O Clube da Lua e o Devorador...

By Stolzes_Herz

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[Livro 2 da série "O Clube da Lua"] Depois de unirem suas habilidades e colocarem um fim à ameaça da Flor Cad... More

Informações importantes
Qual a ordem em que os livros da série "O Clube da Lua" devem ser lidos?
O guia definitivo do viajante com destino a Esmeraldina
Prólogo
PARTE I - MAIA
1. A vez em que uma loba dourada se meteu em uma encrenca
2. A vez em que uma loba dourada partiu em busca de aliados
4. A vez em que uma loba dourada compareceu a um julgamento
5. A vez em que uma loba dourada viu os fatos serem colocados sobre a mesa
6. A vez em que uma loba dourada foi surpreendida pelas reviravoltas do destino
7. A vez em que uma loba dourada viu seu lar desmoronar ao redor de si
8. A vez em que uma loba dourada buscou abrigo em um local inesperado
9. A vez em que uma loba dourada se entregou a um sentimento desconhecido
10. A vez em que uma loba dourada pagou um alto preço por sua omissão
PARTE II - DAVI
11. A vez em que um jovem órfão foi atraído por uma força desconhecida
12. A vez em que um jovem órfão descobriu um segredo de família
13. A vez em que um jovem órfão partiu em uma missão de paz
14. A vez em que um jovem órfão iniciou os estudos da magia
15. A vez em que um jovem órfão reencontrou um aliado fiel
16. A vez em que um jovem órfão viu um novo problema cair aos seus pés
17. A vez em que um jovem órfão desempenhou o papel de anfitrião
18. A vez em que um jovem órfão foi abordado por um estranho mensageiro
19. A vez em que um jovem órfão começou a dominar seus poderes
20. A vez em que um jovem órfão sofreu uma decepção dolorosa
PARTE III - A EPIDEMIA
21. A vez em que uma loba dourada se sentiu impotente
22. A vez em que um jovem órfão recebeu um comunicado da realeza
23. A vez em que uma loba dourada precisou engolir o seu orgulho
24. A vez em que um jovem órfão foi vítima de um mal-entendido
25. A vez em que uma loba dourada compareceu a uma inauguração luxuosa
26. A vez em que um jovem órfão fez companhia a um príncipe
27. A vez em que uma loba dourada tomou conhecimento de tradições ancestrais
28. A vez em que um jovem órfão foi conduzido por uma divindade
29. A vez em que uma loba dourada assistiu a um embate entre titãs
30. A vez em que um jovem órfão pressentiu a investida de um inimigo
PARTE IV - O DEVORADOR DE SONHOS
31. A vez em que uma loba dourada revelou suas suspeitas
32. A vez em que um jovem órfão realizou uma viagem astral
33. A vez em que uma loba dourada descobriu as origens de uma rivalidade...
34. A vez em que um jovem órfão encontrou uma arma secreta
35. A vez em que uma loba dourada identificou uma possível conspiração
36. A vez em que um jovem órfão viu suas alianças serem questionadas
37. A vez em que uma loba dourada lidou com sentimentos conflituosos
38. A vez em que um jovem órfão sofreu com um coração partido
39. A vez em que uma loba dourada partiu em busca de evidências
40. A vez em que um jovem órfão fugiu para não lidar com seus problemas
Capítulo especial
41. A vez em que uma loba dourada descobriu a existência de relíquias
42. A vez em que um jovem órfão visitou uma outra dimensão
43. A vez em que uma loba dourada conheceu uma lenda do outro lado do mundo
44. A vez em que um jovem órfão foi mantido em um cativeiro
45. A vez em que uma loba dourada foi resgatar um aliado
46. A vez em que um jovem órfão arcou com as consequências de seus atos
47. A vez em que uma loba dourada se preparou para a batalha
48. A vez em que um jovem órfão executou um feitiço divino
49. A vez em que uma loba dourada testemunhou uma reunião...
50. A vez em que um jovem órfão invocou um guerreiro lendário
51. A vez em que uma loba dourada presenciou um acerto de contas
52. A vez em que um jovem órfão viu seu mundo virar de cabeça para baixo
Epílogo
Apêndice: A vez em que um escritor iniciante construiu uma ponte

3. A vez em que uma loba dourada lidou com uma visita indesejada

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By Stolzes_Herz

Mantinha meus olhos atentos na rodovia à minha frente, enquanto Ian se remexia, inquieto ao meu lado, no banco do passageiro.

