Sábado.
POV A.P.
-Você sabe que ela vai querer fazer isso todo mês, né? – meu pai pergunta enquanto tomamos uma dose de whisky.
Como previsto o que era para ser uma pequena comemoração de mesversário mais parece um baile de gala.
-É, eu sei – tomo um gole do copo – Megan Ivy vai ter que aturar muita maluquice ainda.
-Se depender dela, Ivy vai ser a criança mais habilidosa que existe, ela não vai poupa-la, ainda mais sendo a primeira neta.
-Vou ter que investir pesado na segurança dela, para deixarem bem longe da avó – rimos.
-Como vocês estão? – pergunta olhando de longe para minha mulher com Ivy no colo, rodeada de minhas tias e algumas amigas da minha mãe, sorrio.
-Estamos bem pai, cada dia melhor.
-Isso me deixa muito bem, eu gosto dela... ela te faz feliz.
-Marjorie é ótima.
Abro a garrafa e encho o copo mais uma vez, servindo junto o do meu pai.
-E os preparativos para a premiação? – meu pai pergunta enquanto toma um gole da sua bebida.
Por mais que esteja aposentado, não consegue ficar muito tempo longe dos negócios.
-Estou confiante que levaremos mais uma vez o prêmio de tecnologia. Marjorie tem acompanhado o mercado, não tem surgido nada mais inovador do que nosso protótipo.
-Isso é ótimo, excelente! – abre um grande sorriso. Nikolai é muito competitivo.
Alguns tios nos cumprimentam e sentam ao redor da mesa, começando a falar sobre estratégias de negócios. Minha família tem uma diversidade muito grande de empreendimentos.
Paro de focar no assunto ao observar Peter passar pela porta acompanhado da prima de Marjorie, e logo atrás sua mãe desacompanhada.
Eles seguem em direção a Marjorie e minha mãe, Peter não perde a chance de se demorar ao cumprimentar minha mulher com um beijo no rosto.
Imediatamente me levanto.
Respiro fundo. Não agirei como um animal enciumado.
-Licença senhores, volto logo.
Sigo em direção a Marjorie e paro com a mão em sua costa.
Ela olha para mim e me oferece Ivy. Antes que eu pegue minha filha minha mãe a pega, ela não perde a oportunidade.
-Você não morre mais! – Peter diz com o sorrio aberto, petulante.
-Infelizmente digo o mesmo – sinto Marjorie me cutucar discretamente.
-Boa noite, senhoritas – cumprimento as duas mulheres paradas em minha frente.
-Boa noite, Sr.Parker – ambas respondem.
Percebo o desconforto de Marjorie e aperto mais minha mão em sua cintura, a prendendo mais em mim.
-Fiquem à vontade.
-Obrigada Sr.Parker, sua casa é linda – Rubi diz admirada, olhando tudo com brilho nos olhos.
-Agradeço o elogio, mas nossa casa não é está.
-Perdoe a, Rubi ainda não teve tempo de conhecer, mas tenho certeza que não faltará oportunidades! – Marion intervém.
-Sim – Marjorie responde.
-Venha querida, vamos nos sentar – Peter chama sua acompanhante, direcionando as para uma mesa.
Olho eles se afastarem e viro Marjorie em minha frente, a abraçando em seguida.
-Me solta! – pede rindo.
Descobri recentemente que Marjorie sente muita vergonha em demonstrar atos de carinho em público. Desde então uso isso como arma.
-Não – respondo beijando sua testa – Não até você me chamar de "vida", já faz algum tempo que não me chama assim... – ela suspira sorrindo no final.
-Vida, pode me soltar, por favor?
-Quase, só falta um beijinho amor, vai lá, você consegue!
Marjorie levanta seus pés e abaixo minha cabeça para facilitar que vença a diferença de altura, ela beija minha bochecha e aproveita para soltar meus braços do seu redor e se afastar, rio.
Enquanto Marjorie volta a conversar com os convidados sigo para o bar, a procura de mais um copo.
-Que infeliz coincidência – ouço a voz de Peter atrás de mim.
Me viro e passo a encara-lo, enquanto pega um copo e se serve de uma bebida adocicada.
-O que você está fazendo com ela? – pergunto por fim, cansado de seus jogos.
Já teve uma época em nossa infância que fomos bons amigos.
-Não é óbvio? – pergunta ao se encostar no balcão – Te provocar.
-Sério que você não cansa dessa implicância besta de faculdade? – ele dá de ombros.
-Aí meu trabalho perderá a graça – rio.
-Não terá como ter graça se estiver demitido.
-Você não é louco de demitir seu melhor funcionário – diz convencido.
Realmente Peter é muito empenhado em tudo que faz, não me deixa espaço pra reclamações.
-Fica esperto – aconselho apontando o copo em direção a Rubi.
-Está brincando? – ele ri – O interesse está estampado na cara dela, mas você sabe como sou, gosto de brincar.
