A maldição: Draco Malfoy - Li...

By expressofic

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Quarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua famí... More

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos

Capítulo 16

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By expressofic

Duas semanas já haviam se passado, desde a morte de Edward Fitzgerald. Os alunos de Hogwarts estavam empolgados, essa noite poderiam comemorar o dia das bruxas.

As aulas passaram rápido e hoje acabariam mais cedo, todos poderiam se divertir com as gincanas e brincadeiras que a escola iria fazer naquela noite.

— Eu preciso que me entreguem essa redação até segunda — disse Minerva, enquanto rabiscava algumas letras na lousa. — Podem se divertir essa noite, mas não se esqueçam de suas obrigações! Podem ir.

— Um dia a Minerva vai nos matar — disse Blásio, revirando seus olhos.

— O lado bom é que logo mais estamos de férias. — Draco tentou animar o amigo.

— Férias? — Maia o encarou — Faltam dois meses ainda, sabe o tanto de coisas que ainda podem acontecer?

— Eu sei, mas pode me deixar ter esperança?

— Vocês vão participar da festa hoje à noite? — Zabini os encarou, enquanto iam para o jardim.

— Não estou nenhum pouco afim — respondeu a morena, sentando-se em um banco.

— Draco?

— Não mesmo.

— Vocês dois são chatos.

— Você vai ir, Blás? — Maia sorriu maliciosamente.

— A Luna quer participar. — Draco gargalhou encarando o amigo.

— Namorar dá nisso.

— Pelo menos eu tenho uma namorada, não sou encalhado igual a você.

— Não estou encalhado, só não encontrei a pessoa certa ainda.

— Pessoa certa? Fala sério Malfoy — Blásio gargalhou. — Acredita nisso, Maia?

— Ah? — A garota saiu de seus pensamentos — Do que vocês estão falando?

— Malfoy está esperando a garota certa para namorar, acredita nisso?

— Ah, milagres acontecem — sorriu debochada.

— Eu duvido muito disso, vejo você na comunal, Draco. Até depois, Maia.

— Até. — O jovem caminhou para dentro do castelo, precisava se arrumar para as festas que teriam mais tarde.

— Está tudo bem? — perguntou Malfoy, apoiando-se em uma árvore.

— Sim.

— Sabe que pode falar comigo, se precisar, não sabe?

— Eu sei, Draquinho. — O rapaz sorriu fraco e suspirou.

— Não me chame assim, Fitz.

— Idiota — sorriu. — Ah, você vai ficar na comunal da sonserina essa noite?

— Sim, por quê?

— É que… Eu queria ficar no seu esconderijo hoje, se importa?

— Não, pode ficar. Se quiser, posso te fazer companhia.

— Obrigado, mas quero ficar um pouco sozinha.

— Sem problemas.

O garoto ficou a encarando por um tempo, enquanto Maia lia um de seus livros sobre transfiguração. Ele sentia-se mal por não poder ajudar a garota, Maia ainda estava de luto, mesmo tendo aceitado a morte de seu avô.

— Draco?

— Hum?

— Vamos entrar?

— Vamos. — Maia segurou no braço do rapaz e caminharam para dentro do castelo — O que vai fazer no esconderijo?

— Com certeza vou usar e abusar daquela banheira.

— Aproveita, não vou te deixar usar sempre — disse o rapas, tentando irritá-la.

— Por que? Achei que nossa relação estava em outro nível.

— Acha mesmo que deixo meus amigos usarem minha banheira? — perguntou a encarando. — Aproveita seus privilégios.

— Palhaço — sorriu.

A noite finalmente chegou, e depois de muita insistência, Blásio conseguiu convencer o amigo a participar da comemoração.

— Você vai ir a que horas? — perguntou Draco, trocando de roupas.

— Mais tarde, os meninos querem começar a comemorar aqui e depois vamos todos juntos.

— Ah... — suspirou, odiava a ideia de ter que participar das festas bobas que a escola dava, mesmo adorando a parte dos doces.

— Ei! — Goyle entrou no quarto — Vocês não vão descer?

— Só estou esperando o Malfoy.

— Estou pronto. — Revirou os olhos.

Os três desceram juntos para a sala comunal da sonserina, a maioria dos garotos estavam conversando e azarando uns aos outros.

— O que estão fazendo? — Blásio jogou-se no sofá e pegou alguns doces.

Malfoy apenas o acompanhou e ficou em silêncio, observando todo o ambiente, já tinha se arrependido de ter aceitado participar dessa noite.

— Estamos falando das garotas — respondeu Crabbe, saboreando seu bolo de caldeirão.

— Quem vocês pegariam? A Granger ou a Weasley? — perguntou Seth D'ângelo, se acomodando em sua poltrona.