— Como assim eles já estão na fazenda? — ele protestava. — Pensei que nosso julgamento aconteceria apenas no final dessa semana!

— Eu também não faço ideia do que tá rolando — admiti. — Papai não deu muitos detalhes na mensagem, deve estar ocupado recepcionando os tais membros do conselho.

— Como foi com a Bárbara? — Ian quis saber. — Ela vai nos ajudar?

— Sim, deu tudo certo, ela vai testemunhar a nosso favor — confirmei. — Nós conversamos e depois eu a deixei na faculdade dela, antes de voltar pra te buscar na pousada. Então, contando com a Inara e o Davi, já temos agora três pessoas do nosso lado.

Ian coçou a cabeça, constrangido, e minha loba imediatamente ficou em alerta. Eu conhecia muito bem aquela sensação: havia verdades sendo omitidas.

— Desembucha, Ian — eu pedi, sem rodeios. — O que você tá escondendo de mim?

Meu irmão apenas revirou os olhos, irritado.

— Já te disse o quanto me irritam essas habilidades da sua loba? Pelos deuses!

— Para de enrolar e fala logo o que você tá pensando — eu pedi, ignorando o último comentário dele.

— É sobre o Davi — Ian finalmente revelou. — Eu pedi pra ele não comparecer ao julgamento.

Ao ouvir aquilo, freei o carro bruscamente e o estacionei no acostamento da rodovia.

— Como assim você pediu pra ele não comparecer? — perguntei, incrédula. — Você pirou? Ele é a nossa principal testemunha!

— Eu imaginei que você fosse reagir assim, maninha... — suspirou meu irmão. — O Davi também ficou bastante bravo quando eu sugeri isso pra ele. Foi até difícil convencê-lo. Mas eu não posso deixá-lo se arriscar desse tanto.

— Do que você tá falando, Ian?? — questionei, inconformada. — Ainda não entendi quais são seus motivos!

— Eu acho que a gente tá tão preocupado com o que pode acontecer conosco que acabou deixando de considerar alguns detalhes — ele começou a explicar. — Pensa comigo. O Grande Lobo em pessoa tá aqui, em Esmeraldina, e certamente deve ter trazido mais um bando de lobos de elite junto com ele. E se, no meio do julgamento, eles decidirem que o Davi representa uma ameaça, por conta dos poderes dele? E se tentarem aprisiona-lo e leva-lo pra longe de nós, pelo bem dos lobos? Você lembra muito bem o tanto que nossos pais e o Benjamin surtaram quando descobriram sobre o sangue de cernuno! Quem garante que a Caçada Voraz não vai reagir da mesma forma, ou até pior?

Admito que aquilo sequer havia passado pela minha cabeça, mas, agora, ouvindo os argumentos de Ian, até que tudo fazia bastante sentido.

— E não é só isso — meu irmão continuou. — Você conhece o Davi e sabe que ele não é de abaixar a cabeça e aceitar o que ele não concorda calado. E se ele perder a linha e resolver encarar os lobos? E se, no calor do momento, esses poderes de cernuno, que ele ainda nem sabe direito como funcionam, saírem do controle? Já pensou na carnificina que pode rolar durante o julgamento? Nós não podemos correr esse risco!

De fato, uma batalha entre os lobos do conselho e um cernuno inexperiente era algo que não precisávamos naquele momento. Mas eu sabia que as coisas não se resolveriam assim tão facilmente.

— Você tem noção de que o papai e a mamãe não vão gostar nada disso, né? — mencionei. — Eu não duvido nada de darem um jeito de arrastá-lo até a fazenda, mesmo contra a nossa vontade...

— É por isso mesmo que não vamos contar nada — Ian sugeriu. — Se alguém perguntar, continuaremos repetindo que está tudo certo e que ele estará presente. Vamos deixar que eles descubram a ausência do Davi apenas quando chegar a hora dele depor.

