Ferreira: Que bela tarde em rapazes.
Alfredo: Mas que animação Ferreira.
Ferreira: A vida me tem sido muito generosa ultimamente.
Fernando: É bom saber que alguém se diverte.
Ferreira: Diversão é pouco para descrever o que eu tenho passado, meus caros estou em estado de graça, conheci uma mulher maravilhosa.
Fernando: Agora eu compreendo porque anda nas nuvens nos últimos tempos.
Ferreira: HáHá! Só poderia andar nas nuvens se conheci o paraíso.
Alfredo: Quanta responsabilidade pra uma dama.
Ferreira: Estou certo de que não diria isso se a conhecesse, basta que lhe diga que acabei de vim dos seus braços e não tenho outro pensamento que seja voltar para esse. Bom, agora se os dois me dêem licença, irei a minha sala resolver alguns assuntos pendentes.
Alfredo: O amor, sempre o amor.
Fernando: Eu gostaria de ter a liberdade do Ferreira isso sim.
Alfredo: Em falar nisso como vão os seus amores com Adelaide?
Fernando: Amores... HáHáHá! Quem me dera, faço de tudo para me empolgar por Adelaide mas a todo momento a imagem de Aurélia me invade tomando conta de toda a minha cabeça.
Alfredo: Fernando, talvez seja uma questão de tempo para você se acostumar com esse desejo, entende o que eu quero dizer?
Fernando: É o que eu procuro fazer! Aproximo-me de Adelaide o mais que posso, desponho-me a me entregar nos momentos de intimidade e o que acontece? Penso cada vez mais em Aurélia. A presença de Adelaide, seu corpo, suas carícias, tudo transporta a mulher que amo de verdade.
Alfredo: Você tem que esquece-la Fernando, agora é melhor reservar sua cabeça para Adelaide.
Fernando: É dos lábios de Aurélia que me estimula de paixão e é da pele de Aurélia que me vem o calor, se encosto a minha cabeça em seu colo é o coração de Aurélia que ouço, então me diga meu amigo como pode dá certo uma união com Adelaide? Eu não sei o que vai ser de mim, eu não sei.
• Enquanto Isso Na Casa de Aurélia...
Aurélia: Posso te ajudar nos cálculos.
Pedrinho: Eu erro demais, estou com medo de perder o serviço no Banco.
Aurélia: Deus me livre Pedrinho, não sei nem como vamos fazer para pagar o aluguel, nosso dinheiro só dá para pagar os atrasados.
Pedrinho: Ele vai nos botar na rua.
Aurélia: Não, você tem que conversar com o senhor Ivo. Olha, leva esse dinheiro para ele, diz que é para pagar o mês vencido e que estamos providenciando o resto, e pra ele ter um pouquinho de paciência que nós vamos pagar!
Pedrinho: Ele não vai aceitar, da última vez ele disse que ia querer o pagamento todo e que não ia tolerar atrasos.
Aurélia: Pedrinho, ele tem que compreender!
Pedrinho: Aurélia, o senhor Ivo não está preocupado com os nossos problemas, ele quer saber é do dinheiro dele claro.
Aurélia: Está bem, então eu vou pensar em um jeito de nós conseguirmos ganhar mais está bem?
Pedrinho: Como Aurélia? Se nós dois já trabalhamos e economizamos tudo o que podemos, não temos de onde tirar mais dinheiro.
Aurélia: EU VOU PENSAR NUM JEITO, EM ALGUM JEITO ESTÁ BEM?!!! Agora preciso ir se não vou me atrasar.
Pedrinho: Também tenho que ir ao Banco.
Aurélia: Vamos, vamos.
• Mais Tarde...
Bela: Vai chamar a senhorita Aurélia! Tem certeza que não quer nada Adelaide? Um chá, um refresco.
Adelaide: Obrigada, só vim mesmo para resolver esse assunto.
Bela: Eu ainda não entendi direito Adelaide, eu tenho certeza que Fernando irá a festa com você e lá ele irá encontrar a nossa amiga.
Adelaide: Eu sei, eu quero tirar a prova, será um teste.
Aurélia: Mandou me chamar? Mandou me chamar Bela?
Adelaide: Como está Aurélia?
Aurélia: Bem e você?
Adelaide: Não posso reclamar, sei que a vida é dura como tem sido pra você, tomei conhecimento das dificuldades que tem enfrentado minha querida, saiba que lamento muito.
Aurélia: Foi pra isso que me chamaram?
Bela: Adelaide veio lhe fazer um convite.
Adelaide: Na verdade o convite vem da parte de dona Leocádia Duarte ela está fazendo uma festa para receber o marido e está precisando de uma... bonita moça, para trabalhar na recepção, não sei se me precipitei mas pensei imediatamente em você e mencionei o seu nome, acredite querida, só quis ajudar. Você aceita?
• Então...
Aurélia: Será que estamos em condições de escolher? O aluguel atrasado recusar seria um erro.
Pedrinho: Ficar servindo esses ricaços entojados, é humilhante.
Aurélia: É só por uma noite.
Pedrinho: Mesmo assim, pra isso eles tem escravos.
Aurélia: Eu sei Pedrinho mas é um capricho de dona Leocádia, ela quer uma moça branca servindo como na Europa.
