❝OBLIVION❞ || namgi/sugamon;...

By Swagg3rThanYou

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Min Yoongi, um menino qualquer, mas com uma certa peculiaridade, tem seu mundinho próprio invadido por uma vo... More

《Epilogue》
《I》A chegada
《II》 Um sorriso
《III》 Festa
《IV》 Outro sorriso
《V》 Mãos
《VI》 Olhos
《VII》 Como o pai
《VIII》 Mensagens
《IX》 Bulgogi
《X》 Batidas de coração
《XI》 Sincronia
《XII》 Camiseta Branca
《XIII》 Perfeição
《XIV》 Vinho
《XVI》A música
《XVII》 Dance
《XVIII》 A ligação
《XIX》 Gangnam
《XX》 Pré-refrão
《XXI》 Presente
》Aviso《

《XV》 ESPECIAL: Campainha

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By Swagg3rThanYou

2538 palavras especiais e uma capa colorida, não preta-e-branco como das outras vezes, porque o capítulo merece. É para você! Aproveite.


Era sexta-feira. Alguns dias tinham se passado desde que Taehyung e Namjoon visitaram Yoongi e Seokjin em seu apartamento, em torno de uma semana. Agora, os dois estudantes estavam reunidos na biblioteca a fim de resolverem alguns pontos sobre o trabalho do semestre.

Após tratarem de tudo que precisava ser tratado, era hora de escutar as alegrias do alaranjado. Tae simplesmente não via a hora de se encontrar com Seokjin, afinal tinham marcado um encontro para hoje e, daqui a pouco, iria para casa se arrumar. Nam obviamente seguia indignado com a velocidade com que seu amigo conseguia as coisas e não se conformava com a resposta sempre positiva, e a altura, do professor.

— Não sabia que essas coisas funcionavam tão rápido assim... — comenta baixo enquanto encara a tela do celular e escuta o alaranjado tagarelar.

— E você? O que tem nesse celular que te deixa todo sorridente, hum? — diz se esforçando para ver o que tinha ali naquela tela — É Yoongi, não é?

Taehyung coloca a sua clássica cara maliciosa em ação e prontamente se põe a arrancar informações do mais velho.

— Vai me dizer que marcou um encontro também? — levanta as sobrancelhas duas vezes seguidas enquanto morde os lábios e o encara firmemente.

— Não é um encontro, idiota.

— ENTÃO VOCÊ MARCOU UM ENCONTRO? — chega pertíssimo de seu rosto, com um sorriso que não cabia na cara.

Namjoon chega a abrir a boca para responder, porém, suspira e volta sua atenção ao celular, se esforçando para ignorá-lo.

— Diz aí, onde vai ser? — o alaranjado apoia o queixo na mão, o cotovelo na mesa e sorri mordendo os lábios, como sempre.

— Cinema. E isso não é um encontro! Já disse!

— Sim, sim. Eu acredito. — Tae diz antes de tomar um gole curto de seu caramel macchiato.

Mesmo com um Namjoon estranhamente irritado, já que não é nenhum pouco comum que ele haja dessa forma, Tae parecia estar extremamente tranquilo. Era como se a situação estivesse sobre o controle de suas próprias mãos.

— MEU PRÍNCIPE ME ESPERA. — grita quando checa o horário, colocando as mãos para cima e dando um belo susto em Namjoon, que, para variar, derruba o celular no chão.

— Tá louco?! — ele diz sussurrando enquanto se recupera e busca seu aparelho no chão — Um dia esse doido me mata. — sua mão estava sobre seu peito — E de susto.

— Calma, bebê. — ri se levantando e indo dar um beijinho de despedida na bochecha — Boa sorte no encontro! — deseja já a alguns passos da mesa.

O loiro dá um último belo suspiro antes de começar a arrumar a bagunça de papéis e livros que Taehyung tinha o presenteado com. Faltava, ainda, cerca de meia hora até que batesse o horário combinado com Yoongi para se encontrarem na sala de música da faculdade. Os dois marcaram, no dia anterior, de irem ao cinema assistir um filme que se quer escolheram ainda. O importante era fazer algo juntos, já que não se viam há alguns dias. "Saudade de amigos".

Enquanto isso, TaeTae praticamente saltitava em direção à portaria da faculdade e, em alguns minutos, chegou em casa, já que era próxima dali, mesmo a pé. Agora era a hora de se produzir. Nada de exagerado, mas tinha que estar perfeito! Sabia que Seokjin faria exatamente a mesma coisa.



