Adore You.

By LetciaPereira338

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Sibéria. Dois mil e dezessete. Amber Johnson. Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers... More

Cast
Prólogo (0.1)
0.2
0.3
Século XXI (Primeira Parte)
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Segunda Parte.
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Terceira Parte.
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By LetciaPereira338





Todos os dias depois do que eu descobri minhas habilidades especiais foram exatamente iguais: Eu acordava cedo, corria para ajudar o Senhor Lee na loja, depois ia direto para a Shield, onde passava cerca de três à quatro horas tentando entender o que estava acontecendo comigo e, em seguida, chegava em casa. 

Eu e Sam nos aproximamos muito nesse meio tempo, já que normalmente voltávamos da Shield juntos. 

Depois, eu comia alguma coisa, tentava interagir com o pessoal e ia dormir. As vezes, com Steve, enquanto fazíamos amor. 

Outras vezes, sozinha, quando ele não estava em casa. 

Na verdade, enquanto eu ia para a Shield, o favor que eu tinha pedido a Tony no dia em que a bomba estourou ficou "Pronto " e, sim, a NovaCorps ainda existia. 

É claro que Tony teve que burlar umas mil regras para saber sobre essa existência e reunir um pequeno dociê com tudo que a organização da Shield sabia sobre isso, mas não era como se Tony estivesse ligando.

Na verdade, descobri que eu e ele éramos mais parecidos do que eu pensei ser possível. 

Afinal, mesmo sabendo que era "errado", eu não conseguia controlar o impulso de me meter em confusão todas as vezes que precisei voltar para casa sozinha. 

E é claro que, normalmente, eu voltava um pouco machucada, já que eu tinha força para atacar mas pouco reflexo para me defender. 

Mas os machucados eram justificados com os treinos pesados que Natasha e Sam me subimetiam na Shield. Mesmo que eles evitassem acertar meu rosto, o que não era exatamente a preocupação dos bandidos. 

Na verdade, parecia até mesmo o alvo. 

O único que sabia o que cada hematoma ou arranhão realmente significava, era Bucky. 

Ele já nem falava mais nada, só aparecia com uma pomada, ou um curativo quando eu aparecia com um machucado novo. Perguntava o que houve e se eu tinha machucado alguém, para me dar "um álibi".

Na verdade, desde o dia do estacionamento, conversamos pouco e tivemos pouca interação. Ele era muito reservado e calado, mesmo. 

E agora que não havia um segredo para a gente ficar cochichando, acho que não tínhamos tanto assunto assim. 

Fora que os horários, quatro vezes por semana, não ajudavam: De quinta à domingo, quando eu voltava, ele já tinha saído e quando eu saía, ele ainda não tinha chegado. 

Finalmente, tive uma folga e decidi que ir organizar minhas coisas era a coisa mais produtiva que eu podia fazer, além de escrever no meu caderno meu progresso até aquele momento. 

Na verdade, embora eu passasse horas com Wanda, Bruce e Tony, poderíamos não ter chegado a lugar nenhum. Eu não tinha o menor controle sobre o fogo que queimava dentro de mim e, aparentemente, ele só se manifestava quando eu estava muito irritada, que nem no dia anterior, quando, nem tão se querer assim, coloquei fogo no casaco de Tony Stark. 

Estiquei minhas pernas, no chão do meu quarto e Suspirei, fechando o caderno com um baque. 

Minha cabeça doía e meus olhos queimavam. Eu tinha passado a tarde inteira arrumando as coisas que acumulei e nem tinha visto o Sol se pôr.  

Só me dei conta quando Steve bateu na porta do meu quarto com um cachorro-Quente para mim. 

-Obrigada! - Agradeci, devorando o sanduíche e bebendo o refrigerante, enquanto me aproximava dele. 

-Você não fez nem uma pausa... Achei que ia estar com fome. 

-Estava. - Concordei. - Ao menos, valeu a pena... Tá tudo arrumado! 

Steve sorriu e esticou a mão para pegar a minha, entrelaçar nossos dedos e beijar o dorso da minha mão. 

-Olha, sei que não tenho sido um bom amigo, mas... 

Interrompi Steve com um beijo, em parte, porquê tinha muito tempo que não ficávamos. Uns dez dias ou mais. 

