Interlude (Suga)

By Ve_Andreadis

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[CONCLUÍDA] Greta vive com sua filha em Daegu. Não tem tempo para quase nada além de trabalhar, estudar e cui... More

Introdução
It doesn't matter
2 Cool 4 Skool
Adult Child
Dope
HipHop Lover
ON
Friends
Base line
Burning up (fire)
Good Day
Agust D
Interlude: Dream, Reality
Outro: Wings
Idol (feat. Nicki Minaj)
All Night (feat. Juice World)
Trivia: Seesaw
Perfect Man
So Far Away
Dead Leaves
Cypher 1
First Love
Jamais Vu
Boy meets evil
Interlude: Shadow
Best of me
Other: love is not over
Interlude: set me free
Moonlight
Spring Day
Stay Gold
Magic Shop
Promise
대취타 (Daechwitta)
땡 (DDAENG)
Intro: Dt sugA (feat. DJ Friz)
Burn it
Cypher pt. 4
Seoul town road remix
28 (feat. NiiHWA)
Eight (Prod. Feat. Suga of BTS)
Honsool
As I told you (ou epílogo)
Agradecimentos

Hug Me

361 77 41
By Ve_Andreadis


Nari ficou parada do lado de fora do prédio de Greta com o coração partido. Não sabia o que fazer para se desculpar e também não tinha forças para sair dali e se encontrar com Hoseok. As coisas tinham saído do seu controle muito mais rápido do que ela imaginara. Sabia desde o começo que seguir Micha era um erro, mesmo assim, na vontade de ver Greta com Yoongi e não com August, ela tinha ido. E agora estava sem a amiga e sem a sobrinha, sozinha do lado de fora do prédio, se sentindo mais culpada do que nunca.

Conseguiu ouvir os gritos das duas dali, mesmo sem entender nenhuma palavra que gritaram uma para outra, ela sabia que estavam brigando feio. O celular vibrou novamente em sua mão, dessa vez numa ligação porque ainda não tinha respondido nenhuma das mensagens de Hoseok. Atendeu apenas para que ele não desistisse dela.

– Alo.

– Ah, graças a Deus. Já estava começando a ficar preocupado. Você está bem? – a voz dele era clara e suave e só de ouvi-la Nari já começou a sentir o peso querendo sair do coração.

– Oi... tudo bem, e você? Onde estão? – respondeu tentando esconder seus problemas.

– O que houve?

Nari fechou os olhos, cansada. Não queria descarregar nele, mas pelo jeito não tinha disfarçado bem o suficiente.

– Nada. Está tudo bem. – respondeu. – Estão mesmo em Daegu? Onde estão?

– Estou chegando. Fique aí. Vou achar seu celular. – e desligou.

Nari olhou para o aparelho, confusa. "Achar meu celular? Como?" – pensou. Voltou a olhar para a janela que sabia pertencer ao apartamento de Greta e soltou um suspiro. O telefone voltou a tocar.

– Ainda está aí fora? – era Greta. Falava baixinho, forçando Nari a tampar um dos ouvidos com um dedo para poder ouvi-la.

– Greta... podemos conversar? – perguntou. Ouviu o suspiro da amiga passar pelo telefone e voltou a olhar para a janela. Dali, Greta parecia muito cansada, mas concordou com a cabeça.

– Estou descendo.

Greta não havia nem mesmo trocado de roupa ainda. Usava a mesma que tinha ido ao encontro. No entanto, quando parou em frente ao espelho que tinha a porta do apartamento para calçar os sapatos, percebeu que não estava nem perto de estar bonita. A maquiagem tinha borrado nos olhos por causa do choro e as tranças, apesar de intactas, pareciam não combinar mais com seu estado de espírito. Queria o cabelo laranja e armado de volta.

Do lado de fora Nari começou a planejar mentalmente o que diria para se desculpar. Ia dizer a verdade, ela era contra essa coisa de Greta sair com August, mas que não tinha tido intenção nenhuma de atrapalhar o encontro. Confiava no bom senso da amiga. Mas não tinha coragem de dizer não para Micha – nunca tivera – então concordou em acompanhá-la achando que a menina desistiria depois de ver que ela estava em segurança. Olhou para o celular pensando, de repente, em Hoseok e essa coisa dele mandá-la esperar ali. Como ele a encontraria?

Pensar nele foi quase como chamá-lo com a força do pensamento. Mal colocou o celular de volta na bolsa e viu o carro dobrando a esquina. Era um utilitário preto, desses que permitem que muita gente fique lá dentro em pleno conforto. Um carro quase familiar. Viu o sorriso dele de longe e também viu Greta saindo com um casaco que não combinava em nada com a roupa que usava por baixo.

— Isso não vai dar certo. - pensou vendo tudo em câmera lenta, como se não participasse mais da cena.

— Greta, eu posso explicar... – começou, mas a amiga balançou a cabeça numa negativa e a abraçou com carinho. Não reparou no carro que se aproximava e muito menos em quem estava no banco da frente e ao volante.

— Tudo bem, amiga. Eu sei que não teve escolha. Eu só queria deixar claro que tudo bem... não precisa se desculpar.

Nari não soube como reagir. Ia se desculpar pela chegada dos meninos primeiro, mas foi pega de surpresa pelo abraço carinhoso da amiga. Sentiu o cheiro de soju assim que retribuiu o abraço.

