A maldição: Draco Malfoy - Li...

By acarolinadlm

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Quarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua famí... More

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos

Capítulo 20

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By acarolinadlm

Noite passada havia sido muito conflitante para a senhorita Fitzgerald, mesmo o veela de Draco jogando em sua cara o quanto gostava dela e com as carícias do rapaz, tudo havia a deixado ainda mais confusa. Aparentemente ter a vida de alguém em suas mãos não era tão charmoso quanto os livros descreviam.

— Bom dia, meu amor. — Draco a puxou para perto, mal havia acordado, mas ele já estava a enchendo de beijos.

— Bom dia... eu quero dormir.

— Dormimos demais, não acha? — Acariciou seu rosto, Maia sequer abriu seus olhos.

— Que horas são?

— Dez, onze horas, quem liga?

— Eu ligo, já que estou confinada com você.

— Diz como se fosse ruim. — A garota suspirou e finalmente abriu seus olhos para encarar o loiro.

— Não é ruim. — Analisou cada expressão do veela que a encarava com seus olhos escuros — Mas eu queria sair um pouco, fazer as aulas. Não seria bom?

— Tenho tudo o que preciso aqui, comida, cama, e o mais importante: você. Não estou nenhum pouco afim de sair para tentarem me matar novamente.

— Não vão tentar de novo.

— Pode me garantir isso?

— Não, mas não deveria aceitar comida de outras pessoas — sorriu e entrou no banheiro.

— Era chocolate, até você cairia. — Maia voltou e o encarou.

— Por que não deixa o Draco aparecer e dizer o que ele acha?

— Porque ele não sabe cuidar de si mesmo. Sequer soube como falar para você o que sente, imagina só se defender.

— E o que ele sente? — A morena tentou disfarçar seu interesse, mas era inevitável não suspirar com o loiro a seduzindo a cada segundo de seu dia.

— Que devemos tomar nosso café ou vai esfriar.

— Vocês são dois chatos.

— Ninguém é perfeito — sorriu, descendo as escadas.

A manhã passou rápido, afinal de contas eles haviam acordado bem mais tarde do que o habitual. Após o almoço decidiram brincar para tentarem se distrair, já estavam completamente entediados, mesmo o veela propondo que eles saíssem daquela maneira mesmo.

— Certo, eu tenho barba, cabelos grisalhos e talvez mais de cem anos, eu sou o Dumbledore? — Maia sorriu.

— Você é ótima nesse jogo.

— Você facilita, vamos sua vez.

— Certo! Eu sou homem, ranzinza, e loiro, eu sou o Draco?

— Não — gargalhou. — Mas está quase.

— Lucius Malfoy?

— Sim.

— Ranzinza é pouco, acredita que ele disse que eu era uma aberração para o Draco? Um absurdo.

— Como é isso?

— O que?

— Você aparece do nada e tcharam um ano de vida, encontre alguém e boa sorte?

— Não é bem assim. — Apoiou-se no sofá — Estou aqui desde o dia em que Draco nasceu, eu cresci com ele, vivi as mesmas coisas, não é como se fossemos duas pessoas diferentes. É igual ao gene mágico, chega uma hora em que ele se manifesta.

— E como sabe quando é a hora certa?

— Eu não sei, essa é a graça — sorriu. — Foi dolorosa a minha primeira manifestação, se Draco não estivesse com o corpo sendo preparado desde os dezesseis anos com certeza teria morrido naquela noite.

— O que aconteceu?

— Não quero falar sobre isso — suspirou. — Não me leve a mal, alguns veelas ficam desacordados durante dias depois da manifestação, e nunca termina de um jeito bom.

— Então, ainda bem que Draco é forte, mas temos um outro problema para resolver.

— Qual?

— O Blásio te viu na noite de halloween, se ele contar para alguém e esse boato se espalhar, estamos ferrados.

— Eu cuido disso.

— Vai usar seu charme com ele?

— Ainda nessa dos homens, Maia? Somos amigos, vou tentar explicar para ele, ou contar ao Dumbledore e deixar ele cuidar disso.

— É uma boa. — Aproximou-se do loiro e sorriu — Se já resolveu isso. — O puxou pelo rosto e o beijou, nem mesmo ela sabia o porquê fez aquilo.

— Eu deveria me preocupar?

— Com?

— De todas as vezes que nos beijamos, nenhuma você tomou a iniciativa.

— Fica tranquilo. — Mordeu seus lábios e continuou o beijando, sequer se importou que já estava ofegante.

— Maia. — O loiro afastou-se — Não faz isso.

— O que?

— Me provocar, sabe que não consigo me controlar por muito tempo.

— Não estou provocando — sorriu. — Mas acho injusto só você poder fazer festinha.

— Como? — riu fraco.

— Shi... — Maia sentou em seu colo e mordeu seu pescoço com calma. Draco suspirou e puxou seu cabelo, ela deixou um gemido baixo escapar e sorriu — Eu quero você, agora.

