Abro meus olhos lentamente e percebo um fio de luz passar por debaixo da porta, logo vejo que não estou no meu quarto ou se quer em um lugar conhecido. Reparo na faixa que envolvia meu braço, e então me lembro de todos os acontecimentos antes de eu simplesmente cair desmaiada no chão.
Lembrei-me do corpo de Joe morto no chão do café, lembrei-me de mim correndo desesperadamente atrás de mary, do soco naquele cretino que disse que tinha pego minha amiga, da minha corrida para me salvar de ser morta pelo mesmo nojento, e da bala atingindo meu braço, que por sinal sangrou tanto a ponto de eu desmaiar.
Solto um suspiro pesado ao me lembrar de tudo, mas minha preucupação agora era em sair daquele lugar desconhecido e achar Jase. Precisava saber se mary estava viva e salva-la, o como? eu não faço a minima ideia.
levanto-me daquela cama de casal que eu me encontrava deitada e coloco meus sapatos, enquanto isso observo o quarto em que eu estava. Era grande e bem arrumado, de cada lado da grande cama havia um movel de madeira em cor de marmore com um belo abajur, o chão era de madeira em um tom claro e as portas grandes criavam um certo contraste com um tom de madeira mais escuro, havia outra porta, e eu logo previ que seria a casa de banho.
Caminhei até a segunda porta do quarto, que sim era a casa de banho. Era bonita, com azuleijos brancos e pretos com um grande espelho e box de blindex. Lavei meu rosto na pia de marmore branco e reparei que meu braço mesmo depois de baleado não doia mais.
Eu pensava quem poderia ter me tirado do meio da rua e me trouxe para este lugar, foi quando a porta principal do quarto se abre revelando um rosto que para mim não era nada agradavel.
- Olha só quem acordou. Como se sente vadia? - OH MEU DEUS!!! Isso não pode ser verdade, esse cara de novo. O mesmo homem de olhos azuis, cabelos castanhos e barba. Senti um gelado percorrer minhas veias e creio que minha cara de espanto era nitida pelo o que ele disse - O que é einh? viu um fantasma querida? - esse cara é louco? me chama de vadia e depois de querida?
- Onde que estou? O que ta acontecendo? - perguntei tentando parecer calma, mas com certeza não consegui transmitir essa sensação.
- Vai dizer que não gostou da hospedagem? - ele disse enquanto se aproximava de mim - Você esta no meu quarto boneca, na minha casa, e agora vai pagar pelo que fez mais cedo! - ele disse com uma voz séria, me pressando contra a pia da casa de banho e eu pude observar seus olhos se tornarem escuros.
- Quem você pensa que é? Já me deu um tiro e sequestrou minha melhor amiga, creio que já seja o suficiente por apenas um soco. - Aquelas palavras siram da minha boca impulsivamente e eu pude ver a feição dele mudar completamente para uma face completa de ira.
-Cala essa boca sua VADIA! Com certeza isso não é o suficiente! - Senti um soco forte na minha face, o que me fez cair encostada no armario da pia, segurava minha face, mas eu me negava a chorar, até porque não é a primeira vez que apanho de um homem covarde.
-VOCÊ ME DA NOJO!!! - eu gritei e senti outro soco no mesmo lugar da minha face.
-Te dou nojo?- ele disse em um tom calmo, o que me fez olhar assustada para ele - Então agora você vai ter muito mais nojo de mim! - sua mão agarrou meus cabelos pelo alto da minha cabeça e puxou fortemente me arrastando pra fora da casa de banho, eu me debatia em uma tentativa nula de me soltar, meu desespero cresceu quando eu vi que ele me levava em direção da cama.
- O QUE VOCÊ VAI FAZER??? - eu gritei em desespero, então ele me atirou em cima da cama de modo que meu corpo ficasse de bruço e de costas para ele. Senti ele se ajoelhar sobre as minhas costas segurando minhas mãos com uma das suas, e então ele desceu sua cabeça até meu pescoço me mostrou um canivete na sua outra mão.
- Cala a boca - ele sussurrou no meu ouvido, fazendo um arrepio de medo percorrer meu corpo imovel.
Ele percorria lentamente com o canivete sobre o meu braço e a cada momento eu ficava mais paralisada de medo. Em nenhum momento ele soltou minhas mãos, e então se dirigiu dando beijos em meu pescoço. Involuntariamente eu fechei meus olhos e os apertei bem forte, não por estar sentindo algum prazer, mas por estar me sentindo nojenta. Não sei se a intenção dele era me fazer sentir algo como prazer, mas com certeza se fosse não estava adiantando nada.
