HOPE [Rabia]

By gonestew

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Elas teriam que viajar pelo mundo por um mês para estrelar uma campanha publicitária. Esse tempo poderia muda... More

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Os Presentes de Bianca

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By gonestew

<Música do Capítulo - "Drake - Fire&Desire">

      
Capítulo 22 - Os Presentes de Bianca

          Quando Rafaella perguntou o que Bianca tinha para mostrá-la no Rio de Janeiro, a carioca se sentiu desafiada pois não queria ser óbvia. Primeiro, a morena a levou em um bar de cada vez e propôs que em cada um, tomassem uma bebida que nunca tinham bebido antes. As duas estavam com roupas despojadas e boné, bonés esses, que Bia jurou que serviam como disfarce. Depois de uma parada em uma balada que não estava lá essas coisas, foram para outros lugares, já estavam muito "animadas" quando chegaram na Lapa onde estava tendo atrações culturais e como sempre, muitos turistas. Numa roda de samba, Rafaella não se poupou em mostrar seus talentos, atraindo muitos olhares ao redor.

      Enquanto Rafaella sambava, Bianca apenas admirava sedenta a desenvoltura da noiva. Um gringo que estava ao seu lado não se conteve e fez sinais de que queria o telefone da loira, Bianca riu com aquela maneira horrenda de flertar e achou um bom momento para testar o seu inglês:

No, no, no. — apontou para Rafaella. — Minha, mine. Mine!

What? — o rapaz de quase dois metros de altura não entendeu.

— Sem ligações, no calls! Ela é minha noiva, my fiance, tendeu?

        Vendo a cena de relance, Rafaella parou de sambar e foi até a noiva, delicadamente segurou sua mão e saiu dali. As duas olharam pra trás quando o gringo as chamou, e em gargalhadas, correram, parando em um beco pouco movimentado.

— Eu acho que... — Rafaella disse ofegante enquanto o riso cessava. — Eu acho que a gente já bebeu demais.

— Você acha? — uma Bianca risonha perguntou ao se encostar na parede onde a mão de Rafaella se apoiava, ficando de frente pra ela. — Sabe de uma coisa?

— O quê? — sua cabeça girava mas não o suficiente para não conseguir focar nos lábios que queria beijar.

— Eu sempre hahaha, eu sinto um tesão... GIGANTE, quando penso em transar em lugares públicos. — segurou o rosto da noiva com as duas mãos.

— Não... — mordeu o lábio. — Não mesmo... — cansada de só olhar pra aquela boca, pressionou o próprio corpo contra o de Bianca e a beijou, segurando forte na cintura da garota que tinha sede daquele beijo.

         A morena chupava a língua de Rafaella com propriedade e as mãos da loira foram em cheio em seus seios, arrancando um gemido fácil da mais baixa. Quando Bia tentou guiar uma das mãos que estava em seu seio para baixo, Rafaella rapidamente forçou-a para cima, posando no maxilar de sua noiva excitada em praça pública. Ela então finalizou o beijo e apertando as bochechas de Bianca a ponto de formar um biquinho, disse:

— Isso é tudo.

— Arrrrgh. Você não cansa de maldade não né?

— Eu não canso de evitar que a gente seja presa...

       Elas beberam e dançaram em outros pontos até amanhecer, onde viram o pôr do sol na praia. Quando chegaram no apartamento de Rafaella, tomaram banho e transaram, pois parecia ser algo inevitável para as duas. Prestes a dormir, a loira pensou no quanto amava os extremos de Bianca: a que não continha o próprio tesão em um beco da Lapa,  à que chorava de emoção (e por estar um pouco bêbada) pelo sol que nascia e por estar com a mulher dos sonhos ao seu lado. Rafa já não lembrava direito, mas a vida devia mesmo ser um saco sem ela.

— Meu Deus, cinco da tarde. — se espantou quando pegou o celular. — Bia? Amor?

— Hum??!

— De que horas é o seu voo amor?

— Eu não comprei passagem não. — bocejou ainda de olhos fechados.

— Você vai amanhã então?

— To pensando em ir só depois do seu aniversário. — disse naturalmente, abrindo os olhos.

— E você pode? — Rafaella sorriu.

— To com três programas gravados, posso adiar a reunião de terça. Amou?

— Uhum. — ainda com um sorriso no rosto, inclinou-se e deu um selinho na garota fora de órbita.

       No decorrer da semana, Bianca usou o tempo que Rafaella gravava pra reaver alguns patrocínios que tinha no Rio. Fez algumas fotos e marcou algumas reuniões. Já era quarta feira quando a loira chegou em casa, exatamente na hora da novela em que estava atuando e pela primeira vez, assistiu junto de Bia, que a esperava com pipoca.

— Falando sério mesmo, se eu não tivesse com você e te visse na minha TV com esse macacão da força aérea... Mas nem que eu tivesse que me fazer de doida... Eu mandava uma mensagem pra você.

