Internato | Finn Wolfhard

Por thewolfhardgirlx

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Em uma mistura entre romance e terror, Finn Wolfhard e s/n (seu nome) se conhecem em um internato, onde coisa... Mais

name;
maze;
missing boy;
you're terrible;
I gonna kill you;
"that";
great friends ;
accusation;
i don't care;
another strange boy;
fire;
find me;
I would never threaten you;
the party is over
the most scared of all
accident;
the lines that we shouldn't cross;
just run;
memories;
do you love me ?
long ago;
truth;

panic and letters;

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Por thewolfhardgirlx

Os policiais que chegaram quando o dia amanhaceu eram de um pequeno vilarejo, que na realidade era a civilização mais próxima do internato. A diretora contou que Mary havia caido da escada e batido a cabeça, assim causando sua morte. Os policiais, pouco experientes com esse tipo de coisa (já que nada nunca acontecia em seu vilarejo) acreditaram.
A diretora ficou fora aquele dia todo. Não importava se ela acreditava que tivera sido um acidente ou assassinato, Mary estava morta de qualquer forma. E ela, abalada.

Todos estavam em pânico, corriam que nem loucos fazendo suas malas e tentando ligar para seus pais, mas não tinha sinal telefônico em nenhum dos aparelhos. Depois disso uma garota teve a brilhante idéia de que todos então escrevessem uma carta, pedindo para que seus respectivos pais viessem buscá-los ou algo do tipo.

Todos estavam com papéis e canetas na grande mesa da sala de jantar, já que agora, qualquer pessoa em sã consciência se recusava a ficar sozinha por qualquer parte do internato que fosse.

─ Você não vai escrever nada? - Perguntei depois de olhar para o papel em branco de Finn.

─ E o que eu diria? - Ele respondeu. ─ "Hey, sou eu, Finn. Sei que não nos falamos faz muito tempo e vocês estão cagando pra mim, mas poderiam vir me buscar por favor? Uma pessoa morreu". - Depois de dizer isso ele levantou bruscamente da cadeira e subiu para os dormitórios.

─ O que tem de errado com ele? - Jack falou sentando-se ao meu lado.

Dei de ombros.
─ Eu não sei. Acho que ele não se dá muito bem com a família.

─ E com quem ele se dá bem? - Jack respondeu, depois logo continuou, mudando de assunto ─ Cara, minha mãe vai pirar.

─ Acho que todas vão. - Falei cabisbaixa.
A verdade era que eu, assim como todos os outros estava em pânico e queria sim ir embora o mais rápido possível depois do que aconteceu. Mas isso também significava que eu nunca mais veria Finn, ou Jack, as meninas e até mesmo Jaeden.

─ Não esqueçam de colocar o endereço de suas casas. - A garota que havia tido essa ideia falou da ponta da mesa. ─ O carteiro recolhe as cartas as seis em ponto de hoje.

O relógio tinha marcado cinco horas quando todos terminaram suas cartas, que se resumiam basicamente em : "mãe, pai, isso não é uma pegadinha. Por favor venham me buscar logo. Algo ruim aconteceu" ou "MÃE UMA PESSOA FOI MORTA ME TIRA DAQUI RÁPIDO" .

A garota recolheu todas as cartas e foi até a porta, mas antes de girar a maçaneta, caminhar pelo longo caminho de pedras até o portão de entrada onde a caixa de correio estava, ela parou.

A verdade era que ela não havia pensando nessa parte. Quem levaria as cartas até lá? O dia ia começar a escurecer em breve, e ninguém queria sair do internato.

─ Eu levo. - Uma voz veio do canto da sala, fazendo todos olharem para lá. Era Jaeden.

Estava parado com as mãos nos bolsos em uma parte mal iluminada do lugar. Alguns cochichos começaram a se estender pelo cômodo, e Jaeden começou a caminhar em direção a garota e as cartas, fazendo um toc toc cada vez que seu sapato de couro entrava em contato com o chão.

Parou na frente da menina e sorriu. Depois, esticou a mão. Ela relutou por um momento, mas depois, com a mão trêmula as entregou.

Todos ficaram em silêncio, um silêncio constrangedor. Ou, um silêncio do tipo quando se está assustado demais e não se sabe o que dizer ou fazer.

─ Eu vou com você. - Kate falou levantando de sua cadeira, surpreendendo a todos.

─ Não é necessário. - Jaeden falou com uma voz fria. ─ Eu sei andar sozinho. - Disse e então sorriu, abriu a porta e saiu.

Todos correram para janela espremendo seus narizes contra o vidro gélido para olhar o garoto que seguia o longo caminho.

