Londres, Inglaterra - Fevereiro de 2018
Não sei qual foi a parte mais difícil, esconder o chupão que Caitríona deixou em meu pescoço ou me livrar de Mackenzie.
Bati na porta do seu quarto de hotel e hesitei. Será que ela tinha mudado de ideia? Será que tinha dito apenas o que eu queria ouvir para se livrar de mim? Meus pensamentos de auto piedade foram sufocados no momento em que ela abriu a porta.
Ela estava linda! Eu já tinha dito isso para ela quando a vi no tapete vermelho, mas de alguma forma, ela conseguia ter ficado ainda mais bonita depois do evento.
Não sei por quanto tempo a encarei boquiaberto, antes que ela me puxasse para dentro do quarto e fechasse a porta.
— Eu pensei que tinha mudado de ideia. — Disse por fim.
Ela parou no meio do quarto e me olhou. Não disse nenhuma palavra, apenas me olhou nos olhos.
— Cait... — ela me cortou.
— Eu disse uma noite, Sam. É melhor fazer valer a pena, não acha?
Provações. Ela adorava me provocar e sabia o efeito que suas palavras costumavam causar em mim.
— E depois?
Ela me encarou descrente.
— Você sabe o que vem depois, Sam. Não te prometi nada além disso... — fez um gesto amplo, indicando o quarto e o tempo também — É tudo o que posso te dar, Sam. Tudo o que podemos dar um para o outro.
— Uma despedida?
Ela se aproximou, segurando as lapelas de meu terno. Roçou sua boca na minha, mas não me beijou.
— Não. — Diz firme — Não conseguiria me despedir de você e você sabe disso.
E me beijou. Não o beijo intenso, avassalador e violento que demos no banheiro, mas um beijo calmo, carinhoso e apaixonado. A segurei pela cintura, aprofundando o beijo, mas mostrando a ela que eu também não poderia me despedir. Nunca.
— Vamos aproveitar a noite, amor.
Senti minha pele arrepiar. Ela não me chamava assim há muito tempo! A beijei novamente com ímpeto.
Ela me afastou depois de um tempo.
— Onde está a sua gravata, Sammy?
— Você sabe que não consigo fazer aquele bendito nó.
— Oh... não? — Comentou irônica — Era para isso que me mantinha por perto?
— Por isso e outras coisas. — sorri envaisado para ela e dei a volta, queria ver como o vestido enluvava seu corpo perfeitamente — Esse vestido me deixou louco a noite toda, sabia?
Ela deu uma risadinha.
— Escolhi por sua causa.
— É mesmo? — Não consegui controlar a surpresa em minha voz.
— Não sabia como você iria reagir depois de tanto tempo sem contato... — Respirou fundo — Tinha que fazê-lo me olhar de alguma forma, não?
— Ah, Cait... — suspirei — Eu a olharia de qualquer forma! — Mordi seu lóbulo.
— Oh!
— Você sabe que meu olhar sempre está em você, não importa a roupa que vista, amor. — Beijei sua nuca e senti a pele arrepiar onde eu havia beijado.
— Quando você me tocou no tapete vermelho... — cortei seu pensamento com um beijei atrás de sua orelha — E-eu perdi a compostura por alguns segundos.
— Eu senti sua pele arrepiar.
— Escocês desgraçado!
— Você provocou primeiro. — Beijei sua nuca novamente e fui descendo os beijos pela área aberta do vestido — Eu queria ter feito muito mais naquele momento do que pôr a mão em sua pele nua.
— É mesmo? — comentou com ironia— Eu nem percebi. — Provocou jogando os quadris para trás em minha ereção, a afastei usando o pingo de autocontrole que me restava.
— Quieta. — Ela deu uma risadinha, mas sua pele continuava arrepiando onde meus lábios encostavam. — Onde está o zíper?
— Na lateral. — Sua voz estava rouca de tesão.
Deslizei o fecho lateral e ela rapidamente retirou os braços do vestido, fazendo-o cair em um baque surdo no chão.
Ela não usava nada por baixo e eu reprimi um grunhido. Ela me deixava louco quando fazia isso!
— Você rasgou minha calcinha no banheiro, lembra? — rebateu ao receber meu silêncio para a sua nudez.
