live a life you will remember...

By cindigyc

1.5M 99.2K 778K

Harry Styles, o milionário herdeiro de toda fortuna Styles, estudante de medicina na melhor faculdade de toda... More

00. live a life you will remember
01. he's back, un(fortunately)
02. 99% bitch. 1% sweet
03. disgusting
04. losing your salvation
5. you're fucking spoiled but so good in my mouth
6. i remember when you wanted a family... and damn! i wanted to be your family.
07. break with him maybe it's a start for us
08. your kiss heals me
09. tonigth, i just wanna you be okay with my kisses.
10.1 cry on my dick
10.2 these feelings break me and confuse me
11. art.
12. i'm having our future
13. so much feelings for you
14. i'll try because I love you
15.1 my princess
15.2 love and fire
16.1 you make me feel so good
16.2 boyfriends?
17. love is beautiful but insecure
18. never leave me again, cuz i love you so much
19. i want to spoil you with my love and desire
unspoken confessions

20. live a life you will remember

82.8K 3.2K 51.4K
By cindigyc

N: FINALMENTE AAAAAAAAAAAAA

Nem tô acreditando que finalmente eu cheguei aqui com o último capítulo depois de tanto tempo.

Primeiramente queria avisar que esse capítulo tem 25 mil palavras escritas. Então pode se tornar massante de ler, já que na verdade faltava dois capítulos pra fic terminar mas juntei tudo, pois já sou enrolada, então pra facilitar coloquei os dois juntos. Qualquer coisa leiam metade hoje, depois a outra metade amanhã.

A segunda coisa que queria avisar é que eu tirei apenas os erros mais fortes, só revisei uma vez senão demoraria mais pra atualizar. Então esse capítulo contém erros como todos os outros kkkkk porque infelizmente nunca fui de ligar muito pra estar tudo escrito direitinho. Mas prometo que nas próximas fics eu tomo mais cuidado com isso. E prometo também que irei corrigir pelo menos os erros grotescos que tem nos primeiros capítulos dessa fic.

Enfim.

Finalmente eu estou aqui escrevendo essa nota primeiramente pra agradecer toda compreensão de vocês. Vocês foram incríveis durante esses dois anos que venho postando essa fic. No começo, eu atualização toda semana. E mesmo depois, com meses faltando att, vocês não me abandonaram quando eu mesma não teria paciência. E eu sei que o que muitos de vocês ficavam chateados comigo eram minhas promessas que eu não cumpria, nao exatamente a demora. Então me perdoem por isso.

Eu amo essa fic demais e o único motivo de eu demorar tanto pra atualizar foram os problemas pessoais, caso o contrário já estaria finalizada há tempos.

Obrigada de coração por toda dedicação de vocês. Sempre irei me lembrar de todo apoio que me deram, todos os textos amorosos que me enviaram. Vocês são os melhores leitores do mundo todinho ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Não se preocupem que eu tenho milhões de plots para serem escritos. Inclusive, já estou escrevendo um. Uma long fic que devo começar a postar quando eu tiver 5 ou 7 capítulos prontos. Mas talvez eu venha com alguma oneshot antes, então não deixem de me seguir aqui, por favor
:( ♡

E me sigam no twitter @ cindigyc_

Se possível, sigam minha conta aqui no wattpad com minha amiga, lá vamos postar a fic but i keep on coming back to you quando estiver completa. Tinha 3 capítulos postados e alguns de vocês chegaram a ler, mas tiramos a publicação porque resolvemos escrever ela toda e só postar finalizada. Então sigam lá: @louiswithkindness
Talvez eu e ela criemos outros plots juntas pra lá também.

Sigam também minha amiga maravilhosa que escreve bem pra caralho @TommoTops91
Ela tá cheio de plot incrível que está escrevendo. Inclusive um maravilhoso que ela está prestes a postar, que ela me manda mimos todos os dias e eu amo demais essa fic. Tenho certeza que vocês também vão amar quando ela postar, o melhor de tudo: É Harry bottom.

Enfim. Obrigada novamente por tudo, anjinhos ♡♡♡ tenham uma boa leitura e obrigada por chegarem até aqui. ♡

____________________________________

Harry olhava o bebê através do vidro, ele estava na sala dos bebês recém nascidos, e mesmo do lado de fora, parecia que conseguia sentir o cheirinho bom de todos eles ali. Cheirinho de bebê com certeza era um dos seus cheiros favoritos, mesmo o vidro separando ele deles, e talvez fosse só os hormônios o deixando doido. Suas mãos estavam contra o vidro e sua expressão era de pura alegria, ele tinha entrado de férias do estágio desde que sua barriga começou a crescer demais, e, agora, praticamente está nos últimos momentos para o nascimento, mas mesmo assim ele queria ter tido a oportunidade de ter ajudado o obstetra de Zayn. A bebê era a coisinha mais linda, não estava de olhos abertos, mas ela não dormia, estava quase pegando no sono, balançando as pequenas mãos e as pernas, era tão pequena que Harry acha que caberia em seu bolso. Embora os olhos estivessem fechados, e a cor demorasse alguns meses para definir, Harry acha que ela deve puxar os olhos de Zayn, ela é todinha ele. Isso fez Harry sorrir porque agora Liam tinha duas pessoas que ele ama que são praticamente iguais. E o fato de Zayn já ter parido, faz a ansiedade e um friozinho gostoso na barriga de Harry crescer, porque ele sabe que dentre muito pouco tempo será ele tendo os gêmeos, sua mão chegou a passar na barriga de puro nervosismo, mas era algo gostoso.

— A carinha de batata amassada dela. — Louis comentou ao seu lado, fazendo Harry sair do transe.

— Ela não tem cara de batata amassada. Ela é linda. — Harry protestou, ainda encantado pela garota e todos os bebêzinhos que estavam ali.

— Todo neném nasce de cara amassada, os nossos bebês também vão parecer um purê de batatas. — Louis brincou e Harry o olhou cruzando os braços, fazendo Louis ri e lhe dar um beijo na bochecha antes que Harry defendesse todos os bebês do mundo, como o grande apaixonado por crianças que ele era. — Mas a pirralhinha é realmente adorável.

Harry iria protestar de novo pela forma que Louis fala, mas acabou sorrindo quando Louis sorriu olhando pra filha de Zayn e Liam, todo orgulhoso da sua mais nova afilhada. Harry estava extremamente ansioso pra ver a cara de Louis quando visse seus filhos pela primeira vez. Provavelmente, os chamando de pirralhinhos também, mas sabia que ele falaria com todo amor do mundo.

— Eu vou encontrar o Liam na lanchonete do hospital. Tadinho, passou a noite toda acordado e sem comer esperando o médico dizer que sua filha nasceu e que Zayn tá bem. — Louis comentou. E Harry imagina o quão cansado tanto Liam como Zayn estavam, já era de manhã e ele e Louis chegaram ali não tinha nem duas horas, mas Liam e Zayn ficaram a madrugada toda ali até a pequena garotinha nascer. Harry espera que seus gêmeos não demorem tanto assim. — Você não vem?

— Não estou com fome. — O mais novo comentou, seus olhos hipnotizados através do vidro.

— Você tá há uma hora aí. — Louis riu, afagando as costas do namorado, tendo noção de o quanto deveria estar pesada por todo peso que estava aguentando. A barriga dele estava enorme, maior que de uma gravidez comum, porque carregava dois bebês dentro de si. Harry tinha constantemente dores nos pés e nas costas e Louis não se importava de sempre massagear onde quer que doesse. — Daqui a um mês será os nossos bebês. — Esfregou os cachos de Harry e este inclinou a cabeça para ele.

— Podia ser hoje. — Fez um biquinho. — Mas eu irei ver o Zayn, depois vou comer algo. — Prometeu e deu um beijinho em Louis, o olhando se afastar e novamente o sentimento de ansiedade bateu em si. Logo será os bebês deles. Tinha tanta coisa pra resolver ainda, como o quarto que não está pronto, os nomes que eles vivem discutindo pra ver quais serão, todas as coisas necessárias pros bebês que eles ainda não compraram. E, principalmente, algo que começou a deixar Harry mais ansioso ainda.

Por isso deu tchau pra pequena garotinha mesmo que ela não tivesse vendo e foi para o quarto de Zayn.

O moreno estava distraído olhando para um programa que passava na tv do quarto, seus olhos tinham agora um brilho diferente e ele parecia tão cansado, mesmo assim, seu rosto estava satisfeito. As bochechas estavam adoravelmente maiores. Zayn era tão, tão magro que era daqueles tipos de pessoas que engravidam e mesmo com uma barriga enorme continuam magros em outras partes do corpo. Porém, mesmo com essa estética, o rosto estava um pouco mais cheio, o que fez Harry sorrir.

— Você está tão lindo.

Zayn sorriu quando viu a presença de Harry.

— Você a viu?

— Sim. Parece um pequeno filhotinho. Muito pequena e é a junção de você e Liam. Adorável. — Ele se sentou na poltrona do lado da cama, Zayn virou a cabeça sorrindo pra ele, como o pai orgulhoso que era, sabia do belo trabalho que havia feito. — Doeu?

— Eu não pari pelo cu, Harry. — O moreno comentou e logo depois soltou uma risada quando Harry fez uma expressão indignada mas logo riu em seguida.

— É claro que não, seu deselegante. — Resmungou. — Nem mesmo após parir tem classe, impressionante. — Brincou e Zayn empurrou fraco seu braço, os dois sorrindo. — Mas abriram sua barriga, não é? Então deve ter doído. — Zayn sabia que Harry entendia como tudo aquilo funcionava, mas não era o Harry estudante de Medicina que estava fazendo aquela pergunta, e sim o Harry grávido que logo irá parir também. Ou seja, o garoto estava nervoso.

— Na hora eu só estava preocupado em ver minha neném, então teve sim um desconforto mas nada que me fizesse gritar. E agora eu sinto um pouquinho de dor por conta dos pontos, mas é quase imperceptível. — Por que? Está ansioso?

Harry assentiu devagar, encostando sua cabeça na poltrona e ficando de ladinho olhando o moreno, esse sorrindo pra ele. Faltava tão pouco para ser sua vez, e isso o fazia ficar mais ansioso para que esse dia chegasse, mas também o deixava com um pouquinho de medo. Afinal, seriam duas pessoas saindo de sua barriga, não é algo que se faz todo dia, e não era algo simples como espirrar.

— É normal. Eu também fiquei assim.

— Liam disse que você ficou a semana toda hiperventilando e quando chegou aqui ficou tão nervoso que queria saber mais que os médicos. — O mais novo comentou rindo.

— Aquele merdinha! Como se ele não tivesse feito o mesmo, só faltou desmaiar. — O moreno reclamava, mas havia paixão em seus olhos dourados. Ele acabou olhando para o anel em sua mão. — Mas é o meu merdinha.

— Mentira? — Harry perguntou chocado, puxando a mão dele pra olhar o anel melhor.

— É isso mesmo, ele me pediu em noivado aqui mesmo. — Ele exibia o anel fino todo feliz e Harry continuava chocado.

— É até ouro de verdade! — O mais novo gritou desacreditado, Zayn revirou os olhos sorrindo.

— Por isso que ele demorou tanto tempo, queria me dar um anel de ouro, mesmo sabendo que se me desse um de papel estaria tudo bem. — Ele sorriu todo bobinho.

— Eu te disse que uma hora ele iria pedir! — Harry bateu palmas animado.
Mas logo essa animação foi diminuindo, não totalmente, mas se tornando em questionamento e uma pitada de esperança. — Será que Louis também irá me pedir em casamento? Talvez um pouquinho antes? Ou quando os bebês nascerem?

— Você sempre quis se casar, não é? Desde que te conheci sendo um mimadinho que falava que eu e Liam tínhamos que casar logo porque teríamos um bebê, e dizendo que seu sonho era dar uma grande festa de noivado e que se casaria em um país lindo, onde na lua de mel faria um monte de bebês. — O moreno riu um pouquinho e Harry sorriu com isso, o moreno percebeu as expressões dele, não era de tristeza, mas de preocupação, porque parecia que as coisas não foram do jeito que ele planejou, e não era como se aquilo fosse ruim, eles só adiantaram alguns sonhos de Harry e atrasaram outros, e este ainda tinha esperanças de realizar alguns da sua própria forma.

— Sim. Você sabe que eu tenho mania de grandeza. — Zayn o olhou fingindo choque. — Idiota! Eu planejava até mesmo fazer alguns ensaios fotográficos para acompanhar minha gestação, e até agora não fiz. Sim, também sonhava em ter um casamento luxuoso e ficar por aí exibindo isso e meus filhotinhos. Mas não é tudo devido a minha mania de grandeza, desde bem pequeno eu queria ter uma família e ter meus próprios bebês, enquanto meus amigos brincavam de carrinho eu gostava de pegar as bonecas de Gemma e fingir que eu era o papai delas. E tudo bem, nada aconteceu como eu planejei, mas eu tenho já meus bebês e o garoto que eu sou apaixonado, Não noivamos e nem casamos em um lugar luxuoso, não fizemos um grande espetáculo com isso. Mas será que Louis quer ao menos oficializar um pouquinho mais isso antes dos bebês nascerem? — Ele tinha tanta esperança que Zayn tinha medo que essa esperança fosse brutalmente quebrada. — Ou talvez depois? Tudo bem se for depois... sabe? Eu não sou tão mimado ao ponto de querer tudo na minha hora. — Harry jurou com as mãos juntas pra demonstrar aquilo. — Eu sou só muito ansioso, queria saber ao menos se ele pensa isso, aí eu esperaria até anos sem falar nada. — Ponderou um pouco. — Anos não... talvez alguns meses... — Zayn riu no final.

— Louis é muito apaixonado por você, tipo, demais! Mas ele também é o Louis... ele é muito razão e você muito emoção, ele gosta de viver o momento e ir levando enquanto der certo. — Harry murchou e o sorriso apagou. — Mas você sabe, quando ele soube que você estava grávido, você era ainda um menino insuportável para ele, você estava lá e brigaram naquele dia, ainda se odiavam mesmo com toda tensão, e vocês dois naquele momento talvez nunca pensariam que estivessem aqui agora. As coisa mudam. E embora Louis goste mais de viver o momento e você seja muito emocionado, — Brincou —, eu tenho certeza que ele já pensou em ter dar tudo isso que você quer, afinal, mesmo quando vocês se odiavam e ele reclamava do seu jeito mimado, ele te mimava, mesmo assim. Mas tenho certeza que ele não faria isso apenas pra te agradar, e sim porque ele quer também. Mas pode ser hoje, ou amanhã, ou daqui um mês, ou um ano, não importa. Vocês eventualmente vão acabar juntos cheios de filhos, casadinhos e se amando. Tenho certeza.

❌❌❌❌❌

A certeza de Zayn, e a própria esperança de Harry, fez o mais novo acreditar mais ainda que Louis o pediria em casamento a qualquer momento. Sabia que poderia demorar, mas isso não o impediu de ficar ansioso, até porque Louis dava muitos motivos para fazer Harry acreditar que poderia ser a qualquer hora. Sempre sendo carinhoso, deixando bilhetinhos fofos colados na geladeira e sempre lhe olhando como se Harry fosse a coisa mais preciosa de todo o universo. E Harry morria toda vez que Louis tinha alguma coisa pra falar, fazendo um grande mistério, então seus olhos esbugalhavam e Harry pensava ''meu Deus, é agora'' mas nunca era. Fazendo o mais novo ficar mais ansioso ainda. Ele achou que iria explodir quando Louis o convidou pra um jantar em um dos restaurantes mais caros e favoritos de Harry, dizendo que era um ocasião especial.

E só poderia ser. Afinal, Louis não gostava muito daquelas comidas, e quando ia, era pra agradar Harry, assim como o mais novo o agradava quando eles optavam por ir a algo mais barato, eles balanceavam daquele jeito. Mas dessa vez era Louis convidando. Harry se arrumou da melhor forma que pôde, ou que sua enorme barriga permitia, ele tentou ficar o mais bonito possível, mesmo que seus cabelos enormes já estivessem o incomodando, então fez uma trança como se fosse alguma princesa da disney. E Louis também esteve impecável, como se quisesse realmente agrada-lo e fazendo mistério o tempo todo.

Harry pensou: É agora.

Porque até mesmo os pedidos estavam os mais caros. Louis mandou Harry escolher o melhor vinho, porque seria o mais velho a pagar. E não é como se ele nunca tivesse pago nada caro, mas dessa vez ele estava sorridente e não reclamando do preço das coisas, ou sendo orgulhoso dizendo que eles iriam dividir a conta porque ele era pobre mas não estava na miséria. Louis estava radiante a noite toda, não reclamou nem das comidas exóticas que ele tinha dificuldade em pronunciar, ou de como tudo era uma sacanagem para seu estômago roncando com essa mania de restaurantes caros terem de servir vários pratos mas em pouca quantidade, ao invés de servir um com tudo de uma vez para matar a fome.

Harry chegou a ir no banheiro e se olhar no espelho enquanto tentava fazer um discurso do porquê aceitaria aquele pedido que esperou por tanto tempo. Ele achou que teria seus nenéns ali mesmo, embora faltasse ainda um mês, mas estava tão nervoso que começou a suar, e não era hora para ficar feio.

''Não saem agora de mim, anjinhos, por favor'' foi o que Harry pensou quando voltou pra mesa e Louis lhe olhou como se ele fosse o seu mundo, um sorriso se abriu em câmera lenta, realmente, cada linha de expressão se formando tão devagar e os olhos tão brilhantes como nunca antes, era quase como se Louis estivesse o dizendo que o amava, embora nunca tenha de fato dito, e as mãos fortes pegaram nas suas, um carinho feito ali que Harry sentiu como se fosse em todo seu corpo, fazendo o mesmo tremer, e Louis subiu uma mão em seus cabelos trançados, riu curto e baixo como se tivesse olhando para um anjo, e os lábios abriram como se fosse falar a coisa mais verdadeira do mundo, ele soltou um ''você é lindo'' o mais sincero que Harry já recebeu em toda sua vida. O mais emocionante até aquele momento, porque seus olhos marejaram, se tornando águas verdes e era como se Louis tivesse falando aquilo pela primeira vez pelo tamanho da sinceridade dele, e como as palavras foram sussurradas como um grande segredo.

— Ai meu Deus, ai meu deus, ai meu Deus! — Harry começou a repetir baixinho quando Louis tirou a mão de seu rosto e levou até o bolso da calça. Era agora! E Harry já olhava pros lados esperando aparecer músicos cantando e tocando violino. O mais brega possível, do jeito que gostava.