Em parte, para ele calar a boca, porque eu não estava com paciência e não queria ter que escutar nada.  

Steve me puxou pela cintura, enquanto me abraçava e beijava minha boca, lentamente. 

-Amber... - Encarei ele, sentando entre as pernas de Steve e deixando ele me abraçar. - O nome Zemo te diz algo? 

Franzi a testa, apoiando a cabeça no ombro de Steve e neguei.

-Não mesmo! Deveria? 

-Ele é um Vilão, entende? Há uns anos atrás ele... Conseguiu ruir os Vingadores e fazer o Bucky quase morrer por causa do Tony. 

Assenti, apertando mais os braços de Steve ao redor de mim. 

-Ele fugiu da prisão há alguns meses e ninguém acha ele. E... Tô começando a suspeitar que seu aparecimento tenha algo a ver com ele. 

Suspirei. 

-Por quê? 

-Por... Umas coisas. 

Virei para Steve e o encarei, séria. 

-Vai me contar? Ou vou ter que esperar o Bucky me contar? 

Steve rolou os olhos, bufando. 

-Tenho certeza que ele ia amar te contar!  

Franzi os olhos, mas ele murmurou um "Nada, deixa!" E me puxou contra ele, beijando minha testa. 

-Eu vou contar. Mas não agora. Quero ter mais informações. Acha que consegue esperar mais um pouco, Princesa? 

Sorri e assenti, o beijando. 

-Hm... Vai ser um sacrifício! Mas eu espero! 

Steve e eu ficamos conversando sobre os dias na Shield e o meu progresso, até ouvirmos a porta da frente abrir e as risadas de Natasha. 

-Pelo amor de Deus, Natasha! Cala a boca! - A voz irritada de Bucky soou pelo apartamento. 

Eu me soltei de Steve e comecei a catar minhas coisas e terminar de guardar. Steve levantou também e foi até cozinha, de onde as risadas estavam vindo. 

Saí do quarto minutos Depois.

-É a última vez que te ajudo! Eu tô falando sério! - Bucky reclamou, fechando a porta da geladeira com mais força que o necessário. 

Encostei na porta e analisei os três na cozinha. 

-O que houve, cara? - Steve questionou, querendo rir, enquanto observava a Natasha quase tendo uma convulsão. 

-Nada! 

-Ele... Encontrou... E ela.... - Natasha mal conseguia respirar. 

Bucky franziu os olhos para ela e para Steve que começou a rir da risada de Natasha. Rolou e me encarou. 

-Ué, tá em casa? 

-Eu não trabalhei hoje. - Dei de ombros. - Qual a graça? 

Natasha conseguiu se acalmar o suficiente para contar, o que fez Bucky ficar vermelho igual a uma pimenta e sentar ao lado de Steve, encarando o copo de refrigerante. 

-A gente tinha ido espionar aquele cara que trabalha no shopping e que está envolvido com contravenção. Lembra, Stee? 

-Ah, lembro! - Steve acenou com a cabeça, encarando Bucky. - E ai? 

-Só que a gente estava seguindo o homem quando ouvimos alguém chamar o Bucky.... 

As risadas recomeçaram e até eu comecei a rir. Bucky bufou e ergueu o olhar. 

-Okay! Vocês dois lembram de uma garota chamada Janete? Parece que estudou com a gente.... 

Eu e Steve nos entreolhamos e forcei um sorriso. 

-Lembro, sim! - Falei. - Era uma morena peituda... 

-O tipo favorito do Bucky! - Steve exclamou. 

Eu e Natasha caímos na risada, enquanto Bucky ficava quase roxo. 

-Bem, eu não lembro dela! - Bucky esfregou o rosto. - E ela lembrou de mim. 

-Mas não foi só isso! - Natasha exclamou, rindo. - Ela veio cobrar o porquê o Bucky deixou ela plantada no restaurante e nunca apareceu para o encontro! 

Mais risadas altas e agudas. Bucky parecia que queria se enfiar em um buraco e nunca mais sair. 

-E foi por quê? 

Bucky me encarou, de cenho franzido, e dei de ombros. 

-Eu sei lá! Não lembro... 

