Mating Policies

De nymph_L

6.2K 436 642

Quando o conselho de Yokais o pressiona para gerar um herdeiro, Sesshomaru já não tem mais para onde correr... Mais

♕ Notas
♕ To Love a Demon - PARTE I
♕ To Love a Demon - PARTE II
♕ To Confuse a Demon - PARTE II
♕ To Understand a Demon - PARTE I
♕ To Understand a Demon - PARTE II
♕ To Enchant a Demon - PARTE I
♕ To Enchant a Demon - PARTE II
♕ To Madden a Demon - PARTE I
♕ To Madden a Demon - PARTE II
♕ To Madden a Demon - PARTE III
♕ To Tame a Demon - PARTE I
♕ To Tame a Demon - PARTE II
♕ To Outsmart a Demon - PARTE I
♕ To Outsmart a Demon - PARTE II
♕ Agradecimentos + Notas Finais
♕ Glossário

♕ To Confuse a Demon - PARTE I

376 28 77
De nymph_L

Olá, pessoas!

Conforme prometido, cá estou eu para atualizar Mating Policies. Neste capítulo, veremos mais da InuKimi e novos personagens (OC) serão introduzidos. Espero que gostem deles xD

Seguem as traduções:

Gobodo-sama = Senhora Mãe ou Lady Mother. Não lembro de no português usarmos tanto o termo, mas em Inglês é muito usado. Como achei que Senhora Mãe ficaria estranho, coloquei o termo em japonês;

Hanare = separado. Lembrando que aqui Hanare é um espaço separado para recém casados, em que a mulher fica completamente isolada;

Ningen = humano.

Saikeirei = forma de se curvar japonesa em que a pessoa que o pratica demonstra culpa por erros ou extremo respeito por alguém de status superior. Pode ser feito sentado ou de pé. Aqui no caso da fic, eles estão sentados;

Shoji = tradicionais portas japonesas de papel translúcido;

Zabuton = almofadas japonesas.

Acho que são esses os termos. Se tiver algum termo confuso, me avisem ok?
Boa leitura!

Miss do Vale - 19/05/2020

"E EU POSSO SABER QUEM É A MELHOR PESSOA PARA ENSINÁ-LA ALÉM DE MIM?" Inukimi perguntou, já muito entediada; nunca fora fã de política, mas homens velhos envolvidos com política a entediavam em dobro.

A sala utilizada para reuniões no Castelo ficou em silêncio por um momento e até mesmo o Sesshomaru parecia desconfiado de sua mãe. Ele a encarou de soslaio e fechou os olhos ao vê-la sorrir maliciosamente. Ainda estava para conhecer alguém que pudesse ser tão malicioso quanto sua própria mãe.

"Gobodo-sama!" os anciões falaram em uníssono. Mal conseguiam esconder sua insatisfação; a ideia de ter uma mulher como conselheira de outra mulher — a nova Senhora do Oeste — era muito inquietante, afinal de contas se não pudessem manipular a nova Senhora quem mais poderia?

O sorriso de InuKimi só aumentou. Hoje não, seus velhotes inúteis, hoje não!

"Ainda assim..." Hideki falou pela primeira vez, seus olhos encontraram os de InuKimi; ele era um dos poucos que não a temiam. Que seja! Tsc! "O médico real deveria ser o único a visitar a Lady Rin e atender às suas necessidades."

"Você quis dizer o único a checar se ela perdeu a virgindade para o meu filho."

Todos no cômodo a encararam, boquiabertos. Sesshomaru inalou profundamente. Odiava a política que permeava as cortes. Odiava como sua mãe adorava provocar os velhotes inúteis. Será que não percebia que precisavam do apoio deles? Ele não iria muito longe se continuassem a provocar os anciões. Resolveu que era melhor permanecer em silêncio; não tomaria parte naquilo — mesmo que seu silêncio significasse que estava ao lado de sua mãe.

A ideia de que o médico real visitasse Rin e a tocasse para saber se eles tinham dormido juntos o irritava em demasia — não porque eles não tinham cumprido com suas obrigações, mas porque odiava a odeia de que outro homem tocasse o que lhe pertencia.

Como odiava aquele costume datado!

"InuKimi-sama!" Hideki modulou sua voz para ser ouvido por sobre os sussurros e cochichos surpresos. A Senhora ainda acabaria enlouquecendo a todos no Castelo. Se apenas seu falecido consorte estivesse vivo para ver... "Ser visitado pelo médico real é uma tradição. Seria uma vergonha se a Senhora do Oeste—

"Tradições devem ser quebradas quando se tornam obsoletas," InuKimi disse calmamente. "Eu posso garantir a todos, Lady Rin foi devidamente tomada pelo meu filho."