— Eu também, mas tenho certeza que vai se arrepender.

— Por que? — Deslizou suas mãos por dentro da camisa do rapaz o fazendo suspirar.

— Porque eu te conheço.

— Então deixa eu me divertir, já que não quer ir para os finais comigo — disse a jovem, voltando a beijar o pescoço do loiro dando leves chupadas.

— Ah, Maia — suspirou.

O veela estava se segurando ao máximo para não arrancar suas roupas ali mesmo e se entregar aos seus desejos, tinha medo de ser impulsivo e no dia seguinte encontrar uma Maia totalmente desconcertada e arrependida.

— Você é tão gostoso. — Tirou sua camisa e encarou seu corpo por alguns segundos.

— Você acha?

— Uhum. — Os dois beijaram-se novamente, Draco apertou sua cintura e deslizou suas mãos apertando a garota contra si.

— Sabia que fiquei maluco no dia em que tomamos banho juntos? Merlin como eu me segurei. — Mordeu seus lábios com calma.

— É? — sorriu.

— Uhum, a visão... — Draco tirou a blusa da garota e sorriu — Era incrível. — Distribuiu leves beijos em seus seios — Mas o Draco não conseguiu lidar tão bem.

— O que ele fez? — A garota suspirou.

— Vai achar horrível se eu contar. — A deitou no sofá.

— Eu quero saber, meu amor — debochou.

— Boba. — Encaixou-se entre suas pernas e analisou a garota — Ele esperou você ir para o chuveiro — começou a explicar, enquanto abriu a calça da garota e sorriu.

— E? — Maia abriu sua calça e voltou à posição inicial, em cima do colo do rapaz que agora estava deitado.

— É vergonhoso dizer em voz alta, ele se masturbou, queria tanto que fosse você ali. — A garota o encarou e se debruçou sobre seu corpo.

— Ao menos me esperou sair. Como ele fez? — Deixou alguns beijos em seu tórax.

— O que? — Maia deslizou sua mão com calma e adentrou a calça do rapaz o fazendo respirar fundo.

— Sabe do que estou falando. — Segurou seu membro — Pode me ajudar? — Sua voz parecia estar seduzindo-o, assim como ele fazia com ela.

— Você vai me enlouquecer. — O veela tirou sua calça e segurou a mão da garota, a ajudando com movimentos lentos.

— Está certo?

— Sim. — Soltou sua mão e fechou os olhos.

Draco só queria sentir o prazer do toque da garota em seu corpo, nada mais importava. Em poucos minutos a sala foi tomada pelos gemidos do veela, a garota o beijou para abafar o barulho, sequer pensaram em enfeitiçar a sala para silenciar.

— Maia.

— Hum?

— Para. — Apertou os olhos.

— Por que? — Draco a virou e se debruçou sobre ela.

— Porque eu quero você, e não consigo fazer isso sem querer te marcar.

— Por que isso é tão importante? — Maia acariciou seu rosto.

— Preciso saber que você é minha, quando um veela marca sua companheira eles se tornam uma pessoa só, a ligação entre corpos é importante.

— Então me deixa ser sua. — O loiro sorriu.

— Quero que saiba o que está aceitando, não é algo momentâneo. Você não sabe o quanto eu estou querendo isso, minha vida depende disso, mas não quero que aceite por impulso ou por pena.

— Jamais faria isso com você — suspirou. — Mas beijar pode?

— Pode.

A morena o puxou para perto e o beijou com calma. Maia sabia muito bem o que queria, e faria o que fosse preciso para convencer o sonserino.

— Me morde?

— Como?

— Me morde.

— Assim, do nada?

— Eu quero, por favor.

— Tem certeza?

— Sim.

— Vem cá.

O rapaz sentou-se e a colocou de costas entre suas pernas. Maia respirou fundo, Draco podia ouvir seu coração ficar cada vez mais acelerado, juntou todo o cabelo da garota e o colocou para o lado.

— Fica calma, não vai doer. — Acariciou seu pescoço.

— Eu sei — suspirou, tentando se acalmar.

Draco aproximou-se com calma e depositou alguns beijos molhados em toda a extensão do seu pescoço. Maia sentiu seu hálito quente em seu pescoço, depois dessa marcação não teria mais volta, seu coração acelerou quando sentiu os dentes do rapaz tocarem sua pele, Malfoy fechou os dentes com calma, não a marcaria assim, jamais se perdoaria caso ela se arrependesse.

— É isso?

— Você é o amor da minha vida, Maia. Quero ser o seu também, mas eu preciso que você seja um pouco egoísta. — A abraçou — Teremos tempo para isso, mas não farei antes que tenha total conhecimento, não importa se vai demorar, eu te espero, te esperei por dezessete anos o que são alguns meses?

...