— Ah é? E cê ia dizer o quê?

— Ia pedir um autógrafo, óbvio.

— Até deu um bug na minha cabeça de pensar em como minha vida ia tá agora se a gente não tivesse assinado aquele contrato juntas...

— Já falei uai, eu ia tá na sua dm nesse exato momento pedindo uma sentada. — falou séria, de propósito. — Ops, um autógrafo.

— Eu não ia dar. — falsamente desdenhou.

— Mas a humilhação taí pra isso minha filha. AAAAAAA — deu um grito quando viu a loira na TV e murchou na mesma proporção quando viu que Caon estava em cena.

— Tem beijo isso aí? — perguntou desconfiada.

— Num lembro. — olhou pra cima comprimindo os lábios.

— Rafaella Freitas Ferreira de Castro... — travou ao tentar lembrar o último sobrenome.

— De Castro o quê? — a desafiou, arqueando a sobrancelha. — Viu só, não sabe meu nome completo. — afirmou após o silêncio pensativo de Bianca.

— De Castro Andrade, muito brevemente, De Castro Andrade. — tentou se safar.

— Eu odeio o quanto você é boa em desconversar.

— Ah é? — subiu no colo de Rafaella, ficando de frente pra ela.

— Ah é.

— Aí, tu quer ter uns filhos? — perguntou aleatoriamente.

— Do nada assim?

— Do nada não, sua mãe que chegou lá em casa dizendo que queria os netos dela já pro ano que vem.

— Não vou ter filhos com uma pessoa que sequer sabe meu nome completo. — blefou.

— Daqui pra lá eu to decorando menina.

— Falando sério agora amor, não absolve as coisas que a minha mãe falou não tá? Eu me resolvo com ela.

— Certo, mas e os filhos como que vai ser?

— Meu Deus, dia desses eu tava com medo de levar um fora quando pedisse sua mão, agora você tá aqui falando em filhos?

— Eu quero uns bebêzinho. Antes de você eu pensava em ter sozinha, mas...

— Muita calma nessa hora e muita hora nessa calma, tá?

— Claro que não é pra agora dã, ainda quero dar uns rolês sem compromisso na Grécia e transar em todo canto da casa sem me preocupar se a criança tá vendo.

— Ótimo... — a beijou.

          A manhã do aniversário de Rafaella foi especial, a loira acordou com um envelope em sua cabeceira, escrito "Abra-me.", embaixo dele havia uma caixinha.

"Como presentear o meu presente diário? Sempre quis ganhar o mundo, mas agora tudo o que eu mais quero é ganhar o mundo com você. Para a melhor parceirinha de viagem, eu te amo."

        Quando Rafaella abriu a caixinha, havia um colar e um pequeno folheto com instruções. O pingente era um pequeno globo bem desenhado, que quando esfregado três vezes na parte do Brasil, projetava o mapa mundi, com um "X" nos países que elas já foram juntas.

        Rafaella saiu do quarto sorrindo de orelha a orelha, a mesa estava pronta e ela avistou outro envelope, dessa vez um maior. Se perguntou porque Bianca não estava em seu campo visual e teve a resposta quando a porta de entrada se abriu.

— Ahhh não! Estragou a minha surpresa! — Bia fez cara de brava.

— Amor, eu amei... — foi até ela e a abraçou.

— Mas faltava umas coisas ainda...

— Quais coisas? — cheirava a noiva.

— Tipo eu me embrulhar no papel de presente, etc... — brincou.

— Tá bom assim... Quase chorei com o colar.

— Gostou mesmo?

— Amei. Também quero o mundo com você.

        Ao sentarem na mesa, Rafaella perguntou o que era o envelope maior e Bia pediu para que ela abrisse. Conforme lia, a loira viu que se tratava de alguns termos de compromisso. Eram documentos convidativos, onde quando ela assinasse, tornaria-se uma das embaixadoras de um projeto social de missão que rodaria o Brasil visando ajudar financeiramente e levar esperança pra famílias brasileiras em situação difícil.

— Uma vez você perguntou se eu toparia fazer missões com você... Não sei se fiz certo, mas tomei a liberdade de nos inscrever nesse programa... — Bianca disse calma, fazendo os olhos da noiva brilharem. — Os embaixadores são convidados pras missões presenciais algumas vezes no ano e todo mês a gente... Caso você aceite, claro... Vamos doar uma quantia em dinheiro e tal...

— Isso é tão, tão especial amor... — segurou a mão da morena que estava sobre a mesa. — É uma das coisas mais lindas que alguém já me propôs, eu aceito sim... Nossa, te amo tá?

— Eu também te amo, feliz aniversário. — levantou-se e foi até Rafaella, inclinando-se para dar um selinho seguido de beijos no rosto da aniversariante que estava resplendente.