— A ruiva, com certeza — indagou Goyle.

— A Granger — disse Crabbe. — E você, Seth?

— A Weasley! E vocês meninos?

— Eu namoro. — Blásio respirou fundo, aliviado por conseguir sair dessa "brincadeira".

— Malfoy?

— Nenhuma.

— Fala sério! — Seth gargalhou. — Certo, Pansy ou Astória?

— Elas são malucas — respondeu, pegando mais alguns doces.

— Mas são gostosas — disse Goyle, e Crabbe assentiu.

— Mmm... Pansy.

— Eu prefiro a Astória — Seth sorriu malicioso.

— Já sei! — Goyle chamou a atenção de todos — Maia ou... Lilá?

— Maia, fácil! — Seth gargalhou.

Draco encarou os rapazes, sentiu uma raiva crescendo em seu peito.

— Mas isso não vale Seth, você já pegou a Fitzgerald. — Crabbe riu.

— E como! — Goyle gargalhou alto.

Malfoy estava com seus pulsos semicerrados, tentando controlar seu veela, que queria arrancar a cabeça dos três garotos.

— Como assim? — O loiro murmurou frio, mal sabia que conseguia ser tão cínico.

— Não sabe? Seth e Maia transaram na sala-precisa — disse Crabbe empolgado. — Achei que soubesse já que andam tão próximos.

— Não sejam indiscretos rapazes. — Seth chamou a atenção dos garotos — O que aconteceu entre Maia e eu foi algo pessoal, não devem sair por aí espalhando boatos.

— Quando foi isso? — perguntou.

— Há algumas semanas — respondeu vitorioso, mas Malfoy sabia que ele estava mentindo. — Me lembro até hoje dos seus gemidos — gargalhou alto.

Zabini encarou o amigo que parecia que iria explodir a qualquer momento, em um momento de fúria o rapaz gritou na sala.

— Cale-se! Jamais repita essas coisas sobre a Maia.

— O que? Não estou falando nada além da verdade. — Seth levantou-se e pegou uma garrafa de água -- Está bravo porque ela não se deitou com você, Malfoy?

O loiro estava com a respiração pesada, sabia que se ficasse ali faria uma grande besteira.

— Maia não é desse tipo. — Levantou-se confrontando o rapaz.

— Que tipo? Fácil? — O loiro o encarou com ódio no olhar e foi para cima do garoto o empurrando contra a parede com toda força possível.

— Nunca mais ouse tocar no nome da Maia! Está me ouvindo? Se fizer isso de novo, eu juro por Merlin que não vai sobreviver para contar essas mentiras de novo.

O moreno parecia espantado com a reação do loiro e suas ameaças, seus amigos sequer moveram-se para o ajudar, todos estavam paralisados observando a cena.

Malfoy o jogou para perto da lareira e saiu da sala comunal, batendo a porta com tanta força que o barulho ecoou pelo corredor. Sua respiração estava cada vez mais pesada, ele precisava ir para seu quarto.

— Draco? — Zabini saiu da sala e encarou o amigo que estava em pé de frente para uma parede com sua testa apoiada tentando controlar sua raiva — Está tudo bem?

— Vai embora, Zabini.

— O que está acontecendo? O que foi aquilo na sala?

— Me... me deixa sozinho, eu preciso sair daqui.

— Precisa de ajuda? — O loiro suspirou e encarou o amigo que se assustou com seus olhos escuros.

— Apenas me deixe sozinho. — O garoto não conseguiu responder nada, estava atordoado com a cena.

...

Draco caminhava com dificuldade pelo castelo tentando encontrar seu dormitório, estava lutando contra seu próprio instinto para não voltar ao salão da sonserina e massacrar todos os que estavam falando mal da senhorita Fitzgerald.

Em poucos minutos encontrou o quadro que dava acesso ao seu dormitório e murmurou a senha "pena de águia", a porta abriu-se lentamente e ele jogou-se para dentro da sala, ao menos ali ele não correria o perigo de atacar alguém.

— Oi? — A voz surgiu da escada — Achei que não viria para o quarto hoje.

A garota desceu os degraus e se deparou com um Malfoy transtornado sentado ao chão com a cabeça apoiada na porta.

— Draco? — Aproximou-se lentamente — Está tudo bem? — O rapaz negou com a cabeça — O que aconteceu?

— Eu... eu sou um monstro, Maia.

A morena sentou-se em sua frente e tirou as mãos do rapaz de seu rosto, seus olhos permaneciam fechados e algumas lágrimas ousavam escapar. Draco parecia uma criança acuada.

— Olhe para mim.

— Não quero que me veja assim, Maia.