— O que tenho pra te falar vai mudar nossas vidas. — Harry jura que estava prestes a ter um treco. E então Louis mostrou o que pegou, não era uma caixinha de anel como esperava, e sim uma passagem para fora do país. Harry estreitou os olhos porque era só uma, mas não estava surpreso, provavelmente era porque Louis só conseguiu comprar uma e estava lhe dando, Harry não se importaria de comprar a outra. Sorriu todo feliz quando a pegou, embora fosse uma passagem pra Espanha, não era exatamente o país que ele queria comemorar seu noivado mas era lindo também. — Eu recebi um convite para uma competição na Espanha. Lembra aquelas competições que eu fazia aqui? Então, só que dessa vez é algo muito maior, bebê. É televisionado. Provavelmente você não saiba, mas grandes artistas de grafites que hoje estão milionários é por essas visibilidades. E não importa nem ao menos que eu ganhe, porque só de estar ali eu irei começar a aparecer pra trabalhos grandes, onde vou gerar o preço desse nosso apartamento com uns dois ou 3 grafites. Ou seja, eu não irei mais ser considerado um pinchadorzinho qualquer que faz alguns bicos em troca de alguma merreca. Eu vou ser profissional. — Louis falava com tamanha empolgação, e mesmo que Harry não estivesse entendendo muito bem, porque ele estava falando tão rápido, conseguia ver o quanto Louis estava animado para aquilo. — Eu finalmente, e, provavelmente, vou conseguir ficar estável no que eu gosto. E poder dar pros meus filhos o que eles merecem, assim como você. É claro que eu não irei ter o tanto de dinheiro que você tem, mas não importa. Eu só queria algo estável e eu estou muito esperançoso com isso. — Ele sorria brilhantemente. — O problema é que eu irei ficar 3 semanas lá... eu sei que quando eu voltar faltará ainda mais 2 semanas pra você parir, mesmo assim eu fico preocupado. E se você parir antes? Eu pensei em você vir comigo, mas é uma temporada longa de competições, eu mal vou parar no hotel. Ao invés de uma viagem juntos, vai parecer uma viagem onde você ficará no quarto e eu grafitando. E se acontecer alguma coisa enquanto eu estiver fora? Eu fico com medo só de pensar. Caso eu for, eu pensei em você ficar aqui com Gemma ou Niall, ou então ficar com seus pais. Mas mesmo assim irei ficar preocupado... então não sei, é uma grande oportunidade mas pode aparecer outras. Se você quiser, eu não vou e está tudo bem.

Harry não iria mentir, foi um baque, como um balde de água fria nas suas costas, ele estava ali já prestes a derramar lágrimas achando que era um pedido de casamento e não foi. E, ainda por cima, Louis teria que ficar 3 semanas longe se ele realmente fosse. Ou seja, mais 3 semanas com Harry sendo ansioso, porém, dessa vez, sozinho. Não literalmente porque teria Gemma, Niall ou seus pais.

Ele poderia ir com Louis e ficar no quarto mesmo assim, já que duvidava muito que iria aguentar ficar com sua barriga enorme acompanhando Louis pros eventos. Mas ele não pensava que a primeira viagem juntos como um casal seria dessa forma, ele queria que fosse pra eles aproveitarem juntos, não como a trabalho.

Mas ele olhou para o seu amor, e não deixou que a decepção de não ter o que queria estragasse a felicidade de Louis. Pois se tem uma coisa que aprendeu convivendo com ele é olhar para o próximo, não só para as suas vontades. E conhecia Louis desde pequeno. Sabe o quanto ele quis aquilo.

— É claro que eu quero que você vá. — Disse limpando suas lágrimas nos cantos dos olhos que foram interrompidas de caírem. Mas ele realmente estava genuinamente feliz por Louis. — Não tem nenhum problema, eu ficarei aqui com Gemma e Niall, e nos dias que eles não puderem estar comigo, eu fico com meus pais ou chamo Liam e Zayn pra cá. E não irá acontecer nada com você fora, nossos bebês vão nascer na data prevista pra nascerem. Quando você voltar, eles ainda estarão aqui, tenho certeza. Vá, e mostre ao mundo o quão talentoso você é. Mostre que aquele pequeno garoto rebelde que rabiscava as paredes tem um dom. Eu vi você sendo preso quando adolescente, fui maldoso debochando disso várias vezes. Então mostre pra aquele Harry idiota que tudo valeu a pena. Eu estou tão orgulhoso de você, do artista que você é, por você ter seguido suas vontades mesmo quando vários te criticaram, inclusive eu. Eu tenho orgulho de você ter prometido pro seu pai antes de morrer que faria tudo que quisesse, que não abaixaria a cabeça pra ninguém. Ele teria tanto orgulho de ver a borboletinha azul dele voando. Mas, por favor, só três semanas, tá bom? Nossos bebêzinhos não vão aguentar de tantas saudades.

Louis abriu um sorrido que fez Harry esquecer de todas suas vontades e colocar as dele em cima das suas, porque isso não o matava de vez em quando. E se Louis estava feliz, ele também estava.

— Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci, garoto! E quando eu voltar, você vai enjoar de tanto que eu vou te mimar, e te dar tudo que você quer, porque agora eu vou poder. Vai enjoar tanto que nem essas comidas difíceis de se pronunciar você não irá querer mais!

Louis se inclinou na mesa pra beijar Harry que estava sorrindo orgulhoso para ele.

— Deselegante. — Harry sussurrou sorrindo pro mais velho por eles estarem se beijando assim naquele lugar, mas pegou nas bochechas de Louis e devolveu o beijo. — Mas eu não me importo de você me mimar quando voltar, pois você se tornará o próximo Eric Grohe.

Louis se afastou, o olhou com os olhinhos arregalados.

— O que? Achou que eu não iria lembrar de todo seu discurso quando discutimos naquela viagem onde fizemos nossos bebês, e estava com raiva de você após o sexo e quis ser idiota falando que o você fazia não era arte? Você fez um discurso dizendo que os pintores dos quadros da sala dos meus pais não eram os únicos artistas, e listou os seus artistas. Quem diria, que você se tornaria um. Um melhor que qualquer outro que eu já admirei, amor.

❌❌❌❌❌

Harry achou que não seria tão difícil ficar sem Louis quando o deixou no aeroporto. Na verdade, eles ficaram todo tempo conversando normalmente, foi quando Louis teve que realmente ir que as lágrimas de Harry começaram a cair e ele chorou como um bebê, como sempre faz nos últimos tempos por conta dos hormônios. Mesmo assim, ele achou que seria um pouquinho mais fácil. Então ele dividiu em níveis as semanas que passaram. Na primeira, foi um nível de dificuldade mais baixo, na segunda, Harry já chorava quase todos os dias, no começo da terceira, ele estava em abstinência de Louis.

— Isso é ridículo, Gemma. Ele vivia sumido por mais de 3 semanas quando morávamos na mansão e eu não sentia tanta falta assim dele. Tá bom, eu sentia, mesmo o odiando e não querendo admitir que gostava dele. Mas eu era acostumado com os sumiços. Agora que estamos juntos é como se ele tivesse ficado fora um ano, e eu fico aqui vendo filmes clichês e me entupindo de sorvete, ligando pra ele toda hora. — Harry disse enquanto tinha um pote de sorvete na mão e uma colher, sentado no sofá do apartamento com seu pijama e choramingando a toda hora, fazendo Gemma revirar os olhos pelo drama. — Minha vontade é ligar pra ele e dizer que acho que os bebês vão nascer antes da hora e fazer ele voltar. Aí eu digo que foi alarme falso. — Sorriu sapeca.

— Meu Deus, como você é grudento e não aguenta ficar sem ser mimado por Louis durante míseros dias. Eu não aguentaria namorar você!

— Ei, eu não sou tão grudento e mimado assim, são os hormônios que me fazem o querer o tempo todo e chorar o tempo todo. E também porque eu estou na fase final pra ter os bebês e eu fico o dia todo em casa, estou de licença no estágio e faculdade. Não faço nada e o cheiro de Louis está pelo apartamento inteiro. Se eu já tivesse tido os bebês, eu estaria com saudades de Louis mas fazendo minhas coisas, saindo com meus amigos, trabalhando e estudando. — Resmungou como uma criança. — E não só me culpe também, os bebês também sentem falta do Lou, tenho certeza. Ficam chutando minha barriga o tempo todo querendo ele, aí eu choro por eles também. Tenho certeza que puxaram ele. Eu aqui sofrendo com esses hormônios descontrolados e eles devem sair com a cara do Lou.

Gemma riu de como o irmão estava, mas não era como se ele tivesse sendo possessivo ou irritado de verdade. Ele só estava carente porque queria ser bobo e clichê, casando com ele, porque estava prestes a ter os bebês e isso mexia com suas emoções, fazendo elas triplicarem.

— Calma, Haz. Louis volta semana que vem e você está prestes a ter os bebês, não doente. Não precisa ficar em casa se lamentando.

— Mas o que eu vou fazer, se não comer e assistir séries? Não posso fazer nada com esse barrigão, se eu ficar em pé mais de meia hora a barriga já pesa e os pés incham. É como se eu tivesse ficado grávido duas vezes. — Fez um biquinho. Louis sempre acalmava esse lado choroso dele o ajudando a tomar banho, cuidando de si, passando creme na sua barriga, dizendo que não importava se tinha algumas estrias ali, mesmo Harry resmungando, mas Louis beijava todas elas, e ainda fazia massagem nos pezinhos inchados porque Harry não conseguia mais alcança-los. Louis era adorável consigo.

— Eu tenho um amigo fotógrafo! Que tal você fazer aquele ensaio gravidinho que sempre quis? — Gemma sugeriu animada e os olhos de Harry brilharam, ele começou a bater palmas e concordar.

— Sim, sim sim!

E Harry sempre achou que seus ensaios seriam para alguma revista famosa, ele fazendo mês por mês enquanto toda elite iria comprar as revistas querendo acompanhar sua gestação, e ele sabia que poderia fazer algo assim, mesmo estando nas últimas semanas, mas se fizesse e enviasse para alguma revista famosa muitos iriam querer comprar por ele ser uma especie de sub celebridade naquele meio dos milionários, mas os sonhos mudam, ele não quis fazer nada tão extravagante. Ele fez fotos em frente a flores enquanto tinha várias tranças em seus cabelos cobertas de pequenas plantinhas, pétalas de rosa em sua barriga enorme e é claro que tudo isso revestido por alguma roupa de marca. Ele fez um ensaio adorável e quando o book tivesse pronto ele daria de presente pra Louis, como uma lembrança de o quanto ele foi importante pra aquilo acontecer. Por isso que quando era de noite, ele andou igual um pinguim por conta do peso em sua barriga, já estando de banho tomado e deitou na cama, pegando seu celular e discando o número de Louis.

''Alô?'' Ele escutou do outro lado, e então saiu um sorriso de seu rosto automaticamente.

— Oi, Lou! — Disse animado. Escutou um ''oi, bebê'' do outro. — Como você está? Saiu tudo bem hoje?

''Sim! Hoje foi tudo ótimo, eu passei pra próxima fase junto com mais 4 pessoas. Então tem mais uma fase onde só vai se classificar 3 pessoas e a última. Eu to tão feliz, Haz. mesmo que eu não chegue a ganhar, só todo o conhecimento que recebi aqui já é o suficiente e um grande passo para a minha carreira.''

Harry sentiu seu coração cheio de orgulho quando ele disse todo alegre que era sua carreira, amava como Louis se valorizava assim como valorizava o que fazia mesmo tendo crescido com comentários ruins sobre aquilo de todos a sua volta e da própria sociedade.

— Você é incrível. E eu tenho certeza que você vai ganhar. Eu acredito em você!

Harry escutou um suspiro do outro lado, queria ver a carinha dele de perto, as ruguinhas que se formavam quando ele sorria. Eles dois eram tão novos e já estavam dando passos grandes em suas vidas, tanto no lado amoroso como no profissional. Ele queria poder comemorar e fazer planos enquanto olhava pro teto junto a ele, soltou um suspiro de lamentação pelas saudades e Louis fez o mesmo do outro lado da linda.

''Eu tô com tantas saudades. Eu não saí muito pra conhecer a cidade, mas é apenas olhar pros lados e da pra ver o quão é lindo aqui. Você sabe, eu nunca fui pra nenhum lugar sozinho. Sempre fiz mochilão com meus amigos, mas era com pouco dinheiro e pra se aventurar. Eu olho pros lados e vejo tanta coisa bonita, lembro do quanto você é um bobinho romântico, me pego sorrindo imaginando você ao meu lado. Depois que os bebês nascerem eu quero voltar aqui com você, e pra muitos outros lugares.''

— Você está fazendo planos comigo? — Harry disse como o bobinho que era, alisando o lençol de seda ao seu lado, querendo que fosse Louis ali. Ele parecia um adolescente apaixonado, embora já tivesse dado grandes passos com Louis longe de ser um romance adolescente bobinho e superficial. E ele sabe que eles esqueceram a ideia de se separarem quando os bebês já tivessem com alguns meses e eles tiverem aprendido a se darem bem, porque agora eles queriam estar juntos, mas Harry é um bobo clichê que se anima com tudo e sonha alto, ele não sabe se Louis iria querer casar com ele logo, ou algum dia, e se casar. Ele está tentando não pensar só em seus sonhos e não criar grande caso com isso, mas Louis pensar em fazer algo mais pra frente com ele, mesmo que não tenha nada a ver com casamento, o faz se sentir feliz.

''É claro que sim, bobinho. Você adoraria cada pedaço daqui. Tenho certeza que ficaria muito empolgado, mas não se preocupe, eu irei levar algo daqui pra você''

E então Harry esquece de tudo que acabou de pensar, e ele põe culpa nos hormônios por querer todos seus sonhos na sua própria hora e criar grandes expectativas com isso. Ele pensa que talvez tenha uma pequena possibilidade desse ''algo'' que Louis iria trazer ser um anel de noivado, a esperança com a possibilidade aumenta quando ele acredita que Louis realmente pode ganhar a competição e receber muito dinheiro com aquilo, o suficiente para comprar uma enorme pedra de diamante. Sinceramente, ele não está sendo tão superficial ao ponto de querer algo muito valioso, ele pensa que mesmo que Louis não ganhe, ou ganhe mas compre um anel barato, está tudo bem. Talvez ele apenas queira ficar noivo logo. E ele pensa que talvez esteja ficando muito paranoico com isso, mas não se importa.

''O que você fez hoje?'' Louis perguntou depois de um tempo sem resposta.

— Mesmo que eu esteja insuportável e os hormônios me deixando choroso e carente, não querendo fazer nada até os bebês nascerem, eu fiz um ensaio fotográfico. Lembra que eu sempre quis fazer? Mas fiquei tão feliz com meus bebês e com nós dois nos entendendo nesses meses que eu nem me lembrei mais. Eu fiz um book lindo, Lou. Você tem que ver. Eu podia te enviar as fotos mas só irei te mostrar quando você voltar. Está lindo, e o mais fofo possível, a paleta de cores é pastel, e é tudo sobre bebês, tranças e flores, em contraste com minha vestimenta cara, a coisa mais clichê possível sobre mim, eu sei, eu não ligo, porque está lindo. — Disse todo animado.

''Deve estar. Eu sei o quão você deve ter ficado todo bobinho e lindo com esse book. Ah, eu queria está aí e ver você agora desse jeito que falou. Você sabe, eu iria cuidar de você e te beijar todinho.''

— Eu sei que você está sendo fofo... mas não fala essas coisas, porque além de eu achar isso adorável, você sabe que os hormônios me fazem querer isso de outra maneira também. — Fez um biquinho mesmo que Louis não tivesse vendo.

''Eu sei disso'' Louis riu baixinho.

— Idiota!

❌❌❌❌❌

Louis lembra da primeira parede que ele pinchou, não fazia nem muito tempo que seu pai havia falecido, e ele estava com ódio da vida, de como as pessoas iam embora em um piscar de olhos, especialmente, as pessoas boas. E simplesmente comprou latas de tinta e quis fazer algo ilegal quando saiu de madrugada e pinchou uma parede qualquer. Sua intenção não foi fazer porque gostava, porque sairia algo bonito dali, ele só estava com raiva e quis ser rebelde como sempre. Seu pai havia morrido em seus braços dizendo pra ele fazer tudo que ele quisesse, e naquele momento era o que ele queria. Ele lembrava de conversas longas na madrugada que tinha com seu pai, onde dizia que não entendia porque pessoas com mais dinheiro que ele o tratava como se ele fosse um inseto. Seu pai vivia o dizendo que não eram todas as pessoas que eram assim, que não tinha a ver com dinheiro, e sim com a mentalidade de querer se sentir superior, e antes de morrer lhe disse pra aquilo não lhe afetar e viver uma vida que ele iria se lembrar. Ele lembra da adrenalina que foi pinchar uma parede de algum rico importante, mesmo que essa pessoa não tivesse a ver com suas frustrações, com sua dor de perder alguém querido, com sua raiva de coisas já ditas para si. Ele só literalmente rabiscou, e, na noite seguinte, rabiscou novamente, e por assim em diante, até dos rabiscos saírem desenhos que ele costumava fazer em papéis, e quando ele viu em parede, ele percebeu que tinha sim algum talento. E então foi pego pela policia pela primeira vez, talvez ele devesse se sentir envergonhado pelos patrões de sua mãe ter que pagar a fiança ou pelo esporro que recebeu dela. Mas na madrugada seguinte lá estava ele, concluindo mais um desenho e sentindo orgulho de si mesmo, e depois tendo a oportunidade de fazer que seu ''vandalismo'' se tornasse grafite, e mesmo que muitos ainda duvidassem daquilo como arte, ele seguiu em frente. Assim como tudo em sua vida, ele sempre fez porque quis, e ele não conseguia acreditar ainda que estava em um país para um competição onde seu nome era dito como artista, onde ele só estava ali porque em toda sua vida optou pelo caminho que seu pai o aconselhou, onde fez tudo que sempre teve vontade, mesmo que as vezes fossem coisas arriscadas, mesmo que tenha colocado sua vida em risco algumas vezes com as loucuras que fazia, mesmo sendo rebelde e sempre querendo viver o momento ao invés do futuro.

Ele não conseguia acreditar que estava ali porque simplesmente viveu a vida da maneira que queria. Sem pensar nas consequências, assim como não pensou quando decidiu se envolver com Harry. Um mimadinho que virou sua cabeça e que o deu duas coisinhas que se tornaram suas preciosidades, que foram responsáveis por ele querer ficar estável, por estar ali pensando pela primeira vez no futuro, não no presente. E Harry... Harry juntou os dois mundos que ele jurou que nunca ficariam juntos, que não era possível, Harry se tornou seu futuro mesmo que ele fosse um cara que pensasse no presente. Ele passou pra semifinal pensando em Harry, era tudo sobre ele. Tudo sobre o quanto eles podiam dar certo por mais algum tempo. Louis não gostava de pensar muito em um futuro tão distante, as expectativas as vezes estragava a experiência, mas ele diria que queria viver muitos momentos ainda com Harry. Era louco pensar que se fosse um tempo atrás, Louis só pensaria em voltar ali pra se aventurar, ser rebelde e se arriscar. Não que ele não quisesse fazer algumas travessuras, mas o que mais veio em sua cabeça é voltar ali com Harry e seus filhos nascidos, e aproveitar com eles. E viajarem pra outros cantos do mundo, Louis mostrando os pontos mais ousados da natureza e Harry os lugares mais culturais e românticos.