-Foi para sair comigo, a Hope e a Amber.  - Steve esclareceu. - Mas achei que você tinha cancelado com ela, não deixado a menina te esperando... 

Bucky abaixou a cabeça e deu um sorrisinho, de lado, enquanto encarava Steve. 

-Ah, é... Eu acho que lembro alguma coisa desse dia. Mesmo que nunca tenham me contado nada, sabe? 

Franzi a testa para eles. Steve desviou o olhar e eu me dei conta, enfim, de que Steve nunca tinha contado mesmo sobre nós. 

Mas como o Bucky sabia? 

-Oi, pessoal! - Sam entrou na cozinha, carregado de compras. - Aproveitando que está todo mundo aqui... Saiam da cozinha e deixem o chefe cozinhar, okay? 

-Chefe?! Onde?! - Bucky olhou ao redor. 

Soltei uma risada disfarçada. 

-Cala a boca, palhaço! Não falei contigo! 

-E lá vamos nós! - Natasha reclamou, esfregando o rosto. 

Steve levantou para ajudar Sam com as compras e eles até perguntaram se eu queria ficar para ajudar, mas... 

Encarei Bucky saindo da cozinha com Natasha. E sinceramente, eu não estava nem um pouco a fim de cozinhar. Estava cansada demais do dia inteiro arrumando minhas coisas. 

Então, neguei e disse que ia para o quarto, descansar. Mas peguei o rumo da sala. Se algum dos dois notou, não falou nada. 

Achei Natasha e Bucky sentados no sofá. Ela tinha as duas pernas por cima do colo dele, enquanto Bucky fazia carinho na nuca dela. 

Respirei fundo. 

-Bucky, por quê você não conta que sabe....? 

-Shhh! - Bucky tampou a boca dela. - Não vou falar nada, Nat! Se ele não contou, é porquê quer guardar para ele. Não vou me meter... 

-Oi, Amber! - Natasha me olhou, interrompendo ele.

Bucky empurrou ela do colo dele e passou a mão pelos cabelos. Me forcei a dar um sorriso e sentei do outro lado de Natasha. 

-Olá... - Encarei os dois. - Não precisam parar de namorar por mim. Posso fingir que não estou vendo nada! 

-Ninguém estava namorando! - Bucky reclamou, cruzando os braços. 

-Sei... - Suspirei. - Vocês tem alguma novidade sobre a Shield? Algo que me tire da monotonia dos meus dias? 

Os dois negaram. 

-Ah, okay... Bem, acho que vou tentar descansar. 

Levantei e andei até meu quarto, me sentindo um pouco estranha. Talvez, fosse só tédio e excesso de cansaço... 

Me joguei na cama e abracei meu travesseiro. Estava tudo muito calmo, eu chegava a estar ficando entediada e chateada. 

Não que eu quisesse que alguma catástrofe acontecesse, mas... 

-Oi. 

Estremeci de susto e encarei Bucky, parado na porta do quarto. Ele deu um meio sorriso. 

-Posso falar com você? 

Acenei que sim. Ele entrou no quarto e sentou ao meu lado. Esperei. 

-Bem, é que o Steve me pediu um favor, mas... Não conta para ele que eu te contei, okay? 

-Voltamos a ter segredos? - Perguntei, empurrando Bucky com o ombro. 

Ele sorriu e pousou a mão em cima do meu ombro, apertando de leve. Estremeci de dor. 

-Achei que sempre tivemos, Boneca. 

Dei um tapa na mão dele e revirei os olhos. 

-Fala logo, James. O que você... Ou melhor, o que o Steve quer? 

-Ele pediu para eu perguntar... - Bucky pigarreou. - Okay, pediu para perguntar se você e ele ainda estão bem, porquê... Eu acho que vocês se afastaram um pouco, não é? 

Peguei o travesseiro e abracei, enquanto encostava na cabeceira da cama. Olhei para a porta, percebendo que ele tinha deixado aberta. 

Bucky percebeu o meu olhar. 

-Posso fechar? 

-Claro! 

Bucky levantou e fechou, Depois sentou mais perto de mim. 

-Eu acho que esse era o problema, Bucky. - Falei baixo. 

-A porta aberta? 