-Boa diversão! – digo ao ingerir o resto de bebida que havia em meu recipiente e deixa-lo sobre o bar.
Olho ao redor, Marjorie permanece entretida na roda de conversa com as amigas da minha mãe. E Megan Ivy está dormindo no carrinho ao lado da vó.
Viro para o corredor e entro no banheiro, preciso me aliviar.
-Adam, podemos conversar um minuto? – Marion me surpreende no corredor.
Olho para os lados pensando em uma desculpa, não encontro nenhuma para negar seu pedido, assinto.
-Em um lugar mais reservado, por favor.
-Me siga – peço enquanto a deixo para trás, ando em direção ao escritório do meu pai.
Abro a porta e a seguro para que Marion passe, em seguida a encosto e sento na poltrona.
-Vou ser breve – diz se sentando no sofá á minha frente – Antes de tudo quero que saiba que não compactuo com nada que minha sobrinha está fazendo, e é por isso que estou aqui.
Endireito minha postura e passo a prestar mais atenção.
-Do que está falando?!
-Ahh... você realmente não sabe, não é? – me olha com pena – Você me parece ser uma pessoa tão bondosa, correta... sinto muito por estar passando por isso, com toda certeza não merece.
-Seja direta – mando, sem paciência.
-Chloe está te usando, só engravidou para te prender a ela, para poder ter essa boa vida! – rio sem humor, desacreditado.
Ela não deveria subestimar Marjorie.
-E por que está me contando? – entro em seu jogo.
-Por mais que ela seja meu sangue, não é certo deixa-la continuar com isso, ela está estragando a sua família.
-Por que a odeia tanto? – pergunto, cansado desse teatro.
As palavras que Marion soltou não me abalam, nem me admiram.
Conheço Marjorie mais do que qualquer um, e se está comigo hoje é porque basicamente implorei, e não ao contrário.
Ela já é incrível sozinha, muito independente, não precisa de mim para absolutamente nada.
-Odiar?! – questiona assustada ao se dar conta que não comprei sua atuação – Não a odeio, só quero o melhor para ela! Acredite em mim, ela já fez isso outras vezes!
-Marion, vou ser bem sincero – respiro fundo e passo a encara-la – Só estou te tratando com educação neste momento porque você infelizmente ainda é parente de Marjorie – declaro – Quero que você e sua filha saiam desta casa agora e não cogitem a possibilidade de retomar contato algum com a minha mulher – falo – Não se aproximem novamente, esqueça da sua existência! Caso contrário não medirei esforços para afasta-las, e o nosso próximo encontro não será tão amigável.
Marion se levanta em choque e sai apressada, permaneço sentado refletindo.
Desde o início suspeitei que a reaproximação era por interesse, só achei que seria mais inteligente.
Poderia chantagear Marjorie a troco de dinheiro ou algo do tipo. Mas pelo visto nutre um ódio tão grande por ela que se satisfaz com a possibilidade de destruir sua vida. Triste.
-Vida, o que minha tia estava fazendo aqui? – Marjorie passa curiosa pela porta aberta.
-Oi?!
-Minha tia... vim ao banheiro e a vi saindo daqui.
-Depois a gente conversa, tudo bem? – assente, estendo o braço em sua direção e ela caminha até mim, se sentando em meu colo – Estava com saudade, baby?
-Como se a pouco tempo não estivéssemos juntos – responde sorrindo.
-Mas agora é diferente, não tem ninguém olhando – sussurro em seu ouvido.
Marjorie passeia com a ponta dos dedos em meu rosto, numa carícia deliciosa. Encosta seus lábios no meu e me beija com vontade.
Como amo essa garota.
-Precisamos cantar os parabéns – diz ao interromper nosso beijo.
-Parabéns?
-Pois é, tive a mesma reação – rimos.
-Vamos então, gostosa – digo ao nos levantar e apalpar sua bunda por cima do vestido.
Marjorie me encara maliciosa ao sentir meu toque, ela me vira em direção a porta, fazendo com que meu corpo a feche.
-Está querendo se queimar? – pergunta provocante enquanto abre minha calça.
-Eles vão vir nos procurar.
-Então é melhor sermos rápidos – diz abaixando minha calça com um sorriso sapeca.
-Amor, é melhor... – tento.
-Shhhh! – pede colocando o dedo em minha boca – Fica bem quietinho – ordena enquanto se ajoelha na minha frente.
Marjorie segura em meu pau com suavidade e aos poucos começa a apertar. Sua mão é tão macia quanto veludo.
É difícil me segurar olhando sua boca perfeita tão próximo do meu pau.
Ela aumenta o ritmo da masturbação e começa a passar delicadamente sua língua no entorno da minha cabeça. Sabe exatamente como me fazer explodir.
-Chupa – peço já entorpecido, segurando o máximo de cabelo que consigo.