E passando tanto tempo com Louis, Harry aprendeu a deixar seu antigo eu inseguro em relação ao mais velho para trás. Pois aquele Harry ainda falava muito dentro de si. O Harry adolescente que sabia que foi inúmeras vezes idiota com o mais velho e vice versa, e ambos se escondiam atrás disso, e esse Harry se obrigava a socar os sentimentos bons por Louis dentro dele, assim como Louis também o fazia. Aquele Harry era muito inseguro em relação a Louis, sempre autossuficiente para todos, mas sabia que o mais velho não gostava de seu jeito e entendia que eles nunca dariam certo, pois nunca teve coragem para dizer que o olhava de outro forma. E mesmo que com Louis fosse assim também, aquele Harry era muito mais inseguro. Pois naquela época sabia que Louis amava a vida que tinha onde Harry não existia e a única coisa presente era um muro que separava os dois. A primeira transa aos dezoito não mudou isso, e nem quando Harry ficou grávido. O que mudou foi a convivência, foi o fato de se declararem, de se entenderem, e de começar a aceitar o jeitinho um do outro. Então o Harry atual pegou a insegurança do antigo Harry e fez desaparecer. Até que os hormônios, ansiedade e nervosismo começaram a atacar já que faltava menos de uma semana pra Louis voltar e duas pro seus bebês nascerem. E Harry só conseguia o dia todo reclamar com a irmã como tudo estava em cima da hora e praticamente nada pronto para aquilo, e nem ele. E Gemma entendia, mesmo que ele estivesse extremamente feliz por engravidar, uma hora a parte do medo iria bater em sua porta. E bateu. Harry ficou o dia todo andando de um lado para o outro listando tudo que ainda falta, ou seja, praticamente todo o quarto dos gêmeos que ainda não estava pronto, nem os móveis, que eles ainda não compraram, nem todas as roupinhas. Eles não tiveram a conversa de como tudo seria, Harry queria sentar e conversar com o maior a madrugada toda planejando como seria lidar com os bebês chegando. Somando tudo isso com o fato de que sua barriga estava cada vez mais pesada, ele não aguentava mais e cada dia que passava parecia um mês inteiro. Os hormônios estavam descontrolados e ele tinha raiva com facilidade, ele era grosso em alguma hora e na outra começava a chorar, tinha crises de choramingos porque não conseguia tocar os próprios pés e porque alguma nova estria apareceu.

E pra piorar, a insegurança perante a Louis voltou. Porque Louis tirava fotos e postava no instagram sobre o evento e sempre tinha alguém bonito em seu lado, seja homem ou mulher, e não é como se ele achasse que isso significava alguma coisa, que Louis se sentia atraído ou que iria fazer alguma coisa, ele nunca iria querer que Louis parasse de ser sociável a cada canto que fosse, e muito menos achava que o mais velho era infiel. Em qualquer outra situação, Harry não estaria tão inseguro assim, e mesmo que ele saiba que Louis não irá fazer nada, ele olha pro próprio corpo e só quer que os bebês nasçam logo e seu corpo esguio volte ao normal.

Ele não quer mais aqueles hormônios descontrolados que o deixa com raiva ou emocional demais ao ponto de ser chato com as pessoas. Ele não quer se olhar no espelho e reclamar de cada mínimo detalhe. Ele tá odiando até seus cabelos longos demais, acha que está desigual e sua vontade é de cortar tudo. Ele só quer Louis de volta, os bebês nascidos, suas emoções de volta ao normal e que tudo que falta pra chegada dos bebês esteja pronto. Ele quer sua autoestima de volta, e não quer que Louis o ache meloso ou paranoico demais. Mas ele estava a beira de um surto, porque gritou abafado contra o travesseiro e brigou com Gemma por exatamente nada, só porque estava com o humor insuportável, e ao contrário do que pensou, ligar pra Louis de noite não o acalmou, apenas piorou tudo. Porque havia um som alto de música tocando quando Louis atendeu, muitas vozes, animação e Harry sabia que era uma festa.

— Oi? Onde você está?

''Oi, Haz! Eu passei pra semifinal, você acredita? Eu tô tão feliz! Eu tô confiante, acho que eu irei ganhar! Um dos dois finalistas me chamou pra uma festa na casa dele pra comemorar. Ele é aqui da Espanha, quase nem entendo o que ele fala, mas ele é engraçado.''

Harry sabia que pelo tom de voz de Louis, ele não estava bêbado. Mas isso não impediu que seu sorriso se fechasse, porque ele tinha que gritar pra falar, a música tava muito alta e ele meio alto.

— Que bom que você passou! Eu tenho certeza que irá ganhar! — Tentou ficar animado com aquilo. Mas esses últimos dias de gravidez estava o sobrecarregando em níveis que nunca se viu antes.

"Você acreditar em mim é essencial" a voz de Louis soou doce apesar de todo o barulho. Harry sorriu sozinho com aquilo, mas o sorriso voltou a morrer quando todos ao redor de Louis pareciam adolescentes na puberdade que gritam e falam besteiras. Ele não conseguia entender muito bem o que falavam, mas entendia de pessoas bêbadas. Louis em algum momento mandou eles ficarem quietos, mas sua voz estava risonha e Harry se sentiu como se estivesse atrapalhando a comemoração dele. "Eu queria que você estivesse aqui." Louis lamentou depois de um tempo.

— Bom, se eu tivesse na Espanha provavelmente estaria no quarto de hotel, não podendo ficar no meio de toda essa bagunça. Então não faz muita diferença.

Harry não quis soar amargo, realmente não quis. Mas era algo inevitável controlar seus sentimentos nos últimos dias.

''Claro que iria fazer. Não seja bobo, iriamos dar um jeito.'' foi o que Louis respondeu depois de longos segundos tentando falar e não sendo ouvido por conta das gritarias, realmente não parecia um bom tempo para se fazer a ligação. Harry não queria atrapalhar e muito menos prolongar uma conversa onde talvez se estressasse e estragaria tanto o seu dia quanto ao de Louis.

Por isso não demorou um minuto depois daquilo pra encerrarem a ligação.

E veja, Harry sempre considerou que seu ciúmes era moderado. Ele nunca iria proibir Louis de nada. E muito menos brigar com ele por ele se divertir. Pois o seu ciúmes se resolvia com beijos carinhosos e um amor gostoso. Mas quando se passa mais um ou dois dias, e tudo que há no instagram de Louis são publicações e stories comemorando, onde há um Harry do outro lado do mundo com os hormônios descontrolados e uma insegurança enorme, isso só fazia a ansiedade do mesmo aumentar.

Ele olha pra aquelas fotos e olha ao seu redor e vê que nada está concreto. E de repente talvez não se trate apenas de uma vontade de casar, e sim de ajeitar as coisas o quanto antes. Louis iria voltar ainda naquela semana mas faltam duas pra Harry ter os gêmeos. Eles não decidiram a decoração do quarto, não compraram os móveis, mal tinha roupinhas e tudo que é necessário para duas crianças recém-nascidas, eles nem ao menos tinham entrado em acordo sobre o nome dos bebês. E tudo parecia sufocar Harry, tudo que faltava, tudo que ele planejou e não aconteceu, a ansiedade de ter logos os bebês, seu estresse, Louis não estar ali.

E ele de repente precisava fazer alguma coisa, não conseguia ficar apenas sentado esperando que com um espirro as contrações viessem e seus bebês nascessem. Até porque, ele não queria isso enquanto nada em sua vida tivesse resolvido. Ele sabe que, após o nascimento dos bebês, tudo muda, e ele não tem certeza se é pro bom ou pro mau, nada ali era claro, e talvez por isso ele tivesse ficado tão fissurado com ao menos um pedido de noivado que nunca aconteceu. E de repente, em duas semanas ele queria resolver tudo sobre os bebês e tudo sobre sua vida com Louis.

Isso talvez tenha desconfigurado mais ainda tudo, ao invés de arrumar. Seu estresse estava a mil e não tinha nada que ele pudesse fazer a respeito. Suas ideias em sua mente estavam uma bagunça, assim como várias revistas de planejamento familiar estavam abertas espalhadas pela cama, em páginas de cores para o quarto, outras em móveis, nomes para bebês riscados com possibilidades de sim ou não, e roupas de bebês, enquanto passava algumas páginas com uma mão e com a outra estava com celular esperando Louis atender.

''Olá, Haz'' ao menos, dessa vez, Louis não estava com um barulho alto atrás de si como das outras vezes. O que fez o estresse de Harry não aumentar naquele momento.

— Você gosta de cores pastéis ou cores vivas?

''Como assim? E tudo bem com você? Não me ligou ontem, tô sentindo mais ainda sua falta.''

Em qualquer outra situação Harry sorriria, mas ele estava estressado.

— Não liguei porque, provavelmente, você estaria ocupado.

''Mas arranjaria um modo de falar contigo''

Enquanto estaria a maior barulheira atrás de você e não daria pra te ouvir, me fazendo desligar o celular sem ao menos matar um pouco da saudades. Harry completou mentalmente.

Mas para não criar um caso, resolveu ir direto ao ponto que queria.

— Estou te perguntando sobre cores porque estou decidindo para o quarto dos bebês.

''Mas já? Faltam duas semanas ainda''

— Faltam duas semanas, Louis. — Seus dedos esguios imediatamente buscaram um de seus cachos para se enganchar. Harry estava muito ansioso.

''Haz... você tá falando como se faltasse 2 dias'' Ele riu brincando, eram aquelas risadas gostosas que costumam fazer o cacheado estremecer dos fios de cabelo até a tatuagem estúpida em seu dedão. Mas que naquele momento só fazia Harry ficar um pouco mais estressado.

— Louis, faltam duas semanas, a gente não decidiu nada. Eu não vou chamar meus filhos de coisa 1 e coisa 2. — Harry bufa, mordendo os lábios e franzindo o cenho.

''Escuta, babe. Falta pouco para eu estar em casa, então nós podemos sentar e decidir o que você quiser''

Harry jura que naquele momento o que sempre admirou em Louis, sua forma de viver apenas o momento, e não pensar no amanhã, estava soando um problema.

''Além do mais, coisa 1 e coisa 2 soa muito bonitinho'' Harry jura que iria fazer seu travesseiro voar até a Espanha se Louis continuasse agindo como se faltasse 1 ano para tudo, e continuasse com aquela risada descontraída.

— Nhenhenhe. — Harry começou a resmungar baixinho, enjoado.

''O que é isso?''

— Sou eu tentando me comunicar em linguagem simplificada pra ver se você e seus dois neurônios entendem que é questão de pouco tempo. E meus filhos são importantes.

''Nossos filhos, Harry.'' Louis suspira, e Harry consegue vislumbrar ele fazendo uma contagem mental para continuar levando tudo na brincadeira e paciência, para não cair na pilha. ''O que deu em você, gatinho?''

— É que a gente não decide nada, parece até que você não se importa. Por mim as coisas já estariam resolvidas faz muito tempo. — Fez uma pausa para respirar fundo, uma cara extremamente emburrada para o telefone. — E não falo dos bebês.

Louis está sendo bastante paciente com Harry durante os 9 meses. Muito mais do que um dia foi capaz de ser. Sendo que paciência não fazia muita parte da sua vida quando se tratava de Harry, se olhar como eles eram antes. Mas Louis não comparava uma situação onde perdia a paciência fácil por causa das implicâncias que tinham um com outro, com aquele momento onde tudo era diferente. Ele era paciente porque Harry estava passando por um momento difícil e os hormônios o deixava mais ácido e carente.

Ele entendia.

Jurava que sim e que não se estressaria com nada durante aquele período.

"Como assim? Eu acho que você só está um pouco cansado. E entendo que seu estresse está te fazendo ansioso. Por que não toma uma banho e relaxa, amor? Você sabe que me importo sim. Tanto que vou voltar em breve e vamos resolver tudo. Qualquer detalhe possível. Temos tempo. Você sabe que tô aqui por vocês, só tá um pouquinho estressado, quando te mandei mensagem dizendo que passei pra final você ficou muito feliz. Sei que só são seus hormônios te deixando inconstante e extremamente ansioso. Logo eu volto e tudo vai ficar prontinho pra chegada dos nossos bebês."

Harry adoraria a calma de Louis em qualquer outro momento, mas não naquele.

— Eu só consigo escutar "bla bla bla" Louis. Realmente estava muito feliz que você passou pra final. Mas não sabia que além de grafiteiro virou psicólogo? — Seu tom estava ácido. — Eu liguei pra gente decidir pelo menos um pouco de tudo que estamos deixando em cima da hora, não pra ouvir sua análise sobre o meu humor. Desculpa, mas você acabou de dizer que logo vai voltar pra deixar tudo "prontinho pra vinda dos nossos bebês", mas nem ao menos decidimos os nomes.

Houve uma pausa, e novamente a risada de Louis, mas dessa vez não era tão divertida assim, dava pra notar que era algo como sarcasmo também, não tanto como o tom de Harry, porque Louis ainda tentava levar aquela conversa numa boa e não se estressar.

"Ual, você está muito estressado. Okay, Haz. Eu te entendo." Ele estava falando com a voz mais pausada, como se estivesse pensando bem no que falar. Algo que ele fazia pra não arrumar briga. Mas para Harry, foda-se tudo aquilo, ele não precisava de um Louis tranquilo. Preferia um Louis estressado, talvez assim ele agisse pra alguma coisa. "Só acho que seria algo que deveríamos resolver cara a cara."

— Não tem problema. Existe chamada de vídeo. — Debochou.

"Você me entendeu. Vamos falar sobre a mobília do quarto deles, cores, nomes, roupas, toda a decoração por chamada de vídeo? Coisa que poderíamos fazer sem pressa nenhuma quando eu chegar"

— Sem pressa nenhuma, Louis? Inacreditável!

"Eu não quis dizer dessa forma, Harry! Mas a gente ainda tem tempo, relaxa. E mesmo que falte algumas coisas quando eles nascerem. Qual é o problema? Não é como se não pudéssemos ir ajeitando tudinho a cada dia. Eu não vou fugir. Um dia de cada vez, Haz."

Era exatamente daquilo que Harry tinha medo. Do que seria depois dos gêmeos nascerem. Do "um dia de cada vez" que Louis tanto fala.

A insegurança estava sendo sua pior inimiga naqueles dias.

Seu silêncio perante aos seus pensamentos perdidos fez Louis continuar a falar.

"Aliás, eu tenho que me concentrar pra final. Eu tô muito nervoso, acabaria decidindo tudo de uma forma qualquer. Nossos bebês merecem tudo bem pensado."

Foi a vez de Harry rir de forma sarcástica.

— Você se concentra muito bem indo em festas, não é? Quando eu desligar irá em alguma festinha se concentrar?

Harry sabia que tinha incendiado tudo, mas ele não estava se importando.

''Como é? Harry, no que isso te afeta? Eu não posso sair pra comemorar minhas pequenas conquistas?''

— Eu não disse isso. É claro que você pode, só que se você está tendo tempo pra se divertir, pode também ter pra resolver o que é realmente sério.

''Não fale como se eu tivesse aqui pra diversão, Harry. Não é como se eu tivesse fazendo uma das suas viagens caras, na qual você pode fazer a qualquer momento pra se divertir e gastar. Eu tô aqui apenas pra tentar algo que sempre sonhei, me divertir no meio de toda a pressão é apenas uma consequência.''

— Agora você está me atacando?

''Você quem começou.''

Ouviu um bufar do outro lado.

— Tudo bem, Louis. Só não entendo esse seu prazer de deixar tudo pra depois.

''Que depois, Harry? Se durante todos esses meses juntos criamos mil possibilidades em nossas cabeças? Falamos várias vezes em nomes para bebês, por exemplo. Só não entramos em um consenso para nada até agora, coisa que ainda temos tempo para fazer.''

— Se você continuar falando que duas semanas é muito eu juro que pego um avião pra Espanha... Argh! Você fala como se essas pequenas besteirinhas durante esses meses resolvessem toda nossa vida!

Harry estava dando uma de histérico, ele sabia, mas não conseguia se controlar mais.

''Pequenas coisas? Novamente você agindo como se todos esses meses fossem empurrados com a barriga. Talvez tudo tenha ficado em cima da hora porque estávamos vivendo o momento, se divertindo juntos, curtindo um ao outro, aprendendo a conviver e nos respeitar de uma forma saudável e não problemática como era antes da gente admitir o que sentimos. Porra, Haz!''

— Enquanto vivianos de sua maneira, com esses passos de tartaruga, não fizemos coisas essenciais, e tudo que deveria ter acontecido há tempos, foi deixado pro final, e, agora, nem sabemos do futuro. Porque você gosta de viver um dia de cada vez. — Harry não estava falando apenas de planejamento para os gêmeos. Os hormônios o deixava ansioso para tudo, para ele com Louis também. Ele realmente não mudaria nada da forma que ocorreu aos dois estarem juntos naquele momento, com todos os obstáculos, mas veja, ele é apaixonado por Louis desde os 16, só com 21 eles conseguiram andar juntos, Harry tem medo do que o ''viver o agora'' os reserva, de quanto tempo demore. Ele demorou tanto tempo pra se entregar ao amor da sua vida que só queria cair de cabeça nisso, ter certeza que nada nunca mais irá os separar. os hormônios só o ajudou a usar todo planejamento para os bebês de forma que ele soltasse toda sua angústia. Ele queria seus bebês, Louis de seu maridinho, para todo o sempre, e mais bebês. Ele queria esse futuro, mas estava tão ansioso que o fazia querer tudo agora.

''Existe duas pessoas nesse relacionamento, Harry. Eu não me lembro de você reclamando enquanto preferimos ficar agarradinhos e nos curtindo do que falando sobre cores para as paredes do quarto dos bebês. Não planejamos eles, e eles vieram em uma época que a gente mal sabia conversar direito, ou falar que somos apaixonados. Se estamos morando juntos é porque tentamos dar certo primeiro, e conseguimos, não? Passamos esse tempo nos preocupando em nos respeitar e em conviver bem, eu não vi você histérico desse jeito quando eu te enchia de carinho e cuidava de você, ou quando eu te fodia, porra! Só agora que aprendemos a sermos menos idiotas, então agora estamos lidando com o fato que vamos ser pais, e isso não é algo que se faça em um dia planejando tudo, é com o tempo, porque podemos resolver tudo hoje, mas é com o tempo que tudo realmente irá se encaixar. Então, caralho, quer se acalmar um pouco?''