Todo o foco se voltou para Sesshomaru. Alguns dos anciões pareciam surpresos, outros nem tão convencidos assim.

"Isso é verdade, Sesshomaru-sama?"

Ele levou algum tempo para concordar com um meneio positivo de cabeça, mas quando o fez, o silêncio se fez presente no cômodo. Ninguém se atrevia a quebrá-lo, até que Hideki sorriu e comentou num tom astuto, "Então não há nenhum problema em receber a visita do médico real."

Um rosnado baixo nasceu nos lábios de Sesshomaru. O olhar que o yokai lançou aos anciões foi amedrontador.

"Você se atreve a duvidar das palavras deste Sesshomaru?" Sua pergunta foi retórica. Silêncio reinou novamente no cômodo enquanto os anciões se curvavam no comum saikeirei — Sesshomaru simplesmente odiava quando eles se comportavam dessa forma, só mostravam sua fraqueza e inutilidade. "A duvidar das palavras de sua Senhora?"

A postura dos anciões mudou completamente, o frio contido na voz do Senhor, beirando a uma indiferença gélida os fez estremecer. Afinal, Sesshomaru era conhecido como o yokai que ultrapassara o grande InuTaisho; se havia um ser que deveriam temer certamente era ele, o que não significava que iriam se curvar de boa vontade. Suas regras eram sagradas e deveriam ser seguidas sem questionamentos desnecessários.

"Tradições devem ser mantidas e nossas regras devem ser protegidas," Michiko, a consorte de Hideki, falou pela primeira vez, fazendo com que alguns concordassem com a cabeça e murmurassem palavras de apoio.

Ela pouco falava nas reuniões do conselho e quando falava, gerava uma imensa ansiedade em todos. Conhecida por ser a ponte entre o Oeste e o Sul, sua força política não podia ser ignorada. Michiko não era alguém que devessem provocar levianamente.

"Eu sou o Chefe do Clã," Sesshomaru afirmou, cessando todo o murmúrio. "Cabe a mim decidir quais tradições devem ser mantidas e quais devem ser descartadas."

Sem esperar por nenhuma resposta, ele se levantou de seu assento e caminhou em direção às portas de shoji. Tinha diversos documentos para ler que eram muito mais importantes do que perder seu tempo com aquele bando de tolos.

"Sesshomaru-sama!" Um dos anciões mais antigos, em quem sua mãe e seu pai depositavam plena confiança, disse pela primeira vez, "Sobre o—

"A reunião está encerrada, Hiraku." Essas eram suas últimas palavras, não tinha tempo para perder com eles. O quanto antes pudesse resolver o mistério que cercava a Lady do Sul, melhor seria para ele e para Rin. "Se for relacionado ao meu império e não a minha vida pessoal, você será convidado para se juntar a mim para o chá mais tarde."

"Claro, Sesshomaru-sama." Hiraku se curvou. "Perdoe o meu comportamento inapropriado."

"Quanto ao resto de vocês, não venham me procurar, a menos que tenham algum assunto para tratar que não envolva a minha esposa."

♕♕♕

Um suspiro deixou seus lábios ao se sentar no zabuton perto do jardim e se servir com mais chá. Sesshomaru-sama estava provavelmente em uma reunião com os anciões, num cômodo um tanto distante do hanare — sendo que o hanare compreendia mais que os aposentos em que acasalaria com seu Senhor — discutindo seu casamento e sua posição enquanto esposa dele.

Agradecia por aquela regra estúpida que determinava que a mulher não podia deixar o hanare pelas primeiras semanas — acreditavam que aquela janela de tempo era a melhor para a concepção; se soubessem que seu Senhor não tinha nenhum plano de levá-la para a cama, muito menos de engravidá-la...—, porque ela realmente não saberia se comportar na frente do Conselho.

Todos eles a aterrorizavam. Não que a mãe de Sesshomaru fosse muito melhor... Bem... Ao menos ela salvara sua vida antes. O que provavelmente devia significar que parte dela não a odiava por completo, certo?

Estremeceu ao se lembrar das palavras de InuKimi-sama na tarde anterior.

O que você faria para fazer essa marca se tornar permanente?