— Sim, eu me lembro bem. — Me encostei nela, beijando seu ombro agora nu. — Foi onde você deixou sua mordida de cobra em meu ombro.
— Ei! — Se afastou abruptamente quando a mordi no mesmo lugar que ela havia me mordido.
— Eu disse que tinha sido injusto.
Aproveitei sua distância para admira-la. Como essa mulher conseguia ser tão linda?
— Você continua sendo a mulher mais linda que já vi na minha vida.
— Você só diz isso porque quer me levar para cama.
— É mesmo? — Debochei, me aproximando e abocanhando um dos seus seios.
— Sim, Sam! — Gemeu.
Usei a mão no outro seio que estava negligenciado. Puxando o mamilo com força e ela gritou de prazer.
Aproveitando sua distração, desci as a mão livre sorrateiramente até seu clitóris a estimulando.
— Oh!
Larguei o seio que chupava para dar a devida atenção para o outro. Cait segurava meus cabelos e empurrava minha cabeça mais para frente, meus dedos continuavam a estimulando. Quando senti que seu orgasmo estava próximo, a segurei pela cintura com a mão livre, mas não parei.
— Sam!
A mantive firme pela mão que segurava sua cintura até que ela recuperasse a firmeza em suas pernas pós-orgasmo.
— Por que diabos você ainda está vestido?
— Seu prazer em primeiro lugar, querida.
— Tire o paletó. — Ordenou — Lentamente.
Me afastei um pouco e fiz como ela mandou. Ela mordeu os lábios e me deu um sorriso safado.
— Suspensórios, Sammy?
— Precisava te impressionar de alguma forma já que não usava gravata, não é?
— E como você sabia que eu os veria?
— Palpite de sorte? — Ela me puxou pelos suspensórios e me beijou novamente, me jogando contra a parede.
— Palpite de sorte... — ironizou após o beijo, puxando os suspensórios e os soltando fazendo com que batessem com força em minha pele.
— Aí.
— Eu gosto. — Sorriu novamente. — Tire a blusa, Sammy.
Demorei vários segundos para desabotoar, porque queria irrita-la, mas ela simplesmente perdeu a paciência e começou a fazer o trabalho ela mesma. Suas mãos tremiam e ela desistiu de tentar soltar os últimos botões puxando a camisa com força, fazendo-os saltar.
— Você me deve uma camisa.
— E você me deve uma calcinha. — Puxou os suspensórios mais uma vez, mas dessa vez o contato foi direto com a minha pele.
— Ah!
Ela me beijou e deslizou os suspensórios pelos meus ombros. Então, beijou meu pescoço, meu ombro, meu peito, meu abdômen e quando se ajoelhou em minha frente, sabia o que viria.
— Está pronto para mim?
Empurrei minha ereção, ainda sob a calça em seu rosto e ela riu.
— Calma, Sammy. Temos tempo. — Rebateu usando a frase que usei em nossa primeira vez.
Ela abriu minha calça e puxou junto com a cueca com maestria.
— Ah, olá, amiguinho. — Ironizou.
Ela deu um beijinho na ponta do meu pênis, depois fez o mesmo com as bolas. Ela começou lubrificando-o com sua língua, lambendo-o com precisão, depois o enfiou na boca sem pudor, abocanhando o máximo que conseguia e começou a me foder com a boca. E que boca deliciosa!
— Caitríona, pare ou eu não vou conseguir me segurar.
Ela soltou e me olhou com um sorriso maléfico.
— Quem disse que quero que você se segure, Sammy? — E abocanhou meu pau novamente, sugando com volúpia.
— Por Deus, mulher!
— Blasfemando, Sammy? — Diz depois de limpar o gozo que escorria pelo seu queixo ainda ajoelhada em minha frente. Deveria ser considerada a visão do paraíso ou do inferno, tê-la daquele jeito em minha frente — Que feio... deveria ser castigado por isso.
— E como você sugere que eu seja castigado? — Ela deu mais um sorrisinho enquanto se erguia, apertando minhas coxas com força.
— Eu tenho algumas ideias...
— É mesmo?
Não contente com seu trabalho lá embaixo, ela começou a sugar meus mamilos também, nada delicadamente.
