~ Amber ~
- Aonde vocês foram? - Julie perguntou quando eu e Dener cruzamos a porta, chamando nossa atenção.
Pelo vento excessivo, meu cabelo deve estar bem volumoso e despenteado. Estou respirando fundo pela tensão da praia, mas o garoto ao meu lado parece normal, como quando saímos de casa. A diferença é nossos olhos intensos e o peito subindo e descendo freneticamente. Precisamos mesmo acertar essas contas pendentes.
Todos se aproximaram com os celulares nas mãos ou pondo no bolso em seguida. Sebastian parou ao lado de sua namorada e eu pude sentir seu olhar sobre mim, mas nem me atrevi a olha-lo de volta, enfiando minhas unhas na palma da mão.
- Fomos dar uma volta. - Dener deu de ombros.
Revirei os olhos. Pra que dar satisfação a essa cobra? E qual a da curiosidade desnecessária dela sobre isso?
- Na virada de ano novo? - A garota ergueu uma sobrancelha.
- Quer mesmo que eu responda?
- Não, Amber! - Jéssica entrou no meio. - Deixa eles, Ju. Devem estar cansados e vão ficar ai.
"Ficar ai"
- Aonde vocês vão? - Dener perguntou.
- Até a praia. Vão dar os fogos de duas da manhã daqui a pouco e não queremos perder. - Minha prima sorriu em empolgação.
Mordi o lábio instantaneamente e respirei de forma intensa. A casa só para nós dois...
Meu cérebro deu uma pequena travada, o que me fez não prestar a menor das atenções no que eles começaram a falar. Olhei para minha mão e a mesma começou a soar frio. Vou fazer isso mesmo? Com a pessoa da qual meus pais confiaram para cuidar da sua única filha? Não é uma boa ideia, não é mesmo...
Meu sangue não está mais quente e minha mente deixou de ficar totalmente branca. Só posso ter enlouquecido para ter pensado nisso por mais de cinco minutos. Puta merda. Tenho que parar de não pensar nessas horas.
- Amber? - Max chamou minha atenção, estalando os dedos na frente dos meus olhos.
Pisquei repetidas vezes e ergui o rosto, olhando para o garoto de cabelo grande que continuou me encarando sem entender.
- O que foi?
- Já vimos que ela não entendeu nada e nem ouviu nada - Jéssica deu um sorriso sem mostrar os dentes. - Estamos indo. Bora, se não só vamos ver os fogos das três horas. - Minha melhor amiga virou pra mim e sorriu.
Puta sorriso malicioso.
- E você... - Segurou a risada. - Divirta-se. - Piscou, passando por mim e indo na direção da porta.
Neguei com a cabeça engolindo a seco, me sentindo extremamente nervosa.
Eles foram saindo um por um. Minha mente foi entrando em blackout a cada barulho deles se distanciando.
Por que estou tão eufórica com isso? Tenho uma grande química com o Dener, e só vamos colocar isso em prática com uma casa inteira só para nós dois, podendo fazer barulho a vontade e sem a preocupação dos outros estarem perto, ou algo assim.
Já perdi um bom tempo com o Sebastian esses dias. Por que recuar com o garoto ao meu lado me dando total assistência? Ele me irrita de uma forma anormal, mas sinceramente isso só aumenta nossa tensão. Não sei se fico com ódio ou só agradeço por esse tipo de momento em que já tivemos. Pra mim foi mais como um teste exatamente para chegarmos até aqui.
Me virei para ele decidida, vendo o garoto erguer uma sobrancelha e dar um sorriso de lado.
Não pensei duas vezes em me inclinar para frente e o puxar pra mim pelo pescoço. Nossos lábios se chocaram e ambas as mãos dele foram para minha coxa, me puxando para cima. Fiquei em seu colo, com as pernas em volta do quadril. Coloquei a mão em seu rosto, afundando mais minha boca na sua.
- Mudou de repente? - Se afastou.
- Cala a boca, peixe. - Falei com nossas testas juntas, poucos centímetros de tocar seus lábios.
Dener sorriu e subiu as mãos para dentro do meu short, descansando as mesmas na minha bunda.
- Como quiser, princesa. - Sussurrou, voltando a me beijar.
Com os olhos fechados pude sentir o solavanco do garoto que acabou de começar a subir as escadas. Meu corpo inteiro pediu mais de seu toque a cada degrau que fomos subindo.
Não sei o que pensar nesses momentos com ele, mas a regra mais simples é: não pense em nada.
A ideia principal é não desistir. Preciso explorar outra boca, outro toque, outro corpo. Qualquer outra pessoa que não seja o Sebastian. Talvez eu me arrependa depois, só que, agora com certeza não vou. Não posso. É tudo questão de não cair sobre a mesma coisa que me adoeceu.
Minha mente entrou em êxtase total quando senti Dener abrir a porta atrás de mim. Afastei nossos lábios, lhe dando uma visão melhor da maçaneta. Entramos e sem nem esperar, fui jogada de costas na cama.
