As aulas já haviam acabado, o que deixou os alunos livres para arrumarem suas malas para o feriado. De fato foi o que alguns fizeram, os mais novatos, que não sabiam a emoção de arrumar tudo em cima da hora.
-Você vai passar o Natal com Hermione, Neville?- perguntou Simas.
-Não posso, já tenho compromisso.
-Que compromi... Ah, o Hospital.
-Pois é... - disse Neville, passando uma de suas mãos pelos cabelos, gesto que faria até Minerva Mcgonagall derreter.
-E o Ano- Novo? Hermione costuma passa-lo na’ Toca com a gente.
-Rony, acho que depois desse semestre, Mione vai querer passar um tempo meio longe de lá.
-Mas...
-Por mais que você esteja de rolo com Lilá, ela ainda está chateada, ruivo.- colocou-se Neville.
-Ah.
-E não, não vou passar com ela. Já tenho planos.
-Quer dizer então que teremos alguma sortuda depois das festas?
-Pode-se dizer que sim.
Ao dizer isso, todos os garotos vieram para cima de Neville, com seus travesseiros, dando gritos de alegria e comemoração, numa guerra de travesseiros masculina.
-Pelo menos pode nos dizer quem é a felizarda?- pediu Dino.
-Isso, meu caro amigo, é segredo de Estado.
***
No quarto das garotas, a situação já era mais complicada.
-Hermione, você viu meu sutiã rosa?
-Lilá, você pegou minha pregadeira.
-Cadê meu sapato gente?
-Porque eu teria visto seu sutiã, Lilá?
-EU ESTOU DESESPERADA, OK?
Após uma crise de nervos por conta de seu sutiã, Lilá saiu apressada para o Salão Comunal, deixando uma pergunta no ar em seu dormitório.
-Hermione, você viu a mesma coisa que eu?
-Que Lilá tem um chupão no braço? Sim, eu vi.
Ambas caíram na gargalhada após isso.
***
-Você não vem jantar, Crabbe?
-‘To indo, Goyle, só mais um minuto.
-Assim, você sabe que ficar aí parado olhando a Parkinson não vai adiantar de nada, não é?
-O que?
-Atitude, cara. Pansy gosta de caras de atitude. E ficar olhando não é muito bom.
-Quem disse que eu estou olhando pra ela?
-Ninguém, eu mesmo vi. E eu sei que você é apaixonado por ela desde sempre, mas é melhor você dizer logo, porque sabe muito bem como ela é né?
-Cale a boca, Goyle. Ela nunca saberá disso.
***
No dia seguinte, foi uma correria na hora de embarcar no expresso. O que fez os monitores terem que redobrar sua atenção.
-Desculpe.
O que ocasionalmente, fazia com que alguns dessem encontrões pelos corredores, de novo.
A viagem foi relativamente rápida, sem muitas confusões, apenas...
-MAS QUE POUCA VERGONHA É ESSA?
-Parkinson, calma, eu posso explicar.
-Senhorita Brown, não é permitido se agarrar pelos corredores, não quando há crianças passando por aqui. Peço que por favor, abotoe essa blusa e esconda este chupão, e Weasley, manera da próxima vez.
No momento em que chegaram a estação, quando a multidão de alunos está a procura de seus pais, Draco Malfoy é puxado para atrás de uma das pilastras, um tanto quanto surpreso, porém sorrindo.
-Já está com saudades, querida? – disse ao se deparar com Hermione sorrindo.
-Tome. – disse lhe entregando um pedaço de pergaminho.
-O que é?
-O endereço de minha casa. Sabe, se você quiser escrever para mim.
-Granger, caso você não se lembre, eu não preciso do endereço para escrever.
-Eu sei.
E após uns segundos de silencio, Draco finalmente entendeu o que a garota quis dizer, e apenas teve tempo de rir antes de ser puxado para um beijo rápido, semn ser notados.
-Até mais, Malfoy.
-Até mais, Granger.