Ela me encara profundamente enquanto se movimenta sutil, abocanhando com precisão meu membro enquanto bombeia sua extensão com a mão.
A sensação de sentir sua boca quente envolta dele me lembra como é estar dentro de Marjorie, só a mínima menção ao pensamento me faz arfar.
Com a mão disponível aproveito para enfiar minha mão por dentro do seu vestido, sentindo seu mamilo enrijecido em meus dedos.
-Adam!... Chloe!! – escuto a voz da minha mãe, vindo do corredor.
Coloco as duas mãos na cabeça de Marjorie e a faço engolir todo meu pau, ela me olha com volúpia enquanto chupa, aumento a intensidade gozando logo em seguida em sua boca.
-Não durou muito, querido! – provoca limpando com o dedo o canto da boca, e o chupando em seguida – Estou indo, sogra – responde ao abrir a porta e sair.
Respiro fundo e solto o riso, inferno de mulher.
Me recomponho e em seguida saio do escritório.
-Vem Adam! – minha mãe me chama para a mesa.
Me posiciono ao lado de Marjorie, ela carrega Ivy em seu colo, enquanto isso começam a cantar parabéns.
Olho em volta, apenas para ter certeza que Marion e Rubi não estão mais aqui.
Seguro minha filha em meu colo e Marjorie segura suas mãozinhas, batendo palmas cantando junto, Ivy sorri.
Domingo
POV. C.M.C.
-Vida – chamo.
-Hum – diz levantando a cabeça para me olhar.
Estou deitada no peito de Adam, ele me faz carinho enquanto assistimos um filme antes de dormir.
A festinha de Ivy até que foi legal, depois dos parabéns ficamos mais um tempinho e então viemos embora.
-O que a minha tia queria? – ele suspira.
Quando a encontrei no corredor estava bem enfurecida, me tratou com extrema grosseria.
-Queria envenenar nosso relacionamento, amor – é vago.
-O que ela disse?
-Que você engravidou de propósito – fala baixo, está com vergonha de dizer isso para mim.
Não me surpreende.
-Já esperava.
-É uma pena que ela não tenha se permitido conhecer você, a vida dela seria mais feliz – diz segurando meu rosto, deposita um beijo no final.
-Af Adam, você é muito perfeito! – bufo, ele ri enquanto me abraça forte.
-Acho que nunca vou me acostumar a te ter assim – diz olhando em meus olhos.
-Eu também não acostumaria, sou muito maravilhosa! – rimos – É melhor irmos dormir, já é madrugada, e logo nossa bezerrinha vai acordar.
-É verdade... Amor.
-Sim?
-Você gostaria de ter mais filhos?
Congelo.
-Não é algo que eu tenha parado para pensar na verdade – sou sincera – Estou amando essa nova fase com Ivy, mesmo não sendo planejado, mas não sei se outro filho é algo que eu gostaria, principalmente agora... e você?
-Acho que só mais um, para crescerem juntos, sabe? – rio – Promete que pode pensar nisso? – assinto.
Está no DNA de Adam ser um superpai.
Quinta-feira.
-Baby, ela quer você – Adam diz bocejando enquanto me estende Ivy.
São 2h da manhã, não faz muito tempo que deitamos.
Me endireito na cama, apoiando as costas nos travesseiros próximos a cabeceira. Seguro Ivy e desço a alça do sutiã, lhe entregando meu bico. Embora a experiência seja dolorida, considero que vale muito a pena.
Pego meu celular de cima da cômoda e aproveito para olhar as notícias, só assim para não cochilar enquanto Ivy mama.
Adam fica ao meu lado, com o rosto virado na direção oposta deitado, abraçando minha cintura enquanto faz círculos com o dedo na minha lateral.
-Vida! – grito.
Imediatamente ele se senta na cama e me encara assustado olhando para Ivy e para mim.
-O que aconteceu?!
Viro a tela, ele segura meu celular com força, aos poucos todo os seus músculos estão tensionados, ele se levanta da cama, pega seu celular e sai pisando duro.
-Alex, eu quero saber porque tem fotos minhas não autorizadas na internet? – escuto sua voz do corredor – Não me importa caralho!! É a sua função! – grita, pelo barulho provavelmente socou a parede junto – Olha, estou indo dormir, quero acordar e não me lembrar que isso aconteceu, está entendendo? Não quero dor de cabeça alguma, então faça seu trabalho muito bem feito! – ele ri alto sem humor – Você está brincando comigo porra?!! Deixa bem claro para essas revistinhas de merda que se usarem a minha imagem terão além de um processo uma multa bem gorda, faço questão de falir cada uma!
A respiração ofegante de Adam é um claro sinal que mostra o quão nervoso ele está. Meredith postou fotos dos dois no escritório, Adam está visivelmente apagado e de cueca, não sei como ela teve coragem de expor isso.