A madrugada chegou e com ela o frio, a senhorita Fitzgerald estava sentada em uma das janelas de sua torre encarando as árvores balançarem, estava feliz e totalmente confusa, apenas desejava que seu avô estivesse vivo, ele saberia a ajudar.

Os dias passaram rápido, logo Dumbledore achou seguro que o loiro voltasse ao convívio com os demais, mesmo ele relutando dizendo que iria o matar.

— Já falei que isso é uma péssima ideia?

— Já, umas trinta vezes. — Maia o ajudou a dar o nó em sua gravata.

— Por que não podemos ficar aqui?

— Porque precisamos ter uma vida.

— Acho uma grande perda de tempo. — Revirou os olhos

— Você é uma gracinha bravo.

— Gracinha? Gostava mais de quando me chamava de gostoso.

— Bom, meu amor, adoro passar um tempo com você. — Passou os braços pelo pescoço do loiro — Mas eu preciso que deixe o Draco voltar.

— Isso é injusto, ele fica com a garota, pode sair por aí e o que eu ganho? — Maia riu fraco e o beijou com calma, sequer estava preocupada em sair cedo para tomar seu café.

— Melhor?

— Vou me acostumar com isso, Fitz. — Draco sorriu, seus olhos estavam claros novamente.

— Desde que não tente matar ninguém, pode se acostumar.

— Engraçadinha, nossa! Por que deixou aquele cara arrumar meu cabelo? — Encarou o espelho.

— Eu deveria impedir?

— Com certeza.

As aulas da manhã passaram rapidamente, mesmo Maia estando aflita em deixar o loiro sozinho, ela tentou se convencer de que ficaria tudo bem, afinal ela não poderia ficar cuidando dele como se fosse sua babá.

— Oi Maia, está estudando? — Luna apareceu entre as estantes da biblioteca chamando sua atenção.

— Ah, Oi Luna, sim. Estou revendo algumas poções antes da avaliação.

— Você está bem? Achei legal o Draco te acompanhar, depois do funeral da minha mãe, o que mais precisei foi de um amigo. — Maia a encarou um pouco confusa, havia se lembrado de que não perguntou ao Dumbledore o que ele inventou.

— Estou bem, obrigado. O que tem feito?

— Ah, estou ajudando as meninas com um trabalho sobre sereias terrestres.

— O que é isso?

— São criaturas mágicas que encantam qualquer um, tem um nome para isso. — Abriu seu livro e encarou algumas páginas — Se chama veela, já ouviu falar? — Maia ficou pálida, não sabia o que dizer, será que elas estavam desconfiando de algo?

— Acho que estudamos sobre isso no terceiro ano, que livro é esse?

— Ah, é de uma escritora chamada Josephine O'brien, ela diz que teve experiências com essas criaturas. Acredita que existem meio-veelas?

— Sério? Que curioso.

— Se quiser pode ficar com esse livro, é bem interessante.

— Ah, obrigado. Vou adorar saber mais sobre essas sereias.

— Eu preciso ir, boa leitura.

— Obrigado, Luna.

Maia folheou algumas páginas esperando a senhorita Lovegood deixar a biblioteca, em poucos segundos ela levantou e caminhou apressada pelos corredores com o livro na mão, parecia estar fugindo de alguém.

De longe avistou o sonserino sentado de costas para o jardim em um dos muros separados pelas pilastras, bem próximo a ele no gramado, as grifinórias o encaravam com medo do garoto.

— Treinando pra maratona? — brincou.

— Temos um problemão.

— O que foi? — Fitz encarou o jardim e notou que as meninas estavam aproximando-se ainda mais.

— Me beije.

— Agora?

— Rápido.

Draco a puxou pela cintura e selou seus lábios, alguns olhares curiosos os encaravam, mas isso só serviu para impedir que as garotas fossem confrontá-lo.

— Quero saber o que está acontecendo — disse o rapaz, lhe dando alguns selinhos e continuou agarrado em sua cintura.

— Certo, mas precisamos sair daqui. — Segurou em sua mão e o puxou para fora dos corredores calmamente.

— O que foi isso? — perguntou Gina, ela ainda estava chocada com a cena que presenciou.

— Eu também não entendi.

— Não faz sentido, se ele é um veela não deveria sair beijando qualquer uma e ele te beijou.

— Não pira, eu o beijei, pelos boatos que ouvi Pansy também. Mas ele e a Maia estão próximos desde a época em que as aulas começaram.

— Acha que ela pode ser a...?

— Não mesmo, ela foi ao baile com o Krum, pelas descrições Draco teria arrancado a cabeça dele sem pensar.

— Ela terminou a noite com ele, eu os vi indo para a comunal da corvinal.

— Se levarmos em conta que perdeu o avô há poucos dias, ela pode estar tentando esquecer o luto com ele.

— Isso não faz sentido — suspirou.

Se ao menos elas soubessem que o luto não tinha nada a ver com essa relação, e que a senhorita Fitzgerald não era só mais uma para o Malfoy.

...

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

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