Capítulo 37: It's a...

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Dedicado a todos vocês que continuam aqui depois de tanto tempo e amam ervilhinha tanto quanto eu! É uma honra escrever para vocês 🌹❤️

SAM

Eu estava em uma sala completamente branca. Era estranha, fria e cheirava a produtos de limpeza; mas não era silenciosa, eu podia ouvir os gritos de dor que faziam um arrepio percorrer toda a minha espinha vertebral. Eu conhecia aquele grito. Cait! Irrompi na sala ao lado como um anjo vingador, pronto para ferir qualquer um que a fizesse mal, mas ao invés de encontrar uma cena desagradável, eu a encontrei em uma maca e ela estava empurrando.

Alguém me empurrou para a frente, para mais perto dela. Ela me viu e nossos olhares se conectaram, mas meu coração derreteu no minuto em que um sorriso resplandecente surgiu em seus lábios.

— Está pronto para conhecer o seu bebê, Sam?

— Mas isso não deveria demorar mais alguns meses? — questionei aflito e ela estendeu sua mão para a minha, a peguei de imediato, dando um beijo nos nós de seus dedos.

— Vai ficar tudo bem, querido. Agora que você está aqui comigo... — dei outro beijo em sua mão e decidi que precisava me manter firme e forte por ela. Por eles.

Minha força passou no momento que ela me deu um apertão tão forte que senti a circulação de sangue da minha mão parar por alguns instantes, mas essa dor não foi nada comparada ao pânico em meu peito quando ela gritou de novo. Mais alto, com mais força. Ela choramingou e começou a balançar a cabeça.

Eu estava em pânico. Deveríamos ter mais tempo e ela não deveria sofrer assim! Isso estava acontecendo muito rápido, deveria acontecer assim? Ontem mesmo havíamos contado a todos que ela estava grávida e hoje nosso filho estava nascendo?! Olhei ao redor em pânico, quase implorando para que alguém fizesse alguma coisa, mas os médicos e enfermeiros pareciam borrões distantes. Cait apertou minha mão com mais força e alguém a mandou empurrar mais forte.

— É fácil para você falar! — gritou e empurrou. — Não é você que está empurrando uma cabeça enorme por um lugar muito pequeno.

— Você consegue, querida. Você é forte, determinada e a mulher mais maravilhosa que já conheci na vida! — beijei sua testa suada e corada pelos esforços. — Ninguém é mais corajoso que você, sabia? Você precisou de tanta, tanta coragem...

— Sam! — gritou. — Cala a boca! — E empurrou mais forte. O ar foi preenchido por um choro alto e estridente, um choro inconfundível de bebê. Nosso bebê. Nossa ervilhinha.

— Parabéns papais vocês tiveram u...

Acordei alarmado. Meu coração estava disparado dentro do meu peito, me sufocando. Passei as mãos pelos lençóis ao meu lado, encontrando-os vazios. Cait não estava lá. Era raro ela que ela acordasse antes de mim, mas nestes últimos dias ela andava muito ansiosa e misteriosa, mas o meu sonho... eu sabia o sexo do nosso bebê! E precisava contar a ela o mais rápido possível!

5 dias antes

Era dia de ultrassom! O dia em que esperávamos ansiosamente desde a última consulta, o dia em que podíamos ver nossa ervilhinha, o melhor dia do mês!

Mas para chegar até a consulta, eu precisava passar por esse dia chato. Não tinha mais do que duas cenas para gravar com Cait hoje e apesar de amar todos os meus colegas de trabalho, ela era a pessoa mais divertida do set e a única que podia me distrair até o horário da ultra, ao invés disso, eu estava preso com Rik. Não me leve a mal, ele é meu colega e eu gosto dele, mas ele simplesmente não sabe a hora de calar a boca.

One More NightWhere stories live. Discover now