— Talvez eu te faça implorar. — Abandonou meu mamilo e foi deixando beijos e mordidas por cada gominho em meu abdômen.
— Caitríona! — Rosnei quando ela me mordeu com força.
— Você está implorando, Sam?
— Não. — Ela apertou minha bunda e continuou seu trabalho em meu abdômen. Desceu suas mãos pelos meus quadris, mas não me tocou lá.
— Vamos, Sam... me diga o que você quer. — Provocou e apertou meu pênis com firmeza, mas não tanta pressão. — O que você quer?
A tomei pela cintura e a empurrei na parede em meu lugar. Suas costas bateram com certa força e ela gemeu de prazer.
— Minha vez.
Ergui seus braços acima de sua cabeça enquanto beijava seu colo, puxei uma de suas pernas para minha cintura e a penetrei.
— Oh! — Gemeu em surpresa.
— O que você quer, Cait? — Me mexi com cautela, ouvindo os sons que ela fazia com atenção.
Ela estava impaciente e mostrou isso ao enlaçar sua outra perna em minha cintura, aumentando a penetração.
— Eu quero que tire tudo de mim, amor. — Disse me olhando nos olhos.
— Seu desejo... — me mexi vagarosamente e ela gemeu —, é uma ordem.
Ela se debatia e afundava os seus saltos em minha pele com mais força a cada estocada, suas pernas firmes ao redor do meu quadril.
— Solte minhas mãos, Sam. — pediu. Ela as usou suas garras, ficando-as por toda a extensão das minhas costas.
— Oh! — Mordi seu lóbulo enquanto ela atingia seu ápice e em mais três estocadas alcancei o meu.
Respiravámos com dificuldades um na boca do outro, totalmente perdidos em nosso frenesi do orgasmo poderoso e recente. Sai de dentro dela, sentindo falta imediatamente e a carreguei até a cama, deitando-a na mesma. Sua respiração ainda era pesada e sua pele estava vermelha por conta do suor e do esforço.
— Sabe o que eu queria fazer agora? — Ela ergueu seu olhar para mim, mas ainda não tinha fôlego para falar.
Tirei um de seus saltos e beijei seu pé, subindo os beijos até o interior de suas coxas, meus cabelos roçando seu centro. Desci e fiz o mesmo com seu outro pé e outra coxa.
— Faça, Sammy! — Pediu agarrando meus cabelos e eu usei a língua para fazê-la perder seus sentidos mais uma vez.
Estávamos deitados um ao lado do outro, exaustos demais para se movimentar até mesmo para puxar uma coberta.
Ao notar sua respiração se acalmar e se tornar rítmica, virei para ao lado e a flagrei dormindo com a mão em seu próprio seio e um pequeno sorriso em seus lábios. Ela parecia um anjo. Beijei sua testa e me levantei com toda força que consegui reunir. Peguei a coberta e coloquei sobre ela.
O que eu faria sem ela na minha vida?
Eu pedi aquele tempo de distância, com o intuito de que pudessem ser o suficiente para que meus sentimentos diminuíssem. Não era tolo o suficiente para pensar que poderia esquece-la ou parar de ama-la.
Idiota.
Foi só vê-la que tudo o que eu pensei ter conquistado caiu por terra. Eu a amava ainda mais do que amava há alguns meses atrás, e acho que amaria ainda mais alguns meses a frente. Isso era normal? Querer e amar alguém tanto assim?
Como eu viveria sem ela?
Observei seu sono. Seu peito subia e descia com tranquilidade, sua pele ainda estava corada pelo esforço, totalmente nua, deitada de lado e banhada a luz da meia-lua, ela estava mais bela do que nunca.
Notei algumas marcas em seu pescoço e seios e me amaldiçoei. Ela me deixava tão descontrolado que eu a tinha marcado toda!
Suspirei. Era o fim! Ao menos uma vez, eu deveria me proteger ao invés de deixar meus sentimentos por ela me dominarem. Eu poderia acordar de manhã com a cama vazia ao meu lado ou poderia ir embora antes que ela o fizesse.
