Adore You.

By LetciaPereira338

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Sibéria. Dois mil e dezessete. Amber Johnson. Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers... More

Cast
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Século XXI (Primeira Parte)
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Segunda Parte.
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Terceira Parte.
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Prólogo (0.1)

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By LetciaPereira338

Em algum lugar do Brooklyn, 1928.

Era uma tarde ensolarada e calorenta quando Steve Rogers e Bucky Barnes sentiram seus respectivos corações acelerarem ao mesmo tempo e quase sairem pela boca.

Steve, sentado na calçada da rua de casa, desenhando com carvão em um caderno, achou que poderia ter tido um ataque de asma.

Enquanto Bucky, não conseguia mesmo respirar, levando as duas mãos a boca e olhando para a cena provocada por ele mesmo.

Ela era linda.

Claro que não parecia tão linda assim, furiosa, segurando uma bola de futebol e se levantando do chão.

Mas todos os oitos menino presentes na rua, com idade entre seis e doze anos, chegaram em um consenso silencioso de que, sim, a garota que tinha acabado de sair de dentro de um carro, com um vestido rosa bufante e uma expressão furiosa, era realmente linda.

Steve chegou a deixar o carvão cair no chão, a observando. Era a menina mais linda que já tinha posto os olhos.

Tinha os cabelos escuros compridos e lisos e o corpo magro, levemente bronzeado.

Bucky achou que o nariz fino e arrebitado faziam-na parecer alguém metida. Mas foi só quando ela chegou perto dele, que sentiu que ainda prendia a respiração.

-Mas quem foi o idiota?!

A voz fina e infantil quebrou o silêncio que se instaurou desde que Bucky Barnes tinha chutado a bola à gol erroneamente, fazendo com que ela fizesse uma leve curva para a direita e atingisse a cabeça da garota. Com o efeito, ela caiu para frente, de quatro no chão, e o efeito foi um arfar coletivo.

Todos os garotos que estavam jogando futebol, com exceção de Steve Rogers que apenas assistia, devido a sua saúde fraca, apontaram para Bucky ao mesmo tempo.

A garota chegou mais perto ainda. Bucky reparou que ela tinha olhos claros, meio castanhos, meio esverdeados e uma boca grossa.

Essa foi, oficialmente, a primeira vez na vida, que Bucky reparou, admirando, a boca de uma menina.

Ela era baixa, batia, literalmente, no queixo de Bucky, mas isso não o impediu de dar dois passos para trás, com medo da expressão dela.

Steve chegou a soltar uma risada baixa com a cena. Era a primeira vez que via Bucky com medo de apanhar de alguém. E era de uma menina que ninguém sabia quem era.

-Vê se olha por onde joga essa bola, seu imbecil! - A garota bateu com a bola no peito dele, com força.

Os meninos exclamaram um sonoro "Uuuuh!".

-Hey, espera aí, garota! - Bucky protestou, segurando o pulso da menina. - Quem você está chamando de imbecil?!

Ela ergueu uma sombrancelha e o encarou, com um sorriso de lado. Ergueu o queixo. Bucky cruzou os braços, largando a bola.

-Você. Está vendo mais algum imbecil jogando bola por aqui?

Risadas explodiram pela rua. Steve tampou a boca, controlando o riso, ao ver Bucky ficando vermelho até na ponta das orelhas. Pensou que adoraria fazer amizade com ela. Talvez, até fosse perguntar o nome da garota.

-E por acaso, espertona, você pecisava passar exatamente no segundo em que eu joguei a bola?!

Ela revirou os olhos.

-Caso não tenha percebido, há um caminhão de mudança alí. Então, sim! Eu precisava! Você quem devia controlar os pés! Panaca!

Bucky ficou ainda mais vermelho com a nova onda de risadas dos companheiros de time. Chegou a abrir a boca para retrucar, mas a mãe da menina apareceu na porta do prédio e a chamou.

-Amber! Venha aqui!

Ela suspirou.