Louis dizia, mas naquela altura ele já estava estressado, e ele sabia que não adiantaria pedir calma a Harry depois de ter xingado e o chamado de histérico. Falar que fodia ele ao invés de falar "fazer amor", porque Harry era delicado demais e polido demais, só gostava de palavras baixas no ato, fora dele achava deselegante e ultrajante, como diria. Conhecia seu namorado mimadinho, sabia que ele estava com a boca aberta pela sua audácia, e se tivesse na frente dele, também veria ele batendo os pés no chão. Perguntando como ele ousa. Harry estava exatamente daquele jeito, e se tacou no meio das revistas, grunhindo no travesseiro pra descontar sua raiva.

— Histérico, Louis? Histérico? — Sua voz afinou, Louis precisou afastar um pouco o telefone.

''Infantil também''

Houve um momento de silêncio, e o mundo sabia que aqueles segundos de ambos calados eram a contagem regressiva para o começo realmente de histeria, de ambos.

— Bom, o que esperar de você, que nem um pedido de noivado sabe fazer, o que dirá fazer as coisas de nossos bebês.

E Harry soltou sem perceber, mas quando o fez, também não se importou de estar entregando o real motivo de toda sua frustração. Louis passou tempo demais calado, Harry tinha as sobrancelhas juntas em pura raiva, era algo até bem fofo comparando a situação onde ele apenas está gravidinho e senho manhoso. Louis do outro lado, porém, está chocado.

''Então esse é seu real motivo para toda frustração?''

— E se for?

Ele não espera que com essa revelação Louis de repente falasse ''então casa comigo'' ainda mais naquele contexto de briga, mas apesar da raiva ele ficou com um friozinho na barriga.

— Mas eu não espero que você entenda de tudo que estou reclamando, está mais preocupado com sua competição do que qualquer outra coisa.

Foi ácido mais uma vez sem ao menos perceber.

''Não fale como se isso fosse menos importante.''

— E é mais importante que seus filhos, do que eu?

''Nossa... você realmente está falando isso? Se eu tô aqui é por vocês, pra eu não precisar viver as suas custas ou a dos seus pais. Você sabe o quanto eu luto por isso desde sempre. E agora dar um futuro digno pros nossos filhos tanto o quanto você quer dar.''

Harry sentia que pelo tom de voz de Louis o tinha magoado, não era sua intenção, ele jura que não. Tudo bem que estava estressado e não conseguindo se controlar, seu corpo estava com todos os seus sentimentos, bons e ruins, embrulhados, mas ele tinha muito orgulho de Louis. Não era sua intenção desmerece-lo. Nunca. Nem por um segundo.

— Louis...

''Mas parece que pra você é errado dar passos devagar, prefere dar mil a mais, por conta de um estúpido pedaço de papel pra satisfazer seu sonho mimadinho de casamento perfeito.''

Harry estava pronto pra se desculpar, mas agora era ele a ficar ofendido. Como se casamento pra ele fosse apenas uma forma de esbanjar seu lado mimado, tudo bem, era também, mas ele realmente queria pelo amor, não pelo glamour. Louis estava agindo como se fosse apenas por isso. E seu orgulho se feriu, porque era seu amor falando isso. Como também feriu ao de Louis ao desdenhar de sua competição, porque Harry era seu amor. E agora os dois estavam magoadinhos e estressados.

— O que você disse? Você é um idiota! Um otário insensível!

''O que você escutou. E você é um arrogante filho da puta!''

Harry soltou uma exclamação alta, suas unhas pintadas apertaram a seda do travesseiro com força, quase rasgando e fazendo uma bagunça de penas, como costumava fazer quando apertava enquanto era fodido por Louis, mas agora aquilo não acontecia. Ambos estavam com aquele sentimento antigo, de quanto se implicavam, eles queriam atingir um ao outro.

— Do que me chamou? Merdinha! Não fale assim comigo, troglodita!

''Eu menti? Você apenas está sendo mimado, quer tudo em seu tempo, apenas isso.''

— Como adivinhou? Realmente, eu quero tudo no meu tempo. — Harry estava falando aquilo apenas pra provocar. — Porém, já que nada disso é importante pra você, fique aí em suas festas de comemoração, eu não ligo.

''Claro que não. Você só se importa com seus sonhos, eu comemorar os meus que é burrice minha, tenho que realizar os seus primeiro, não é mesmo?''

Eles estavam agindo feito crianças, e com certeza se estivessem juntos resolveriam isso fodendo pra acalmar o estresse e hormônios, mas como não podiam, descontavam um no outro.

— Seu idiota! Esquece! Não é como se eu fosse querer casar com alguém que faria apenas porque é um sonho só meu. Mas pra você eu desejo que ganhe, pra não ter que aguentar suas reclamações de como eu sou mimado. Mas também, me permita ser deselegante, e desejar que você também se foda quando chegar em casa.

''Moleque mimado! O que houve? Os hormônios além de te deixar insuportável também te fez ser menos prendado?'' debochou com raiva.

— Não ouse falar assim comigo! Argh, eu te odeio!

''Eu te odeio mais!''

E ambos desligaram na cara um do outro ao mesmo tempo.

❌❌❌❌❌


Não é como se eles estivessem sentindo ódio um do outro. Só estavam extremamente irritados e meramente magoados. Harry achava que Louis não se importava com seu sonho, como se fosse um capricho, não de fato porque o ama. E Louis achava que Harry só colocava o que queria a frente do sonho dele.

Tanto que quando ganhou, não ligou para Harry como ligou nas outras etapas. Harry até iria ligar pra ele, não queria que Louis pensasse que ele não pensa nele também. Mas desistiu quando lembrou que Louis disse que ele era um filho da puta arrogante. E só enviou uma palavra que era "parabéns" que, na verdade, quando soube, sentiu um imenso orgulho e felicidade por ele. Como se tivesse conquistado algo pra si. Se estivessem bem, e se fosse pessoalmente, pularia nele e se prenderia ali como um coala, o enchendo de beijinhos.

Louis achou que depois da briga Harry não falaria nada, mas um simples parabéns que ele tentou soar indiferente aqueceu um pouquinho o coração dele. E no final, ambos estavam agoniados querendo se ver logo e estar agarradinhos. O orgulho fazia eles não falarem aquilo, mas quando brigaram, a primeira coisa que fizeram ao desligar o telefone, foi resmungarem e bater os pés como crianças. Harry, como o bom dramático que era, tacou todas as revistas no chão, afundou seu rosto no travesseiro e gritou. Louis ficou andando de um lado pro outro no hotel, marchando raivoso e resmungando com um copo de whisky na mão todas as palavras de Harry. Mas quando foram dormir, sentiram falta um do outro em cada lado das camas vazias. Do cheiro, dos carinhos.

Óbvio que Harry se importava com as conquistas do Louis, mesmo que se ele ainda tivesse morando no quartinho de empregada na casa dos seus pais, ainda sim estaria orgulhoso dele, e querendo estar com ele, estar grávido dele. Mas no fundo entendia Louis pensar ao contrário, uma vez que costumava ser uma pessoa que gosta de estar a frente das outras. E era óbvio que Louis entendia os sentimentos de Harry, as vontades dele, sabia que nem tudo que ele fazia era por capricho. Que ele podia ser mimado mas tinha um coração enorme, cheio de amor pra dar. Mas entendia Harry achar ao contrário, já que ele não era de sonhar alto como Harry, e pensar tanto assim no futuro. Além de ter sido grosso.

Mas ele não era um pessoa só de momentos. Se ele estava na Espanha era porque pensava sim em um futuro, é claro que um dos grandes motivos era porque dois bebês seus iriam nascer, ele não era mais um moleque que vivia inconsequentemente um dia de cada vez, fazendo merda e não pensando no amanhã. Mas aquilo inclua Harry também, ele não queria uma vida mais segura, firme, por causa unicamente dos bebês, mas Harry também estava incluso nessa vida. Louis não queria seguir o plano inicial de Des, que era eles apenas morando por um tempo para se darem bem por causa dos bebês, e depois se separando. Ele podia não pensar tão a frente como Harry, mas não pensava tão atrás também. Ele queria continuar vendo onde tudo aquilo daria.

Como falar aquilo sem magoar Harry? Que sempre quis tudo certinho. Mas a princípio todo o relacionamento deles não começou de um jeito certo. Ao mesmo tempo que ele quer ter seus dias aos lados de Harry, tem medo da precipitação.

Ao mesmo tempo que Harry entende o receio de Louis e ele tentar se estabelecer primeiro, mas também se irrita como ele só vive o momento, quando eles não estão mais naquela fase de apenas brigas, beijinhos e sexo, tudo sem compromisso.

De qualquer forma, Louis ganhou o campeonato. Harry assistiu a transmissão online. Louis estava extremamente feliz, segurando as lágrimas, sempre tentando ser durão e quase nunca chorando. Ah, o mais velho sentia comi se tivesse sido ontem que ele tinha começado a grafitar só por diversão, e agora ele ganha um campeonato na Espanha. Se consolidando como qualquer pintor famoso de quadros, que ganha muito por seus trabalhos. Louis estava naquele nível, só que com grafites. Ele não conseguia imaginar quantos trabalhos gigantes iria fazer. Ele esperava que seu pai tivesse orgulhoso de onde estivesse. Que sua mãe percebesse que o garotinho rebelde que bagunçada a casa dos patrões tinha crescido. E que Harry se sentisse orgulhoso de tê-lo como namorado e pai dos seus filhos.

E ele estava, Deus, como Harry estava. Louis era especial demais para ele. Tanto.

Talvez Louis não entendesse o quanto Harry o ama. Não era paixão como eles costumavam sussurrar um pro outro nas noites de amor. Não era mais unicamente aquela paixão adolescente que sentia por ele antes. Paixões podem ser momentâneas. O que ele sente por Louis é um amor sufocante. Que abriga todo seu corpo e que faz o frio na barriga dele ser sufocante sempre quando estava perto dele. Não conseguia se imaginar longe do mais velho.

O amava tanto, e Louis não sabia disso. Talvez nem sentisse amor por Harry também, apenas paixão. Porque nunca um Eu te amo fora ouvido da boca de ambos. Apenas Estou apaixonado por você. E paixão é passageira, assim como tudo na vida de Louis. Harry tinha medo mas sabia que talvez Louis não o amasse. E por isso não pensava como Harry, além de não saber dos sentimentos do mais novo também, e não perceber que o que Harry sentia era amor e não capricho.

Óbvio que mesmo irritado, Harry conversaria com Louis. Assim como paixão se transformou em amor com a convivência com Louis, o hábito de ficar quieto já tinha passado. Agora eles conversavam sobre as intrigas, sobre sentimentos. E eles se resolveriam quando Louis voltasse.

Enquanto isso, ambos ficavam orgulhosos por conta da briga mas sem falar um para outro que a saudade sufocava os dois.

Orgulho não era o suficiente para sucumbir os desejos de Harry que mandou mensagem para Louis pedindo pra ele trazer uma pizza de sardinha do aeroporto assim que aterrissasse de volta a Londres. Também porque tinha que faze-lo demorar mais um pouco para pegar um táxi de volta ao apertamento, já que Liam e Zayn decidiram fazer uma festa surpresa de boas vindas pro mais velho, com todos os amigos dele, os pais de Harry e mãe de Louis.

Não era algo muito grande, apenas uma recepção porque todos concordavam que Louis merecia. A decoração era meia brega, na verdade, na concepção de Harry. Era uma mesa com algumas comidas que Louis gostava, bolas douradas coladas na parede e fotos de Louis grafitando quando era mais novo para relembra-lo onde ele conseguiu chegar. Harry não negava que parecia um aniversario de 12 anos, mas seu lado fresco e orgulhoso não o impedia de estar feliz sim por aquilo, e por Louis finalmente voltar.

Não aguentava mais morrer de saudades dele, de deitar e ficar esfregando o nariz no lado do colchão onde ele dormia pra sentir o cheirinho do perfume dele, não aguentava mais os bebês chutando de saudades, não aguentava ficar sem o abraço dele, sem os beijos nas bochechas, sem o carinho e cuidado que o mais velho tem consigo. Estava ansioso, precisava dele mesmo com raivinha. Seus sentimentos estavam uma loucura e só queria que eles se acalmassem com a presença do mais velho.

Minutos atras, quando ajudava Gemma a colar as fotos de Louis na decoração, e sorria sem perceber ser um tremendo idiota apaixonado, acabou levando um esporro da irmã, ao que ela debochou da briga idiota deles, e quando Harry disse seus motivos, que na sua cabeça eram muito corretos, Gemma o chamou de idiota e que se pra ele é tão importante casar, que fosse ele a pedir a mão de Louis ao invés de esperar.

Porém, para Harry, seria como dar na cara do muro mais uma vez. Se para Louis era convencional demais pedir, também era se fosse Harry a pedir.

Mas o mais novo ficou pensando. Tudo bem, não era da forma que ele sonhava desde pequeno, a forma que seria seu amor a pedir sua mão. Mas qual é, nada entre ele e Louis aconteceu de forma planejada, de qualquer forma.

Era algo a se considerar se Harry ao menos tivesse uma pitadinha de esperança que Louis também queria. Porque por mais que tenha brigado com ele sobre isso, não queria que o mais velho aceitasse apenas por obrigação, apenas pra vê-lo feliz.

Se para Louis era mais seguro apostar em ter os pés firmes no chão, tudo bem, o que Harry poderia fazer além de ter que lidar com sua raivinha momentânea?

Mas foi inegável como o corpo do mais novo reagiu ao que escutou o barulho da chave na porta e Louis finalmente voltando pra casa, mal teve tempo de ver o rosto dele, porque os amigos do mais velho logo o abraçaram assim que o corpo dele se fez presente, gritando e o parabenizando, quase derrubando a caixa e pizza que ele foi mandando trazer por Harry.

O mais novo não estava tão longe, estava sentado no sofá olhando a cena e sentindo finalmente o perfume forte impregnar o local, em meio aos abraços viu o sorriso lindo dele de ruguinhas novamente, seu estomago se agitou, borboletas começaram a voar dentro dele como sempre voaram desde seus 16 anos. Harry sorriu consigo mesmo, chegou a sentir as covinhas doendo. Virou o rosto pra frente todo bobinho, e enquanto as pessoas se agarravam a Louis e o enchia de elogios e perguntas, foi o tempo suficiente para Harry levar a mão no estupido coração e se acalmar. Afinal, precisava manter sua pose de bravinho, e agradecia por Louis não ter visto a cena patética dele se derretendo só porque o mais velho voltou.

— Espero que agora que você está rico não se esqueça dos amigos aqui. — Harry escutou a voz de Stan, mas continuou fingindo que a presença de Louis não era nada demais, passou a mão pela calça de sua jardineira e cruzou as pernas com um pouquinho de dificuldade, mantendo o nariz empinado e o rosto olhando pra frente como o bom birrento que era.

— Não estou rico, estou reconhecido. — Louis sorriu, colocando a caixa em cima da mesa e vendo a pequena surpresinha que todos prepararam — Puta que pariu! É por isso que esse tanto de gente tá aqui? Caralho, que coisa fofa. Adorei a surpresa. — Ele comentou tacando sua mala no chão, tinha um minuto que estava li e foi surpreendido ao ver todas as pessoas que gostava no mesmo lugar e ainda terem preparado comidinhas para ele.

Viu sua mãe e a abraçou de saudades, e cumprimentou os Styles também, menos um principal, que até o momento não tinha visto por todo mundo falar com ele e ele ainda mal ter entrado dentro do apartamento direito, passou os olhos superficialmente pelas fotos porque não tinha intenção ainda de parar e prestar atenção em tudo ou conversar devidamente sobre sua experiencia na Espanha com todos sem antes conseguir respirar e dizer pra uma gravidinho mimado que havia voltado.

Estava recebendo tapinhas nas costas quando Harry parou ao seu lado na mesa pra abrir a caixa de pizza e finalmente devorar seu desejo estranho por sardinhas. E Harry foi notado mesmo quando Louis estava distraído, porque não tinha como se passar despercebido quando estava com uma barriga gigante, com gêmeos quase saltando para fora ao seu lado. E foi aquela barrigona que entrou na visão de Louis e o fez notar seus bebêzinhos, seu coração ficando mais calmo porque estava morrendo de saudade de beijar seus bebês, foi isso que ele fez, na mesma hora ajoelhando pra poder abraçar a barrigona de Harry como se os gêmeos já estivessem nascidos e na verdade ele estivesse abraçando os dois, dando beijinhos de saudade

— Que saudades dos meus pirralhinhos. — Louis comentou agarrado a barriga. Harry paralisou com o prato que tinha colocado a pizza, a outra mão com talheres, e a boca cheinha, uma das bochechas elevadas com o pedaço que tinha mordido.

Quando Louis se levantou, o mais novo não esperava que ele fosse agir de forma natural como antes de brigarem, que seria se acabarem em um abraço apertado cheio de beijos pra descontar a saudades. Já estava conformado que o carinho era só com os bebês, mas seus olhos lhe traiu e percorreu o corpo aconchegante de Louis com o visual dele quase nunca mudado, sempre com algum tipo de moletom como agora, que na ocasião era um verde água e um boné preto para trás. Harry gostava de se aninhar em seus abraços gostosos e misturar a essência de sua roupa de marca com o jeito despojado de Louis. Mas se manteve quietinho, suas bochechas ganhando cor ao que ficaram com vergonha do mais velho lhe encarando da mesma forma. Desde de seus tênis brancos da Gucci, a jardineira com um tom de amarelo clarinho, por baixo vestindo um moletom preto e seus cabelos cheirosos soltos, pois ele deu o seu melhor para deixar de uma forma bonita, ao invés de surtar por estarem tão grandes e querer cortá-los. Não era de seu usual ser tão básico, ele sentia falta das roupas chiques e ternos caros, e embora tenha dado o seu melhor pra ficar menos feio para volta de Louis (pois a gravidez o deixava tão piradinho que estar enorme e os bebês ainda não nascerem o faz pensar que ele estava horrível), ele acha que não deu muito certo, mas manteve seu nariz empinado que se tratou de abaixar rapidinho quando Louis esqueceu por um momento que estavam brigados e o aconchegou em seu abraço.

Harry não conseguia abraça-lo de volta por estar com as mãos ocupadas, mas não sabia se o faria mesmo que não estivesse, pois estava estático, seu corpo automaticamente relaxou tanto por Louis lhe abraçar que sem perceber encostou o rosto no pescoço dele e cheirou ali com saudades, e Louis o mantinha consigo em uma facilidade absurda como se a barriga dele não estivesse atrapalhando uma aproximação maior. E Harry esqueceu completamente sua postura birrenta que estava tentando manter quando Louis lhe olhou, e mesmo Harry estando estupidamente se comportando como se fosse a primeira vez, desviando o olhar e ruborizando, ele se aproximou pra retribuir o abraço com um beijinho no rosto de Louis, deixando a bochecha dele brilhando pelo gloss. Pois se seu coração tivesse se derretido, o de Louis também teria que se derreter.