Sacudiu a cabeça diante de tal pensamento. Mesmo que... Engoliu em seco, mesmo que amasse Sesshomaru — porque o amava, o amava com cada fibra em seu ser —, não podia fazer nada para tornar aquela marca permanente.

Mas você o ama.

Como se amá-lo fosse suficiente para agir de forma que fosse desagradá-lo. Será que ele a odiaria? Será que a colocaria na rua? Será que a mataria? Será que Sesshomaru-sama podia mesmo feri-la?

Duvidava.

Ele sempre fora o ser mais cuidadoso que conhecera em sua vida. Ninguém de sua espécie se importara com ela daquela forma. Mas ele... ele se importara... Podia não se importar ao ponto de acasalar com ela — afinal, Rin não passava de uma criança para ele —, mas ele se importava.

E parte dele...

Corou diante de tal pensamento.

Parte dele... Bem... A desejava ao menos um pouco. Não sabia a extensão desse desejo ainda, mas mesmo Sesshomaru sendo um exímio controlador de si mesmo, ela vira seu desejo... Sentira seu desejo... Saboreara seu desejo.

E não conseguia esquecer a sensação de se perder para o prazer em seus braços.

A mulher ningen estava dolorosamente ciente de que não deveria cultivar esse tipo de sentimento por seu Senhor. Algo tão desrespeitoso. Mas verdade seja dita, não é como se isso fosse algo facilmente controlável.

A mera lembrança dos lábios dele sobre os dela, das mãos dele em seu corpo... em carícias alucinantes... fez com que um arrepio percorresse sua espinha. A lembrança maravilhosa das presas dele enterradas em sua pele... Rin pensou que sentiria dor, apenas dor, nunca pensara que tal ato lhe proporcionaria tanto prazer...

Um suspiro deixou seus lábios ao mover os dedos para tocar as pequenas perfurações na junção entre seu pescoço e ombro, mas recuou ao sentir como se tivesse sido queimada pelo seu próprio toque.

Ai!

Encarou a ponta dos dedos com preocupação, mas não havia nada além da sensação de queimação. Seus dedos não estavam machados com a cor característica de uma queimadura, nem mesmo rosados. Só estavam quentes e ardendo.

Tomada pela curiosidade, Rin levantou a outra mão para tocar o mesmo lugar, mas parou ao ouvir um rosnado baixo na entrada do quarto. Virou a cabeça para as portas de shoji e se viu cativa do olhar intenso de seu Senhor.

"Sesshomaru-sama!"

"Não toque a minha marca," disse num tom baixo, quase um rosnado, ao caminhar até ela.

A mão de Rin caiu imediatamente em seu colo ao encarar o Senhor do Oeste. Piscou furiosamente quando ele, em não mais de dois passos, estava sobre ela, invadindo seu espaço pessoal e a levantando sem o menor esforço.

Sem que percebesse, seus dedos agarraram o haori branco e sua respiração foi cortada quando ele levantou seu queixo e inspecionou sua face.

Rin acabou mordendo o lábio inferior com força, fazendo com que os olhos dourados dele pousassem em sua boca carmesim. Por um momento, pode jurar que viu os orbes dele se estreitando e um brilho vermelho a dominá-los, mas foi tão rápido que ela poderia muito bem ter imaginado a situação toda.

Logo, as mãos dele trabalhavam sobre o obi de seu quimono mais rápido do que ela jurou ser possível. O nagajuban também foi deixado ligeiramente aberto e o arranjo da metade superior de suas roupas foi desfeito; sua pele ficou nua para apreciação dele.

Em uma última tentativa de cobrir sua modéstia, Rin cruzou os braços ao redor de seu torso; uma coloração rosada cobriu suas bochechas. Se não fosse por tê-lo a ancorá-la, teria perdido o equilíbrio; seus corpos estavam tão próximos que seria impossível cair, no entanto.

"S-Sesshomaru-sama?"

Os olhos dele então se voltaram para ela e Rin pode ver, mesmo que por um momento, algo além da costumeira placidez a dominar a íris dourada. Seria... Desejo?

Algo como luxúria nua e crua.

Antes que pudesse alcançar qualquer conclusão, ele enterrou a cabeça na junção entre seu pescoço e ombro e lambeu a marca, fazendo com que Rin enrijecesse nos braços fortes e soltasse um gemido gutural.

Sesshomaru pressionou o corpo suave contra o seu, até que não houvesse mais distinção entre onde ele terminava e onde Rin começava.

