Casados por contrato

By Beija-Flor13

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Amanda Albuquerque é filha de um homem muito rico, poderoso e conhecido no país. Mas algo acontece, e ela ser... More

Prólogo.
Capítulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10 - Bônus Bernardo
Capitulo 11
Capítulo 12- Bônus Bernardo
Capítulo 14 - Bônus Bernardo
Capítulo 15
Capítulo 16 - Bernardo.
Capítulo 17 - Amanda
Capítulo 18 - Bernardo
Capítulo 19 - Amanda.
Capítulo 20 - Bernardo
Capítulo 21 - Amanda
Capítulo 22 - Bernardo
Capítulo 23 - Amanda
Capítulo 24 - Bernardo
Capítulo 25 - Amanda
Capítulo 26 - Bernardo
Capítulo 27 - Amanda - Final
Epílogo
Agradecimentos.
Analu - Uma força do destino
Aviso.

Capítulo 13

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By Beija-Flor13

Eu não sei porque, mas uma sensação ruim se estalou no meu peito assim que Bernardo saiu da casa dos meus pais. Terminei meu jantar o mais rápido possível e pedi meu irmão pra me levar logo em casa.

Até pensei em ligar, mas não quero atrapalhar ele no trabalho. Não quero dar uma de mulher controladora, porque na verdade nem mulher dele eu sou.

Chego em casa e vou direto tomar um banho. Coloco um shortinho de algodão com uma camiseta larga. Ligo a TV e me jogo no sofá. Eu não vou conseguir dormir até ele chegar.

Coloco minha série favorita pra assistir enquanto espero.  Os irmãos Winchester são uma ótima distração.

Não sei o exato momento que peguei no sono, mas acordei com a voz do Bernardo falando ao telefone.

Não Michael!!... Sim, eu estou bem... A menina está bem, mas o desgraçado fugiu, mas antes ele me ameaçou... Falou que viria atrás dela. Mas  antes dele toca-la eu meto uma bala na cabeça do filho da puta.... Vou ficar mais ligado.. Sim.. Eu acabei lutando com um dos caras que estava com ele...Ahamm... estou um pouco ferido....— Ferido??? Essa palavra faz eu dar um pulo do sofá. Mesmo sonolenta e não entendendo nada do que ele está falando, meu corpo reage à essa pequena palavra. — Ligo pra você depois Michael. — Bernardo desliga a chamada e senta na poltrona perto do sofá. Meus olhos imediatamente o examina a procura do tal ferimento que ouvi. Ele parece cansado e suas roupas estão sujas. E quando vejo o sangue escorrendo pelo seu braço meu coração para de bater por um segundo.

— Bernardo! — balbucio e ando até ele, ainda sem saber o que fazer ou falar. Ele me dá um sorriso fraco e se ajeita na poltrona. Ele solta um grunhido de dor.

Droga..droga..droga... Pensa Amanda!

Vou até o quarto e pego um kit de primeiros socorros e volto pra sala. Me ajoelho na frente dele, ficando cara a cara.

Começo a tirar com cuidado sua camisa pra avaliar a gravidade do ferimento.

— Não precisa Amanda! Eu estou bem — ele fala.

— Bernardo cala a boca e me deixa cuidar de você— rebato.  Ele joga a cabeça pra trás e solta uma gargalhada.

— Falando assim, acho que eu não tenho escolha. — ele murmura. Acabo de deslizar com cuidado a blusa pelo seus braços e...

— Puta merda Bernardo! Você levou um tiro! Você precisa ir a um hospital... Não, acho melhor ligar para médico vir aqui..ou é melhor....

— Amanda para!— ele interrompe meu falatório incessante. Respiro fundo e tento me acalmar.— Eu não preciso de um médico, a bala não ficou alojada, e não atingiu nenhuma artéria. E só limpar o ferimento. Eu mesmo posso fazer.

— Não! Eu faço.— saber disso não me acalmou. Não quando existe um buraco enorme em seu ombro. Bernardo relaxa no sofá, esperando eu começar. Ele está tão calmo... Como se já tivesse levado um tiro antes. E afinal, que merda aconteceu?

— Isso vai doer— falo e mostro o vidrinho com álcool. Bernardo acena para que eu continue. Jogo o álcool sobre a ferida e o único sinal de dor que ele demonstra e o maxilar contraído.