Logo após isso, eles se afastaram e voltaram ao estado normal de estarem bravos um com o outro. E passaram o dia todo daquela forma. Tudo bem que Harry se tremeu todinho com o abraço dele e que Louis só queria continuar o abraçando, mas logo após isso eles se lembraram do porquê brigaram e todos os seus motivos considerados bestas pra quem escutasse as reclamações de ambos.

Harry passou a maior parte do tempo devorando sua pizza de sardinha que ele comeu sozinho, sentadinho em seu canto enquanto tinha que escutar vez ou outra alguém se metendo em sua briga com Louis pra dar conselhos de que deveriam parar de bobeira e aproveitar que estavam juntos de novo.

Já Louis estava agradecido demais pela surpresa que não tinha tempo de ficar pensando no seu orgulho, ele apenas passou a tarde toda conversando sobre como foi na Espanha, as vezes, quando falava de quando ganhava alguma fase e sempre era uma grande comemoração, via Harry de longe resmungando consigo mesmo, então ele arqueava as sobrancelhas pro mais novo que apenas revirava os olhos.

As vezes jogavam indiretinha um para outro como quando Louis estava olhando as fotos que estavam ali dele grafitando, sorrindo com as lembranças e comentando algo por cima, mas sempre escutava o estalar alto de Harry com a boca, e então Louis soltou uma piadinha de que tudo aquilo estava ótimo, e estaria muito melhor se o sentimento de todos fossem apenas alegria, e não birra. E Harry respondeu falsamente sorrindo que seria realmente muito bom se as pessoas não fossem grossas de o chamar de filho da puta arrogante, e muito menos mimado. E Louis retrucou que ele realmente era egoísta e mimado. E Harry novamente respondeu que ele era um moleque idiota e grosso. E eles poderiam continuar com aquilo durante muito mais minutos até espantar todos mas pararam após a última frase de Harry porque não queriam fazer um vexame na frente de todo mundo. Mesmo que já estivessem.

Eles preferiram não trocar palavras durante o restante do dia, embora as vezes se encaravam, como se ainda fossem adolescentes que implicavam um com o outro.

E embora tivesse toda a irritação, ainda tinha toda uma tensão sufocante entre eles. Porque essa tensão sempre existiu mesmo quando estava tudo bem, e quando tudo ia mal, ao invés de diminuir, essa tensão só aumentava, os sufocava, eles tinham vontade de terminar aquilo com uma foda. Muito mais do que antes, porque antes eles não realizavam essas vontades por orgulho, e agora eles são um casal, eles poderiam foder ali mesmo no sofá. Ainda mais que Harry estava explodindo de hormônios, e Louis extremamente com mau humor ao lado de seu extinto protetor desde que o mais novo engravidou, seria muito bom.

Harry tremia as vezes sobre o olhar do mais velho, e esse as vezes esquecia de o quanto estava birrento e encarava demais o rostinho delicado do mais novo, se perdendo e se esquecendo por longos segundos toda uma conversa que tinha em seu ouvido, e todo os seus argumentos para estar certo sobre a briga que tiveram, porque ele ainda era um bobão apaixonado por aquele outro bobo.

Pensaram que os ânimos estavam acalmados durante aquela tarde, mas quando as pessoas foram indo embora aos poucos, restando os pais de Harry, ambos estavam sentados no sofá, enquanto Louis retirava a bagunça restante da mesa e Harry brincava com seu gatinho Safira, que pelo menos estava do seu lado em toda aquela situação e estava emburrado pra Louis também, sempre o arranhando quando se aproximava, e então todo um assunto delicado começou.

— Nem acredito que meus netinhos já vão nascer! — Anne comentou animada com Harry. — Já escolheram o nome?

— Não. Louis acha que tem tempo demais pra escolher. — O mais novo disse meio debochado enquanto alisava a pelugem do gatinho.

— Não é como se você fosse ter os bebês amanhã. — O mais velho respondeu calmamente sem olha-lo.

— Se você continuar me estressando é capaz de eu ter antes da hora... — Harry resmungou baixinho pra ele não escutar sua implicância e começarem a brigar na frente de seus pais. Não que ele achasse realmente que estava estressado em um nível de nascer antes da hora. Mas só queria implicar.

— Vi o quarto dos bebês e não tem nada pronto. Quer que eu recomende algum arquiteto? — Perguntou Des.

— Antes dos bebês nascerem resolvemos isso. —Louis respondeu antes de Harry, levando as últimas coisas pra cozinha.

— Ele jura que irá dar pra resolver tudo em duas semanas. — Harry riu debochado com os pais. — Não tente avisa-lo, papai. Sabe como ele é.

Louis não gostou de ver como Harry falava dele pros pais, como se ele fosse idiota, e rindo de sua cara.

— Mesmo que tenha apenas um berço no quarto deles, é o necessário por agora. Não vejo qual é o problema em ir adicionando tudo aos poucos. Você tem pressa para tudo.

E a forma como Louis falou não se referia apenas as coisas relacionadas aos bebês, Harry sabia que era uma indireta para a história de casamento.

— Talvez porque eu não sou irresponsável igual a você que gosta de viver um dia de cada vez e não pensa no amanhã.

— Se eu fosse irresponsável e não pensasse no amanhã eu não teria ido para Espanha tentar uma vida melhor pra gente. Sua birra comigo é por outra coisa. Tão birrento que põe suas vontades mimadas e sonhos a frente dos meus. — Eles simplesmente esqueceram que estavam na frente dos pais de Harry.

O mais novo ficou triste de novo por ser algo que Louis não quer, e pelo mesmo achar novamente que casar era apenas um desejo mimado dele. Assim como sabia que Louis também ficava irritado por Harry agir, na concepção de Louis, como se o que ele conquistou não fosse nada.

— Mas pode ter certeza que não quero mais essa coisa.

— Ótimo.

— Deus... — Des falou negando a cabeça mas sorrindo divertido pra briga orgulhosa dos dois, se levantando junto a Anne anunciando que já estava de saída. — Não precisam brigar, seja lá pelo que estão brigando. Não se esqueçam que daqui alguns meses vocês voltam ao normal.

— Como assim? — Ambos perguntaram ao mesmo tempo.

— Achei que vocês tivessem se resolvido, mas vejo que apenas estão convivendo melhor, o que é bom, já que tem filhos juntos. Mas vocês devem estar morrendo de vontade de não morarem juntos mais. — Riu divertido. Ele não estava falando por maldade. Apenas achava que era aquilo que estava acontecendo mesmo. — Tenho certeza que Harry vai voltar pra casa correndo quando os gêmeos tiverem alguns meses. — Riu novamente junto a Anne. — Mas mesmo assistindo vocês brigarem na nossa frente, reconheço que melhoraram e esse era o intuito de vocês morarem junto, não era? Se darem bem pros gêmeos não cresceram com pais que além de separados, não se dão bem. Então aguentem mais um pouco.

Ambos ficaram estáticos pela possibilidade que nunca passou na cabeça de nenhum dos dois. Assustados com aquilo que nem conseguiram responder, Des apenas se despediu deles e Anne deu um beijo na bochecha de ambos.

Quando finalmente estavam sozinhos depois de 1 mês longe, não se imaginaram assim, brigados e assustados com aquela possibilidade. Sim, quando começaram a morar juntos foi difícil aguentar um ao outro, mas cresceram juntos e aprenderam a amadurecer, eles queriam ficar juntos. Mas estavam brigados, Louis por achar Harry mimado ficou decepcionado ao notar que Harry não respondeu ao pai, não negou que voltaria correndo pra casa onde tudo para ele era mais fácil. E Harry ficou decepcionado por achar que Louis não pensava em casamento e ser grosso demais, logo não pensava em continuar morando com ele tendo uma vida estável.

Mas não estavam mais afim de brigar, por isso apenas continuaram calados ao decorrer que o dia foi embora e a noite chegou.

Louis pode respirar um pouco e finalmente sentir como se tivesse chego em casa depois que tomou um banho longo e colocou uma calça de dormir com uma blusa de banda desbotada. Ele estava mexendo em seu celular durante muito tempo, enquanto Harry estava trancando no banheiro, provavelmente usando a banheira para relaxar já que sabe que os últimos dias de gravidez estava sendo difícil pra ele.

Ele tirou o celular do rosto quando o mais novo apareceu usando um robe de seda vermelho sangue, que ia até seus pés. Ele estava com a cara emburradinha quando se sentou na ponta da cama de costas para Louis, passando a escova delicadamente sobre os cabelos cheirosos, que na concepção de Louis, não era a única parte de Harry que estava com um cheiro bom, em visto que a fragrância do sabonete de pêssego invadia todo o quarto.

Sabia o quanto ele poderia demorar penteando os cabelos mas não se importava de ficar observando ele passar milhares de vezes a escova nos fios sedosos.

Demorou alguns minutos para o mais novo parar e se levantar e então Louis voltou a prestar atenção no celular, no caso, fingindo, e só o olhou novamente quando resmungos veio de sua parte, era Harry novamente sentado só que dessa vez com um creme nas mãos e tentando passar nas pernas, o que nunca conseguia por conta de barriga.

Louis poderia estar bravo, mas ainda cuidava dele, então deixou o celular de lado quando se sentou sobre a cama.

— Deixa que eu passo pra você. — Harry se assustou com a voz dele e virou o rosto pra olha-lo, fingindo pouco caso lhe entregou o creme, não iria negar ser mimado por ele.

Foi mais para o meio da cama e sentou-se encostado na cabeceira. Viu Louis se aproximar e não iria negar que não havia orgulho maior no mundo que o fizesse não admitir que estava com saudades desses pequenos momentos com ele.

Sentiu as mãos afastarem o tecido de suas pernas e Louis aplicar um pouco do creme nas mãos, começando a massagear os pés inchados e Harry não pode evitar o gemido satisfeito que deu porque sentia tanta falta da boa massagem dele. Não queria ser tão satisfeito assim porque Louis sorriu convencido, Harry quase infantilmente deu língua para ele.

— Obrigado pela recepção. — Louis comentou depois de algum tempinho, deixando o orgulho de lado.

Harry o olhou entre os cachos e logo em seguida desviou o olhar.

— Foram os meninos que tiveram a ideia. Eu só ajudei. — Comentou falsamente indiferente, como se não tivesse ficado animado pela volta dele. Seu tom era até convincente, por isso Louis assentiu e ficou quieto apenas se concentrando na massagem nos pés dele.

E quando terminou ali, colocou mais creme sobre as mãos e subiu elas lentamente sobre uma das pernas, indo até o joelho e voltando, e as mãos fortes dele junto com o geladinho do creme fez Harry tremer aquela perna e puxar um pouco pelo contato, não que Louis tivesse parado de qualquer forma.

Olhou para Louis, e mal podia acreditar que finalmente ele estava ali, sentia tanta necessidade dele que alguns dias longe pareciam anos, e deixou um pouquinho o orgulho de lado.

— Eu fico feliz que você tenha voltado...— Harry comentou sem graça, sem olhar para Louis, sentiu ele trocar de perna e alisar aquela mais forte. E em seguida as duas ao mesmo tempo, o que o fez repuxa-las um pouco pelo contato.— Eu torci por você... — Sua voz tremeu ao falar. — E senti orgulho. — O mais novo estava sem graça, e puxou seu coelho de pelúcia para seu colo quando resolveu olhar para Louis e se assustou um pouco com o rosto dele tão perto de suas coxas, deixando um beijinho em cima de uma pelo robe mesmo. O que se o mais velho fosse esperto, não teria o feito já que Harry anda sensível por demais e qualquer coisinha que envolva o mais velho já é o suficiente para arrepia-lo. Ainda mais dias sem vê-lo e a tensão tendo aumentando por conta da briga.

Louis olha-lo com o rosto tão próximo de suas coxas fez Harry ficar vermelho.

As mãos dele entraram por de baixo do robe e começaram a massagear as coxas, os dedos passando bem devagar pela carne cheinha, sentindo a pele se arrepiando e Harry ficando inquieto. Louis só estava carente demais do mais novo, seu corpo necessitou do dele durante todo o tempo e não queria que a noite que voltou fosse apenas mais uma briga idiota.

— Eu estava com saudades de ver esse rostinho fofo. — Comentou carinhoso, porque ele não conseguia ser um cuzão com Harry sendo tão adorável a sua frente. — Desculpa por ter te chamado de arrogante e filho da puta. Eu fui um completo idiota e grosseiro por ter zombado de seus sonhos com a desculpa que você não ligava pros meus.

— Eu ligo, Louis. E tá tudo bem porque eu fui um idiota com o humor incontrolável também. Me perdoa? — Pediu vulnerável, quase abrindo as coxas para Louis, tentando a todo custo não ser pervertido ao pensar nas mãos dele ali dentro.

— Só se seu beijo continuar tão bom quanto antes. — Brincou e Harry sorriu. Como era bom ter o mais velho o olhando daquele jeito. E vê-lo subindo até ficar com o rosto de frente ao seu, infelizmente, não em cima de si porque sua barriga não deixava, mas ele foi para seu lado e colocou as mãos em seu rosto, não se fazendo de rogado quando mordeu os próprios lábios ao olhar os seus e se aproximou, encostando eles que estavam tão molhadinhos e enfiando aquela língua gostosa e devagar junto a sua, matando as saudades que estavam sentindo de estarem assim. Um beijo lento demais pra sanidade do mais novo que igualava a lentidão com a intensidade, porque sempre que Louis lhe beijava assim era intenso demais. Estimulava todos os seus desejos. Aqueles barulhinhos molhados acabavam consigo, a respiração dele sobre a sua só fazia a mesma ficar rápida, e toda vez que sentia os lábios dele fechando sobre os seus Harry sentia que iria gemer, pois já tava bem animado de tanta saudade que sentia dele, sem falar dos hormônios o enlouquecendo. — Caralho, que saudades que eu estava disso.

— É? Meu beijo continua bom? — Harry jura que queria perguntar aquilo de forma que não soasse como soou. Sua intensão era apenas ser sacana como ele e sorrir ao final da pergunta, mas na verdade perguntou aquilo com os lábios tremendo, a vozinha macia e baixa, de um jeito provocativo e como se tivesse borbulhando de tesão. E ele realmente estava porque mesmo antes de Louis viajar eles haviam dado um tempo no sexo, porque Louis se preocupava em machuca-lo. Pra piorar, Louis viajou e eles ainda brigaram. A tensão em Harry estava enorme. Se Louis apenas ficasse o olhando de longe já seria motivo o suficiente para se derreter todinho.

— Gostoso. — O mais novo não sabia se Louis havia falado do beijo ou dele. Mas não importava porque Louis sussurrar aquilo fez Harry sentir necessidade dele. Ficando todo durinho.

Sentiu a mão de Louis entrar por de baixo do robe novamente e descer sobre uma das coxas, acariciando ela por dentro, fazendo Harry tremer durante o beijo, engasgar com a respiração, e ficar imóvel, seus olhos verdes abriram em deleite, brilhando para Louis que sorriu ao ver a carinha chorosa dele só porque colocou a mão ali, e em seguida continuar o beijo mesmo que Harry estivesse paradinho, e, quando teve reação, foi se jogar em seus braços estando completamente carente.

— Ai, Lou... você sabe que eu... ah, eu não vou me mudar daqui, não é? — Apenas se lembrou do que seu pai havia dito, e naquele momento precisava de um Louis seguro para lhe tocar com mais firmeza e foi isso que recebeu quando ele espalmou delicadamente a mão em suas coxas e o fez segurar um gemido que quase escapou.

— E você sabe que eu quero estar aqui com você, não é? Que eu penso sim em estar com você no futuro, não é algo só de momento.

Harry assentiu como um filhotinho obediente, bem manhosinho para Louis que não aguentava ver aquela carinha pidona dele que demonstrava o que claramente queria mas não falava.

— Vamos deixar esses desentendimentos bobos de lado. Não precisamos disso. Eu só quero estar aqui com você, eu senti tanta falta disso que eu não seria maluco de estragar tudo por orgulho.

— Nem eu, Lou. Só quero você aqui, pertinho... bem pertinho, por favor. — Sem querer choramingou e Louis acabou sorrindo, voltando a beija-lo.

Ambos estavam seguros e aliviados com o que falaram, e, sem orgulho nenhum para impedir os dois, eles podiam ser os apaixonados e necessitados que eram um pelo outro.

O beijo continuava lento, porque era muito gostoso ambos prestarem atenção em cada reação um do outro, os lábios molhados viviam estalando, o coelho de Harry parou em qualquer canto do quarto, e as mãos dele se agarraram na camisa preta do mais velho, se contorcendo, e sua respiração era alta toda vez que Louis apertava sua coxa. Ah, Harry estava espremendo os olhos forte pra não gemer tão cedo. Mas o que ele poderia fazer se Louis fazia isso com ele?

Não conseguiu evitar quebrar o beijo e gemer choroso no ouvido de Louis quando ele subiu a mão pesada por sua bunda farta, apertando e balançando as gordurinhas que ganhou, Louis amava elas, e em seguida procurando com seus dedos a calcinha que ele vestia, mas era tão pequena que Louis só achou quando dedilhou no meio das nádegas, sentindo o fio dental, mordendo devagar seu pescoço e rindo contra ele ao sentir.

— Você pretendia dormir desse jeitinho do meu lado mesmo se continuássemos brigados? — Louis pegou com a outra mão no rosto dele vendo as bochechas bem vermelhinhas. Aquilo fez o tesão do mais velho aumentar. — Caralho, que vontade de te comer todinho.

Harry sentiu seu pau pulsar todinho e isso fazer metade dele sair da calcinha pequena, molhando ela, e gemeu olhando pra Louis que agarrou sua bunda com força.

— Não fala assim... — Ainda tentava ser polido, mas as reações em seu corpo só mostrava que queria tá dando pra Louis até no chão se pudesse.

— Desculpa, bebê. — Louis disse sorrindo e mordendo os lábios dele. — Você quer que eu fale delicado sobre isso quando você tem essa calcinha minúscula enfiada nessa bunda tão gostosa? Quando você tem essa entradinha quente piscando? — Louis disse encostando nela e dando tapinhas por cima do fio dental, que praticamente não tampava nada já que sentia a pele quente entre seus dedos. Harry gemeu pra ele de um jeito entregue, empinando a entradinha pra ele bater mais e mordendo o pescoço dele. — Tenho certeza que ficou desse jeitinho todos os dias, não é? Como você não quer que eu fale de um jeito rude se você tá gemendo como uma putinha, princesa?

