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Os barulhos e vozes ao fundo não tiravam a atenção de Haechan. Os olhos dele estavam focados nos seu reflexo no espelho do camarim, contornando os lábios com um batom que Renjun lhe dera, uma cor discreta mais que ainda sim os deixavam ainda mais atraentes e beijaveis.
"Tem um gostinho bom, quer provar?" Você disse, desviou os olhos do trabalho bem feito para pegá-lo no flagra.
Haechan riu, não desperdiçaria a oportunidade. Caminhou até você, erguendo seu queixo.
"Vai ter que retocar."
Foi ali, com mais aquele beijo lento e profundo que o efeito que você causava, já tão difícil de mascarar, se tornou impossível de disfarçar. Se sentia um adolescente descobrindo a sexualidade, por mais que já não fosse mais um iniciante. A mente fértil de Haechan era talentosa em imaginar mil coisas com você, fazendo ele se enrigecer e se perguntar quando enfim consumariam aquelas provocações carinhosas e flertes de brincadeira que tinham um imenso fundo de verdade.
Mas foi quando ele menos esperava. Jogavam uma partida de vídeo game. Seus dedos habilidosos pressionavam os botões do controle, aproveitando-se da distração do loiro. Ele não sabia se olhava para a corrida que acontecia, ou para sua pele que emanava um calor gostoso ali ao lado dele no tapete. Amaldiçoou-se quando notou que era o último. Você riu alto. Haechan, com sua petulância sem fim, agiu. Pegou o controle de suas mãos quando estava muito próxima a linha de chegada. Ele não esperava que você fosse para cima dele, quase sentando sobre o colo. O súbito calor subiu, alcançando até a ponta das orelhas. Se desesperou.
"Amor, você tá numa zona um pouco perigosa" deixou escapar.
"Ah é?"
E então, você rodeou os braços no pescoço dele. Riu baixinho e rebolou devagar no exato ponto de seu desejo. Era uma sequência de não esperava. Você não esperava que o moletom dele fosse tão fino a ponto de senti-lo muito bem, muito menos que ele largasse o controle para, por reflexo, segurar seu quadril e arquejar baixinho em um tom que lhe deixou toda arrepiada.
Haechan nunca ficou tão vermelho e isso era completamente contraditório, pois ele fazia parte da parcela sem-vergonha que você adorava. Haechan sentiu as bochechas queimarem, rindo de nervoso e preocupado com sua reação, queria sumir. Era fofo. Achou que você iria rir, implicar com ele de alguma forma ou ficar desconfortável, mas então você levou as mãos até as bochechas dele e deixou um selinho doce na boca. "Desculpa, eu não queria te deixar sem jeito. Relaxa."
O carinho que você fazia com os dedos era mais que bom. Se olharam. O barulho dos carros de corrida sendo ultrapassados foi esquecido.
No tapete de plumas macio, ele ajudou a despi-la. Os beijos e carícias o deixavam ardendo, era diferente com cada namorado, mas igualmente maravilhoso. Aos poucos ele se soltou, sendo o de sempre. Lhe deu mordidas doloridinhas, disse libertinagens recheadas de carinho. Deixou que Haechan ficasse no controle; por cima e sem pressa. Suas mãos acariciavam os fios da nuca. Gemidos que escapavam, beijos distribuídos pelo pescoço.
Ele explorou, experimentou, tocou e fez você melar os dedos dele. Ficou excitado com seu timbre de voz dizendo o nome dele. Amou-a como se você fosse seu tudo, e de fato era uma parte de si. Entrelaçou os dedos nos seus e prendeu suas mãos em volta do próprio pescoço. Beijava seu antebraço, ombros, clavículas, lhe chamando de "gatinha linda e gostosa..."
As mãos atrevidas não ficavam paradas. Apalpavam, deslizavam, seguravam seu corpo trêmulo no lugar. Foi fundo, denso e bem lubrificado. Você foi tão carinhosa que ele sentia necessidade de retribuir com selinhos na boca, nas bochechas, no queixo e descendo para o meio de suas pernas...
Só pararam quando, depois de você, ele se derramou. Derreteu, ficou bobo.
Depois de longos minutos Haechan puxou uma coberta da cama para cobri-la junto a ele. Não queria sair dali tão cedo. Sorriu, trazendo você para o peito e esperando que você não notasse o quão bobo e acelerado o coração reagia depois disso e nem que ele pretendia repetir...
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