Kylie Swan P.O.V.🦋
↳ WA, La Push. - 2017, 09h15. ↲
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— O seu cabelo é tão lindo! – Emily comentou, admirada, enquanto penteava o mesmo
— É, ele está tão grande e hidratado, que me dá vontade de voltar para a cor natural. – comentei, sorrindo levemente
— Gosto do seu cabelo natural. – a esposa de Sam opinou, dando de ombros
Sorri em forma de agradecimento e deixei que ela continuasse penteando meu cabelo. Depois do pequeno acidente no penhasco, Paul me trouxe para a casa de Emily e aqui, ela colocou minhas roupas para secar e também, me ofereceu um banho quente, assim como se disponibilizou para pentear meu cabelo.
Mas, eu sabia que ela não queria só pentear meu cabelo.
— Hmm...acho que você não quer só pentear meu cabelo, não é!? – mordi meu lábio inferior, reprimindo um riso, enquanto olhava minhas unhas
— Você é inteligente! – Emily pontuou e então respirou fundo — É sobre o Paul!...Sabe, o jeito dele...não é culpa dele. Acho que com o apoio de alguém, ele conseguiria mudar, ser menos explosivo, entende!?
— Não é culpa dele!?Como assim? – virei de frente para Emily, confusa
— O pai dele, ele...
Quando Emily ia falar, alguém bateu na porta do quarto e após o consentimento da dona do quarto, a mesma foi aberta. Paul adentrou o cômodo e Emily negou com a cabeça, reprimindo uma risada.
— Posso falar com ela em particular? – Paul questionou a esposa de Sam, que acentiu, me entregou a escova e saiu do quarto
Comecei a pentear meu cabelo sozinha, enquanto observava Paul se sentar na beirada da cama de Emily e Sam.
— Acho que mereço explicações, não acha!? – perguntei, rindo fraco, tentando tranquilizar ele, que parecia não muito confortável comigo
— Merece, é claro. Eu conheço um lugar, que você vai gostar e também, vamos poder conversar sem ninguém atrapalhar. – Paul sugeriu
— Tudo bem!Só vou pegar minha roupa, trocar e nós já podemos ir, ok!? – falei após pousar a escova de cabelo, na penteadeira
Levantei da cama e saí do quarto, indo até a área de serviço, onde Emily já havia me ensinado à ir. Peguei minhas roupas, já secas e fui para o banheiro.
Eu estava ansiosa pra conversar com Paul e isso era um fato.
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Paul estacionou sua moto um pouco antes de um lindo e perfeito, campo de girassóis e eu quase surtei, de tamanha animação!O lugar era lindo. Os girassóis ficavam em volta da grama, enfeitando mais ainda a paisagem.
Eu me sentia no paraíso, de tão lindo e calmo que o lugar era.
— Esse lugar é perfeito, eu estou apaixonada! – sorri, admirada, enquanto esperava Paul descer da moto
— É, eu também estou apaixonado. – ele deu de ombros e pude entender o duplo sentido em sua frase
Ele sabia o quanto ficava bonito sorrindo!?Se soubesse, com certeza, ele o esbanjaria por aí.
— E então, já posso fazer minhas perguntas? – questionei, tentando aplacar minha curiosidade, enquanto sentávamos na grama
— Eu sabia que você faria, então vá em frente. – Paul riu e eu acabei rindo também
– Ok!Eu achei tudo isso bem...louco, sabe!?Então preciso que me explique tudo sobre o imprinting e também, acho que seria uma boa, falarmos sobre nossas vidas pessoais, precisamos saber mais sobre ambos. - sugeri, fazendo uma leve careta
— Tá bem, então vamos lá!O imprinting é algo sagrado para os quileutes, é como um amor à primeira vista, para os humanos, só que muito mais forte, sabe!?Se algo acontece com as nossas marcas, praticamente reflete em nós. Fazemos de tudo para proteger a pessoa e também fazemos tudo pela pessoa. Acima de tudo, quero que saiba que eu sei que seus sentimentos por mim, ainda não são como os meus por você, mas eu sei que posso mudar isso. No começo, eu quis me manter afastado de você, por isso te tratei mal, pois achei que fôssemos muito diferentes para dar certo, mas, me arrependi hoje mais cedo e quero que me dê uma oportunidade. – Paul explicou, mantendo contato visual comigo
— Começamos do jeito errado!Confesso que me assustei com o seu jeito depois de tudo o que aconteceu com a Bella e quis me afastar de você também, mas agora, também acho que podemos tentar, com calma, mudar isso, sabe!? - suspirei
— Não quero que sinta medo de mim!Eu jamais faria algo para te machucar. Me permite tentar algo? – Paul levantou, decidido e eu assenti, curiosa
Eu estava gostando da nossa conversa!Ele havia esclarecido muita coisa e também, estava mais sociável do que em qualquer outro dia.