Continuou a lamber a marca, até que os furos feitos por seus caninos se fechassem novamente e nenhum traço de sangue permanecesse na pele suave. Então, sem pudesse perceber o que estava fazendo, aninhou a marca devagar e carinhosamente.

Havia se esquecido que isso provavelmente ocorreria... as marcas se abririam novamente diante de um simples toque. Caso tivessem sido colocadas numa yokai, a pele cicatrizaria em questão de minutos, mas sua protegida era humana e o fato de se tratar de uma marca temporária só piorava o quadro.

Quando ele se afastou, depois de inalar o ar ao seu redor e quase ronronar diante do cheiro inebriante que desprendia de Rin, ela não pode evitar suspirar.

Levou um tempo até abrir os olhos de um tom castanho rico, quase avermelhado; tentando, a todo momento, controlar sua respiração e a vontade que sentia de tocar a marca, que formigava depois daquela carícia. Ainda estava no domínio dos braços poderosos; não precisava ser nenhum gênio para perceber que aquela coisa latejante pressionada contra sua barriga era uma ereção.

Rin mordeu o lábio inferior e moveu os quadris contra os dele, suas mãos deixaram seu torso e se moveram para o os ombros largos dele. Os olhos de Sesshomaru imediatamente se voltaram para o decote exposto; quase podia ver a forma dos seios redondos ao reverenciá-los com as mãos e os lábios.

Antes que pudesse se controlar, sua mão viajou da cintura fina para cima, com total intenção de tocar os seios suaves como no dia anterior. Um som que era pura aprovação deixou sua garganta diante do pensamento de proporcionar a ela um prazer indescritível; de tê-la tremendo em seus braços dominada pela sensação de um orgasmo doce e mágico.

Sua boca retornou à marca, lambendo-a e fazendo com que ela gemesse e esfregasse o clitóris coberto contra sua ereção — também coberta, infelizmente.

Deveria parar.

Tinha que parar.

Aquela situação não era apenas errada, como também era vergonhosa. Um yokai como ele não deveria desejar uma humana.

E não apenas uma humana qualquer, mas Rin.

Aquela que o admirava e o respeitava de tal maneira e que só agia daquela forma porque ele praticamente a obrigara.

Antes que fosse muito tarde, ele se afastou.

"Rin," sua voz saiu num murmúrio que era quase um ronronado. Beijou o canto dos lábios dela, completamente perdido nas sensações que aquele corpo suave pressionado contra o seu lhe evocava. "Nós não devemos."

Os olhos cor de canela de Rin se arregalaram diante de suas palavras. Por um breve momento, pensou ter visto uma sombra de mágoa tocar seus olhos, e então... não havia mais nada.

"Não toque a marca novamente," disse, dando um passo para trás, mas ainda a mantendo ao alcance de seus braços. Rin respirava devagar e o cheiro picante e adocicado de sua excitação o fazia beirar à insanidade.

"Por quê?"

"Porque você só vai se machucar," replicou num tom suave; seus olhos preenchidos com uma preocupação que ela nunca vira antes. "Ainda está fresca e sensível. Vai levar alguns dias até que se cure totalmente."

Concordou com a cabeça e mordeu os lábios. Ele teve que se controlar antes que pudesse beijá-la como desejava e acabasse fazendo algo que não deveria fazer.

Seus dedos quase se moveram sobre a pele num ato impensado. Ele a interceptou.

"Rin." Seu tom continha um quê de aviso. Ela não deveria tocar a marca de forma alguma, sua marca.

"Perdoe-me..." Respondeu num tom tímido. "Mas, Sesshomaru-sama..."

Silencio se estabeleceu entre eles. Ninguém se atrevia a quebrá-lo. Quando ele percebeu que ela não continuaria a falar antes que ele dissesse algo, acrescentou, "Hn."

"Isso é tudo?" perguntou, olhando para baixo, com medo de encará-lo. Suas bochechas estavam quentes e coradas.

Não podia esquecer o que vira... A forma como ele reagira quando ela tocara a marca. A forma como sua voz profunda soara mais possessiva e seus olhos... extremamente predatórios.

"Claro que não."

A nova voz surpreendeu aos dois, fazendo com que voltassem sua atenção para as portas de shoji. Ali, uma bela figura feminina os encarava com a cabeça levemente inclinada; um pequeno leque a ventilar a face altiva e a cobrir parte do sorriso malicioso.

"Estou interrompendo?"

"Mãe." O tom de voz de Sesshomaru era gélido e continua um quê de aviso. Não estava disposto a entrar em seus joguinhos mentais. Na verdade, estava cansado deles. Cansado de seu comportamento.