─ Não devia tê-las entregado à ele. - Kate falou para garota.

─ Kate? - Interroguei, esperando que ela me explicasse porquê estava agindo daquela forma.

Kate me encarou por um momento, com uma feição estranha, provavelmente se perguntando se era uma boa idéia dizer algo ou não. No fim, ela simplesmente correu escada a cima.

─ Olhem! - Um garoto gritou apontando pra fora da janela depois de um tempo ─ Ele está voltando.

─ Alguém viu ele colocando as cartas lá? - Outra garota perguntou.

─ Não. - Jack, que estava com os olhos grudados na janela respondeu. ─ Mas isso é porquê a caixa de correio está pra fora do portão, em frente ao muro, se você tivesse visão de raio x talvez pudesse ver.

Todos sairam da janela.

─ E agora? O que fazemos?

─ Esperamos. - Respondi.

Depois disso, quando já era umas sete horas, todos ainda estavam amontoados em volta da lareira, que Emma fez o favor de acender.

─ Vocês acham mesmo que alguém fez aquilo com a Mary? - Um garoto perguntou, depois de um longo tempo em silêncio.

─ É claro. - Jack falou. ─ Vocês não viram a cabeça dela? Aquilo não se faz em um degrau.

─ Na verdade eu não olhei diretamente pra cabeça dela. - O garoto respondeu. ─ Mas se foi alguém, com certeza foi o Wolfhard.

─ Que? - Indaguei. ─ Por que sempre que acontece algo desse tipo vocês acham que foi ele?

O garoto deu de ombros.
─ Ele não está aqui agora. Isso significa que ele não tem medo do que aconteceu como todos nós. O que só leva a crer que ele não tem medo porque foi ele mesmo que fez isso.

─ Que otima dedução, Sherlock. - Jack falou. ─ Talvez ele só não queira estar no meio das pessoas que vivem culpando ele por tudo.

─ Está defendendo o namorado, Grazer? - Jaeden falou de repente, me fazendo lembrar de que ele estava ali. ─ Me diz... Jaeden continuou, se aproximando de Jack. ─ Ele pagou você pra dizer isso?

─ Cala boca. - Jack respondeu.

─ Todos sabemos que ele é perigoso.

─ Se eu fosse você não falaria tanto, talvez você esteja na mesma linha que ele. - Falei e Jaeden me encarou, depois sorriu.

─ Bom, se eu realmente estiver é melhor não me irritar, certo ? - Ele piscou, depois cruzou os braços e se encostou na parede.

A luz dos faróis de algum carro atravessou a janela logo depois, fazendo todos correrem para porta achando ser algum de seus pais. Um pensamento completamente absurdo, já que o carteiro tinha levado as cartas fazia apenas uma hora. Ou pelo menos era o que nós acreditávamos.

Era a diretora, com a mesma feição séria de sempre. Carregava em baixo de um dos braços um daquele potes de cinzas (Mary).

Contaram para ela sobre as cartas, e ela gritou por uns 20 minuitos, dizendo que aquela tinha sido uma atitude idiota, que não tinha nada para se preocupar, já que tudo não tinha passado de um acidente. Ela deu ênfase nessa palavra, depois mandou que todos fossem para seus quartos e acendessem velas se quisessem, já que o internato estaria sem luz até que os eletricistas chegassem depois de um ou dois dias.

Subi até meu quarto mas Kate e Jess não estavam lá, no lugar disso, Finn estava sentado na minha cama, observado uma vela que tinha acendido.

Parei na porta e o encarei, mas ele continuou olhando pra vela.

─ Interessante não é? - Ele falou sem olhar para mim, o que fez eu me questionar como ele sabia que eu estava ali. ─ O fogo.

─ Finn... - Comecei a falar, mas ele continuou, como se não tivesse me ouvido.

─ Pode acabar com tudo em questão de minutos. - Agora ele colocava a mão sobre a pequena chama, quase encostando-a em sua palma. ─ Casas, florestas... famílias.

─ Finn, você vai se queimar. - Falei indo até ele e tirando a vela de seu alcance.

─ (s/n) ? - Ele disse com o olhar brilhante. ─ O que está fazendo aqui?

─ Bom, é o meu quarto. - Falei olhando em volta e dando um risinho.

Ele levantou, segurou minha cintura e me empurrou até a parede, depois me encarou por um tempo e então me beijou.

Foi um beijo estranho, diferente do da outra vez, parecia ter algum tipo de sentimento diferente agora.

Ele parou o beijo e segurou meus ombros.
─ Você precisa sair daqui.

E dizendo isso, saiu quarto a fora.

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