito e acolhedor.

Após uma hora de viagem, os bruxos chegaram a uma casa modesta, nada muito atraente mas não tão simples como deveria ser. Assim como a cidade, a casa também estava enfeitada, algumas decorações dentro da casa se moviam fazendo tudo ser mais divertido.

— Isso é incrível — sorriu, olhando os flocos de neve caindo sob a árvore.

— É um ano especial, querida.

— Acredite, eu pedi para ele não exagerar — Nolah riu fraco.

— Nolah, mostre a Maia onde ela ficará! Preciso resolver alguns assuntos, mas volto para o jantar. Tudo bem?

— Sim, vovô. — O homem sorriu e desapareceu no meio de um longo corredor estreito — Vamos?

— Claro. — Abaixou-se para pegar sua mala, mas logo o rapaz a interrompeu.

— Pode deixar, eu levo.

— Não está tão pesada, eu posso carregar.

— Eu sei, mas antes de magia, ensinam bons modos em Beauxbatons — sorriu tímido. — Não se preocupe com isso, estou mais acostumado do que pensa. Vamos subir.

A garota sorriu e apenas obedeceu, nunca havia estado na casa do senhor Lament durante todos as festas, era ele quem ia para Londres visitar sua família. A decoração era impecável, mesmo com as cores escuras a iluminação não deixava o ambiente sombrio.

— Bom, aqui será o seu quarto durante essa semana. — O rapaz abriu a porta revelando um belo dormitório — Ficamos em dúvida com a decoração, por isso a cor cinza.

— Eu adorei — sorriu, olhando em volta.

— Que bom! Na porta à esquerda é seu banheiro e a outra é um pequeno closet, nada demais. Alguma pergunta?

— Quantas vezes você ensaiou essa recepção?

— Como? — A encarou confuso.

— Estou brincando, mas não me lembro de você ser tão sério assim Nolah.

— Éramos crianças, mas posso ser divertido.

— Pode me mostrar o bairro, o que acha?

— Não está cansada da viagem?

— Eu aguento.

Enquanto Maia conhecia a pequena cidade onde seu tio Lament morava, Draco encarava o teto de seu quarto em silêncio, com certeza voltar para casa não foi tão bom quanto pensou que seria. Sabia muito bem que seu pai não havia gostado da notícia nova, mas o que ele prefere? Deixar o filho morrer ao invés de aceitar sua companheira? Jamais deixaria Maia por simples orgulho de seu próprio pai.

— Merlin — murmurou.

"Deveria ter ido com ela.” — murmurou a voz, em sua cabeça.

— Só pode estar ficando maluco, você viu como aquele tal de Lament nos olhou, sequer deixaria chegarmos perto de sua casa.

"Ah Malfoy, você é uma piada! Prefere mesmo deixar nossa garota com aquele francês metido?”

— Quem? O Nolah? Você sabe muito bem que eles são apenas amigos, não coloque coisas na minha cabeça.

"Vocês também eram apenas amigos, mas eu me lembro muito bem de quando trocaram algumas carícias, não se esqueça de que eu estava lá.”

— Pare com isso, seu veela estúpido! Eu confio na Maia, ela jamais faria nada para me machucar.

"Deveria pelo menos convidá-la para passar a última semana deste ano conosco, antes que o francesinho tome iniciativa e roube nossa garota.”

— Acha que ela aceitaria? — suspirou derrotado.

"Claro que sim! Ela adora passar o tempo comigo.”

— Você sabe que não é bem assim.

"Menos conversa e mais ação, escreva logo essa carta!”

O loiro bufou e obedeceu seu veela que parecia mais presente do que nunca em sua mente. Mesmo sentindo-se um pouco nervoso com o que poderia acontecer, Draco decidiu que queria apresentar a senhorita Fitzgerald para sua família, afinal de contas ela seria sua futura esposa.

Sentou-se em sua escrivaninha e começou a escrever com toda a tranquilidade que podia estar naquele momento.