"Gobodo-sama!" Rin exclamou, olhando para baixo. Não se atreveria a encarar a Senhora do Oeste naquele estado.

Até tentou se afastar, completamente envergonhada, mas Sesshomaru não permitiu. Permaneceu no mesmo lugar, a segurá-la e a manter suas roupas no lugar, para que nenhum centímetro a mais de sua nudez fosse estampado diante de sua mãe. O rosto de Rin ficou ainda mais avermelhado e quente.

Por Kami!

"O que você quer, mãe?" perguntou ao se inclinar sobre sua esposa; seu corpo alto e forte a protegia do olhar curioso de InuKimi.

"Estava aqui pensando..." começou num tom mordaz, "Não vai contar a ela sobre os efeitos colaterais?"

"Mãe!"

"Como os sonhos?"

"Que tipo de sonho?"

Os olhos dourados de InuKimi brilharam em uma diversão maliciosa por um breve segundo. A situação toda ficava cada vez mais interessante. A ingenuidade de sua nora estava se provando refrescante. Amava cada segundo daquele jogo!

E amava ainda mais o fato de seu filho odiá-lo.

"Sonhos eróticos, é claro, querida."

Os olhos de Rin se arregalaram muito diante daquelas palavras. A cor rosada que dominava suas bochechas se espalhou por seu pescoço e ombros. Engasgou ao pensar no significado daquilo. Sua respiração parou na garganta.

Sonhos eróticos causados pela marca?

Enquanto InuKimi tentava olhar para Rin diretamente, Sesshomaru fez o seu melhor para escondê-la.

Muita informação! O que sua mãe estava fazendo era completamente desnecessário.

"Deixe-nos."

"Mas eu acabei de chegar." InuKimi fingiu inocência. Uma característica que nunca possuíra — nem mesmo no útero de sua mãe, Sesshomaru pensou, amargo.

O yokai estreitou os olhos dourados. Se fosse outro homem qualquer, teria rosnado para fazê-la se afastar, mas ele sabia que tal ação só faria com que ela redobrasse suas provocações e isso era tudo que ele não precisava agora.

"Filho," ela replicou ao Mãe não dito por ele num tom cansado e entediado — mas que filhote mais adorável! —, seu sorriso ficava cada vez maior. Como amava provocá-lo!

Havia outra razão pela qual estava ali, é claro. Viera falar com sua nora, dizer que deveria estar pronta no dia seguinte para sua primeira lição, mas fora surpreendida ao encontrá-la nos braços de seu filho.

E ele ainda se atrevia a negar que a desejava; que tolo.

"Muito bem..." Endireitou as costas e clareou a garganta, "Eu vim contar à Lady Rin que vou ensiná-la nos costumes dos inu yokais a partir de amanhã."

"Me ensinar?" Rin encarou sua sogra pela mínima brecha entre os braços de Sesshomaru, seus olhos expressavam sua curiosidade.

"Sim... Te ensinar, querida. É claro."

InuKimi suspirou. Odiava pessoas que repetiam suas falas, mas daria um jeito na garota. Com um pouco de sorte, conseguiria se livrar daquele costume irritante e aprimorar suas melhores características.

Sim...

De agora em diante, Rin seria seu projeto de vida.

"Eu vou te ensinar a política da corte, te ensinar como lutar— Arqueou uma sobrancelha de forma desafiadora para seu filho e levantou uma mão, sinalizando que a opinião dele não era bem-vinda. "E não, Sesshomaru, você não pode falar ou discordar." Um suspiro deixou seus lábios. "Continuando, ainda haverá a linguagem inu, etiqueta... E, se você for uma boa estudante, eu também posso te introduzir ao tópico das políticas do acasalamento."

Enquanto explicava as lições que praticaria com Rin, a ningen ficou mais e mais interessada. Sango e InuYasha haviam lhe ensinado o básico de defesa pessoal, mas a verdade é que nunca tinham avançado muito, porque Sango logo estava grávida das gêmeas e depois muito ocupada tomando conta deles e InuYasha, como protetor da Vila, tinha pouco tempo para perder ensinando uma garota como ela. Podia proteger a todos sem que precisasse ensiná-la o que quer que fosse.

E esse era o pensamento que mais odiava. Fora sua incapacidade de se proteger que a colocara em perigo na maioria das vezes. No entanto, para ser justa, não era realmente sua culpa que não pudesse se proteger aos oito anos. E mesmo que soubesse como, não havia muito que pudesse fazer contra adultos... yokai adultos.

