A maldição: Draco Malfoy - Li...

By expressofic

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Quarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua famí... More

Notas da autora
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Agradecimentos

Capítulo 14

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By expressofic

Os adolescentes estavam aglomerados na pista de dança, toda aquela animação fazia o castelo vibrar. Ao contrário dos bailes que ocorriam para dar boas-vindas aos visitantes ou celebrar um grande feito, o baile de inverno servia apenas para tranquilizar os alunos antes que as provas e atividades começassem.

Mas nem todos os alunos estavam tranquilos durante o baile, mesmo Draco tentando se manter distraído, Pansy fazia questão de reclamar por conta de sua gravata, afinal o que as pessoas pensariam?

— Eu posso mudar a cor desta gravata.

— Não ouse! —  advertiu. — Eu já estou cumprindo com nosso acordo.

— Vamos dançar. — Pansy segurou a mão do rapaz e o puxou para o meio da multidão.

Aos poucos encaixaram-se entre os outros alunos e dançaram juntos. Próximo às pilastras Hermione e Gina tentavam manter tudo sob controle, essa noite teria que ser perfeita.

— Os doces já estão prontos novamente? —  perguntou Gina.

— Já pedi aos elfos para abastecer as mesas.

— Acho que está tudo sob controle! —  A ruiva sorriu procurando Harry entre os alunos, mesmo se relacionando há algum tempo, eles ainda não sentiam-se preparados para revelar isso ao Ronald, com certeza o ruivo explodiria quando soubesse.

— Finalmente, Minerva não me deixava em paz. — Gina riu e encarou o casal totalmente deslocado a alguns metros.

— Agora você pode relaxar e quem sabe ir atrás de um certo sonserino? — disse maliciosa, depois que Gina descobriu o que a amiga fez na biblioteca com o loiro, ela a perturbou durante toda a semana.

— Não repita isso! Draco é um preconceituoso nojento.

— É, mas você gostava dele no primeiro ano.

— Eu era uma criança e o incidente na biblioteca não significou nada.

— Se você quer chamar assim.

— Aquele é o Viktor? — Granger apertou os olhos tentando enxergar o casal que estava entrando no salão.

— Sim, e Maia atiradinha Fitzgerald! — A castanha suspirou, mesmo sabendo que poderia estar sendo acompanhada por ele outra vez, preferia não criar expectativas.

— O vestido é bonito.

— Vocês deveriam conversar.

— E falar o que? Eu estou o evitando desde o dia em que ele pisou em Hogwarts. E agora ele já tem com quem se distrair —  suspirou encarando o casal.

— Você está linda, senhorita Fitzgerald. — Krum a elogiou olhando seu vestido.

— Obrigado — sorriu tímida.

— Você quer beber algo?

— Ah, claro.

— Aceita vinho?

— Você sabe que eu não posso tomar bebidas alcoólicas. — A morena o lembrou.

— Se você não contar, eu também não conto — disse sorrindo.

Viktor parecia tão certinho na maioria das vezes que Maia até se esquecia de que ele ainda era muito jovem.

— Aceito. — O moreno afastou-se e foi até uma das mesas procurar pelas bebidas, Maia olhava incansavelmente ao seu redor, ela estava procurando pelo loiro, com certeza ele deixaria a festa mais animada.

— Maia? — Krum chamou sua atenção —  Está tudo bem?

— Sim — sorriu.

— Sua bebida. — Entregou-lhe uma taça, fizeram um brinde sem palavras e a garota deu um gole em sua bebida — Vai com calma, não quero ninguém vomitando por aí.

— Fica tranquilo, você quer dançar?

— Se me permite. — Segurou a mão da garota e a acompanhou para a pista.

Assim que aproximaram-se a música mudou sua intensidade, a batida agitada foi tomada por uma melodia calma e lenta.

— Isso foi combinado? — Maia o encarou.

— Não seria tão bom se fosse combinado. — Krum segurou firme em sua cintura e a puxou para perto.