— Você sabe que isso vai render a maior confusão, não sabe? — eu pontuei, apreensiva.

— Sim, eu sei — admitiu Ian. — Mas jamais seria capaz de colocar o Davi numa situação de risco. Mesmo que eu tenha que pagar o preço por isso.

— Não se preocupa, maninho — eu o confortei. — Tô contigo nessa, vamos encarar tudo o que vier juntos.

Tornei a dar partida no automóvel e retornei à estrada.

— Bem, já que o Davi não comparecerá, isso significa que nós só temos duas testemunhas, a Inara e a Bárbara — comentei, preocupada. — Vocês dois tiveram algum sucesso em localizar o Leo?

— A investigação do terreno do posto de gasolina não deu em nada — Ian revelou. — A propriedade está no nome de uma imobiliária, que também é dona de vários outros pontos comerciais aqui na região, mas que tem sede na capital. Tentamos falar com eles por telefone, mas ninguém atendeu. O Davi ainda vai seguir com aquele plano de rastrear o celular do Leo, mas não sei se conseguiremos algum resultado a tempo... Acho melhor não contarmos com isso.

— Bem, então seremos apenas eu, você, Inara e Bárbara. Espero que seja o suficiente...

— Só o tempo dirá, maninha. Só o tempo dirá.

Quando chegamos à fazenda, minutos depois, pudemos avistar dois automóveis esportivos, do tipo SUV, estacionados. A julgar pela imponência dos veículos, a Caçada Voraz devia ter bastante dinheiro à sua disposição, já que ostentava daquela forma. Ao adentrar a sala de estar, fomos recepcionados por nosso pai.

— Que bom que vocês chegaram — ele disse, com um ar preocupado. — Venham, preciso apresentar vocês aos nossos visitantes.

Apenas concordamos e o seguimos em direção à sala de jantar, de onde era possível ouvir vozes conversando. Chegando lá, encontramos a mesa posta e três desconhecidos comendo e bebendo, enquanto trocavam algumas palavras com nossa mãe.

— Senhores, com licença — meu pai interrompeu, em tom formal, anunciando nossa presença. — Gostaria de apresentar os meus filhos a vocês.

Todas as cabeças se voltaram em nossa direção e pudemos ter um melhor vislumbre daquelas pessoas que ali estavam. O maior deles se levantou. Era um homem na casa dos quarenta anos, muito alto e corpulento, certamente com mais de dois metros de altura. Ele ostentava uma careca lustrosa como uma bola de bilhar e um cavanhaque preto, no mesmo tom de seus olhos. Além da barba, o único detalhe visível em seu rosto era uma cicatriz chamativa, que atravessava o lado direito de sua face de fora a fora, da testa até o queixo. Ao se movimentar em nossa direção, era possível notar o atrito que seus músculos avantajados causavam sob o tecido de suas roupas, como se elas pudessem rasgar a qualquer instante caso ele os flexionasse um pouco mais.

O visitante parou diante de mim e Ian e nos inspecionou por alguns segundos, de maneira intimidadora, até finalmente sorrir e direcionar a palavra a nós, numa voz grave e potente.

— Então esses são os famosos gêmeos encrenqueiros? — ele perguntou, claramente tentando fazer uma piada, mas sem muito sucesso. Após alguns breves segundos de um silêncio constrangedor, ele estendeu a mão em minha direção.

— Muito prazer, eu sou Hector, líder do Conselho dos Sete.

Minhas suspeitas enfim se confirmaram. Aquele diante de mim era, de fato, o Grande Lobo. Retribuí o cumprimento e me apresentei brevemente, assim como Ian, logo depois de mim.

— Eu trouxe outros dois membros do conselho junto comigo para essa ocasião — Hector mencionou. — Deixe-me apresenta-los a vocês. Essa é a Lavínia.

A desconhecida se levantou e parou diante de nós, ao lado do Grande Lobo. Ela era mais baixa que ele, mas, ainda assim, eu precisava levantar a cabeça para encará-la nos olhos. A mulher trajava roupas de couro, bastante justas e com aberturas em locais estratégicos, ressaltando suas curvas e a sensualidade de seu corpo. Tinha um rosto comum, mas que era realçado pelo corte assimétrico de seus cabelos loiros e pela pesada maquiagem que ela usava. Passou reto por mim, com um ar de superioridade, e se aproximou de Ian.