A garota acariciou seu rosto com toda delicadeza possível tentando acalmá-lo, o que acabou dando certo. Em poucos segundos Malfoy parecia um filhote de cachorro, deitando sua cabeça na mão da morena.

— Vai me contar o que está acontecendo? — Finalmente o loiro abriu os olhos, ela pode ver a cor de sua íris ficar cada vez mais clara.

— Prefiro que não saiba, não quero te ver triste.

— Eu fiz algo?

— Não.

— Quem então?

— O idiota do Seth. — A garota o encarou com o olhar curioso — Estávamos na sala da sonserina e os meninos estavam conversando sobre as garotas... Até que seu nome apareceu, o D'ângelo inventou algumas mentiras e...

— E?

— Eu fui para cima dele, só queria arrancar sua cabeça fora e a dos outros também — suspirou.

— Você o machucou?

— Não sei, eu saí antes de alguém ir ajudar.

— O que ele estava falando para te deixar tão irritado?

— Ele estava falando que fez sexo com você na sala-precisa. — Os olhos da garota expressavam raiva.

— Não se preocupe, eu mesma cuidarei disso. — Malfoy sorriu e a encarou.

— É estranho eu ter desejado matar eles e não sentir nada além de raiva?

— Só está bravo, é normal — suspirou. — Vamos levantar desse chão gelado?

— Estraguei seus planos, não é? — perguntou Draco, ambos levantaram-se do chão.

— Não, você pode esperar aqui enquanto fico na banheira — sorriu, prendendo seus cabelos.

— Nem pensar! Quero me distrair, se não eu vou voltar para o salão comunal e terminar o que comecei.

— Ah, Draquinho, eu preciso relaxar.

— Eu também — suspirou. — Acharia estranho se tomássemos esse banho juntos?

— Como? — O encarou assustada.

— Não pense bobagem! É apenas um banho com nossas roupas de baixo.

— Está se aproveitando da situação, Malfoy.

— Não, por favor. Eu não faria isso com você.

A garota suspirou e o encarou pensativa, sabia que seria apenas um banho, mas tinha medo do que isso poderia se tornar.

— Certo, mas não me olhe e não encoste em mim.

— Certo, mandona.

Os dois subiram tentando fingir que estavam calmos com a situação, nunca haviam tomado banho com outra pessoa. Draco abriu as torneiras da grande banheira e a deixou encher, jogou alguns sabonetes na água e respirou fundo.

Sequer havia percebido que a garota estava se despindo de seu uniforme bem atrás dele.

— Eu vou para o quarto, tudo bem?

— Tá bom. — Maia assentiu e esperou o rapaz sair do banheiro para tirar a roupa que restava.

Aos poucos entrou na banheira que estava com a água morna e deitou-se com a cabeça apoiada na borda. A espuma estava cobrindo-a praticamente por inteiro.

— A água está boa? — Draco voltou para o banheiro, apenas com sua calça.

— Sim. — Maia corou com a situação que os dois estavam, mas tentou ignorar completamente e fechou os olhos.

Malfoy tirou sua calça e entrou com calma na banheira, apoiando-se do outro lado de frente para a garota.

— Não existe coisa melhor — sorriu deitando-se.

— Só está faltando meu vinho — Maia brincou.

— O máximo que teremos é água. — A garota riu fraco e encarou o rapaz.

— Por que ficou tão irritado com o Seth?

— Porque ele estava mentindo sobre você.

— Tem certeza?

— Não deixaria ninguém dizer aquelas coisas sobre você perto de mim. Somos amigos, não somos? — A garota respirou fundo e assentiu.

— Somos sim.

Draco encarou os pés da garota que balançavam pela água e sorriu. Os pegou e começou a fazer cócegas.

— Não adianta, aí eu não tenho cócegas — Maia sorriu vitoriosa.

— Chata — bufou.

— Deveria aproveitar que já está aí e me fazer uma massagem, não é?

— Não.

— Ah, Draquinho. — Alisou suas pernas no rapaz — Por favor.

— O que ganho com isso?

— Minha amizade eterna.

— Mmm... Não é vantajoso.

— E o que você quer, Malfoy? — Sentou-se na banheira e o encarou.

— Eu posso escolher? — Aproximou-se ao lado da garota.

— Se estiver ao meu alcance, mas acho que salvar sua vida já é algo muito bom como troca.

— Realmente — sussurrou, analisando os traços da garota. — Mas eu sei de algo muito mais interessante. — Depositou alguns beijos leves no pescoço da garota e sorriu quando a viu arrepiar.

— Sério?

— Uhum. — Draco subiu beijando toda a extensão de seu ombro ficando cara a cara com a garota — É só falar que sim.

...

© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulina – Brasil, 2020

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