Pedrinho: Essa gente tem cada ideia, tem dinheiro para gastar de sobra e fica inventando moda, e eu aqui tomando esse caldo ralo.
Aurélia: Perdeu o apetite com a conversa?
Pedrinho: Essa água de batata também não ajuda né.
Aurélia: Quê que é isso Pedrinho? A Damiana fez com o maior carinho, MÁGICA ELA NÃO PODE FAZER!!! O QUE TINHA A MÃO FOI O QUE SE PÔDE ARRANJAR!!!
Pedrinho: Eu sei, não me conformo com essa vida injusta, nós dois aqui passando essa necessidade e os outros lá se divertindo em festa onde podem gastar uma fortuna, quem me dera ter esse dinheiro todo. Um dia Aurélia, um dia as coisas mudam.
Aurélia: Pois enquanto não mudam, eu prefiro arregaçar as minhas mangas e seguir em frente. Eu vou aceitar o serviço!
ATENÇÃO PRÓXIMO LANÇAMENTO: 📝#PROVADEAMOR❤
Lourenço: Esses petiscos estavam maravilhosos.
Lobato: O Pedro gostava muito de petiscos.
Lourenço: É verdade Lobato, ele gostava de caçar as aves que comíamos, era um ótimo homem o Pedro.
Antonio: Com licença, Coronel Lourenço?!
Lourenço: Pois não?
Antonio: Eu sou Antonio Mendes, moro na casa que foi de dona Emília, eu passei no seu hotel e me disseram que o senhor estaria aqui.
Lourenço: Prazer.
Antonio: Prazer.
Lourenço: Fico muito grato por ter vindo, por favor sente-se conosco.
Antonio: Obrigado, mas em que posso servi-lo Coronel?
Lourenço: É que eu vim a Corte em busca de uma senhora chamada dona Emília, procurei ela no endereço que o meu filho nos deixou e me disseram que agora é o senhor que mora lá. Será que poderia nos ajudar a encontrar essa senhora?
Antonio: Bom, a única coisa que eu sei Coronel é que a dona Emília morreu.
Lourenço: Será que, será que o senhor poderia nos informar se ela tem familiares? É que a um tempo atrás Lobato, meu capataz, esteve nessa casa e lá encontrou um senhor que se dizia irmão dela.
Lobato: É, eu deixei com ele o dinheiro que o senhor mandou pra dona Emília, ele deve saber de alguma coisa o senhor Lemos.
Lourenço: O senhor sabe onde podemos encontrar esse senhor Lemos?
Antonio: Ah sim, o senhor Lemos foi quem negociou a casa, o senhor Lemos é comerciante, tem uma loja na cidade, eu posso indicar o endereço ao senhores.
Lourenço: Ah que ótimo, eu ficaria muito grato se o senhor explicasse ao meu capataz como chegar lá. Lobato, quero que vá a loja do senhor Lemos agora mesmo.
Lobato: Sim senhor.
Lourenço: Ele deve saber do paradeiro da família, finalmente graças ao senhor, poderemos encontrá-los.
• Equanto Isso...
Leocádia: Adelaide estava coberta de razão, você foi feita sobe medida do que imaginei.
Aurélia: Obrigada, eu espero responder as suas expectativas.
Leocádia: Sim, é muito simples o que tem a fazer, está vendo aquela mesa ali? Você ficará atrás da mesa servindo champanhe aos convidados.
Aurélia: Sim senhora.
Leocádia: Veja bem, eu quero que seja tudo muitíssimo requentado, igualzinho a Europa e pra isso você terá que usar um casaquinho de veludo muito bonitinho por cima do seu vestido e um arranjo de flores no peito, vamos fazer de você uma legítima francesinha e o que não será muito difícil, você é uma moça muito bonita.
Aurélia: Obrigada, eu queria saber...
Leocádia: MAS O QUÊ QUE É ISSO?!!! O QUÊ QUE É ISSO?!!! Não é possível que você não presta atenção? EU JÁ EXPLIQUEI MAIS DE UMA VEZ QUE ISSO NÃO É ASSIM!!!
Leocádia: Não vá quebrar os copos por favor, meu Deus que coisa, daqui a pouco vou eu mesma fazer... me desculpe, me desculpe é, é, aonde é que você estava?
Aurélia: Não era nada importante.
Leocádia: Não era nada?!
Aurélia: Não.
Leocádia: Então tá, eu vou pedir pra uma escrava lhe levar para o quarto, você vai se trocar e não se preocupe que ela sabe o que fazer. Alguma pergunta?
Aurélia: Sim, como é que está a Mila sua filha?
Leocádia: Você conhece a minha filha?
Aurélia: Eu sou amiga de Mila, das aulas de dona Ordália, fazíamos aulas de...
Leocádia: O que foi isso? Quebraram, agora quebraram, quebraram alguma coisa. O quê que é? Foram vocês duas que quebraram alguma coisa?
Leocádia: Mas eu já falei pra vocês que esse copo não é aqui, é do lado direito, pelo amor de Deus eu acho que eu vou ter que fazer tudo sozinha mesmo... olha esse pessoal me enlouquece, sinceramente me enlouquece. Você me desculpe não vou poder continuar lhe dando atenção, eu preciso cuidar dos preparativos da festa, eu preciso que essa noite dê tudo certo.