— Como isso aconteceu? — pergunto pra distrair ele da dor, e também por curiosidade.

— Fui salvar uma menina de ser estuprada e acabei ganhando uma bala de presente. O filho da mãe fugiu, mas a menina está bem— ele responde enquanto eu continuo a limpar seu ferimento.

Me casei com um herói e nem sabia. Será que ele não percebe o quanto isso é perigoso? Ele por acaso é idiota?

— Você deveria ter ligado para a policia, você poderia ter morrido — murmuro. E imediatamente as palavras do que acabei de falar me atinge.

Ele poderia ter morrido!

Meu Deus, eu não suportaria perde-lo. Eu sei que não deveria ter me apegado tanto assim à ele, mas é tarde demais. Já estou completamente envolvida, perdida, e diria até apaixonada. Como fui tão burra pra me apaixonar por meu marido por contrato? Como fui deixar isso ir tão longe?

Burra burra!!!

Só acordo do meu transe ao sentir a mão do Bernardo no meu rosto e com o polegar ele limpa uma pequena lágrima solitária.

Ótimo! Agora estou chorando... A que ponto você chegou Amanda!

Eu estou aqui! Eu estou bem, não vou a lugar nenhum.— suas palavras provoca um arrepio no meu corpo, eu sorrio e abaixo o olhar pra que ele não veja o quanto mexe comigo.

Volto a tratar do seu ferimento e dessa vez em total silêncio.

Quando termino ele agradece e diz que vai tomar um banho.

Fico parada no mesmo lugar por um longo tempo. Esse sentimento deveria ser apenas atração, coisa que passa depois de uma noite de sexo. Mas isso com certeza não aconteceu, pelo contrário, depois da nossa noite, só piorou. E a merda toda é que, quando enfim eu gosto de alguém, esse alguém não me dá à mínima.  Essa droga que estou sentindo só pode ser amor, ou fogo no rabo. Porque ele não sai da minha cabeça, ele me irrita como ninguém, e as vezes tenho vontade de mata-lo. Mas por outro lado, a ideia de viver em um mundo sem ele me sufoca.....

Cacete! Eu to ficando maluca...

Eu sempre gostei de ficar no controle em uma relação, nunca me deixei levar. Mas agora, com o Bernardo, a sensação é diferente. Eu não posso controlar... Minhas emoções ficam uma confusão, minhas atitudes se tornam de uma criança, que faz o que tem vontade sem se importar com a merda da consequência. E definitivamente eu não controlo meu corpo quando estou com ele.

Isso com certeza deve ser aquele tal de amor que minha mãe tanto me fala.

Resumindo.... To lascada.

Resolvo acordar pra vida e ir para o quarto dele ver como ele está. Aproveito e levo um remédio pra dor. Encontro Bernardo acabando de vestir sua cueca boxer.

— Desculpa, a porta estava aberta, acabei entrando sem bater.— falo tão rápido que duvido que ele tenha entendido.

Ele sorrir ao ver meu embaraço.

—  Trouxe um remédio de dor pra você — murmuro. Ele se aproxima com todo aquele monumento que é o seu corpo e pega o remédio com o copo d'agua. Bebendo em seguida.

— Obrigado — ele senta na cama.

Depois seu olhar corre pelo meu corpo e volta outra vez para o meu rosto.

— Posso pedir uma coisa?— ele pergunta me olhando sério.

— Claro.

— Dorme comigo hoje?— dorme comigo hoje, dorme comigo hoje... Acho que meu cérebro travou— Amanda, só dormir... Nada mais.— acho que ele percebeu minha cara de espanto.

Mesmo sem entender seus reais motivos, eu aceno afirmando e me deito na cama. Bernardo deita ao meu lado, e como se fosse a coisa mais natural e comum pra nós dois, ele me abraça me trazendo pra bem junto do seu corpo. No começo fico tensa, mais logo relaxo e me aninho ainda mais em seu peito. Seu corpo coberto apenas por um boxe se molda perfeitamente ao meu. Me fazendo ter pensamentos nada amigáveis.

— Obrigado! — Bernardo sussurra.

— Pelo que exatamente? Limpar seu ferimento? Trazer remédio pra você? Ou aceitar dormir ao seu lado?— pergunto em tom de brincadeira. Sinto seu peito vibrar com uma risada, e depois ele toma uma longa respiração.

— Obrigado por existir.

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