— Que lobinho mais delicioso — ela provocou, beliscando a bochecha do meu irmão e fazendo-o ruborizar. — Se algum dia você cansar de brincar de troca-troca com seus amiguinhos e quiser ter uma experiência mais completa, não hesite em me procurar — completou ela, piscando para Ian sem pudor e deixando os demais membros da minha família chocados. Infelizmente, ver meu irmão completamente constrangido e acuado foi demais para mim e não consegui segurar a minha grande língua, para variar.

— Acredito que esse tipo de comentário não seja o mais apropriado pra sair da boca de um membro do Conselho dos Sete, numa expedição oficial — disparei sem pensar, fazendo todos os olhares se voltarem em minha direção. A loira fez uma careta contrariada e voltou a me medir dos pés a cabeça.

— Acho que se você soubesse diferenciar o que é ou não é apropriado, não teríamos que vir até aqui, só para julgar suas atitudes inconsequentes, que tanto envergonharam a alcateia de vocês, não concorda? — ela rebateu, em tom ferino.

Aquelas acusações injustas foram o suficiente para fazer a ira da minha loba despertar e, antes mesmo que eu pudesse sequer tentar controla-la, pude sentir minha aura mágica se ampliando drasticamente e preenchendo o espaço ao meu redor.

— Que fofinha, tá tentando me intimidar, é? — declarou a vadia loira, em tom de deboche. Ela se agarrou ainda mais em Ian, que estava paralisado diante do que acontecia, e passou os braços sobre seus ombros, se esfregando nele. — Se está tão preocupada com o bem-estar do seu irmãozinho, por que não tenta me tirar de perto dele você mesma? Eu te desafio.

Aquelas últimas palavras foram o gatilho que faltava para minha loba avançar sobre aquela mulher desprezível; porém, quando tentei me mover, minhas pernas não responderam às minhas ordens e eu simplesmente não consegui sair do lugar. Aos poucos, fui me dando conta de que meu corpo estava completamente paralisado e eu não era capaz de movimentar um músculo sequer.

— O que foi? — a loira continuou a provocar. — Parou por quê? Não era você a tão famosa "Loba do Sol", que todos por aí dizem temer? Até agora não entendi o motivo de tanto falatório a seu respeito... Pelo visto, a lobinha dourada mais ladra do que morde, não é mesmo?

A raiva e a humilhação que eu sentia naquele momento eram tamanhas que não demorou muito para eu sentir lágrimas aparecerem em meus olhos. Para meu alívio, aquela cena constrangedora não durou muito mais tempo.

— Lavínia, já chega, se controle e pare de usar seus poderes sem motivo — ordenou Hector, entediado. Como num passe de mágica, voltei a ter controle sobre meu corpo e fiz questão de rapidamente enxugar o meu rosto com a manga da minha blusa, me esforçando para impedir novas lágrimas de rolarem.

— Não deem muita atenção à Lavínia — o Grande Lobo pediu, se dirigindo a mim e a Ian. — Ela não tem muitas travas na língua, como vocês puderam perceber agora, então apenas a ignorem. Onde estávamos mesmo? — prosseguiu ele, como se nada tivesse acontecido. — Ah é, falta apresentar uma pessoa. Vem cá, Conrado, dá um oi pra eles!

Ouvi o som de uma cadeira sendo arrastada e voltei a dirigir meu olhar para a mesa de jantar. Só então me dei conta de que o terceiro desconhecido não passava de um garotinho, que não deveria ser mais velho do que os primos de Bárbara, que eu conhecera mais cedo, apesar de ser bem mais baixo e franzino. Ele era pálido e tinha uma franja desgrenhada e irregular, que quase não nos permitia ver seus olhos. Suas roupas eram todas folgadas e compridas, como se ele tivesse comprado peças com pelo menos dois números a mais do que o tamanho adequado para seu corpo. Ele se aproximou de onde estávamos vagarosamente e nos cumprimentou num tom quase inaudível.

— Oi... Me chamo Conrado, prazer...