       O dia passou rápido e as gravações foram moderadas. Fizeram uma mini-festa surpresa para Rafaella nos bastidores e tudo correu bem. Bianca estava presente pois tinha ido acompanhá-la nas gravações. Caon foi um dos últimos a abraçar a loira, um abraço rápido e quase desajeitado, pois ele parecia estar desconfortável com a presença de Bianca.

— To de olho hein garoto. — Bia disse em tom de brincadeira ao chegar perto da mesa em que Caon se servia de comida.

— De olho em quê ô? — se assustou.

— De olho. — pontuou. — Aqui o desenrolo é certo e pilantra não tem vez não. — seguiu com a brincadeira que o rapaz pareceu não entender pois continuava com o semblante assustado.

         Como prometido, à noite foram jantar fora. O restaurante aconchegante e iluminado quase que totalmente por velas, tornou o clima mais romântico do que deveria. Saindo de lá, uma limusine as esperava.

— Que que é isso Bia? — a loira perguntou um pouco impressionada.

— Na falta de carruagem pra princesa... — disse em tom divertido.

         No meio do caminho, Bia colocou uma venda nos olhos da loira que ria à toa. A guiou e entraram pelos fundos do Copacabana Palace, onde a morena tinha alugado uma suíte de frente pro mar.

— Já posso tirar? — se referiu à venda.

— Pode... — ajudou-a a desamarrar.

— Amor!!!! — levou as mãos à boca. — Que lindo!!! — foi para a enorme varanda. — Deus! Olhando daqui parece que tudo fica ainda mais perfeito.

— Eu só queria que seu dia fosse perfeito. — Bianca a abraçou por trás e beijou seu braço.

— Foi o meu melhor aniversário até hoje. — virou-se. — Obrigada, por tudo! — a beijou apaixonadamente.

     A noite foi realmente especial, mais uma vez. Rafaella não sentiu falta de mais ninguém, tanto que antes do jantar, desligou o celular para viver cada momento com apreciação. Como nenhuma das duas postou fotos e Bianca não deu os parabéns em redes sociais, os fãs que tinham certeza de que elas estavam juntas, ficaram preocupados e interpretaram as fotos de Rafa com Caon no começo da semana passada como um sinal de término entre as duas.

       O dia amanheceu e as garotas que dormiam nuas, agarradas uma na outra, acordaram conforme o celular de Bianca vibrava.

— Quem é? — Rafaella perguntou enquanto Bia checava o número.

— Não sei, não tenho o número salvo... — disse ao atender o celular.

"Alô?"

"Dona Bianca?"

"Aham, quem é?"

"É da portaria da dona Rafaella, ela deixou seu número como reserva, como ela não tá atendendo..."

"Sim sim, pode falar..."

"É que tem uma senhora aqui com algumas malas desde as seis da manhã, afirmando ser mãe da dona Rafaella, preciso saber se pode deixar entrar..."

— Rafa, tua mãe tá na portaria do seu prédio querendo entrar... E o porteiro disse que ela tá com malas. — disse sem querer acreditar nas próprias palavras.

— Que que tá acontecendo meu Deus? — pegou o celular da noiva.

"Seu Cláudio? Bom dia! Você pode passar o telefone pra ela?" — Rafaella tentou usar de toda a sua calma.

"Ela disse que só fala com a senhora pessoalmente dona Rafaella."

"Tudo bem. Por favor, manda uma foto das câmeras pra eu ter certeza de que é ela, e aí você pode deixar ela entrar, certo? Muito obrigada Seu Cláudio!"

— Você não ia pra Goiânia hoje à noite?

— Sim, não to entendendo nada amor. Mas claro que depois de um dia perfeito, no outro eu ia ter que me estressar.

— Calma. — passou as mãos nas costas enrijecidas de Rafaella. — Vamo tomar o café da manhã...

— Eu já to com saudade.

— Eu também princesa. — deu um beijinho no nariz da loira.

          Chegando em casa, por volta de meio dia, Rafaella deparou-se com sua mãe no sofá.

— Mãe? — chamou. — Tá tudo bem? — foi até a senhora calada no sofá e agachou-se, segurando as mãos gélidas. — Fala comigo...

— Eu peguei meus exames, filha... Confirmaram que eu posso estar com câncer.

          Rafaella gelou. Seu coração parecia ter parado por alguns segundos.

— Como assim mãe?! Porque eu não tava sabendo sequer da suspeita? — seus olhos estavam marejados.

— Não vi abertura para falar com você nos últimos tempos... — disse ressentida. — Há esperança do tumor ser benigno, eu vou ficar aqui na sua casa. Meu médico indicou que eu fizesse tudo aqui no INCA (Instituto Nacional de Câncer), no centro do Rio.

         Como se fosse inevitável, Rafaella começou a chorar.

— Certo mãe, minha casa é sua...

    

                                                                     [Continua...]

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Ps: Não fiquem com tanta raiva da dona Genilda, é importante pra um lugar especial que a história vai chegar em breve, inclusive to ansiosa. Beijos bebês ❤️

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