A garota ficou em silêncio e apenas o acompanhou naquela dança, não é como se ela fosse a melhor dançarina do mundo, mas lembrava-se de quando era uma criança e seu avô tentava a distrair ensinando como dançar, enquanto seus pais estavam fora.

Todos estavam em completo silêncio apenas dançando com seus parceiros. Blásio Zabini sentia seu coração disparar a cada movimento que fazia enquanto dançava com Luna. Ao contrário do amigo, Draco estava contando os minutos para se ver livre da senhorita Parkinson.

As horas passaram lentamente para todos a noite não acabaria tão cedo, mas Maia teria seu companheiro roubado pela castanha.

— Com licença — disse Hermione. Ela estava decidida em conversar com o búlgaro.

— Sim? — Krum respondeu antes que Maia pudesse responder qualquer coisa.

— Estou atrapalhando? — perguntou encarando os dois.

— Não — respondeu Maia, ela não tinha tanto assunto quanto pensava que teria na companhia do búlgaro.

— Viktor, nós podemos conversar? Se não for problema para você Maia.

— Se ele quiser — suspirou, por um segundo o moreno pensou em negar o pedido da grifinória. Mas ele não poderia negar, ainda tinha sentimentos pela castanha.

— Eu volto logo. — Os dois afastaram-se, deixando a senhorita Fitzgerald completamente sozinha.

Alguns casais estavam saindo da pista de dança, aos poucos deixando-a vazia. Maia reparou em Luna e Blásio, que não pararam de dançar por um minuto sequer naquela noite.

Mesmo sendo um casal improvável, eles pareciam ter sido feitos um para o outro. A morena estava tão distraída encarando os dois que sequer reparou o sonserino aproximando-se.

— O que está olhando? — A garota deu um pulo por conta do susto.

— Já pedi para não fazer isso, Draco.

— Desculpe, mas você não me respondeu.

— Não estou olhando nada.

— Claro que está — sorriu, o rapaz adorava deixar a garota irritada.

— Não deveria estar com a sua acompanhante?

— Você também, mas está aqui sozinha. — A morena suspirou derrotada — Ela está indo embora, finalmente estou livre.

— Ela não te obrigou a vir.

— Tem razão, mas precisei.

— Draco! — Senhorita Parkinson chamou a atenção do rapaz e aproximou-se — Não vai me acompanhar até a sala comunal?

— Por que eu iria?

— Porque viemos juntos ao baile.

— Acredito que não vai correr nenhum perigo até a comunal.

— Você é um ogro, sabia? — O loiro apenas deu de ombros e ficou olhando a garota afastar-se enquanto praguejava algumas palavras.

— Uau! Você é um cavalheiro — disse Maia enquanto dava um último gole em sua taça de vinho.

— Eu não vou tratar bem alguém que me manipulou. O que está bebendo?

— Vinho.

— Quem diria, você fazendo algo errado.

— Acha que aquela conversa termina cedo? — suspirou encarando o búlgaro limpando as lágrimas de Granger.

— Não, vai esperar ele?

— Estou com frio e cansada, eu quero ir me deitar.

— Posso te acompanhar, se quiser.

— Eu posso ir sozinha — respondeu saindo do salão, mas o garoto a acompanhou.

Os dois caminharam lentamente pelos corredores, andar com sapatos de salto alto pelos corredores e escadarias do castelo era torturante.

— Seus pés não estão doendo com esses sapatos?

— Muito.

— Tira eles.

— Está maluco? O chão deve estar congelando.

— Tira logo, eu te ajudo com isso.

— Como?

— Já te disseram que você é teimosa?

— Sim. — Draco bufou e abaixou-se, antes que a garota pudesse revidar ele a jogou em seu ombro, aparentemente a senhorita Parkinson não estava tão errada — O que está fazendo? Me solta.

— Para de ser chata! Toma, segura seus sapatos. — Malfoy tirou os saltos da garota e lhe entregou.

O gene veela o deixava tão forte que Maia parecia não pesar um quilo sequer em seus ombros, até mesmo subindo as escadas.