Encarei ele, sem acreditar como podia ser tão lerdo. E nem a carinha fofa e confusa me impediu de dar um tapão na testa dele. 

-Ai, garota! Tá doida?! 

-O problema é o "ainda estarmos igual", seu imbecil! 

-Ah... - Bucky revirou os olhos. - Como eu ia saber? Achei que estava falando da porta! Enfim... Quer me contar? Não que eu esteja interessado em saber sobre vocês, mas... 

Dei de ombros. 

-É que antes da Guerra, ele... Nós ficamos durante uns meses. E eu achei que ele ia me pedir em namoro, entende? 

Bucky olhou pela minha janela, assentindo. 

-E quando eu apareci e ele... Bem, quando ficamos de novo, eu achei que agora ia. E eu sei que assumir um namoro é muita responsabilidade e eu ia estar correndo riscos... Mas achei que à essa altura, a gente já ia ter algo mais sólido. Quero dizer... - Abracei meus joelhos me sentindo ridícula. - Tem quatro meses e meio que eu estou aqui e... Nada. 

Bucky me encarou, botando o cabelo para trás da orelha. 

-Quer que eu conversse com ele, Amber? O Steve é totalmente lerdo para mulheres e... 

-Ele foi para a Peggy? 

Bucky parou de falar, a boca aberta e a mão de metal que estava de fora, no cabelo. 

-Bem... Foi. Acho que a única que ele teve coragem mesmo foi você. 

Assenti. Por algum motivo, não me senti mais feliz com aquilo. Afinal, fui eu que tomei iniciativa... 

-Amber, você não respondeu: Quer que eu fale com o Steve? Sabe... Dar um toque nele que você quer algo a mais ou...

Dei um pulo e tampei a boca dele, negando. Bucky deu um tapinha na minha mão. 

-Por quê não? 

-Porque não quero que ele me namore porquê você falou que eu quero. Eu quero que ele faça naturalmente, Bucky. Porquê gosta de mim e me quer. E se ele não fizer, então tudo bem... Não era para ser.- Olhei no fundo dos olhos dele. - Ele também é uma diversão e um passatempo para mim, entendeu? 

Bucky deu um leve sorriso e assentiu. 

-Entendi, boneca.  

-Idiota! - Revirei os olhos. 

Nos encaramos e eu não consegui segurar a risada. Na verdade, nem ele. Acho que foi a primeira vez que vi ele rindo de verdade por um motivo besta, desde que apareceu aqui. 

E era uma risada tão gostosa de ouvir... 

Sacudi a cabeça e desviei o olhar. 

-Quando você ficou tão legal, Amber? 

Ergui o olhar, de novo, e dei de ombros. 

-Longa história. Mas e você? Quando deixou de ser um panaca? 

Bucky passou a mão pelo cabelo de novo, flexionando o braço verdadeiro. E se eu não conhecesse ele, diria até que estava jogando charme pela forma que me encarou, sorrindo de lado. 

-Longa história também. 

-Vai me contar um dia? Você sabe a minha história, garanto. Mas eu não sei a sua. 

Bucky torceu a boca e perdeu o sorriso. O olhar dele ficou vago e desceu para o braço tampado pela blusa, flexionando os dedos com o material escuro reluzindo na luz do teto. 

Me senti uma idiota. Ele demorava a se abrir e quando fazia, eu cutucava a ferida... 

-Não é uma história legal, Amber. E não é tão heróico como o Steve faz parecer... 

Levantei da cama sob o olhar dele. E parei na frente de Bucky, esticando a mão em um pedido. Ele hesitou, mas me deu a mão verdadeira, levantando quando eu puxei. 

-Não precisa me contar se não quiser. - Ergui os olhos e olhei nos olhos dele, emoldurados pelo cabelo escuro que caiu na frente do rosto quando ele olhou para mim. -Eu entendo que você não consiga falar e... Que isso te traga dor, raiva ou sofrimento. Quero dizer... Você teve razão quando disse ao Steve: Ele quis aquilo! Ele sempre quis ser um herói, ajudar as pessoas, o País, carregar esse peso... Nós dois, nunca quisemos. 

Bucky suspirou, enfim, entrelaçando meus dedos ao dele. Isso atraiu meu olhar enquanto eu tentava respirar normalmente. 