Eu e Ian retribuímos o cumprimento e logo o garoto deu as costas e voltou para a mesa, continuando sua refeição como se não estivéssemos ali.

— Não sabia que havia membros tão jovens no conselho... — comentou Ian, desconcertado.

Hector apenas deu uma sonora gargalhada ao ouvir aquilo.

— Você tá falando do Conrado? — ele perguntou. — Sinto informar, mas ele é mais velho que vocês dois. Ele já tem 21 anos.

— Como isso é possível? — indaguei, intrigada.

— Acho que tem alguma coisa a ver com os poderes especiais dele... Parecem ter influenciado em seu desenvolvimento físico de alguma forma, mas ninguém sabe com certeza — Hector explicou.

— E que poderes seriam esses? — Ian quis saber.

— No momento adequado vocês descobrirão — desconversou Hector, com aquele mesmo sorriso exagerado no rosto. — Vocês não vão nos acompanhar no jantar? Acho que a comida está esfriando...

Eu e Ian nos entreolhamos e apenas assentimos, nos sentando na mesa juntamente com os nossos visitantes. Assim que nos servimos, Hector tornou a falar.

— Imagino que vocês devem estar surpresos de nos ver aqui tão cedo — disse ele, se dirigindo também a meus pais. — A verdade é que, depois de ler o relatório do caso de vocês, sentimos que a situação era muito complexa e exigia uma investigação mais detalhada. Amanhã mesmo minha tropa pessoal chegará à Esmeraldina e dará início a algo que costumamos chamar de operação pente-fino. Eles vão vasculhar a reserva, o local de encontro desse culto de híbridos que vocês descobriram e a casa do rapaz que acabou perdendo a vida. Também vão interrogar algumas das pessoas envolvidas e ver se todos os detalhes batem com aquilo que vocês nos relataram.

— Por acaso vocês suspeitam que estamos omitindo alguma informação? — minha mãe perguntou, com cautela.

— Não se trata de uma suspeita... — Hector explicou. — Mas vocês estão todos muito envolvidos em tudo o que aconteceu por aqui, então achamos necessário ter uma visão menos contaminada, mais imparcial, entende? Só assim poderemos garantir que nosso veredito seja justo e apropriado.

— Saibam que podem contar conosco no que for preciso — reforçou meu pai, em tom diplomático.

— Fique tranquilo, Augusto, nunca duvidei da sua boa vontade — garantiu o Grande Lobo. — No entanto, precisarei tomar algumas medidas para assegurar que o julgamento ocorra dentro dos conformes e talvez elas não agradem muito aos nossos lobinhos aqui...

— Que medidas seriam essas? — minha mãe perguntou, apreensiva.

— Ian e Maia, a partir de hoje vocês estão oficialmente acusados dos crimes de traição, insubordinação e homicídio. Por conta disso, serão vigiados 24 horas por dia e só poderão sair de casa para comparecer à escola, até que o julgamento seja concluído — Hector anunciou.

Eu e Ian nos encaramos atônitos, sem acreditar naquilo que acabávamos de ouvir.

— A Caçada Voraz conta com a colaboração de vocês, então nada de tentar nenhuma gracinha, ou as consequências podem ser ainda piores, tanto para a família de vocês, quanto para a comunidade de lobos de Esmeraldina como um todo — concluiu ele, com um sorriso ameaçador.

Então era isso. Agora sim eu tinha certeza de que estávamos mesmo completamente ferrados. 


----------------------------------------------------------------------

E os lobos da Caçada Voraz já chegaram causando em Esmeraldina! 🐺

Qual foi a primeira impressão que vocês tiveram de Hector, Lavínia e Conrado? 

E quanto a Ian e Maia, acharam justas as acusações que eles sofreram?

Aproveito para informar que haverá atualização nesse final de semana, excepcionalmente. Como comecei as postagens na quarta, vou lançar capítulos também nesse sábado e domingo, para completar as cinco publicações semanais. Depois disso, voltamos ao calendário normal, com postagens de segunda à sexta. 

Espero que estejam gostando! Deixem o votinho antes de ir e até amanhã! 💜

Próximo capítulo: A vez em que uma loba dourada compareceu a um julgamento 

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