Ensina-me amar

By alinemoretho

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Sarah Rodrigues era uma bela e jovem garota criada sobre a dura disciplina de seu pai e rígida supervisão de... More

Bem-vindo@:
Epígrafe
Prólogo
Um: Desamparada
Dois: Socorro
Três: Amizade
Quatro: Uma Chance
Cinco: Humilhação
Seis: Nova Vida
Sete: Boas-Vindas
Oito: Reencontro
Nove: Ele
Dez: Quebrada
Onze: Perdão?
Doze: Verdade
Treze: Bagunça
Quatorze: Reconciliação
Quinze: Medo
Dezesseis: Adaptação
Dezessete: Covarde
Dezoito: Sentimentos
Dezenove: Ciúmes
Vinte: Viagem
Vinte e Um: Pai
Vinte e Dois: Fé
Vinte e Três: Família
Vinte e Quatro: Sufoco
Vinte e Cinco: Retorno
Vinte e Seis: Confusão
Vinte e Sete: Temores
Vinte e Oito: Tormento
Vinte e Nove: Fuga
Trinta: Confissões
Trinta e Um: O Retorno
Trinta e Dois: Correção
Trinta e Três: Fazer o certo?
Trinta e Quatro: Temor
Trinta e Cinco: Voltar?
Trinta e Seis: Sujeição
Trinta e Sete: Aniversário
Trinta e Oito: Casar?
Quarenta: Padrinho
Quarenta e Um: Casamento
EPÍLOGO:
Agradecimentos

Trinta e Nove: Mãe

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By alinemoretho

— Tem certeza que essa é uma boa ideia, Vic? — questionei quando notei que já nos aproximavamos da enorme mansão Ferraz. — Eu juro que se ela machucar a minha filha, não respondo por mim.

Por amor a Victor e sabendo que isso seria a coisa certa a se fazer, acabei concordando com a proposta dele de levar Mabel para conhecer sua avó. Fiquei insegura, claro, afinal Raquel não gostava nada de mim e não escondia isso de ninguém. Contudo, a confiança do meu noivo na credibilidade que sua mãe lhe passou em aceitar a mim e a bebê como parte da família, me deixou mais tranquila. Ele também prometeu estar ali comigo e isso foi fundamental para minha decisão de aceitar.

— Tenho medo...

— Ei, não tem com o que se preocupar — me interrompeu, segurando e depositando um beijo em minha mão. — Minha mãe não seria louca de te fazer mal e muito menos à nossa ovelhinha. Agora que tem ciência de como sei de tudo, ela anda se esforçando ao máximo para não me perder. — Ele sorriu um pouco meio forçado. — Acredite, até me ligou ontem só pra perguntar se você comia talharim de ricota com brócolis e cogumelos reacheados. — Nesse instante fiz uma sutil careta e claro, Vic percebeu. — Relaxe, seu futuro marido é um homem sábio e pediu por uma culinária simples, vai ser panqueca.

— Pelo menos isso! — falei com uma alegria recheada de ironia e ele riu, apertando minha bochecha em seguida. — Ai, devagar, eu sou sensível, homem.

— Oh, meu coração. — Ele forçou uma voz melosa apenas pra me irritar e em seguida se aproveitou o fato de ter acabado de estacionar o carro para se aproximar e beijar minha bochecha. — Me perdoa? Eu prometo tratá-la com toda a sensibilidade possível daqui em diante.

Ele se afastou um pouco, mas não o suficiente para aliviar meu nervosimo em tê-lo tão perto. Fazia quase uma semana desde que firmamos nosso noivado e eu me sentia cada vez mais apaixonada.

— Claro que perdoo. — Sorri meio embaraçada. — Mas isso não te livrará do peso da sua promessa. Vou lembrá-lo constantemente.

— Não será preciso — ele brincou e eu senti um arrepio quando senti sua mão gentilmente acariciar minha face. — Quando eu me casar com a mulher mais linda de todas, farei questão de oferecer a ela toda atenção possível.

— Espero que essa mulher seja eu — caçoei e o empurrei levemente.

— Mas é claro que é você de quem estou falando. Quando aprecio sua beleza, eu simplesmente... — Ele suspirou enquanto me olhava como se estivesse diante de uma obra de arte. — Quero me casar com você. Assim a terei completamente, não te deixarei fugir nunca mais.