"Wiltshire, 23 de dezembro de 1997

Querida Fitz, eu sei que... Bom sou péssimo com palavras, por Merlin como você faz isso com tanta facilidade? Vou tentar ser mais direto, acredito que funcione melhor.

Gostaria que você passasse o ano novo com minha família, eles perguntaram – minha mãe, na verdade — e eu acabei contando sobre você. Eu sei o que vai dizer, por favor não jogue isso na minha cara, mas eu quero estar com você porque preciso estar com você.

Minha amada, sinto tanto a sua falta, parece que vou morrer a qualquer instante longe de você.

Desculpa, está difícil controlar o veela hoje... mas ele tem razão, eu vou pirar nessa casa ridiculamente grande. Meus pais estão ocupados, não que isso fosse mudar algo. Mas com você tenho certeza que seria melhor.

Espero que tenha um ótimo natal.

                                           — Draco Malfoy.”

...

Maia havia adorado conhecer a pequena cidade onde seu tio morava, não ficava muito longe de Paris, mas com certeza era bem mais calma. Estava feliz, havia conseguido fazer Nolah perder um pouco de sua timidez, nada que algumas piadas e brincadeiras não a ajudasse com isso.

O jantar havia sido agradável para todos, senhor Lament como sempre muito pontual chegou um pouco antes de poderem fazer a refeição. Nolah contava algumas histórias engraçadas de seu período em Beauxbatons que eram intercaladas com as de seu avô.

— Você conhece Harry Potter? — perguntou o rapaz, enquanto dava mais um gole em sua taça de vinho.

— Ah bom, só de vista. Temos algumas aulas em comum, mas não somos amigos.

— Ele tem mesmo a cicatriz?

— Ah sim, tem.

— Deve ser horrível, imagina só carregar a marca de sua morte por toda a eternidade.

— As pessoas não vêem bem assim. — Neil encarou o neto — Lembro quando ocorreu o ataque a família Potter, os boatos de que você-sabe-quem havia morrido naquela noite fez todos comemorarem. A cicatriz é um símbolo de amor e esperança, uma mãe dando a vida pelo próprio filho, é lindo não acham?

— Com certeza — Maia sorriu. — Mas isso com certeza faz Dumbledore favorecer a casa da grifinória.

— Como assim? — O moreno a encarou.

— Dumbledore é justo, mas devo reconhecer que ele usa situações bem aleatórias para dar pontos para a grifinória — Neil gargalhou com o comentário da corvina.

— Dumbledore é um ótimo diretor, mas deixa bem claro suas preferências. Ele me detestava quando lecionava transfiguração na época que eu estudava, sempre elogiava Tom que adorava ser bajulado pelos professores.

— O mesmo Tom que comentou mais cedo? — A morena o encarou curiosa e o velho apenas assentiu.

— Devo admitir que para um mestiço ele se destacava em todas as aulas que se prontificou a fazer. Era um bruxo e tanto, mas nunca fui com sua cara.

— Eu sou mestiça!

— Está há três gerações atrasadas, querida — senhor Lament riu fraco. — Não se preocupe, sabe que eu não ligo para isso.

— Eu sei.

— Por que não gostava desse rapaz, vovo?

— É complicado — suspirou. — Em quarenta e três muitas crianças foram atacadas por uma criatura, o estopim foi quando Murta Warren foi encontrada morta no banheiro do segundo andar.

— Espera, está falando da Murta-que-geme? — O senhor apenas assentiu e molhou os lábios com vinho antes de continuar.

— Naquela mesma noite, Winky e eu estávamos voltando de mais uma festa da sonserina e Tom estava saindo do banheiro. Por um momento nós estranhamos, mas ele poderia estar com alguma garota, era mais comum do que pensam. No dia seguinte fomos informados que um corpo havia sido encontrado exatamente naquele local, não descobriram o que causou sua morte.

— Por que não contou ao diretor?