-Eu quis ir para a Guerra... 

-É diferente, Bucky. Não tínhamos perspectiva de futuro e você não tinha nada a perder, além dos seus amigos e da sua irmã. Mas se tivéssemos a perspectiva real de um futuro... Você teria escolhido ir? Quero dizer... - Pousei a outra mão sobre o peito dele. O coração dele batia acelerado.  - Se você tivesse uma escolha real e tivéssemos um futuro claro, óbvio, você ia? 

Bucky me encarou nos olhos. Tinham algumas lágrimas brilhando, mas ele falou firme e seguro, quando apertou mais minha mão, me puxando para perto. 

-Se tivéssemos um futuro certo, Amber, eu não ia para a Guerra. Nunca. 

Por algum motivo senti falta de ar. 

Ele recontinuou. 

-E... Obrigado por me entender. Eu nunca quis isso. Eu só queria ir para a guerra e com sorte, voltar para a minha irmã. Ou morrer tentando. Mas... Eu odeio isso! - Bucky ergueu a mão. Eu a peguei e ele estremeceu. - E antes que você pergunte... 

Ergui meu olhar e ele sorriu. 

-Eu sinto sua mão na minha. Leve, mas sinto. 

Arregalei os olhos. E entrelacei nossos dedos.

-De verdade? Como? 

-A tecnologia de Wakanda é avançada demais, entende? Eu não sinto exatamente, mas... Você está pegando fogo e eu consigo sentir seu calor e seu toque... É estranho! - Bucky riu. - Porque eu realmente ainda não tinha reparado se eu sentia mesmo as coisas ou se eu tinha sido influenciado pela Shuri...

Por um momento me perguntei quem era Shuri, mas... Esqueci de perguntar em voz alta quando nossos olhares se cruzaram. 

Eu acho que nunca tinha ficado tanto tempo em uma conversa tão íntima com Bucky. Ele soltou minha mão e me puxou pela cintura em um abraço desajeitado, como se estivesse com medo de me tocar. 

-Eu tô muito quente? - Perguntei, me afastando um pouco e escondendo as mãos. 

Bucky negou. 

-Suas mãos estão mais quentes que o resto do corpo. 

Bucky voltou a me abraçar e eu manti as mãos longe dele porque quando esbarrei, ele reclamou um pequeno "Ai!". 

-Obrigado por me entender. 

-Eu não teria como não entender, James! 

Bucky me soltou e revirou os olhos. 

-Você tem que estragar o momento? Eu odeio esse nome, é de velho! 

Dei uma risada, saindo do quarto e indo no banheiro, molhando as mãos. 

-E você é o que, Bucky?! 

-Tão velho quanto você! 

-Você é mais velho que eu quase três anos! 

-São dois anos e três meses! 

Revirei os olhos. Bucky parou do meu lado. Fiquei em silêncio, tentando controlar o nervosismo idiota. 

-Deixa eu ver? - Bucky pediu, tocando nas minhas mãos. - Ainda tá quente... Quer que eu ligue para o Bruce ou avise ao Steve? 

Quero que você saia de perto de mim para eu me acalmar!, quase gritei. Mas sorri e neguei, pegando uma toalha e enxugando as mãos. 

-Deve ser fome! - Dei de ombros. - Vamos comer! 

Bucky ergueu uma sombrancelha bem na hora em que Sam gritou que a comida estava pronta. 

Corri para a cozinha, enquanto Bucky chamava Steve para conversar e piscava para mim. 

Sentei do lado de Natasha e acabei estremecendo de susto, quando ela se inclinou para mim. 

-Eu até ia te chamar antes, mas... Você estavam tão bonitinhos abraçados que não quis interromper. 

-Fofoqueira! - Reclamei. 

O jantar foi leve e divertido e pela primeira vez, nem Sam, nem Bucky implicaram um com o outro. 

Eu dormi até bem aquela noite, embora Steve tenha levado um pequeno susto quando esquentei tanto de manhã, que o lençol queimou em um pedaço como se alguém tivesse esquecido o ferro de passar roupas em cima. 

Mas tinha cinco dedos no lençol. 

Porém, se eu soubesse que minha vida ia virar de cabeça para baixo, de novo, eu não teria desejado com tanto afinco que saísse do tédio. 