Meu coração acelerou e eu segurei um pouco ar. Todas aquelas emoções me fizeram até mesmo relembrar dos anos anteriores e compará-los, chegando a rápida conclusão de que, sem a menor dúvida, estar fazendo o certo diante de Deus, às claras, sem segredos, era incomparavelmente melhor do que um relacionamento cheio de egoísmo e hipocrisia de duas pessoas que antes pensavam estar agradando ao Rei Eterno quando na verdade idolatravam mesmo o próprio ego e pecado. Estávamos experimentando algo diferente, completamente novo e incrivelmente melhor, pela graça de Deus. Ainda assim, poderíamos cair nos mesmos erros do passado, caso não fôssemos vigilantes quanto a nossa paixão.

— Bem, nós vamos nos casar em algumas semanas. — Desviei meu olhar para Mabel que estava naquele momento distraída tentando puxar o laço da cabeça. — Logo o papai vai nos ver com tanta frequência que vai enjoar da gente, não é?

— Até parece. — Ele revirou os olhos. — Nunca vou me cansar de vocês duas! — declarou enérgico e então abriu a porta do carro, me fazendo perceber que a temida hora havia chegado.

Esperei até o último segundo antes de deixar meu lugar e até enrolei, mandando mensagem ao meu pai e irmãos afirmando estarmos todos bem e também confirmando minha presença e de meu noivo no culto de ação de graças mais tarde.

— Anda, Sarah, já estou sentindo o cheiro da comida da Rosa e estou faminto — Vic me apressou e não tive mais para onde fugir.

No momento que saí do carro, ele, já segurando nossa filha, me puxou para perto de si e manteve-se segurando minha mão até chegarmos diante da porta principal a qual abriu com cuidado.

Algumas lembranças daquele lugar me invadiram a mente e eu senti desconforto em retornar ao mesmo ponto onde estive uma vez decidida a contar sobre minha gravidez ao pai do bebê em meu ventre, sendo impedida logo em seguida por aquela mulher.

"Sarah, se você a perdoou, não pode ficar remoendo os pecados dela em sua cabeça. Pense em Cristo, ele não lançou suas falhas no mar do esquecimento?" relembrei de um dos conselhos dados dona Socorro a mim naquela semana durante os nossos estudos e ela estava certa. O que seria de mim, se a cada a minuto Deus enviasse um anjo para me dar uma lista de todos os pecados cometidos por mim durante a minha vida? Ele me perdoou com um perdão perfeito e isso deveria me inspirar a agir da mesma forma.

"Tudo bem, Deus, me ajude" orei e inspirei o ar.

— Oh! Ele chegou! Victor chegou! — ouvi uma voz esganiçada ao entrarmos na chique sala de estar que mais parecia uma página daquelas revistas de design.

Por instinto, quando notei aquela figura loira entrando no mesmo cômodo, tirei Mabel dos braços de seu pai e a segurei, usando uma desculpa de arrumar seu vestido e laço.

De soslaio percebi a chegada de Raquel até nós e a observei para ter certeza de que não havia nenhuma intenção duvidosa em seu comportamento. Bem, ela demonstrou felicidade genuína em rever o filho e o abraçou como se não o visse há séculos. 

— Sei que já as conhece, mas está na hora de apresentar minha noiva à senhora oficialmente. — Vic virou seu tronco sutilmente em minha direção e fez um gesto para que eu me achegasse. — E claro, nossa filha.

Dei alguns passos a frente e sentindo as mãos tremerem e suarem, encarei Raquel face-à-face.

Os segundos pareceram terem se transformado em uma eternidade enquanto eu analisava e procurava advinhar quais pensamentos rondavam a mente daquela mulher. Enquanto ainda vagava em minhas próprias resoluções, ela logo se achegou parada diante de mim.

— Acho que essa é uma boa hora de me retratar — Raquel começou e estendeu a mão, tocando meu ombro. — Antes de tudo, peço desculpas a você, Sarah, pelo modo como a tratei antes. Errei terrivelmente e magoei muito meu filho com minhas atitudes. Podemos recomeçar?

Aquelas palavras soaram de um modo estranho para mim. Eu via o esforço tamanho dela em prestar àquele papel de se rebaixar e me pedir desculpas e podia garantir que o motivo certamente tinha mais relação com seu afeto por Victor do que por mim. Eu, porém, não podia reclamar. Ter ao menos a aprovação de Raquel já me dava motivos o bastante de agradecer a Deus.

— Claro, nós podemos — eu disse por fim e fui mais uma vez surpreendida por um abraço dela, coisa que nunca imaginei receber na vida.

— Oh! Você não sabe o quanto fico feliz! — Ela se afastou e me encarou esboçando um sorriso. — E quem é essa mocinha?

— Esta é Maria Isabel — respondi balançando a bebê, fazendo-a rir. — Nossa filhinha, não é Victor?

Sorri para o meu noivo e ele assentiu, acariciando minhas costas.