Harry arregalou os olhos, pois ele normalmente só se soltava demais ao ponto de não ligar pra palavrões e palavras pesadas quando Louis estava metendo tão gostoso que era impossível ser tão educadinho e romântico e ficar se controlando pra não xingar ou apenas falar que está fazendo amor com ele. Só que, naquele momento, Louis nem estava dentro dele, e, no caso, nem iria porque tem medo de machuca-lo, mesmo assim Harry não se viu indignado com a forma que ele falava, pelo contrário, queria que ele falasse no seu ouvido várias coisas rudes pra ele gozar sem ao menos se tocar.

— Você tá pulsando tanto. Tão gostoso, bebê. — Louis provocava massageando a entradinha necessitada, segurando no elástico no meio de sua bunda e soltando, estalando ele no lugarzinho quente fazendo o mais novo marejar. — Fala pra mim que você queria que eu tivesse te comendo, fala. — Louis pediu ao que segurou naquele pau gostoso e todo babado de Harry, fazendo ele se jogar na cama, ficar deitadinho só sentindo a mão gostosa de Louis massagear o pau quente bem devagar. Soltando os diversos "awn" incontroláveis dele, o mais novo na mesma hora levantando as pernas, abrindo elas como se Louis fosse lhe foder, deixando Louis ver sua entradinha descoberta pelo pequeno fio, o pau inchadinho de tanto tesão. Louis balançou ele um pouco, Harry levou a mão ao rosto de tão bom.

— Eu... ah, Lou... Eu queria tá dando pra você de quatro agora... s-sentir você me arrebentando todinho, gritar seu nome enquanto você mete forte e não para nem comigo gozando. — Harry falava fazendo biquinhos manhosos, o robe naquele momento todo aberto mostrando o corpinho gostoso e cheinho dele. Foi a vez de Louis de gemer de tesão, tirando seu pau pesado para fora com a outra mão, masturbando na frente de Harry que choramingou mais ainda ao ver a extensão grossa bem perto de onde queria.

— Me fala aonde você queria que eu metesse, Haz... — Louis amava que Harry era bem princesinha, totalmente educado e tinha vergonha de falar essas coisas, ainda mais quando se referia a si mesmo. O mais novo virou o rostinho pro outro lado, escondendo ele enquanto queimava de vergonha. Deu gritinhos quando Louis aumentou a pressão no seu pau e quase gozou, mas Louis parou na hora o fazendo tremer as pernas no ar pela vontade imensa de gozar no rosto do mais velho. — Fala, amor.

— Bem fundo no.... n-no meu... ah, Lou... — Harry resmungou quando Louis parou novamente antes que ele gozasse. Soltando uma enorme quantidade de pré gozo, espirrando na mão de Louis e a deixando toda melada.

— No seu cuzinho, amor? Queria que eu deixasse ele ardendo?

Harry queria chorar de tanto tesão que estava sentindo, seus lábios já tremendo, gritando de prazer quando Louis voltou a masturbar seu pau com vontade e afastou o fio da calcinha da entrada, encostando a cabecinha do pau dele nela e passando ela ali, massageando o lugarzinho quente que piscou sem parar, querendo engolir a glande. Jogou o corpo pra trás quase gozando novamente e tremendo todinho, começou a chorar na mesma hora.

— Sim, sim.... ain Lou, eu queria tanto que você rasgasse ele todinho. — Harry disse desesperado, a entradinha piscando tanto que conseguiu abrigar a glande, a cabecinha entrando no lugarzinho quente e fazendo Harry revirar os olhos com a ardência gostosa, Louis soltou o pau dele e agarrou com força o lençol, vendo a cena deliciosa de Harry com fome em seu pau, piscando até a cabecinha entrar de uma forma tão gostosa.

— Porra! Que cuzinho gostoso. Haz, eu não vou conseguir aguentar não te comer assim.

Louis nao resistiu e enfiou todo o cacete em Harry que parecia desesperado demais, repetindo vários "sim, sim, sim, não sai por favor" e Louis fazia de tudo pra não estar em cima da barriga dele, pra não cair por cima já que estava de joelhos. Apertando aquelas coxas gostosas com força pra não arrebentar aquele cu delicioso. Encostou bem gostoso no pontinho dele e deixou ali, massageando apenas com a cabecinha, embora quisesse meter forte nele, não queria machuca-lo então preferiu apenas brincar com a próstata dele e ver Harry arranhando seus pulsos de forma que descontava todos os gritinhos que estava dando, as pernas foram parar no ombro dele sem Louis ao menos colocar, e aquilo não durou um minuto porque Harry finalmente gozou, mesmo tendo sentido dor, e mesmo que Louis tenha praticamente feito nada, sujando a própria barriga de porra, os jatos longos demais fazia ele deleitar de tesão e apertar o pau de Louis. O mais velho prestando atenção no corpo tremendo com o orgasmo, o pau de Harry nunca abaixando porque ele estava cheio de tesão no corpo, apenas gemia como uma vadiazinha no pau do mais velho que nem fez nada, apenas enfiou ele dentro do garoto que não aguentou os próprios hormônios e havia se derramado todinho. Louis olhou pros peitinhos dele, bem cheinhos por conta do leite e inchados, os bicos rosados e sensíveis, sua boca salivou querendo faze-lo gozar de novo só chupando aqueles biquinhos gostosos.

Saiu de dentro dele com muito custo, sua vontade era meter nele até amanhecer, mas poderia esperar mais alguns dias, e achava incrível como depois de tantas fodas insaciáveis de um Harry cheio de hormônios ambos não conseguiam ficar satisfeitos.

Ficou do lado dele na cama, limpando o rostinho cheio de lágrimas, sabendo que seria em vão porque ele era tão sensível, e droga, ele também era porque seu pau pulsava com saudades de estar dentro daquela entradinha suplicante pra ser fodida.

Deu um beijinho nele e logo em seguida olhou aqueles peitinhos cheios, não era muito. Afinal, não eram igual seios de mulher. Mas a gravidez fazia elevar um pouquinho e ficar bastante inchado, e era uma delícia vê-los cheios de leite. Poderia ser estranho, mas aquilo fazia Louis sentir tanto tesão que os pegou na mão e os balançou bem devagar, tomando cuidado pra não machucar eles. Seu garoto o olhou todo dengoso, aprovando aquilo quando disse "sim" várias vezes.

Louis ficou balançando tanto que escapou um pouquinho de leite dos dois mamilos, a cor clarinha respingando em ambos peitinhos. Harry corou forte, ficando todo envergonhado. Mas Louis apenas se abaixou e lambeu devagar toda parte suja do líquido docinho, seu pau caindo pré gozo ao sentir o gostinho dali.

— M-Mama eles, por favor... tão d-doendo tanto...

Harry não precisava pedir duas vezes, Louis abocanhou com gosto um dos mamilos, chupando o biquinho inchado fazendo Harry tentar se afastar do toque ardente e gostoso, mas Louis o prendeu na cama e chupou aquele leitinho de forma lenta, se masturbando forte com as reações do corpo do mais novo, que esfregava o próprio pau gozado nas coxas, o cuzinho aberto piscando no ar, se sentindo vazio.

Louis abocanhou o outro e Harry parecia um adolescente virgem de tanto que gemia manhoso. Louis mamou nos peitinhos até ficarem maiores pelo inchaço de sua boca ali. O mais velho gemendo alto quando sentiu o leitinho de Harry espirrar em sua boca, afastando ela por um segundo pra ver os mamilos vazando e melando todo peito do mais novo com o líquido ralinho e claro. O queixo de Louis pingando de tão melado, beijando o mais novo e o fazendo provar do próprio gostinho. E Harry era simplesmente tão safado que ficou com mais tesão ainda.

Louis subiu com cuidado em cima de Harry, em seu peito para não machucar a barriga dele, pegando no próprio pau e passando a cabecinha inchada em um dos mamilos, Harry se contorceu todo com a visão, fincando as unhas nas coxas de Louis, incentivando ele a continuar. Louis se deliciou com a visão da sua glande vermelhinha com o tom rosado dos biquinhos de Harry, estes saindo leitinho toda vez que Louis esfregava a glande neles.

E ele olhou pra Harry, o garoto tava com muita cara de safado, botando a linguinha pra fora pedindo o pau dele.

Na mesma hora Louis o deu, chegando mais pra frente e enfiando apenas a cabecinha na boca dele. O mais novo agarrou com fome, chupando de forma necessitada, fazendo barulhos molhados e olhando pra Louis como a princesa vadia que era. Louis enfiou um pouco mais de seu pau, e Harry gemeu dengoso com isso, esfregando as coxas uma na outra de forma desesperada. Chupando metade do pau de Louis com devoção, babando ele todinho e gemendo nele, levando vibrações gostosas pra Louis que quase estava gozando só de ver Harry lhe olhar enquanto chorava por seus hormônios incontroláveis. Era simplesmente a coisa mais linda ver Harry chorando com um cacete, enquanto esfregava o pau desesperadamente nas coxas gordinhas, com um cuzinho necessitado e peitinhos vazando leite.

Harry fez um som gostoso de choro quando começou a gozar de novo, esperneando manhoso com o pau na boca, e chorando audível enquanto chupava sem parar. Louis teve que tirar o pau da boca dele pra escutar melhor aquela som de choro tão delicioso, o garoto começou a soltar gritinhos chamando seu nome, o chamando de gostoso, o arranhando todinho.

Louis não resistiu ao olhar aquela cena, seu próprio pau não aguentando de tesão, ele não precisou fazer muito além de esfregar a cabecinha babada nos mamilos melados e punhetar um pouco enquanto olhava os peitinhos dele, junto a Harry que estava adorando ver aquela cena. Que só melhorou quando Louis começou a xingar de uma forma gostosa, sendo rude e falando coisas sujas demais que deixava Harry sensível. Gozando nos seu peitos. Melando tudo com a porra dele e seu leitinho que Harry fez questão de soltar mais enquanto apertava os mamilos pra Louis ficar com mais tesão ainda.

Porque eles sabiam brigar, mas sabiam melhor ainda se resolverem.

❌❌❌❌❌

E toda aquela calmaria só durou naquela noite, pois a cada dia que o parto de Harry se aproximava, Louis vinha observando as constantes mudanças de humor do mais novo, e na concepção do mais velho, foram as mais difíceis do que qualquer outro momento durante aquele mês. Porém, dessa vez, tinha voltado a ser compreensível ao invés de levar pro emocional. Ficaram agarradinhos durantes os dias que foram se passando e Louis contou pra Harry cada detalhe da viagem a Espanha, e o mais novo lhe mostrou finalmente o book que havia feito grávido, e se tornaram as fotos favoritas de Louis que olhou cada uma todo bobo, além de, para acalmá-lo, escolheram a cor rosa pastel para o quarto dos gêmeos onde ele mesmo pintou, e, finalmente, decidiram os nomes dos bebês. Entrando em consenso depois de várias horas de debate. Louis escolheu Oliver para o menino, e Harry, Emma. Na verdade não apenas Emma, porque Harry olhou pra Louis todo fofinho e pediu que tivesse ''Leide'' na frente, como a princesa Diana. E como Louis poderia negar se Harry era tão adorável? Achou que também acalmaria mais um pouquinho Harry as roupinhas dos bebês que trouxe da Espanha para complementar com as que Harry comprou durante esses meses. Então eles tinham o essencial para vinda dos gêmeos, berço, roupas, nomes e muito amor. O resto iriam acrescentando a cada dia, afinal, não fugiriam pra lugar nenhum.

Mas isso foi capaz de acalmar Harry apenas durante alguns dias.

E, olhando para trás, durante os meses de gravidez de Harry, ao que o garoto passava por todas as transformações no corpo, e transformações emocionais, parecia que Louis também passava. Se Harry acordava no meio da noite pra vomitar, Louis também acordava. Se Harry sentiu desejo por algo estranho, Louis era quem ia realizar seu desejo. Quando Harry passou por grandes quantidades de hormônios descontrolados, era Louis que teve que saciá-lo, e quando tiveram que se segurarem pra Harry não se sentir mal, eram os dois que reprimiam o desejo. Se Harry se estressou, Louis se estressava logo em seguida, tanto que tiveram aquela estupida briga. Mas Louis se deu conta que, mesmo durante esses meses tudo sendo difícil para ele também, não se comparava as todas mudanças que Harry sofria, afinal, era ele a carregar os gêmeos.

E por isso entendia sua mudança de humor na ultima semana ter ficado pior, pois em um minuto ele estava estressado com tudo e xingando o mundo todo, com raiva, gritando que nada estava dando certo quando uma simples coisa não acontecia do jeito que ele esperava, se irritando que os bebês ainda estavam dentro dele, se irritando até com os próprios bebês, e era até engraçado ver Harry todo rechonchudo cair no sofá, olhar pra própria barriga e mandar seus bebês saírem logo, pois era uma ordem. Louis sempre tentava esconder o riso mas não conseguia, o que concentrava toda a raiva de Harry nele, mas no minuto seguinte Harry mudava completamente de humor, ficando choroso, os olhos verdeados se enchendo de lágrimas, ele se culpando pela grosseria, passando as mãos na barriga e pedindo mil desculpas pros seus bebês, dizendo que os ama muito mas só tá cansadinho de ter que carrega-los pra lá e pra cá. E então estendia os braços pra Louis, chamava ele com as mãos, um biquinho adorável molhado pelas próprias lágrimas, um pedido mudo de carinho. E se sentava no colo dele, se aninhando a ele pedindo várias desculpas e mimando Louis com vários beijinhos mesmo que fosse ele a precisar ser mimado.

E Louis só conseguia amá-lo a cada dia mais, desde o primeiro mês de gravidez que Louis não mudaria nadinha em todo o comportamento do mais novo e sua forma de ser. Pois Harry acreditava estar insuportável, mas para Louis, ele nunca esteve mais lindo. Sua barriguinha foi crescendo e o deixando cada vez mais radiante, tudo nele brilhava, seu rosto rechonchudo fazia o mais velho se derreter de amores toda vez que o encarava, e o brilho intenso no olhar do mais novo era tudo que Louis mais desejava que permanecesse ali enquanto estivesse ao seu lado.

Louis sabia o quão difícil para Harry estava sendo, não é fácil ver seu corpo sofrer por mudanças, não é fácil carregar duas pessoas dentro de você e ter que ter o cuidado de se preocupar consigo mesmo 2 vezes mais, para que nada de ruim acontecesse aos bebês, além de ter que se preocupar com eles também, enjoar quase todos os dias, sentir desejos estranhos por algumas comidas, além de desejos sexuais que embora pudessem ser considerados uma parte boa, Harry as vezes se sentia depravado demais e com medo de achar que estaria exigindo sempre em uma hora que Louis não quisesse, e talvez o forçando. E Louis sempre o tranquilizava que não. E não era fácil todas aquelas mudanças emocionais, muitas das vezes pessoas grávidas tem depressão durante a gestação e após, e Louis se preocupa demais com Harry. Sabia que, por mais que o garoto tenha sonhado com aquilo e romantizado demais a sua gravidez, teve muitos momentos difíceis, e Louis compreendia que nada que ele próprio tenha passado ao lado de Harry durante esses 9 meses, se enquadrava ao que Harry estava passando.

E Louis o amou todos os dias, até mesmo quando Harry teve alarme falso 3 vezes durante a semana e voltava para o apartamento deles extremamente emburrado, com o temperamento extremamente forte, talvez sendo considerado os piores dias do mais novo, onde ele se irritava até com a respiração alheia e só queria ficar sozinho pra reclamar exatamente sobre qualquer coisa ao seu redor. Afinal, Harry grávido era, de fato, dez vezes mais mimado do que o comum, só que Louis, mesmo em seus dias de estresse, ele amava resolver tudo mimando o mais novo o quanto ele quisesse. Pois, desde antes, quando jurava odiá-lo, sempre foi um merdinha mentiroso que na verdade reclamava do mais novo ser tão metidinho, e, que, na verdade, só queria era dar-lhe mais motivos para ser mimado, o tratando como a princesinha que Harry era. E Louis não se arrependia de fazer isso.

No entanto, Louis havia se equivocado ao pensar que os 3 dias que Harry teve alarme falso, foram os piores dias do humor do mais novo. Ele não esperava que, um dia antes da data do parto marcado, Harry estaria extremamente vulnerável. Pois mal havia dado 23:00, o parto estava marcado para as 16:00 do dia seguinte, e Harry já estava na cama pronto para dormir e querendo que o parto chegasse logo, porque ele literalmente não aguentava mais. E tudo ao seu redor parecia querer lhe estressar em níveis absurdos.

Primeiro avisou que iria dormir antes de Louis, com um falso compreendimento que este não estava com sono, mas que estava tudo bem ele continuar na sala, pois ele não ligava e só queria dormir. Mas, 10 minutos depois, gritou por Louis, e quando este apareceu, Harry reclamou dizendo que não acreditava que era sua última noite dormindo antes de ter os bebês e Louis simplesmente não deita ao seu lado porque ''não está com sono'' com um tom arisco. Louis apenas sorriu, o tratou como um gatinho manhoso e se deitou ao seu lado. Depois reclamou quando Louis lhe abraçou de ladinho. ''Sério, Louis, eu estou surtando aqui de ansiedade, a última coisa que preciso é de você me apertando tão forte''. Louis deixou pra lá, não tinha se afetado com o humor dele depois que se resolveram, não iria ser horas antes do parto que iria dar uma de incompreensível. E em seguida, Harry reclamou que não coneguia dormir sabendo que Louis parecia um morto olhando para o teto totalmente imóvel. Louis quis retrucar apenas dizendo que não estava com sono e que só estava ali pra lhe dar o apoio que merece, e que se estava completamente parado era pra não irrita-lo por qualquer minimo movimento. Mas ficou quieto, o que não adiantou, pois minutos depois, quando finalmente Harry passou boa parte do tempo quieto e sem reclamar, parecendo que tinha pegado no sono e Louis já estava quase dormindo também, o mais novo fez a quarta reclamação:

— Isso, Louis, respira mais alto, não tem como ser irritante.

— Pela amor de Deus! — O mais velho não aguentou. — Haz, se você não consegue dormir, por que então não fazemos qualquer outra coisa? — Foi dócil ao alisar os cabelos do mais novo e puxa-lo para apoiar a cabeça em seu peito.

— Claro, Tomlinson, ótima ideia, perder minha noite de sono sendo que horas mais tarde irei ter os bebês. — Reclamou arisco, as unhas fincando no peito do mais velho, Louis sabia que Harry nem percebia que estava fazendo isso, era apenas o nervosismo e ansiedade. Pegou a mão dele e deu um beijo mesmo que toques naquele momento estivesse o deixando irritado.

— Então, já que tudo está te deixando irritado, não é melhor eu deixar você dormir aqui enquanto durmo em outro comodo?