Eu estava voltando para casa, da Shield, sozinha dessa vez, já que não tinha companhia por todos estarem ocupados. 

E acabei levando um susto enorme ao passar por um beco e alguém me agarrar por trás. 

Pisei com toda a força no pé da pessoa. E dei uma cotovelada na cara do homem que me agarrou por trás. Mas não consegui fugir, porquê uma mulher apareceu e tentou me acertar com uma porcaria de um bastão, estilo ninja. 

Trocamos socos e chutes, até que ela tivesse me acertado um chute na costela e eu caisse para trás, com falta de ar e dor. 

Por um pouquinho, ela não chutou meu rosto, mas me aproveitei do movimento para pegar a última faca que Natasha me deu e enfiar no braço dela, rasgando. 

O sangue pingou e a garota gritou, recuando. O que me deu tempo para levantar e bloquear o golpe do homem, tomando impulso nas pernas dele e pulando para o pescoço. 

Dei algumas cotoveladas usando o impulso do meu corpo e apertando o pescoço dele, entre os meus joelhos. Ele cambaleou e eu tomei impulso para trás. 

Não era possível que ninguém estivesse ouvindo?! Olhei ao redor quando caí no chão e todo mundo passava reto. As poucas pessoas que olhavam, ignoravam e continuavam andando. 

Eu odiava a humanidade... 

-Zero Dois! - O Cara grunhiu, entre minhas pernas e eu aumentei a pressão. 

Começava a sentir câimbras. Mas encarei a mulher, enquanto ela tirava o capacete de moto. 

-Se você avançar, eu vou arrancar a cabeça dele for... 

Meu queixo caiu. 

Na verdade, meu sangue ferveu e a minha boca secou. 

-Hope...? 

Ela me encarou, séria, e franziu os olhos. 

-Meu Nome não é Hope! 

Quando percebi uma arma apontada para mim, meu primeiro instinto foi erguer as mãos e... 

Hope pulou para o lado quando fogo saiu das minhas mãos. Demorei a perceber que o gritos embaixo de mim, não eram meus, e sim, do homem. 

Ele estava incendiando. 

E mesmo assim, ainda tentou me segurar junto dele, mas... 

As chamas não faziam nem mesmo cócegas em mim. Mas os dedos dele na minha garganta doíam e me sufocavam, até que ele parou de se debater. 

Morto. 

Ele estava morto. 

Empurrei o corpo para o lado, olhando ao redor e me escondi atrás de um muro, sem perder o corpo dele de vista. 

Minhas mãos tremiam e minha garganta queimava quando eu disquei o número de Steve e da Natasha. Nenhum dos dois atendeu. 

Então, minha última opção foi discar para Sam, já que eu sabia que Bucky estava no trabalho e não ia poder me ajudar. 

-Oi, Amber! - Sam atendeu, animado. - Já está chegando em casa? Eu e o Steve chegamos, mas Você ainda não estava, então fomos comprar uns cachorros quentes e... 

-Eu matei ele. 

-O que?! Quem? 

-Ele me atacou. E... Eu matei ele. - Engoli em seco. - Você pode...? 

-Alô? Amber? - Ouvi a voz de Bucky e engoli o choro. Ele não estava trabalhando? - Hey, o que houve? Onde você...? 

-Rua quatro. No beco atrás da Limousine, aquela boutique... Ele está morto e... 

-Hey, Boneca... Fica calma! A gente já está indo para aí, tá? 

-Bucky... 

-Sim? 

-A Hope. Ela está viva. O Steve sabia, não sabia? 

Silêncio. 

‐Acho que não, Boneca. Mas... Que Hope? 

-Minha melhor amiga. Ela está viva. E não se lembrou de mim. 


Oie, pessoal!

Cheguei com mais um Capítulo e esse foi bem polêmico, não foi? 💥

Tivemos um momento fofo entre Steve, um pequena crise de ciúme (alguém notou?), um momento forte e intenso com Bucky (Sim, ele estava se referindo ao futuro dos dois juntos, não só dele), e por fim, Hope decidiu aparecer!

Ufa! 😬🤭👀

Espero que tenham gostado desse capítulo! ❤

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Bjs 💋💋

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