— Eu não lhe disse que ela era linda, mãe? — Vic comentou todo orgulhoso.

A partir desse instante toda a atenção de Raquel passou a ser destinada a sua neta.

— Oh, meu filho, é a sua cara! Que menininha adorável! — Ela suspirou e foi inevitável rir daquele comentário. — Posso pegá-la? Prometo que lavei minhas mãos.

Meu coração inseguro começou a bater frenético e o medo guiou meus pensamentos, me alertando sobre os inúmeros perigos daquela proposta. Eu tentei não demonstrar isso aos dois, mas sabia que a hesitação estava estampada em meu rosto. Deus sabia que eu não seria capaz de me perdoar se Raquel executasse qualquer maldade contra minha filha. Foi então que, aflita, busquei uma resposta no olhar de Victor e ele, não tão relutante quanto eu, acenou com a cabeça, como se me desse autorização. Seu gesto me passou certa segurança, eu não sei porquê.

— É... Am... Se ela chorar, não se preocupe. Mabel demora a se acostumar com pessoas estranhas — aconselhei e fiz o máximo para que minhas palavras não soassem como uma ofensa.

Raquel assentiu e agitada, tomou Mabel em seus braços, fazendo o possível para ser delicada. Como um gavião a espreita de sua vítima, mantive meus olhos atentos aos movimentos mínimos dela e precisei pedir ao Senhor que me tirasse todos os sentimentos ruins em relação àquela mulher e me ensinasse a amá-la.

— Oi, bonequinha, sabe quem sou eu? — Ela beijou as bochechas da bebê. — Sim, sou sua mais nova vovó! E sabe o que tenho pra você? Isso mesmo! Presentes!

Fiquei observando atenta e até quis segui-la quando anunciou e partiu com minha filha em direção a uma porta de vidro que dava para o jardim, mas Victor segurou meu braço levemente, me incetivando a esperá-lo.

— Ei, gatona! Fique tranquila — ele pediu como se pudesse ler meus pensamentos e resolveu massagear meus ombros. — Você está muito tensa.

— Eu sei! Estou tentando, mas não é fácil — sussurrei e não via hora de Vic me soltar para que eu pudesse ir atrás de sua mãe.

— Eu amo quando você franze as sobrancelhas e faz esse bico quando está preocupada com algo. — Ele se pôs a minha frente e tocou meu nariz, fazendo-me rir com sua gracinha. — Mas seu sorriso é ainda mais deslumbrante.

— Pare de me provocar. — Eu o empurrei, mas ele segurou novamente quando tentei passar. — Deixe-me passar, Vic. Ouça, Maria está reclamando. É certo que está procurando por mim.

— Com uma condição. — Ele ergueu o dedo indicador, mantendo uma pose de autoridade.

Fiz uma cara de tédio e cruzei meus braços.

— Diga, meu caro. 

— Eu quero que você faça seu famoso bolo de chocolate, com muito, muito recheio. — Ele deu um sorriso e pareceu um menino. — É a minha sobremesa favorita, mas não conte para Rosa ou minha avó.

Coloquei as mãos na cintura e ri de sua postura.

— Olhe só, que manipulador.  — Franzi os olhos.— Tudo bem, eu faço, agora posso ir?

— Claro! Eu te acompanho.

Nós chegamos ao jardim dos fundos onde um belo almoço estava sendo servido e eu me deparei com a cena de Mabel se divertindo com os vários brinquedos novos ganhados e sua avó lhe mostrando todos um por um. Não sei bem se aprovava aquela atitude ou não, mas me consolei com a ideia de que ela estava se esforçando.

— Uau — murmurei sem saber muito bem como lidar com todos aqueles mimos.

— Não precisava de tudo isso — Vic comentou meio incomodado.

— Tudo bem, ela só quis ser gentil. — Respirei fundo e até forcei um sorriso, a fim de mostrar que eu não me importava com o fato dela querer agradar a netinha.

Ele balançou a cabeça, segurou minha mão e juntos caminhamos e tomamos um lugar a mesa. Raquel imediatamente voltou sua atenção a nós e passou a se vangloriar a respeito do quanto sua netinha gostou dela logo de cara. Também se mostrou interessada em saber tudo da ovelhinha, o que gostava, ou desgostava, se já caiu alguma vez, se sabia andar, se os dentes já haviam nascido e muito mais. Respondi tudo com simpatia e me surpreendi pelo modo como a conversa fluiu fácil, diferente das outras vezes onde ambas estávamos carregadas com nossas armas. Deus era muito bom mesmo!

— Ok, chega de papo vocês duas. É uma tentação ficar olhando essas panquecas sem poder me deliciar com elas. Vamos orar? — Meu amado propôs animado, certamente estava feliz com minha interação com sua mãe. — Suellen vem?