Em poucos minutos o rapaz falava a senha de seu dormitório em alto e bom tom.

— Eu vou para o meu quarto.

— Fica um pouco comigo. — Draco finalmente a colocou no chão, ela não respondeu e jogou-se no sofá, sabia que discutir não adiantaria nada.

— O que você quer?

— Você. — Sorriu malicioso.

— Para com isso. — O loiro aproximou-se e deitou ao seu lado no sofá.

— Ontem você não me pediu para parar.

— Você é péssimo — disse respirando fundo.

— E você está linda essa noite.

— Obrigado, mas isso não muda nada. — Malfoy aproximou-se e encarou seus olhos.

— Está chateada?

— Por que estaria?

— Por causa daquele búlgaro idiota.

— Não, só estou cansada. — Acariciou os cabelos do rapaz, era inevitável não querer tocá-lo, o veela sabia como usar seu charme.

— Pode dormir aqui se quiser, usar a banheira...

— Tentador, mas vou deixar para depois. — Draco acariciou o rosto da garota, podia sentir seu próprio coração acelerar, tinha medo de estar se enganando e confundindo as coisas mais uma vez.

— Eu posso te fazer mudar de ideia. — O loiro lambeu os próprios lábios e sorriu.

— Eu preciso ir. — Maia levantou-se em um pulo, não deixaria que seus desejos a fizessem se entregar novamente.

...

Aquela manhã de domingo estava monótona, todos os alunos estavam exaustos da noite anterior. Maia acordou cansada e com dor de cabeça, podia sentir seu cérebro latejar – talvez beber vinho quando não se está acostumada não fosse uma boa ideia. – saiu dos próprios pensamentos quando viu Clarisse Rowle chamar sua atenção.

— Com licença, Maia? — A secundarista a chamou.

— Oi.

— Estava dormindo? Desculpa.

— Sem problemas. — Sentou-se na cama tentando arrumar os cabelos — Aconteceu algo?

— O diretor Dumbledore pediu para que você fosse à sua sala, depois do café.

— Sabe o que ele quer?

— Acredito que seja algo sobre a monitoria.

— Obrigado, Clarisse.

— Disponha. — A garotinha saiu saltitando do quarto, Maia reparou que estava só de lingerie enquanto conversava com a moça.

No salão principal os alunos pediam silêncio, a maioria estava de ressaca, mas Blásio Zabini estava com um sorriso de orelha a orelha.

— Onde passou a noite, Draco?

— Por aí, por quê?

— Achei que tinha ido dormir com a Pansy, já que não voltou para o quarto.

— Nem pensar. — Revirou os olhos, com certeza Pansy seria a última garota do mundo em que Malfoy pensaria em tocar — Estava por ai.

— Ainda bem que não voltou.

— Como?

— A Luna não queria ir para o quarto porque pensou que você fosse chegar.

— Então vocês foram para o quarto? — O garoto o encarou com o olhar malicioso, o amigo apenas assentiu — Ao menos alguém se deu bem essa noite.

— E como — sorriu, enquanto devorava sua torta de limão.

— Vocês viram a Maia? — Lovegood aproximou-se tentando recuperar o fôlego.

— Não — responderam em coro.

— O que houve? — perguntou Draco preocupado.

— Pelo o que me disseram o avô dela estava tentando fazer algumas novas fórmulas de poções, mas não acabou muito bem.

— O velho Fitzgerald está doente? — Malfoy parecia mais preocupado do que deveria estar, mas quem soubesse de seu segredo saberia muito bem o motivo.

— Não, teve uma explosão e ele acabou falecendo ontem de madrugada.

— E cadê a Maia? — perguntou Zabini, todos sabiam o quão apegada Maia era de seu avô.

— Ninguém sabe, depois que Dumbledore contou ela sumiu.

Malfoy não quis ouvir um “a” a mais sobre essa história, se Maia escondeu-se ele sabia muito bem aonde ela poderia estar.


© Expresso Fic & Calina D.L.
São Paulo – Brasil, 2020

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