— Eu não... desculpe-me. Eu fui uma péssima tia hoje. Sinto muito mesmo. – falou finalmente. — Não devia ter deixado Micha sair. Muito menos chamar JiYoung para ir conosco. Nunca teria concordado com isso se soubesse como ficaria chateada comigo.

— Tudo bem. Tudo bem – Greta murmurou. A voz estava pastosa e ela continuava de olhos fechados. Não queria mais brigar. Micha já a odiava, não queria que Nari também a odiasse. Eram as duas únicas pessoas na Coreia que se importavam com ela, não podia perder nenhuma das duas por conta das próprias paranoias.

De dentro do carro, Hoseok e Yoongi assistiam a cena inseguros se deveriam ou não interromper. Um aplicativo que mostrava onde seus contatos mais importantes estavam tinha sido usado para que Hobi encontrasse Nari tão rápido, mas agora não tinham mais tanta certeza se tinha sido útil mesmo ou não. Havia com certeza alguma coisa importante acontecendo ali e nenhum dos dois queria atrapalhar. Ao mesmo tempo que estavam quase sem tempo e aquele era realmente o único dia da agenda agitada que tinham para resolverem as coisas em Daegu.

— O que a gente faz?

— Espera, eu acho...

Greta ficou ali aninhada ao abraço de Nari por muito tempo, tempo demais. A moça começou a desconfiar que ela havia dormido por conta do soju. Não seria a primeira vez. Mas antes de conseguir concluir se era isso ou não, a brasileira voltou a bater a mão de leve nas costas da amiga, sem dizer nada, mas indicando que estava tudo bem. Estava quase dormindo.

— Você não dormiu, né?

— Shiu... claro que não. – mentiu abrindo os olhos devagar. Tinha chegado bem perto de dormir e isso a fez rir um pouco até que o viu dentro do carro. Afastou-se de Nari e a encarou.

— O que é aquilo? - apontou com a cabeça. Hobi e Yoongi deram um adeusinho sem jeito de lá de dentro, sem saber se já podiam descer mesmo ou não.

— Ele disse que viria antes de você descer; – falou. — Não foi planejado, eu juro! – concluiu agitando as mãos desesperada.

Mas Greta não disse nada, seus olhos estavam presos em Yoongi. Sentiu o estômago dar uma cambalhota involuntária, repleto de borboletas não autorizadas que insistiam em se agitar no mesmo ritmo de seu coração. Não ficou chateada. Estava estranhamente aliviada por ele estar ali, quase como se esperasse que ele surgisse para salvá-la de um dia – um mês – terrível, finalmente.

Nari foi discretamente se aproximando do carro e se afastando da amiga. Fez sinal para Yoongi descer, mas ele também não a encarava, preso no olhar da brasileira. Só percebeu o que Nari queria fazer quando ela mesma abriu a porta do lado do passageiro e o puxou para fora.

— Vai falar com ela! - não era exatamente uma sugestão, estava mais para uma ordem.

— Você está bem? - perguntou Hoseok do lado do motorista. Nari sorriu aliviada e concordou com a cabeça.

— Agora estou. Vai dar tudo certo. – respondeu assumindo o lugar de Yoongi e jogando os braços ao redor do pescoço de Hobi. — Vamos para outro lugar.

— Mas e eles?

— Eles se viram. São adultos. Cansei de cuidar de adultos hoje – respondeu vendo Greta e Yoongi parados no mesmo lugar. — Por favor? – pediu fazendo cara de pidona e piscando os olhos várias vezes.

— Ok. Acho que temos algum tempo... - ele nunca conseguiria dizer não e ela sabia disso.

Foi só quando o carro se afastou que Yoongi desviou o olhar. Estavam sozinhos finalmente. Para Greta foi como se ela finalmente tivesse permissão para respirar. Quando ele a olhou de novo ela criou coragem para diminuir a distância entre eles e o abraçou com força, como se apenas com isso tudo em sua vida fosse se resolver.

— Finalmente! – sussurrou em seu ouvido, fechando os olhos e se inundando com o cheiro do perfume dele. — Sabe quanto tempo te esperei? – perguntou.

***

— O que pretende fazer, hyung? - perguntou Jin depois que Hobi e Yoongi saíram com o carro.

— Você é o hyung.

— Que seja. A pergunta é a mesma. – respondeu – ...Hyung – completou.

— Vamos nos apresentar aqui. – respondeu Namjoon tocando a discreta campainha numa porta lateral à entrada do Porão.

— Como? Acha que eles vão deixar?

"Eles" era a Big Hit. Era a empresa que cuidava dessa parte. Afinal de contas era quem os agenciava e nenhum deles tinha experiência nesse tipo de coisa.

— Quem manda na empresa? - respondeu Namjoon. E então as peças se encaixaram na mente de Jin e ele abriu um sorriso malicioso.

— Eu – respondeu finalmente entendendo. Apertou a campainha de novo e assim que a porta se abriu ele exibiu seu melhor "olhar Seokjin". — Olá, somos o BTS. Queremos falar com a gerência. 

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Nota da autora: quase que não sai esse capítulo hoje... mais curto do que deveria, eu sei, mas achei pertinente. espero que gostem.

 Beijos <3

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