— E me deixar sozinho aqui? Você é bobo? — Harry perguntou de uma forma raivosa, mas Louis olhou o rosto de raivinha dele e riu do xingamento ''bobo'' que fez Harry fechar mais a cara ainda. — Eu aqui sofrendo e você rindo de mim, que belo namorado você é. — Harry virou pro outro lado, resmungando alguns palavras raivosas que Louis não conseguia decifrar. — E para de respirar de forma tão irritante! — Mandou e fechou os olhos com força. Louis olhou pra baixo e viu os pés gordinhos balançando em ansiedade. O corpo do mais novo estava tremendo levemente, Louis suspirou e o abraçou por trás, colocando as mãos na barriga dele e fazendo um carinho pra ele se acalmar, dando um beijinho no pescoço dele e arrastando o nariz perfeitinho ali, Harry sabia que em alguns minutos iria se entregar e seu humor mudar totalmente, onde ao invés de ficar zangado por cada minima estupida coisa, ele começaria a chorar sem perceber, por ter sido grosso com alguém que ama tanto, mas Louis o compreendia. Por isso apenas se aninhou a ele.

— Tudo irá ficar bem, apenas respira. Pode fazer isso por mim? — Distribuiu beijinhos pelo seu pescoço e costas, Harry queria negar só por pirracinha, mas as mãos de Louis o acalmava de forma exuberante, chegando mais pra trás pra se aninhar a ele melhor, sentindo a mão dele subir pro seu peito e sentir as batidas rápidas e ansiosas, e depois de alguns segundos começou a respirar devagar, tentando se acalmar. — Isso, neném. Consegue me sentir aqui com você? Eu sempre vou estar aqui, dará tudo certo porque você é maravilhoso, irá fazer nossos bebês virem da forma corajosa que só você tem, e amanhã, quando menos perceber, eles estarão em seus braços, do jeitinho que você sempre sonhou, e eu estarei ao lado de vocês, amando tudo isso, porque eu sou tão apaixonado por você e nunca te deixaria, nem agora, nem amanhã, nem em qualquer futuro próximo, pois não imagino nenhum futuro sem você, meu bem. Consegue relaxar um pouquinho, princesa?

Harry se sentia bobinho demais por ele, as palavras ''sempre'' ''amando'' e ''futuro'' rondando sua cabeça. A presença de Louis mexia demais com Harry, seus bebês sempre se agitavam também quando o outro pai estava tão próximo. Harry sentiu como se Louis tivesse colocado a mão dentro de seu corpo e revirado todos os seus órgãos, para faze-lo se sentir daquele jeito tão dependente dele, que, primeiramente, sentiu uma pontada forte e achou que era seus bebês animados com o carinho de Louis, então chutando sua barriga, mas quando aconteceu de novo, sua mão foi tremendo na de Louis acima de seu coração, a pegou firme, apertando ali e se virando pro outro lado, olhando nos olhos dele, onde Louis conseguia ver um brilho de medo e amor ao mesmo tempo.

— Não.

Louis achou que era apenas Harry resistindo a ceder por conta da irritação.

— Vamos lá, Haz.

— Não, Lou.. não é isso... — De repente Louis percebeu que o tom do mais novo estava tremendo, como se tivesse a ponto de surtar. — Acho que os bebês querem sair.

— Agora? Calma, deve ser apenas alarme falso de novo. — Louis falou pra tentar acalma-lo, porém, ele próprio não estava tão calmo, ao notar que das outras 3 vezes, mesmo tendo sido alarme falso, ficou nervoso, e, agora, tinha grande possibilidade de ser verdadeiro ao constar que Harry estava previsto para dar a luz na tarde do dia seguinte. E a carinha dele que fez de dor, ao sentir contração novamente fez Louis arregalar os olhos. — Harry... — Tentou falar, mas o mais novo resmungou baixinho com as mãos na barriga, escondendo o rosto no pescoço do mais velho.

Louis sabia que não poderia ficar no beneficio da duvida, em visto que homens não podiam parir pelo anus, a única solução era cesária, e se as contrações ficassem mais fortes, ao ponto de não ter tempo para a cesária, só os bebês sobreviveriam, porque era humanamente impossível um homem parir ''normalmente'' e sobreviver para contar história. Mas Louis afastou os pensamentos negativos, e, pelo que Harry já havia lhe explicado meses antes, normalmente um bebê não nasce nas primeiras pequenas contrações, pode levar a longas horas até tudo se tornar dolorido demais e o bebê querer realmente sair. No caso de Harry, ainda eram pequenos incômodos, nada que o fizesse gritar, e nada que quisesse sair nas próximas 3 horas, no minimo.

Mas ele não iria pagar para ver e colocar seus 3 grandes amores em risco só porque das outras vezes foi alarme falso. Por isso, quando olhou a carinha de desconforto de Harry, pulou da cama já pronto para pegar tudo que era necessário e ir para o hospital. Na verdade, conforme foram pro hospital 3 vezes por alarme falso, Louis e Harry já tinham uma mochila preparada com tudo que o mais novo precisaria pra passar alguns dias lá. Então Louis apenas se levantou e vestiu qualquer roupa sua que avistou pela frente, pegando qualquer uma de Harry também, olhando o mais novo se levantar tranquilamente da cama, apesar do olhar aflito, e Louis queria vesti-lo, mas Harry disse que não estava incapacitado e que as contrações não estavam fortes e nem contantes, ele falou isso pra acalmar Louis, porém, ele mesmo estava agitado e acabou falando afobado demais, os olhos perdidos, não acreditando que faltando apenas algumas horas pro horário do parto seus bebês decidem nascer antes. E se ele já estava ansioso e medonho com tudo isso, agora o medo estampava seu olhar.

Harry tremia todinho, porque ele achava que a vida toda se preparou para aquilo, ainda mais nos últimos 9 meses, mas naquele momento, quando realmente tudo iria acontecer, seu corpo estava como gelatina, e um medo surreal subia por ele. Ambos falavam calma para um ao outro e para si mesmos, e em menos de 10 minutos já estavam dentro da Lamborghini de Harry, onde o mais velho estava no volante, suas mãos tremendo também, temendo em falhar passar segurança para Harry quando ele mesmo estava nervoso.

O mais novo percebeu isso e pediu para Louis não matar ambos, seria um momento engraçado, se os dois não estivessem nervosos. Mas diferente do que Louis pensou, Harry não estava arisco como antes e como esteve nos outros 3 alarmes falsos, talvez porque agora parecia realmente que os bebês viriam e Harry não tinha espaço para estrese quando todo medo invadia seu corpo.

E a todo momento ele segurava a própria barriga, pedindo baixinho pros bebês não saírem, seus olhos em espanto, sempre apertando a coxa de Louis quando uma contração leve o deixava um pouco desconfortado, Louis sempre repetindo que ficaria tudo bem e que estava ali com ele.

Acontece que o lado racional de ambos sabiam que chegariam a tempo, o hospital era 20 minutos de onde moravam, Harry ainda tinha contrações leves e o risco de ser parto normal na verdade não existia. Mas em uma situação como aquela, quando se tem dois bebês para sair de dentro de uma pessoa, o nervosismo vai alem do que pode ou não dar certo. Era uma pessoa dando a luz as outras duas pessoinhas. Louis olha pra Harry quando para no sinal e pensa que aquela é a maior loucura de já fez em toda sua vida, nada se comparava aquilo, exatamente nada. De tudo que já viveu, aquela era sua aventura preferida. O que era engraçado de imaginar, porque quando implicava com o mais novo, nunca o imaginou como alguém que se aventuraria consigo, que se encaixaria em seu estilo de vida, porque eram diferentes e achava Harry engomadinho demais para qualquer loucura que poderia o propor. Mas nunca o propôs que aquilo acontecesse e, no entanto, estavam ali, vivendo a maior aventura dele ao lado de Harry, sem planejar e sem prometer.

O frio em sua bariga era maior que quando fazia rachas ou pulava de bungee jumping, ou quando corria de guardas por fazer tais coisas ilegais. Olhar para Harry e vê-lo chorando, não de dor, mas sim porque finalmente teria seus bebês consigo, chorando porque as pessoinhas que mais amava na vida iriam nascer, que, o garoto que jurou odiar estava prestes a ter filhos seus, que o amava tanto e já não imaginava viver sem ele, fazia Louis ter certeza que aquilo, sem dúvidas, era sua maior aventura.

O mais velho avançou o sinal, pois não tinha tempo pra seguir leis do transito, e resmungou para Harry que aquilo custaria ao mais novo uma boa muta, e este, com lágrimas nos olhos, esqueceu de ser polido e o chamou de filho da puta com um sorriso nos lábios, mas foi o xingamento mais amoroso que Louis já escutou, ao notar o tom dele cheio de amor, em uma situação onde tudo aquilo era importante para ambos, Louis apenas riu. Riu de um jeito gostosinho demais aos ouvidos do mais novo, que riu em seguida enxugando as lagrimas que insistiam em cair, olhou para Louis e segurou na mão dele que estava fora do volante, e ambos falavam sem realmente as palavras saírem que aquilo era o momento mais perfeito deles.

Quando chegaram ao hospital, eles souberam que os bebês iriam realmente nascer, então logo encaminharam Harry para a sala de cesariana antes que as coisas se complicassem. Mal dando tempo de Louis lhe dar um beijo, foi apenas um selinho e ele dizendo que Harry era muito maravilhoso por conseguir passar por tudo durante todos esses meses e que tudo daria certo, quando finalmente iria dizer que o ama pela primeira vez, e que não se tratava apenas de paixão, ele foi levado para a sala, e Louis pode notar o sorriso para si apaixonado em meio a expressão de nervosismo, mas Louis tinha certeza que seu amor sairia bem.

E Louis passou a última hora andando de um lado pro outro na sala de espera, e ninguém que chegasse, fossem os pais de Harry, sua mãe, Niall, ou quem fosse, o acalmava. Louis ficaria mais tranquilo se Anne, que também é médica, estivesse junto a Harry, mas nem ela imaginava que o filho iria ter os gêmeos antes da hora. Estavam todos ali ansiosos, Louis muito mais. Ele queria estar segurando a mãozinha de Harry, sentindo ele apertar como se fosse quebrar seus ossos. Não por dor do corte da cesária, pois mesmo que se não existisse anestesia, sabia que Harry poderia ser vulnerável há muitas coisas, mas não a outras, ele era um garoto forte, e muito independente, ele bateria no peito defendendo isso para todos que o contrariassem pois seu amor era independente sim, e socaria até mesmo o próprio rosto, ao Louis antigo, para provar que Harry é um homem forte e que embora ame ser mimado, não precisa de ninguém em situações grandes como aquela, nem mesmo dele.

Harry conseguia fazer qualquer coisa sozinho. Louis se acalmava um pouco com aquilo, porque o amava tanto. Não saberia se ele mesmo não surtaria se fosse ao contrário. Se, no futuro, sabendo como Harry é e gosta de bebês, e se tivessem mais filhos, se Harry iria querer que fosse Louis a gerar algum deles. Louis pensa que toda sua mascara de marrento iria por água abaixo e ficaria 9 meses irritado e sendo tão vulnerável que choraria de medo todos os dias.

Ele ri com o pensamento, e seu coração aquece ao pensar em um futuro tão preciso ao lado de Harry, e ele não teme ou tenta esquecer, porque ultimamente é a unica coisa que ele pensa, estar ao lado de Harry, não apenas em um futuro próximo, mas também em futuro distante, pois não se imagina sem ele, seu sorriso aumenta porque ele está fazendo coisas que vai alem de sua maneira de viver, e talvez porque essa maneira não exista mais, e tudo que ele quer é apenas estar ao lado de Harry e seus gêmeos, e, quem sabe, mais alguns bebês daqui a um tempo, ele não se importa de ver seu amor gravidinho quantas vezes ele quisesse. De dar tudo que Harry deseja, tudo que ele merece. E Louis tem certeza que não estava pensando naquelas coisas apenas porque está vulnerável e nervoso por ter Harry dando a luz a ser humaninhos em algum lugar daquele hospital, Louis realmente ama aquele garoto, tanto que só quer vê-lo feliz, pois é feliz ao lado dele, como nunca foi.

Seu nervosismo só aumentou quando um dos médicos apareceu e contou que tudo estava bem, que os gêmeos nasceram saudáveis, que Harry está completamente seguro de qualquer coisa, que Louis poderia vê-lo assim que terminassem de fazer os pontos na barriga dele, e que os gêmeos estariam lá pra eles depois de os limparem e da checagem de todas as coisinhas que deveriam em seus bebês. Louis só conseguiu arregalar mais os olhos, bater mais os pés no chão de ansiedade, roer as unhas que não tinha e andar mais rápido ainda de um lado pro outro enquanto todos choravam de emoção, Louis não conseguia faze-lo pelo estado que estava, apenas quando foi liberado a entrar no quarto onde Harry estava, e, primeiramente, o viu deitadinho na cama, a barriga não mais enorme o que o fez cair na real que os gêmeos nasceram mesmo, apesar de ainda não o vê-los. Seu corpo amoleceu de amores ao ver seu amor tão vulnerável deitadinho, o rostinho ao longe dando pra ser visto cansado, Louis apenas o amava tanto que nem percebeu quando finalmente algumas lagrimas caíram, porque Harry simplesmente era tudo. E Louis nem ao menos sabia como foi tudo. Harry a todo momento chorando mesmo não sentindo dor, o garoto quase perdendo o ar de tão nervoso que estava e com tanto medo porque Louis não estava ali ao seu lado, e tudo que estudou na faculdade foi por água a baixo. Porque não foi o que achou que seria: Um Harry racional que entendia tudo sobre partos de cesária. Ele era apenas um garoto jovem demais dando a luz a bebês que ele não planejou mas que eram tudo em sua vida, e seu grande amor não podia estar ali com ele, ele chorava porque tinha medo, as incertezas de não ter sido um bom papai ao carregar durante 9 meses eles, a incerteza de eles nascerem com algum problema, foi tudo por água abaixo quando Harry viu o primeiro bebezinho sendo puxado, logo em seguida o segundo, mal sabendo quem era quem, qual era o sexo. Ele só pode olhar durante alguns segudinhos os rostinhos deles, antes de o levarem dali para todos os primeiros passos, o fazendo chorar mais ainda e perguntar se havia algo errado, esquecendo tudo que já aprendeu. E sendo um pouquinho confortado sabendo que eles voltariam pro seu braço, onde ele poderia dar todo amor. Harry passou por um elevador que subia muito rápido que era seu corpo em todo o momento até eles saírem de si, foi uma experiencia assustadora, mas a melhor de sua vida. Ele faria tudo de novo. E Louis não sabia de nada daquilo, mas sabia o quão maravilhoso seu amor era só de olha-lo e por isso chorou de orgulho dele.

Enxugou as lágrimas antes de entrar no quarto, quando Harry o olhou, Louis viu a carinha dele, o olhar radiante, os braços estendidos o chamando, Louis apenas lhe deu um sorriso sincero, se agachou e o abraçou de um jeito muito protetor, beijando todo o rostinho cansado dele, os olhos verdes brilhando demais e inchadinhos por chorar tanto, e Louis viu que ele choraria a qualquer momento de novo.

— Eu to tão orgulhoso de você! Você é tão perfeito, obrigado por fazer isso, por tê-los por nós, obrigado por ser tão forte e tão incrível. Você não tem noção de o quão maravilhoso você é, como é especial pra mim, eu mesmo não aguentaria passar por tudo isso e você passou, porque é muito forte. Eu nunca desacreditei de você e nossos bebês vão saber o quanto eles tem um papai tão bondoso e tão amoroso como você é. Obrigado por ser tão perfeito. Eu não pude estar do seu lado, mas espero que tenha sentido o quanto eu estava te glorificando do outro lado hospital.

— Eu senti... — Harry já tinha suas lágrimas gordinhas caindo sobre o rosto cansado porque ele era um bobo que estava todo choroso com aquele maravilhoso dia, e Louis era tudo para ele e estava ali em sua frente lhe olhando como se Harry fosse o seu tudo também. — Eu senti aqui... — Ele pôs a mão sobre o coração, pegando no rosto de Louis em seguida. — Obrigado por nunca ter saído do meu lado mesmo quando eu falei coisas que você não merecia, se nossos bebês vão ter orgulho de mim, terá de você também porque você nunca soltou minha mão e eu sei o quão amoroso você será com eles também, você é maravilhoso e sempre foi comigo. Eu não conseguiria fazer isso se não fossem seus bebês, Lou. Tinha que ser seus, tinha que ser... eu sempre quis que fossem seus, sempre... obrigado por realizar isso.

— Não fala isso, seu bobinho, é um dia muito emocional pra gente ficar emocionado mais ainda. — Louis sorriu para ele, seu sorriso já dizia o quanto o amava, tanto que Harry passou o dedo indicador na lateral dos lábios dele, como se lê-se isso. — Você está bem? Não sente nenhuma dor? — Perguntou dando um beijo na bochecha dele e olhando o corpo coberto.

— Não... na verdade, um incomodo nos pontos, mas é normal, e nada que seja demais. — Harry disse mas mesmo assim Louis queria mima-lo com todo amor que tinha. Os olhos de Louis brilhavam, ele roía a pele de seus dedos pois já nao tinha unhas, um brilho diferente no olhar, desviando os olhos e sorrindo ansioso, fazendo Harry sorrir de volta. — O que?

— Você... você os viu? — A forma que ele perguntou na concepção de Harry era muito bonitinha, as mãos no rosto pra controlar a ansiedade, o olhar paterno ali, que Louis teve desde o primeiro momento que soube da gravidez, mas que agora era muito mais intensificado com o saber do nascimento.

— Um pouquinho... — Harry fez um biquinho. — Eu mal bati os olhos neles e já levaram, meus olhos estavam embaçados de lágrimas, eu só consegui ver duas batatinhas fofas por causa disso, eram tão pequenininhos, Lou. — Fez gesto com as mãos, mostrando quão pequenos são. Louis sorria pois Harry era seu terceiro bebê.

— Sério? Tão pequenininhos assim? — Louis imitou o gesto de Harry, o mesmo sorrindo para si. — Eles tem carinha de batata porque bebês nsacem assim mesmo. — Louis comentou e Harry deu um tapinha nele, mas sorrindo, porque Louis tentava brincar mas estava tão nervoso e aflito. — Eles estão bem? Será que vão trazer eles quando?

Harry não precisou responder, pois logo bateram na porta e segundos depois duas enfermeiras apareceram com os gêmeos, Louis se afastou da cama com os olhos arregalados e Harry estendeu os bracinhos na hora, a enfermeira colocando um a cada braço de Harry, que desabou ali mesmo, balançando os bebês e olhando pra carinha deles. Nem acreditando que finalmente eles estavam ali consigo tão pequenos e tão lindinhos, saudáveis e em seu colo.