- Se tentar alguma coisa e te rasgo inteira! - ele sussurrou novamente em meu ouvido e soltou minhas mãos. O canivete continuava em sua mão direita e ele foi descendo os beijos pelas minhas costas. Até que percebi que ele rasgava meu vestido de uniforme de cima a baixo com aquela coisa afiada que ele segurava.
Me encontrava semi-nua na cama com um psicopata nojento. Não tinha nada mais em que pensar naquela situação, só desejava morrer.
Ele me virou de frente para ele e olhou nos meus olhos profundamente, eu não queria contato visual com aquele cara então fechei os olhos fortemente.
-OH querida! olhe pra mim, eu não vou te machucar...- ele fez uma pausa e eu abri meus olhos novamente com um certo ponto de esperança dentro de mim - bom... não vou te machucar muito, só um pouco! - ele soltou uma risada sinica e beijou meus labios rudemente. Meus olhos estavam arregalados e lagrimas começavam a escorrer, é claro que eu não retribui o beijo, o que o deixou furioso. - Eu não faria isso se fosse você.
- VAI PRO INFERNO!!! - cuspi aquelas palavras
- Você pediu isso! - ele me fez um corte logo acima dos meu olhos o que me fez gritar de dor. Aquilo pareceu o deixar com prazer.
Então ele logo desceu para os meus seios, cortou meu sutiã e se apoderou dos meus seios com uma das mãos e sua boca. Aquilo me deixava esxtremamente desconfortavel, me sentia da pior forma possivel, com certeza deixaria marcas roxas pela maneira de como ele sugava meus seios.
Por um momento ele parou, e a esperança daquilo acabar cresceu dentro de mim novamente. Mas eu estava enganada, ele foi descendo com sua lingua pela minha barriga fazendo aquela sensação ruim crescer cada vez mais, se isso era possivel.
Eu me recusava a me entregar, mas eu não podia me permitir ser violada se fazer nada.
- POR FAVOR NÃO!!! - eu não queria, mas eu implorei para aquilo parar.
- Vejam só, a boneca esta pedindo com educação... O que foi se rendeu?
- Não isso nunca! - logo me arrependi das minhas palavras
- Então vá se foder vadia!... Ou melhor eu vou te foder! - ele disse com um sorriso entre os labios
-NÃOOOO!! por favo-or - minha voz saiu tremula quase em um suspiro.
-Tarde demais! - quando vi ele já estava apenas a vestir suas boxers, percebi o alto atras delas e meu desespero subiu fazendo-me debater em uma tentativa de sair dali.
Senti um corte no meu braço esquerdo o que me fez parar, minha unica peça de roupa agora foi cortada e escorria sobre a minha pele. Ele tirou as boxers e colocou seu membro sobre a minha intimidade e o afundou me fazendo gritar de dor.
Eu não era virgem, já havia feito sexo antes, mas aquela sensação foi a pior da minha vida, me sentia invadida da forma mais brutal possivel.
Ele fazia movimentos fortes e gemia em meu ouvido, enquanto eu só conseguia gritar de dor e as lagrimas escorriam pelo meu rosto. senti sangue escorrer por entre as minha pernas e aquilo era horrivel, o cretino em cima de mim parecia não ligar nem um pouco, apenas gemia de prazer.
eu tentava tira-lo de cima de mim, mas a cada vez que tentava recebia um corte em meus braços.
-Para com isso vadia! - ele gritou se referindo a mim a se debater, meu ferimento de bala voltou a dor com toda aquela pessão em meu corpo.
Sentia aquelas mão grandes e nojentas apertarem minha pernas e cintura fortemente, até que elas se afroxaram e ele parou com os movimentos dentro de mim. Percebi que ele havia chegado ao seu maximo, mas antes deixou aquele liquido nojeto e quente escorrer dentro de mim.
Eu me sentia um lixo, me sentia a pessoa mais nojenta do mundo, não tinha palavras pra descrever meu sentimento de dor naquele momento. Ele havia ferido meu fisico e meu psicológico.
- Sei que você gostou querida! - ele disse me olhando diretamente nos olhos.
Eu só conseguia chorar ao olhar aquela cena. Eu nua, meus braços todos rasgados, sangue entre minhas pernas e sobre meus olhos, a cama toda manchada com meu sangue e aquele puto do meu lado a me abraçar enquanto se aconchegava para dormir.
Fechei meus olhos esperando que tudo fosse apenas um pesadelo, e asim adormeci.