Essas seriam as lições que mais aproveitaria. Agora, no quesito das políticas de acasalamento... Aquilo, de fato, existia?

Antes que pudesse se controlar, a pergunta tomou forma e as palavras escaparam de sua boca. A questão foi recebida por InuKimi com um sorriso e um estreitar de olhos de Sesshomaru.

"Claro, querida... E eu vou ficar imensamente feliz por poder dividir o meu conhecimento."

Quando Rin percebera que tal pergunta fora feita em voz alta, pensou que sua face não podia ficar mais vermelha. Se não fosse lhe render mais provocações, teria coberto o rosto com as mãos — aquilo e o fato de que os olhos de seu Senhor estavam ainda mais estreitados.

Bem...

Tentou raciocinar e pensar na reação de Kagome — seu primeiro modelo de que uma mulher para ser forte não precisava necessariamente de força física para colocar as pessoas em seus devidos lugares — ao saber daquelas políticas de acasalamento e percebeu que talvez não fosse algo tão... empoderador.

Além disso, sua marca, bem como seu status, eram apenas temporários. Não os teria para sempre, então para que aprender tanto? Era inútil. Indiferente ao quanto tentasse, a verdade é que mais dia, menos dia, Sesshomaru anunciaria o fim de seu relacionamento e se casaria e acasalaria com uma yokai digna de tal posição.

Jaken estava certo.

Você realmente acha que ele vai ser capaz de nutrir algum sentimento por uma humana tão fraca quanto você?

Não importava o quanto tais palavras a tivessem machucado, Rin não podia julgar o yokai duramente. Ele estava certo. Totalmente certo!

Que ele vai querer crianças inúteis e mestiças?

Que Sesshomaru tivesse considerado se casar com ela para enganar o Conselho já era uma honra imensa. Mais do que merecia. Que ele tivesse vindo buscá-la após tantos anos, que ainda a quisesse ao seu lado... mas daí a querer que ela fosse sua esposa... e a Senhora de seu castelo...

Não.

Rin sacudiu a cabeça profusamente. Não era o tipo de pensamento que deveria ter agora. Não importasse a situação ou o resultado da situação em que se encontrava, não deveria recuar agora ou fazer algo que colocaria Sesshomaru numa situação preocupante depois.

"Deixe-nos," Sesshomaru disse mais uma vez ao sentir a mudança no humor de Rin. De curiosidade sutil para inquietação repentina... Ou seria tristeza? Não podia afirmar com certeza.

Seus braços renovaram o aperto ao redor dela, mas se afastou ao senti-la estremecer em seu abraço e não de frio... mas de algo totalmente diferente. A forma como ela posicionou as mãos sobre seu peito e se afastou ligeiramente era indicação suficiente de que ela não o queria por perto.

"Eu acho que você deveria ser o único a ir embora, meu filho."

Dessa vez, ele não tinha nenhuma resposta.

Olhou para Rin uma última vez, em busca de confirmação, qualquer coisa que indicasse que não era mais bem-vindo em seus aposentos, de que seu toque não era bem-vindo e o que encontrou foi mais do que suficiente para fazê-lo se afastar, colocando uma distância de ao menos um braço entre eles.

Um menear de cabeça foi toda a resposta que conseguiu esboçar ao sair do quarto. O sorriso no canto dos lábios de sua mãe fez com que ele a olhasse por sobre o ombro com os olhos estreitados e dissesse num tom extremamente baixo, para que apenas ela o ouvisse:

"Lembre-se do que eu disse mais cedo na reunião, mãe."

Conforme as palavras lhe voltaram à mente, InuKimi não pode evitar sorrir, um sorriso genuíno que logo se transformou em algo matreiro que poderia rivalizar com a criatura mais travessa do universo.

"Mas é claro."

Tsc.

Você se preocupa demais, filhote.

Continue lendo

Você também vai gostar

226 53 11
Um Apocalipse zumbi sempre pareceu um roteiro de filme ou de alguma série de Tv,mas para quatro jovens agora esse era o roteiro das suas vidas. O que...
216K 13.7K 60
{Concluída} Park Jimin e Jeon Jungkook são um casal famoso no YouTube por suas trolagens...
1.1M 58.4K 151
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
192K 333 11
Este livro é um álbum onde você vai conhecer minhas obras publicadas. Romances homoafetivos disponíveis completos na Amazon e impressos pela Editora...