Paul foi em direção às árvores e eu deitei na grama, aproveitando aquela paisagem. Ele havia acertado em me trazer para cá. O barulho de galhos sendo quebrados, me fizeram olhar para trás e ter a visão de um lobo de pelos cinza e olhos castanhos escuros, vindo em minha direção.
Eu já sabia que era Paul, então fiquei em pé e esperei sua ação, que foi vir até mim e abaixar a cabeça, provavelmente querendo me passar confiança.
Acariciei seu pelo e ele me olhou, gargalhei quando eu parei de acaricia-lo e o mesmo empurrou sua cabeça contra minha mão. Encarei meu reflexo em seus olhos, como um espelho e sorri de leve, me sentindo bem com a presença de Paul, pela primeira vez.
Estávamos nos dando bem e eu gostava disso!
— Pode voltar à sua forma humana, pra gente conversar? – perguntei e ele acentiu, indo para a floresta novamente
Sentei na grama e esperei que ele voltasse. Quando isso aconteceu, pensei se deveria falar sobre a tal Justine ou não e cheguei a conclusão que sim, eu deveria falar sobre ela!
— E aquela tal de Justine?O que vocês têm? – encarei minhas unhas, fingindo indiferença
— Eu e Justine?Absolutamente nada. Só passamos algumas noite juntos e ela começou a achar que tínhamos algo, mas já falei para ela que tive um imprinting por outra pessoa. – Paul explicou e eu senti sinceridade. Sua intensidade havia me deixado nervosa
— Ok, vamos mudar de assunto!Quer saber algo sobre mim? - respirei fundo, mordendo levemente meu lábio inferior.
— Tudo!Quero saber tudo! – Paul sorriu de lado, parecendo realmente interessado
Comecei a contar sobre minha vida em Malibu, sobre minhas amizades, minha mãe e meu padrasto e tudo mais que eu achei que ele deveria saber por enquanto. Tentei contar o máximo de coisas, para que nos conhecêssemos melhor.
Paul contou sobre ele também!Falou que trabalha em uma oficina com Jared e Jacob, que mora com seu pai, que é apaixonado por carros, motos...me contou coisas interessantes sobre ele, que fizeram eu mudar completamente minha visão sobre o mesmo. No fundo, Paul Lahote era bem mais do que um transmorfo esquentado e incrivelmente bonito.
A única coisa que ele não me contou, foi sobre o que eu tanto queria saber. Sobre o que Emily começou a falar, mas eu não perguntaria sobre o que era. Talvez, ele ainda não se sinta preparado para me falar o motivo dele ser assim.
— Já está na hora do almoço. Stassie e Jordyn devem estar preocupadas comigo e também, preciso ir para casa. Bella ainda vai ouvir muito, por causa do que aconteceu hoje. – neguei com a cabeça, irritada, após olhar o horário em meu relógio – a prova d'água –, já que não havia trago celular
— Então vamos!Quer que eu te leve até sua casa? – Paul levantou e me ajudou a levantar, puxando-me pelas mãos
— Ok!Vamos pegar meu carro na casa da Emily e então, você pode me levar pra casa. – concordei
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Dentro do meu carro, em direção à minha casa, Paul dirigia e eu quase congelava de frio. Acho que eu estava começando a ficar doente!Meu nariz já começava a escorrer e como eu fico muito frágil quando resfriada, já começava a sentir muito frio.
Perfeito!Obrigada, Isabella, você é uma excelente irmã.💭
— Aqui tá 40°, precisa de ajuda? – Paul sorriu ladino, provocante como sempre
— Tô começando a ficar resfriada, por conta da água muito gelada e o tempo que passei com as roupas molhadas, no frio, então aceito. – passei a manga de meu moletom, em meu nariz
Paul passou um braço por meus ombros e me puxou mais para ele. Wow!Ele era quente mesmo e isso era bem útil no momento.
— Já pensou em usar blusas? – perguntei divertida, após minha mão ir de encontro ao seu peito
— Prefiro assim. Você não!? – ele sorriu ladino, malicioso e eu ri, corando levemente
Era bom abraçar ele...Eu me sentia bem, abraçando Paul e isso era tão estranho. Eu nunca havia me sentido assim com ninguém, então eram novas sensações e sentimentos, talvez.
Quando chegamos em frente à minha casa, saímos do carro e antes de eu entrar em casa, fui até Paul.
— Obrigada por toda a manhã que passamos juntos. – beijei seu rosto e ele sorriu sem graça
Caminhei até a porta, mas antes que eu entrasse, observei Paul adentrar a floresta, então entrei tranquilamente em minha casa. O que!?Eu só queria me certificar que ele entrasse na floresta em segurança. Tenho ciência de que ele sabe se defender melhor do que poderia, diante da civilização.
Puta merda!Eu não devo estar bem, isso sim!Estava começando a me preocupar e a me sentir bem com Paul, o que era algo completamente novo.
E a pior parte era que....eu gostava de me sentir assim.