— Não, querido. Ela voltou tarde de uma festa com o namorado e ainda não levantaram — ela explicou com cautela e logo vi que a notícia não foi bem recebida por meu amado, que contestou o fato da mãe ter permitido uma atitude daquelas por parte de sua irmã caçula. — Filho, não vamos comentar sobre isso na frente da Sarah, tudo bem? Não quero importuná-la com nossos problemas de família.

"Raquel não queria me importunar? Isso era noividade" pensei surpresa.

— Sarah faz parte da nossa família também — ele argumentou nervoso e eu aproveitei a proximidade para acariciar o braço dele, tentando, de alguma forma, acalmá-lo. Ele me encarou e entendeu o recado implícitos na minha atitude. — Certo, não vamos brigar por isso. Mas diga a Suellen que eu não quero esse tipo de atitude aqui em casa. Logo me caso e ela precisará em algum momento começar a agir como uma mulher adulta.

Em seguida depois de expirar, ele fechou os olhos e fez sua oração, agradecendo por aquele dia. Logo depois passamos para a refeição e, finalmente, consegui relaxar completamente, até me dando liberdade para aproveitar aquele dia ensolarado. Durante a refeição, eu realmente me impressionei com a diferença de Raquel e seu jeito calmo de me tratar. Parecia outra mulher, mesmo soltando algumas indiretas, atribuindo toda a beleza e inteligência de Mabel ao seu filho querido.

Já de barriga cheia, descansamos enquanto Vic expunha quão grato ao Senhor ele sentia-se naquele momento e tudo estava bastante tranquilo até que a irmã caçula da família Ferraz resolveu dar as caras com seu parceiro. Percebi com a aproximação dela, as marcas em seu rosto de uma noite de farra e senti pena.

— Olha só! Temos convidadas — ela resmungou quando chegou a mesa e, sem dar muita importância, começou a encher seu prato.

— Não quer conhecê-las, Suellen? — Raquel quis saber. — Essa aqui é sua sobrinha. Veja como é linda. Ela me lembra até um pouco de você quando bebê.

Senti um tremor na espinha quando os olhos da garota loira encontraram os meus. Estava tudo muito bom para ser verdade.

— Há! Já conheço Sarah e minha suposta sobrinha — o tom dela foi desagradável e eu me segurei firme para não me opor.

— Olha como fala — Victor levantou a voz. — É da minha futura esposa e filha a quem está ofendendo.

— Oh! A grande família perfeita finalmente está reúnida — Ela ironizou. — Que bonitinhos.

— Oh, calada, Suellen. Olhe só pra você. Está cada dia com um namorado diferente. — Raquel se opôs, fazendo-me levar um susto. — Seu irmão pelo menos está tentando fazer suas escolhas em prol do bem dos outros. É um rapaz bom, trabalhador e esforçado, diferente de você que vive sugando todo o dinheiro que seu pai nos deixou para sustentar sua vidinha mimada.

Se as palavras fossem pra mim, eu teria desatado a chorar, mas Suellen agiu com indiferença sem tamanho. Aquilo me fez chegar a conclusão que aquela família sofria muito mais conflitos do que eu podia imaginar e deveria ser difícil para Victor ser o único cristão naquele lugar.

— Certo, desculpem, falei demais, não vou mais atrapalhar — ela declarou e ao fazer seu prato, saiu como quem não queria nada.

— Desculpem por isso — Raquel pediu constragida. — Que tal um passeio no shopping? Posso comprar mais alguns presentes.

— Oh, sinto muito, Raquel, mas logo precisaremos ir. Vamos participar de um culto de ação de graças no Instituto pelo nosso noivado agora tarde e já estamos arrasados, na verdade — falei rápida. — Não é, meu bem?

— Sim, realmente. Quase me esqueci. Precisamos mesmo ir — Vic concordou. — Prometo que voltaremos com mais tempo na próxima vez.

Raquel assentiu desanimada e pareceu um pouco incomodada até triste com nossa recusa. Com isso, Victor se mostrou desconfortável e por sua postura hesitante pude entender perfeitamente o que queria, ainda mais quando lançou um olhar em minha direção.

—  Pode chamá-la, se quiser — sussurrei e vi meu noivo abrindo um largo sorriso.

— Tem certeza? — ele sondou e eu confirmei com a cabeça. Vic então segurou a mão de Raquel. — Não quer ir conosco, mãe? A senhora será muito bem-vinda.

O ânimo logo retornou ao rosto da mulher.

— Claro que vou! Eu não poderia jamais perder um momento tão precioso desses na vida do meu filho amado.


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