— Não seja ingênuo Nolah, com tantos acidentes e os pais da garota ameaçando nos expor, ele só queria achar um culpado. Foi então que Hagrid foi culpado do acidente, bobagem! Como um garoto de treze anos com conhecimento básico em magia causaria tantas mortes? Eu tentei contar, mas ninguém nunca se importou muito, pensavam que era apenas implicância.

— Mas a criatura era um basilisco, não? Eu ouvi os boatos de que você-sabe-quem havia feito outros ataques.

— Sim, era um basilisco — confirmou. — Voldemort sabia muito bem como controlar a criatura.

— Mas vocês nunca souberam quem estava por trás de tantos ataques?

— Não, todos o chamam apenas de Lord ou qualquer outro nome assim, um bruxo muito presunçoso na minha opinião. Atacar crianças, sério? — Os jovens apenas assentiram e logo terminaram suas refeições.

— Boa noite vovô, Maia — o rapaz sorriu, subindo as escadas, estava exausto.

— Boa noite — responderam em conjunto.

— Como você está, querida? — O velho encarou a adolescente que ainda estava sentada em sua frente.

— Estou bem, tio.

— Sabe do que estou falando, como estão as coisas agora que o Fitz nos deixou? — perguntou o homem, agitando sua varinha fazendo a lareira acender.

— É estranho não receber mais suas cartas, não é como quando a vovó faleceu. Eu era muito nova, mal entendia o que estava acontecendo.

— Eu entendo, foi um choque para todos. Seus pais, tem falado com eles?

— Estão viajando, disseram que tentariam vir para o natal, mas não vou criar muita expectativa.

— Lembro de quando Louis era apenas uma criança, odiava o trabalho de seus avós sempre reclamando que não tinham tempo para ele — riu fraco. — Mas você sabe que a perda de sua avó foi difícil para ele, eram tão apegados.

— Quando nos falamos ele estava na Espanha, disse que algumas criaturas haviam atacado os trouxas e que estavam cuidando delas.

— Não se preocupe, mesmo sendo mais fechado ele ainda te ama muito. Assim como Davina o amava, ele só está fazendo o melhor para a família.

— Eles deviam ao menos passar as festas comigo — suspirou derrotada. Odiava esse assunto mas se sentia confortável em conversar sobre com seu tio.

— Olha, eu ia te dar isso apenas no natal. — Caminhou até uma estante e abriu um gaveteiro pegando um livro velho — Davina me pediu para guardar isso para ela, já que Fitz vivia explodindo poções dentro da casa ela pensou que seria melhor deixar comigo.

— É um livro velho? — sorriu amigavelmente.

— Não, acredito que seja um diário. Eu não li, ela me ameaçou tanto que fiquei com medo de que ela voltasse para puxar meus pés — riu fraco. — Acredito que ela não se importaria que ficasse com você.

— Obrigado, tio — sorriu.

— Disponha, mas agora vá se deitar! Amanhã temos um longo dia pela frente.

— Tudo bem, boa noite. — Abraçou o homem e subiu as escadas com certa pressa.

Sua curiosidade estava lhe matando, finalmente teria todas as histórias de seus avós para sempre. Adorava ouvir sua avó contando quando ela era apenas uma criança. Jogou-se na cama e folheou algumas páginas, Davina gostava mesmo de escrever.

"Suíça, 28 de dezembro de 1943

Finalmente o senhor Dippet respondeu ao pedido dos meus pais. Ele me aceitou para o próximo semestre em Hogwarts, estou tão empolgada.”

Maia riu baixo, com certeza sua avó era uma adolescente típica dos anos quarenta. Passou mais algumas páginas e uma carta caiu em seu colo, ainda estava intacta por algum motivo sua avó não quis ler a carta, mas a guardou durante todo esse tempo.

— Guarde em seu coração, T.M. — Leu em voz alta, se perguntando quem seria T.M.

Guardou os pertences de sua querida avó no gaveteiro de sua estante, estava cansada demais para poder ler sobre suas aventuras. Não gostaria de invadir a privacidade de Davina assim, mas a garota deu o diário para Neil certamente não deveria ter nada demais.

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

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