Leide Emma com uma toquinha verde e Oliver branca pra eles saberem quem é quem, é claro que além das pulseirinhas nos braços com os nomes que já indicavam isso. Os gêmeos estavam com os olhinhos fechados, As mãozinhas balançando e eles faziam de vez em quando sonzinhos de bebê, Harry estava quase desabando de vulnerabilidade ali mesmo. Ele olhou para Louis, este, que estava ao seu lado antes, agora estava do outro lado da sala, agachado em uma parede e com as mãos na boca, chocado, como se a ficha não tivesse caído, Harry chamou ele pra se aproximar, as enfermeiras achando fofo a expressão dele e os gestos negando a cabeça com medo daquilo não ser real, os olhos azuis transbordando de lágrimas. Ele andou de um lado pro outro, riu nervoso, e, desacreditado, disse que aquilo parecia um sonho, que não podia ser real, eles ali sendo papais, seus bebês, ali.

Louis estava assustado, e uma das enfermeiras disse pra ele segurar os bebês, Louis negou com medo, nem parecia ter 23 anos, e sim 15. Da forma mais adorável ele perguntou ''e se eu machuca-los?'' Harry sorriu todo apaixonado e negou, dizendo que ele não machucaria os bebês. Disse que os bebês queriam senti-lo, Louis estava com as mãos nos cabelos em estado de choque quando se aproximou cauteloso, em seguida andou para trás novamente incerto, não queria machucar seu tesourinhos. Mas pelo olhar de encorajamento de Harry se aproximou de novo, a enfermeira pegou Leide e colocou com cuidado nos braços de Louis que estava em pé e tinha gestos robóticos, tomando todo cuidado do mundo, mal se movendo com medo, e logo depois colocou Oliver em seus braços. E só ali Louis pode notar os rostinhos deles pela primeira vez. Harry sorriu encantado e levou a mão ao rosto limpando o rosto ao olhar a cena de seu Louis com os bebês, ele não queria passar por chorão, mas quem ele queria enganar? Estava vendo o amor da sua vida carregando seus filhos. Era a cena mais linda que viu em toda a sua vida.

— Você pode balançar eles, Lou. — Harry disse mas seus lábios tremeram novamente se sentindo choroso ao que notou Louis chorando só de olha-los.

— E-Eles... Como são bonitos... eles tem seus traços, Haz. — Louis disse sem nenhum momento parar de olha-los, Harry negou apaixonado, Louis chorava feito um bebezinho sendo que ele nunca chorava. Era tudo tão perfeito.

—Não... eles tem seu nariz perfeitinho.

Louis observou cada detalhezinho dos bebês, ambos idênticos, pareciam a mesma batata assadinha. Eles eram gordinhos, era a coisa mais adorável, ele riu com as mãozinhas deles se mexendo.

— Eles são tão cheirosos, não quero soltar nunca mais. — Louis comentou ao que, pela primeira vez, se mexeu desde que os pegou, se inclinando pra cheira-los e fechando os olhos chorosos como se estivesse os apertando tão forte, mas na verdade nem o fazia com medo de machuca-los. Ele olhou pra Emma. — Tão fofa, minha batatinha. — Olhou pra Oliver. — Meu pirralhinho também.

Harry nem conseguiu achar ruim ele chamar os bebês de batata e pirralho, porque era adorável ver Louis apaixonado pelo que fez. Louis era o homem da sua vida, Harry não tinha nenhuma dúvida. Os bebês começaram a resmungar e ameaçar chorar.

— O que houve? Ei, não chorem... — Louis pediu mas aí mesmo que ambos começaram a chorar. — Será que eu sou um péssimo pai? E eles já não gostam de mim? — Perguntou preocupado.

— Não se preocupe, eles só estão com fome... — Uma das enfermeiras falou e Harry riu todo bobinho pela reação de Louis. — Está preparado pra amamentar pela primeira vez, senhor Styles?

Louis enxugou as lagrimas quando os bebês saíram de seus braços, uma sensação de vazio o substituindo e já sentindo falta dos bebês. Ele olhou Harry desabotoar a camisa do hospital e cada bebezinho mamar em um bico. O rostinho de Harry fez uma careta adorável pela primeira sensação, mas logo sorriu e lá estava o Harry chorão novamente por estar amamentando pela primeira vez os gêmeos. Louis via que Harry nasceu pra ser pai, ele seria um pai incrível e era lindo vê-lo tão apaixonado em tudo em relação aos gêmeos. Era lindo. Harry estava realizando seu sonho, e Louis amava fazer parte dele, amava ter aquela família com ele. E amava demais Harry, e não restava mais duvidas. Louis queria aquilo pra sempre, não só em presença. Louis queria tudo aquilo da forma mais braga possível, com um casamento enorme, com uma convenção que antes debochava, mas que agora se torna seu sonho também, ele queria Harry e seus bebês. Ele queria casar com aquele mimadinho que era o amor da sua vida.

❌❌❌❌❌

Depois de 3 dias de visitas ao hospital, todos concordavam que os gêmeos eram as coisinhas mais fofas do mundo. Eles tinham nascido com 3 kilos, os cabelos lisinhos e claros de Louis, o narizinho dele também, e os traços no rosto iguais aos de Harry, e embora Louis implicasse dizendo que na verdade não dava pra ver com quem eles se parassem, e que na verdade tinham cara de joelho, Harry implicava de volta falando que eles devem puxar a altura de Louis também já que nascerem bem pequenininhos.

Louis passava o dia todo no hospital e até dormia com Harry. Penteava os cabelos dele e o mimava com coisinhas que ele pedia, o enchia de beijos e nunca soltava sua mão. Passou as madrugadas deitado ao lado dele, o abraçando e ambos sorrindo e rindo em meio ao silêncio do hospital de planos bobos e futuros que faziam enquanto conversavam sem ao menos perceberem. Louis gostava de alisar a barriguinha dele, mesmo que Harry se sentisse envergonhado, e sempre escondia, porque estava gordinha e mole, com estrias por conta da gravidez, alem da cicatriz, mas Louis não se importava, dizia que ele tava muito lindo pós parto, sempre beijava a barriga dele, e fazia Harry se sentir bem, deixando ele fazer carinho.

Sempre quando os bebês vinham, eles os mimavam muito, sempre dando muito amor e sorrindo feitos bobos um pro outro. Os bebês eram muito ligados aos dois. Quando choravam, recorriam a Harry, que sabia os acalmar e faze-los ficarem quietinhos, quando estavam com sono, era em Louis que eles se sentiam confortáveis e dormiam rapidinho.

Era uma família perfeita. Naquele dia, os bebês abriram mais os olhos, Leide tinha olhos azuis como de Louis, Oliver verde como Harry. Ambos ficaram mais ainda encantados pelos dois ser humaninhos. E também, naquele dia especial, Louis havia levado algo consigo pro hospital, e após os bebês voltarem pra ala dos recém nascidos, e Louis ter penteado o cabelo de Harry com uma trança de cada lado de uma forma que o deixou adorável, Louis o olhou com toa certeza do mundo que o queria pra sempre.

— Por que está me olhando assim? — Harry perguntou sorrindo e ajeitando o travesseiro atrás de si, se ajeitando para deitar ao lado do mais velho que continuava em pé.

— Porque eu to amando tudo isso. Eu amo cada pedacinho de nossa família. — Louis disse de forma sincera, passando os dedos na bochecha de Harry. — Você me deu algo que eu nunca imaginei ter, uma família, Haz. Você, desde quando era bem pequeno sempre me deu essa sensação de cuidado, quando eramos amiguinhos eu amava cuidar de você de todos que implicavam com seu jeito único de ser. E até mesmo quando a gente declarou inimizade um pelo outro, eu sempre procurava saber como você estava pela minha mãe, quando eu ficava muito tempo longe da mansão. Acho que eu nunca te disse isso, mas até mesmo quando eu jurava te odiar eu me pegava o protegendo de longe, querendo saber se você tava bem, porque me machucava pensar que algo poderia lhe fazer mal, porque no fundo eu sempre soube o quão você é especial pra mim. Cada pequeno detalhe. E mesmo quando a gente brigava e se afastava, havia um imã que me trazia de volta pra você. Você é tão lindo, cade detalhezinho, seus olhos me hipnotizam, sua boca me atrai tanto, e todo seu rosto, seus dentinhos de coelho, meu Deus o seu sorriso, amor... ah... o seu sorriso, me ilumina de uma jeito inexplicável. Eu quero morar nele, eu quero prender minhas mãos ao seu corpo e nunca mais soltar, e eu me peguei amando tudo que vem de você. Seu lado mimado, irritado, amoroso, carinhoso. Todos os detalhes que você criticava antes, as gordurinhas do lado da cintura, suas pernas longas, seus pés tortinhos, seu cabelo enorme. Eu amo até suas irritantes roupas de marca. Eu amo sua barriguinha mole, e amo suas unhas pintadas, suas pintinhas. Eu amo a felicidade que você me trás, eu amo a família que você me deu e o quanto você iluminou minha vida e me fez perceber que eu não preciso de nada alem de você comigo. Porque, acima de tudo, eu amo você.

— V-Você o que?

— Eu te amo tanto, neném... — Harry estava com a respiração acelerada desde que Louis começou a falar, seu peito descia e subia em um nível alto e parava de respirar toda vez que um palavra era acompanhada de um carinho em seu rosto. E, ao declarar seu amor, Louis achou adorável os lábios dele tremendo ameaçando a chorar assim como os gêmeos faziam, e os olhos verdes encheram de lagrimas e começarem a cair até ele se tacar em seus braços. — Desculpa por não ter te confirmado antes...

— Louis... Olha pra mim. — Pediu pegando no rosto dele. — Você sabe que eu também te amo, não é? Eu amo esse rostinho, esses olhos que me olham com anto carinho, suas ruguinhas quando sorri, o sorriso lindo, até sua barba que eu vivia reclamando, eu amo. — Ele diz com os dedinhos tremendo por todo rosto dele. — Você poderia ser até mesmo a pessoa mais feia considerada pela sociedade e eu continuaria te amando porque alem de detalhes físicos eu amo o homem que você é. O garotinho esperto que cuidava de mim. O adolescente rebelde que deu orgulho aos pais, o rapaz que implicava comigo e que eu adorava implicar e chamar de ogro e sem classe. Mas tem classe melhor do que ser uma pessoa maravilhosa como você? Meu deus, como eu era estupido, e amo o homem que você se tornou, o homem que cuida de mim, me respeita e me ama, que ama nossos bebês, que me faz feliz. O cara que eu, depois de implicar, corria pro meu quarto e me trancava depois de você tentar me irritar com selinhos, e então eu imaginava um beijo de verdade. O homem que fazia meu coração transbordar de amor, me fazia morrer de ciumes, me fazia me contrariar e não parar de pensar em você. O menininho que eu brincava de casinha e eu dizia ser o papai dos meu bebês, e olha pra gente agora. Nós estamos aqui, amor... meu Lou, você está aqui comigo e tudo se tornou real. Eu que te amo tanto... sempre amei, sempre, sempre, sempre... ah, para de chorar, por favor. Por que está chorando? Você nunca chora.

— Porque você é perfeito. porque temos filhos perfeitos e uma vida quase perfeita. — Louis disse, sem desviar os olhos de Harry que ainda tinha as mãos em seu rosto. Aquele homem tão lindo a sua frente, Louis era muito sortudo.

— Quase?

— Sim. Só seria totalmente perfeita se você casasse comigo.

Harry arregalou os olhos, Louis fazer aquela brincadeira naquele momento vulnerável não era legal, mas Louis procurava algo em seu bolso do casaco e uma caixinha vermelha apareceu, Harry estava prestes a desmaiar quando o mais velho abriu, e de diamantes Harry entendia muito bem, e aquele era um anel enorme de diamante.

— Eu não sei se você irá gostar... eu gastei tudo que tinha aqui, e tudo bem se você quiser trocar, afinal, não estamos fazendo nada da forma que você sonhou. Você não noivou com alguém rico, que te pediu a mão em um hotel luxuoso com uma vista linda de uma país milionário, não sei se é o anel que você pensava que seria, mas eu te garanto que é de coração. E que eu tô me tremendo demais aqui e você está vendo que eu estou gaguejando. É porque eu não sei como pedir a alguém tão importante para mim que fique comigo a vida toda. Eu pensei em milhões de formas de lhe pedir isso, milhões de ideias se passaram na minha cabeça mas eu percebi que nada do que a gente conquistou até hoje tiveram grandes planejamentos, e apenas fomos guiados com a certeza que queríamos estar perto um do outro, e que precisamos um do outro. Eu preciso de você, e estou pedindo não porque é apenas o seu sonho, mas porque se tornou o meu também. Eu quero ficar com você pra sempre, meu mimadinho. Casa comigo?

Harry estava chocado demais, ele imediatamente levantou da cama e começou a andar de um lado para o outro, as mãos no rosto, Louis conseguia notar como elas estavam encharcadas, e mesmo que Louis soubesse que Harry era um garoto chorão, nunca o viu chorar tanto como naquele momento, ficou até mesmo preocupado e se levantou, mas Harry não parava de tremer, rondando o quarto desacreditado, Louis com suas mãos tremendo na caixinha, sem saber o que fazer.

— V-Você tem c-certeza? Você n-não está b-brincando? — Harry perguntou depois de um tempo, finalmente parando, mas ainda estando afastado, mantendo aquela distancia entre eles. Totalmente abalado.

— Nunca brincaria com você, princesa. Eu tenho certeza absoluta.

Os minutos se passaram de forma sufocante para Louis, ele sempre foi tão seguro de si mas naquela momento se sentiu um bobo com medo da resposta de Harry, que, depois do momento de choque, veio.

— S-Sim... — Ele disse abafado com a mão na boca, que Louis mal escutou, o mais novo abaixou as mãos e, com um sorriso mais lindo que Louis já viu, correu até ele e pulou em seus braços. — Eu nunca pensei que seria pedido em casamento em um hospital, tendo filhos primeiro, com uma roupa nada elegante e com cara de sono. E sabe o que é melhor disso tudo? É que não poderia ter sido mais perfeito. Se fosse de qualquer outro jeito, não seria eu e você. E sabe que eu sonhei mais do que um casamento luxuoso com alguém rico? Era com uma família com você, quando eramos pequenos e brincávamos de casinha. Eu sempre quis que fosse você, e nem quando eu era super arrogante e você super grosseiro que isso mudou. Eu sempre sonhei que fosse com você, meu amor. Obvio que mil vezes sim. Com certeza que sim! E com você eu caso até em uma capela pequena com cheiro de cachaça em Vegas.

Ambos riram felizes, repletos de alegria transbordando e que radiava todo o quarto, como se faíscas roxas de amor e paixão saíssem deles e qualquer um que entrasse ou passasse perto notaria.

Eles deram o beijo mais amoroso de suas vidas. Que superou o primeiro beijo da noite de 18 anos de Harry, o segundo após se irritaram, o terceiro, o da segunda vez deles que concebeu os bebês, e qualquer outro durante o namoro. Porque nesse havia o que tanto eles precisavam pra finalmente se completarem: A certeza do amor de ambos. Eles amavam um ao outro e nunca estiveram tão feliz em todas suas vidas. As lágrimas de ambos se misturavam comprovando que o entrelace deles eram a junção do que era alegria e amor juntos.

E, no meio a tantos beijos de amor, Harry estendeu a mão para Louis. Que, naquele momento, percebeu que até mesmo a mão dele concebia uma parte de seu amor, foi a visão mais linda que teve naquele dia, os dedos longos bem esticados, o tremor da palma, as unhas com o esmalte rosa descascado, e o anel entrando em seu dedo, o diamante brilhando ali, mas não mais que os olhos de Harry para ele. E não havia nada que estivesse transbordando ganancia, Harry olhava para o anel encantando porque significava que era uma pequena amostra que viveria com Louis para sempre. Pois o mais velho poderia lhe dar uma bijuteria que estaria tudo bem.

— Tem certeza que quer ficar pra sempre com uma mimadinho feito eu? Você sabe que vou querer seu amor o tempo todo, não é? Que vou trata-lo como uma preciosidade? — Harry perguntou com os olhos brilhando demais.

— E isso será ruim aonde? Se eu amo tanto esse mimadinho carinhoso que você é? E você? Tem certeza que irá casar com um sem classe como eu?

— Eu casaria com você mesmo se você pedisse pra aquele Harry que tinha o orgulho maior que esse que você está vendo agora. Porque eu sempre fui seu. Sempre.

E Louis sabia que eles seriam para sempre um do outro. Pois nada mais importava. Nada fizeram eles não estarem ali, a classe, os temperamentos, as implicâncias, os orgulhos. Nada.

Porque o amor sempre falou mais alto entre eles. Quando eram amigos, inimigos, e, agora, um do outro. E ambos pensavam que a vida para ser boa ela não será com planejamentos que talvez em nossa cabeça sejam bons, mas que não são pro nosso coração.

No final, não adiantou Harry crescer sendo um mimadinho que deixava o orgulho falar mais alto por conta do dinheiro e que achava que tudo que fosse menos que ele era descartável, que planejou coisas fúteis ao seu redor pra garantir uma estabilidade falsa para enganar o que realmente seu coração queria. Planos completamente perfeitos em sua mente de como seria uma vida luxuosa durante todos os seus anos, para viver seu sonho de princesa. E que no final, se deu conta que para ser uma princesa não precisava de dinheiro, status e classe. Precisava de amor. E isso Louis lhe deu.

E no final, não adiantou Louis fugir de seus sentimentos e deixar seu orgulho falar mais alto do que sentia, não adiantou dormir noites fora da mansão pra não pensar no mais novo. Batidas em rachas não faziam seu amor por ele estraçalhar também. Seus rabiscos raivosos na parede não demonstravam ódio a ele. Seus saltos em bungee jumping não fazia o vento levar sua paixão por ele embora. Porque era Harry. E ele não precisava de nenhuma outra aventura pra o distrair do amor que sentia dele. Harry foi sua maior aventura. E sabia que continuaria sendo e que teria uma vida maravilhosa ao lado dele e dos gêmeos. Harry era mais emocionante que uma queda livre, era mais impactante que carros se batendo, tinha mais cores que tintas em paredes, e fazia seu coração acelerar mais que sua moto a 80km/h. E nada do que já viveu seria tão memorável que a vida que teria com Harry.

Ele era a a maior aventura possível.

Harry era a vida que viveu e iria se lembrar.

Fim.

Continue Reading

You'll Also Like

94K 12.1K 27
Harry Styles é um ômega que se passa por beta na faculdade por estar sempre cercado por alfas e isso incluí ele. Sim. Ele. Louis Tomlinson, por quem...
39.8K 6.9K 31
Inspirada no filme "A Proposta." Louis é o temido editor-chefe de uma das maiores editoras do país, e Harry é o infeliz assistente que se envolve em...
238K 35.6K 67
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
1M 58.4K 75
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...