Do outro lado, o professor dava os últimos retoques no cabelo, maquiagem e roupa, se certificando de que tudo estivesse perfeito. Um verdadeiro príncipe. Apanhou a carteira e as chaves, e logo desceu até o estacionamento do prédio. Deu partida ao encontro de Taehyung. No meio do caminho fez uma parada curta para comprar algumas flores, essas da mesma cor viva do cabelo do mais novo. Queria impressionar e nada melhor que um presente simples, mas romântico.

O som da campainha soou. Jin pode ouvir os passos corridos e fortes que TaeTae dava do outro lado da porta. Segundos depois, ambos se entreolhavam sorrindo. Eram dois homens de muita, mas muita sorte.

Taehyung recebeu as flores quase envergonhado, mas sorrindo intensamente. Arrumou um vaso com água para deixá-las e, rapidamente, voltou ao professor, o encarando e mordendo os lábios, mas, desta vez, totalmente de propósito. Se aproximou lentamente, provocativo, segurou ambas as mãos do mais alto e raspou demasiadamente leve seus lábios nos dele.

— Vamos? — sorriu sarcástico ao se afastar e puxou Seokjin junto.


Não muito longe dali, Namjoon avistou o baixinho, mais uma vez através da porta de vidro. Nesse momento, não tocava o tão rotineiro instrumento, mas sim balançava as pernas sentado numa poltrona mais ao fundo. Sua cabeça estava baixa e parecia meio agitado pela forma com que tocava as mãos. Assim que Nam abriu a porta, Yoongi levantou a cabeça, que mostrava uma leve expressão de surpresa. Não precisou dizer nada. Logo sentiu os braços magrinhos e fortes do mais novo em volta de seu tronco, o apertando forte.

— Eu senti falta. — resmungou enquanto apertava mais um pouco.

Namjoon podia jurar que nada antes tinha feito seu coração bater tão rápido como agora. Meio atordoado, fechou os olhos e aproximou lentamente as mãos da cabeça do menor, que pressionava seu peito, para passá-las entre os fios loiros.

— Eu também, Suga. — sorria leve, inconscientemente — Também senti.

Não faço ideia de quanto tempo os dois ficaram abraçados, mas o tempo parecia não os importar muito. A sensação era muito gostosa para ser quebrada.

— Nam... Eu acho que é melhor a gente ir, se não vamos perder o horário. — disse afastando o rosto do peito do mais alto.

— S-Sim! É mesmo. — respondeu praticamente saindo de um transe.

Yoongi sorriu. Tateou os braços de Namjoon para poder segurar ao ser guiado e puseram-se a andar.


— Namjoon... — chamou meio baixinho e rouco — Me leva pra comprar uma pipoca?

— Com uma condição.

— Hum.

— Eu pago.

— Oras! — reclamou dando um leve tapinha no braço do mais alto — Tanto faz. — virou o rosto, desistindo de tentar impedir dessa vez.

Namjoon riu e se esticou para poder apreciar o biquinho adorável que se formara nos lábios de Yoongi. Aquele definitivamente era seu charme. Considerou uma vitória poder pagar algo para o baixinho com a sua permissão.

Em pouco tempo já estavam ambos sentados para o filme. O mais novo se deliciava tanto com a pipoca que não dizia nenhuma palavra. Namjoon, por sua vez, tinha a sensação de que devia falar algo, mas simplesmente não conseguia encontrar as palavras, fugiam de sua mente. Apenas se virou para observar o outro super entretido pela pipoca.

— Não esquece que eu sinto quando você me encara descaradamente. — disse cheio de pipoca na boca e rindo baixinho em seguida.

Namjoon coçou a cabeça sem graça, envergonhado, e se esforçou para virar para frente.

— Joon, não significa que... Que eu não goste. — sentiu suas bochechas esquentarem um pouco.

Yoongi tocou levemente a mão do mais velho, tentando sentir sua reação, mas não conseguiu. Apertou um pouco mais, sem perceber.

— Ei, cara. O gato comeu sua língua? — perguntou brincalhão.

Assim que Namjoon abriu a boca para falar foi interrompido pelo som dos alto-falantes. O filme estava começando. Yoongi tomou um susto. Apertou forte a mão do mais velho, o que o fez se virar imediatamente para saber se estava tudo bem.