O garoto ficou de pé e puxou sua blusa de manga longa pelo pescoço, suspendendo a mesma e deixando visível suas tatuagens na altura do abdômen. Entreabri a boca, inspirando pela mesma sem me importar em desviar o olhar. Dener abriu o botão da calça e puxou o zíper. Em questão de segundos o tecido jeans estava no chão, mostrando uma box preta.
O quarto quase totalmente apagado, deixando apenas a claridade da lua dentro. A janela sobre a cama permaneceu aberta, fazendo a pele branca de Dener quase brilhar.
Ele se livrou das roupas, contraindo os músculos e se aproximando da sua carteira, tirando um pequeno pacote laminado de lá e vindo na direção da cama em seguida. Ao chegar na altura dos meus pés, retirou minha bota direita e em seguida a esquerda, beijando o interior da minha perna. Soltei um suspiro forte e inclinei a cabeça para trás conforme seus beijos foram subindo a cada segundo.
O loiro parou perto da minha cintura, puxando meu short para baixo sem desviar nosso olhar. Tive que me segurar para não soltar um puta gemido só com a intensidade que ficou no ar.
Sua atenção foi para minha calcinha rosa claro, fazendo ele se inclinar e beijar a mesma. Não consegui me segurar com os suspiros.
- Eu falei que tem diferença entre saber e conseguir fazer. - Notei seu sorriso vitorioso.
Neguei com a cabeça o puxando para cima. Afundei meus lábios contra os seus, mas deixei Dener sentado sobre o colchão. Soltei o cabelo, deixando o mesmo bater contra minhas costas. O loiro pareceu mais atiçado com o cabelo preto e bagunçado caído sobre meu próprio corpo.
Retirei minha blusa branca, deixando visível meu sutiã rosa também. Em um quase pulo, sentei em seu colo.
Encarei o fundo de seus olhos azuis, as vezes desviando para sua boca que está com uma coloração bem avermelhada. Agarrei sua nuca.
- Vai esperar eles chegarem para fazermos algo? - Sua voz rouca me deu calafrios.
Mordisquei o lábio.
- Talvez... Por que a pressa?
- Porque estou querendo fazer uma coisa já faz um tempo.
Me aproximei mais da sua boca, fazendo Dener engolir a seco.
- Então faz. - Sussurrei, o provocando.
Ambas as mãos do garoto escorregaram das minhas costas até meu quadril, puxando a calcinha com toda a força para os lados. Arregalei os olhos ao ver os pedaços rosa sobre suas mãos, e o tecido frouxo ao meu corpo.
- O que você... - Neguei com a cabeça, dando uma risada.
Aposto que mais tarde não vai ser tão engraçado assim.
O toque de Dener subiu até o fecho do meu sutiã, sendo rápido e eficiente para abrir o mesmo.
- Uau, estou impressionada. Não rasgou esse também?
- Jura? - Concordei. - Mais ainda nem comecei a fazer algo. - Sorriu.
As alças escorregaram pelos meus braços e eu o joguei do outro lado do quarto. O garoto agarrou minha cintura com força, descendo sua boca pelo meu pescoço, até meus peitos. Segurei sua nuca, colocando minha outra mão sobre seu ombro, afundando minhas unhas ali.
Sua língua percorreu em volta do meu peito, e uma eletricidade começou a tomar conta de todo o meu corpo. Puxei seu rosto para trás sem me conter mais e me ergui um pouco, tirando o resto to tecido rosa ao redor de mim. Dener abaixou sua box e senti apenas um pequeno toque de seu membro em minha intimidade, me fazendo estremecer e soltar o ar pela boca. Mordi o lábio com força, colocando a mão sobre o abdômen do garoto. Seu peito subiu e desceu com rapidez.
Inclinei meu corpo todo para frente, com a canela fazendo força no colchão, me fazendo segurar a grade da cama. Fechei os olhos com o coração batendo forte e o estômago embrulhado pelo calor da emoção.
Ouvi o barulho do embrulho da camisinha sendo rasgado, o que só me deixou mais ainda em conflito.
Dener agarrou minha cintura com uma mão fazendo uma pequena força para baixo, me posicionando de forma certeira em seu membro. Soltei um gemido forte ao sentir o garoto escorregando para dentro de mim e respirando pesadamente em conjunto.
Sendo guiada por ele, fui me flexionando para cima e para baixo com gemidos ecoando pelo quarto. Dener segurou meu cabelo, me puxando para a frente. Beijei seus lábios trêmulos e senti sua respiração totalmente ofegante sobre a minha. Meu corpo acelerou conforme o calor foi subindo, entrando totalmente em sintonia com o seu.
Subindo e descendo, subindo e descendo... Repetidas vezes até minhas pálpebras ficarem tão pesadas quanto sacos de cimentos.
Segurei seus ombros, parando os movimentos. Os olhos de Dener mostraram confusão, até eu fazer movimentos circulares com minha cintura sem desviar o olhar.
- Não, não faz isso... - Disse com a voz fraca entre suspiros fortes.