Peguei minhas roupas jogadas pelo quarto, vestindo o que podia rapidamente. Minha camisa estava sem os últimos botões, então a deixei lá mesmo, meu quarto ficava a apenas algumas portas de distância — os produtores estavam acostumados a nos colocar em quartos próximos e mantiveram isso —, então não seria tão arriscado ou vergonhoso sair seminu.
Escrevi um pequeno bilhete dizendo adeus e sai do quarto com meus sapatos nas mãos, meu paletó jogado sobre o ombro e os suspensórios se arrastando pelo carpete do corredor. Ao menos não tinha ninguém para ver o quão patético eu parecia.
Entrei em meu quarto, tirei as roupas de qualquer jeito e me deitei na cama desejando que ela tivesse o cheiro de Caitríona.
-/-
Ouvi batidas incessantes em minha porta e olhei para a janela instintivamente. Ainda era noite. Quem poderia estar batendo em minha porta no meio da madrugada?
Mackenzie.
Não, não. Eu a tinha deixado em seu hotel no outro lado da cidade e esperava que ela ficasse lá. Não estava com humor para lidar com ninguém.
As batidas continuaram ainda mais estridentes e eu me levantei mal-humorado, pronto para xingar quem quer que fosse e dei de cara com Caitríona.
Seus cabelos estavam bagunçados, seus braços cruzados embaixo dos seios e ela usava apenas minha camisa com os últimos botões arrebentados. Nada coberta!
A puxei para dentro e ela me deu um empurrão contra a porta recém-fechada.
— Quem você pensa que é? — Gritou me dando socos na barriga. — Me deixando no meio da noite com a porra de um bilhete, Heughan!
Segurei seus braços depois de várias tentativas vãs.
— Não quis complicar nada e achei melhor sair antes que acordasse.
— Seu idiota! — Se atirou sobre mim mais uma vez.
— Balfe! Pare com isso. — Ela parou e eu larguei seus braços.
— Você me prometeu uma noite, Sam.
— Eu sei, e...
— A noite ainda não acabou.
Pisquei surpreso e fiquei ainda mais quando ela começou a desabotoar os poucos botões que minha camisa ainda tinha.
— Cait...
— Me leve para a cama, Sam.
— Você não cansa? — Ela riu e eu a puxei pela cintura, a beijando.
— Parece que eu sou alimentada com fogo quando estou com você. — Respondeu após separar o beijo e eu colei meus lábios nos seus novamente.
— Então vamos nos queimar juntos! — A ergui em meu colo.
Dessa vez fui tortuosamente lento com meus movimentos, estocando lento e fundo. Aproveitando cada segundo dentro dela, gemendo cada gemido com ela, sentindo suas mãos deslizando pelo meu corpo, assim como as minhas deslizavam pelo dela. Atigimos o ápice juntos, nossas mãos atadas uma nas outras em cima de nossas cabeças, nossas testas coladas assim como cada parte de nosso corpo que conseguíamos encaixar.
— Fica. — pediu quando eu estava me preparando para sair de dentro dela.
— Cait, eu não vou fugir. — Ela sorriu em meu peito e me pressionou ainda mais contra si — Eu vou esmaga-la desse jeito.
— Não, não vai. Você nunca me machucaria. — deu um beijo em meus lábios e enlaçou as pernas em minha cintura — Eu quero senti-lo dentro de mim a noite toda.
— Você vai ficar dolorida. — ri com sua proposta, mas ela parecia irredutível.
— Eu não me importo. — Olhei para seus olhos azuis embaixo dos meus e beijei sua testa.
— Você vai me matar, Caitríona.
Ela não conteve o sorriso quando fiz o que ela pediu. Rolei para o seu lado na cama, para não esmaga-la, ainda preenchendo-a e passei uma de suas pernas por cima do meu quadril, enquanto a outra se emaranhava automaticamente com as minhas. Seus braços abraçavam meu corpo, colando-o ao seu, fazendo nossos corpos se tocarem por inteiro e nossos lábios tão próximos que nossas respirações se misturavam como se fossem uma só.
— Eu amo você.
Deixei escapar ou havia sido ela? Envolvi uma de suas nádegas possessivamente com minha mão e adormeci.
Nota: Será que agora vocês me perdoam??? 🤗🐢