— Que susto, Yoon... — disse com a mão no peito, mas sorrindo, aliviado, assim que viu que estava tudo bem.

Os dois riram. Yoon..., repetiram em suas mentes, pensando sobre o apelido. Enquanto o baixinho sorria por achar fofo, Namjoon pensava e repensava o que tinha dito sem querer, as paranoias ocupando sua mente. Soltaram as mãos, que tinham esquecido juntas, quase coladas com superbonder, e se ajeitaram na cadeira. O mais novo colocou os fones da áudiodescrição e voltou a comer sua pipoca.

Para falar a verdade, Yoongi estava prestando mais atenção na pipoca e no fato de estar com Namjoon do que no filme em si. Quando acabou com a última pipoquinha, se esgueirou pelo braço da cadeira até encontrar o ombro de Kim, onde apoiou sua cabeça. Enlaçou seus braços no braço do mais velho e segurou a mão dele com ambas as suas. Se sentia bem, acolhido, como das outras vezes que tocara a pele de Namjoon.

O mais alto, por sua vez, sentiu um arrepio quando se encostaram. Seu coração batia rápido e forte, mas não incomodava, era bom. Era muito bom! Oh, céus! A pele macia e contraditoriamente fria, os fios bagunçados fazendo cócegas leves no seu pescoço, as mãos tocando seus dedos... Tudo lhe fazia bem.

Namjoon suspirou fundo, sentindo as sensações que lhe tinham invadido. Na tela, uma cena que os fez pararem a respiração por um segundo. Um beijo. Apaixonado, leve, lento, que prendia os olhos de todos os espectadores da sala. Apesar disso, Kim, sem muita explicação, sem muito motivo, sentiu vontade de agraciar seus olhos com o rosto delicado do ser que lhe abraçava singelamente. E dane-se a cena de beijo! Mirou-o.

Yoongi, perdido em sua imaginação, os olhos fechados, escutando os detalhes da cena pelo fone, tocava delicadamente seus próprios lábios com o indicador, sem notar. Com o outro braço, apertava de forma sutil o braço do mais alto, enquanto deliciava cada palavra que entrava por seus ouvidos. Era como se estivesse ali, como se pudesse ver, bem na sua frente.

Tudo que Namjoon conseguiu fazer, após segundos paralizado com a imagem etérea do menor, foi fechar os olhos com força, apertar a mão que ainda segurava a mão macia do outro e jogar sua cabeça contra a poltrona novamente. Um beijo? Exatamente. Um beijo. E todos os seus pensamentos foram preenchidos pela lembrança dos lábios perfeitos de Yoongi tocando a sua pele, na bochecha, há alguns dias. Ele queria. De verdade. Queria experimentar a sensação de os ter tocando os seus, por mais que não quisesse acreditar.

Mais uma respirada funda. Sem pensar muito, virou-se de frente para ele, se ajeitou e pegou um de seus fones. Queria ver como ele. Qual era a graça se não fosse assim? Fechou os olhos e buscou instintivamente a outra mão do baixinho para voltar a segurar. Namjoon tinha certeza que Yoongi estava sorrindo agora.

O filme se tornou divertido desde que ambos passaram escutar e imaginar as mesmas palavras. Uma risada, um toque, um aperto nas mãos dadas davam conta de expressar as emoções de um para o outro. Ao tempo dos créditos, sorriam, felizes, juntos, as mãos definitivamente coladas a essa altura.

— Não! — Yoongi exclamou quando sentiu que Namjoon as soltaria — Deixa, por favor... — disse quase susurrando — Uma só, até a gente chegar em casa. Promete?

— Prometo. — disse o mais alto depois de suspirar.

E como combinado, entraram, meio tortos, no taxi, mas sem desgrudar as mãos. Em alguns minutos estavam na porta do apartamento de Yoongi e seu pai.

— Seu pai?

— Duvido muito que volte hoje. — respondeu balançando a cabeça.

— Você vai ficar bem, né?

— Vou. — respirou fundo, como se quisesse criar coragem — Mas só se você entrar um pouquinho. — arrancou uma breve risada do outro.

Yoongi se jogou no sofa e bateu duas ou três vezes no espaço vazio ao seu lado, chamando Namjoon. Ambos sentados, um silêncio tomou conta do cômodo por algum tempo. Provavelmente alguns segundos, mas que não pareciam muito desconfortáveis, apenas... Incertos.