Trouxe suas mãos para o meu corpo, descendo dos seios até minha bunda. Ele não pensou duas vezes antes de dar um tapa estalado, me fazendo sorrir maliciosamente.
- Ah, você quer brincar, né? - Ergueu uma sobrancelha na minha direção, me provocando.
Agarrei suas bochechas, o trazendo para mais perto do meu rosto.
- Não, meu bem. Eu não quero brincar. Eu já estou brincando.
Bingo.
Foi tudo que ele quis ouvir.
Seus olhos ficaram mais escuros, então ele chegou perto o suficiente para morder meu lábio inferior e chupa-lo em seguida. Senti um calafrio na hora.
- Então eu posso brincar também, não é?
Sem esperar uma resposta, Dener me tirou de seu colo e ficou por cima de mim. Seu rosto foi direto para o meio das minhas pernas e suas mãos seguraram minhas coxas de forma firme e dolorosamente extasiante.
Essa língua que me contrai, domina, tortura...
Agarrei o lençol até meus dedos ficarem com as pontas brancas. Pus a mão sobre sua nuca, arranhando o local. Inclinei o rosto para cima e depois para a porta, remexendo o quadril em sua boca e o afundando mais em mim. Sua mão esquerda foi subindo da minha barriga até meu pescoço, que eu coloquei a mão por cima o impulsionando a apertar.
O garoto apertou o mesmo, me fazendo soltar um puta gemido, ficando com o corpo totalmente reto e preso a cama.
Ergui meu rosto para frente, levando seu dedo para minha boca e chupando em seguida. Dener acelerou os movimentos na minha intimidade, penetrando dois dedos de uma vez. Gemi em resposta.
- Gosta tanto de brincar, princesa... Mas as vezes se entrega tão rápido que acaba me deixando louco.
- Não para! - Um suspiro pesado escapou dos meus lábios.
Ele começou a ir mais rápido e mais fundo, me agoniando por não estar indo fundo o suficiente, mas o bastante para me descabelar completamente.
Minha visão começou a escurecer e a quentura foi se espalhando pelo meu corpo inteiro. Minhas pernas começaram a fraquejar e a tremer. Agarrei o lençol novamente, inclinando minhas costas para frente e largando um gemido alto.
Meu primeiro orgasmo.
Cai derrotada na cama, respirando forte e com os olhos fechados. Cada parte minha está dormente e formigando.
Dener foi beijando da minha barriga até minha boca, me acendendo de forma instantânea. O beijei intensamente em resposta, levando minhas mãos até seu membro. Ele sorriu e se afastou um pouco.
- Achei que já tinha cansado.
Ergui uma sobrancelha, surpresa com suas palavras.
Envolvi sua cintura com minhas pernas e o puxei para baixo, levando minha mão até seu membro para ajeitar, fazendo Dener me penetrar novamente.
Senti o toque dos seus dedos deslizando calmamente pela minha perna, seguido de uma estocada sem piedade. Ergui o rosto, encontrando seus lábios e os unindo com os meus. Ele se apoiou em sua outra mão, fazendo mais forte e mais fundo cada vez que um gemido escapa. Fui remexendo o quadril em resposta.
- Dener... - Fechei os olhos em êxtase
- Amber... - Gemeu em resposta. Notei um sorriso e não hesitei em sorrir de volta.
O puxei para mais perto, sentindo ele sair e entrar.
Não demorou muito e Dener chegou ao seu limite, saindo de uma vez e caindo ao meu lado com a respiração ofegante. Tirou a camisinha e deu um nó na mesma pondo no chão, perto da cama.
Tirei alguns fios de cabelo colados do meu rosto, encarando os olhos azuis do garoto cansado ao meu lado. Ele levou a mão para o meu rosto, passando a mesma pela minha bochecha e sorrindo de lado.
- Fica tão linda cansada, princesa.
Neguei com a cabeça e me aproximei, me aconchegando sobre o braço esquerdo, colocando minha cabeça sobre seu peito e encarando seu rosto sonolento.
Deitamos com os pés nas direção da janela e com a cabeça em direção a porta, fazendo a pouca claridade da lua bater contra o rosto de Dener.
Quando me dei conta, o garoto já tinha adormecido e se entregue totalmente ao cansaço. Me ergui um pouco e puxei a coberta pra cima de nós dois, e quase dei um pulo quando os fogos explodiram pela terceira vez nessa madrugada.
Fiquei observando as diversas cores explodirem no céu, caindo vagamente e sumindo.
O vento fresco começou a se instalar pelo quarto, me fazendo encolher já que meu corpo está totalmente sem roupa.
Eu vou cobrar uma calcinha nova desse otário.
Encarando seu rosto brilhando com as cores dos fogos me faz pensar se eu realmente vou me enforcar nessa coisa como aconteceu com Sebastian.
Muito cedo para teorias, Amber.
Respirei fundo, me entregando ao cansaço também e fechando os olhos pesados, até sentir os braços de Dener me apertando conforme o mesmo permanece dormindo.
Acabei apagando também.
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Amo vocês 💜
Miin.