— Joon... — chamou, com um tom de cuidado na voz, antes de tatear o sofa até encontrar seus braços para sentir — Chega mais perto.

Kim se aproximou, meio ansioso, sem saber o que o mais novo estava tramando.

— Eu preciso te pagar a pipoca. — confessou.

Namjoon respirou fundo, apesar de não poder dizer que estava aliviado.

— É claro que não precisa me pagar a pipoca...

Riu, tentando disfarçar o nervosismo de estar perto do rosto tão perfeito. Porém, tudo ficou ainda mais forte quando sentiu as mãos de Yoongi, agora estranhamente mornas, tocarem graciosamente ambos os lados de seu rosto. Os polegares, sentindo seus lábios grossos, como antes, como se ensaiassem lentos. Ah, como eu queria apenas...

Seu pensamento foi interrompido. Abruptamente. De repente. Seus lábios tocavam algo macio como algodão. Arregalou os olhos, a mente vazia, ocupada 100% pela sensação divina que experimentava agora. Tudo em volta parecia não existir, não precisar existir. As sombras ao redor, apesar disso, dançavam. Procurou, quase desesperado, os braços do mais novo, para tocar, sentir, ser um só, com o outro, selados.

Namjoon sentia os lábios de Yoongi.

Os dedos do baixinho pressionavam de forma leve o pescoço do mais alto, como se tivesse medo de se afastar. E não era um medo injustificado. Por mais que quisesse ficar ali para sempre, Yoongi se lembrou do mundo. Interrompeu o selar. Sentiu falta repentina, como se lhe tivesse sido arrancada uma parte. De forma quase dolorida, sussurrou ainda a poucos milímetros de distância do rosto do mais alto:

— Pela pipoca. — sorriu fraco, relaxando as mãos que lentamente se afastavam das bochechas do outro e escorriam para o peito do mais velho.

Namjoon respirava rápido, sentia seu corpo tremer. Com os olhos ainda supresos, encarava os lábios do outro, perfeitamente esticados em um sorriso, perto, muito perto de si. Perigosamente perto. Suas mãos tensas imploravam para se moverem na direção de Yoongi. Sentia que desmaiaria a qualquer momento se não o buscasse. O coração batia. Mandava. Num gesto rápido, segurou o rosto de Yoongi com ambas as mãos, e voltou a aproximar seus lábios. Quando podiam sentir de novo, milimetro por milimetro, a se encostar docemente...

A campainha tocou.

A contragosto, o baixinho tirou suas mãos do mais alto e se afastou, difícil, indo em direção à porta. Seu coração, antes ansioso pelo toque iminente pareceu se acalmar, desanimado. Abriu a porta e se pôs a escutar.

— B-Boa noite.

— Entrega para Kim Seokjin. Ele está aí?

— Não, não está.

— Bem, assine por ele então.

Yoongi supirou por um momento, num ar meio chateado.

— Joon, você pode assinar pra mim? — pediu baixinho, meio sem graça.

Assinado e fechada a porta, gastavam o tempo, virados para ela, em silêncio. O ar era congelante, apesar de não ser desconfortável. Gritava com uma pitada de inacabado.

Yoongi mexia nas próprias mãos, repassando e repassando o que tinha feito há pouco. Um ato de loucura. Loucura por completo. E tudo o que tinha certeza era que, se ele estava louco, o mais alto estava louco junto. Seus olhos estavam cheios, não sabia lágrimas de que. Inspirou fundo, rápido, e se virou, abraçando o corpo esguio do outro de forma adoravelmente bagunçada.

Namjoon deixou escapar um sorriso. Yoongi o fazia deixar escapar sorrisos e o fazia surtar calmamente, se é que isso é possível. Retribuiu o abraço, sorridente. Sorria como nunca. O coração batia como sempre, como bateu em cada abraço apertado do baixinho. Ao se soltarem, Namjoon buscou uma das mãos de Yoongi e a levou até seu rosto quente, com sua mão por cima.

— Até amanhã. — disse sereno, baixo, sentindo a pele macia dos dedos que tocavam suas bochechas.

— Eu gosto muito do seu abraço. — respondeu Yoongi, sorridente, enquanto voltava a circundar a cintura do mais alto com seus braços — Até amanhã!

Pela porta, desgrudavam a última mão dada do dia, dolorosos em se despedir. Sorriram mais uma vez antes da porta se fechar.

Namjoon também gostava muito dos abraços de Yoongi.

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