O coração de Steve deu um outro salto de meio metro quando Amber olhou diretamente para ele.

Ela tinha o laço de fita vermelho do cabelo torto e amassado por causa da bolada e o vestido sujo de terra. Mas quando deu um leve sorriso para ele, era mesmo a garota mais linda do mundo.

-Já estou indo, mamãe! - Amber parou de sorrir e encarou Bucky. - Se me acertar de novo com essa bola, eu vou acertar a sua cara com um soco!

Dito isso, virou as costas e entrou correndo pela porta do prédio.

-Idiota! - Bucky gritou de volta, chutando a bola para longe, com raiva.

Quando ficou claro que ninguém ia parar de fazer piadinha por causa da menina insuportável do número 13, Bucky catou as coisas dele, inclusive a bola, e cancelou o futebol.

Steve catou as coisas dele também e saiu correndo atrás de Bucky, subindo a rua, na direção de suas casas. Eles ficaram em silêncio pela extensão de cinco muros.

Então, Steve tomou fôlego e suspirou.

-O que foi, Stee?

-Nada. - Steve deu de ombros. - Ela era bonita, não?

Bucky deu de ombros. Se a achou bonita, já não a achava mais. De jeito nenhum. Metida. Arrogante. Se "achuda". Ele não mandou ela ficar passando de um lado para o outro na calçada. Ele nem mesmo teve culpa, tinha sido o vento a mudar a direção da bola.

Quando foi dizer isso, percebeu o sorriso bobo de Steve. E franziu o cenho, parando de andar.

Steve o olhou, curioso.

-Não vai me dizer que se apaixonou por aquela garota, Steve?!

Steve ficou completamente sem graça e negou.

-Claro que não! Eu nem falei com ela!

Bucky franziu os olhos e o encarou, sério. Conhecia Steve Rogers como a palma da mão dele e sabia quando Steve estava mentindo.

Aquele era um dos momentos raros onde o franzino menino loiro mentia. Bucky suspirou.

-Bem, não tenho nada contra você se apaixonar por ela...

-Não estou apaixonado, Bucky! Não seja idiota!

-Mas... - Bucky retomou, como se não tivesse sido interrompido de forma alguma. - Você não pode se apaixonar pelo inimigo do seu melhor amigo. Está contra as regras de conduta dos melhores amigos.

Eles tinham voltado a andar, mas pararam, quando Steve segurou Bucky pelo braço.

-Está onde?!

-É um Manual, Steve. As regras dos melhores amigos, sabe?

-Isso não existe, Bucky!

Bucky revirou os olhos azuis e jogou a franja suada para trás. Com onze anos, já era alvo de alguns olhares femininos e sabia que era muito bonito. Mas nunca tinha ligado para isso.

-É claro que existe! Olha, tá na regra número 5: Regras sobre paixões.

-Está inventando!

-Não, não estou! Você não pode se apaixonar pelas irmãs alheias, não pode se apaixonar pela paixão do seu melhor amigo e o mais importante: Não deve, em hipótese nenhuma, se apaixonar pelo inimigo do seu melhor amigo.

Steve ficou calado, absorvendo as palavras. E no fim, sorriu.

-Não tenho como me apaixonar pela Rebecca, ela tem quatro anos!

-Ainda bem! - Bucky sorriu.

-Você não é apaixonado por ninguém agora...

-E nunca serei! - Bucky reclamou.

-E eu não estou apaixonado pela...- Steve fez uma pausa. - Qual o nome dela?

Bucky franziu a testa, tentando lembrar o nome que a mãe da garota gritou.

-Anny... Amy... Amber! - Bucky exclamou. - O nome da inimiga é Amber!

Steve revirou os olhos com o termo e voltou a encarar o melhor amigo.

-Eu não estou apaixonado por ela! Portanto, se existe mesmo um manual, eu não quebrei. Porém, Bucky... Ela não é uma inimiga!

Bucky pôs as mãos nos bolsos da calça e voltou a subir a rua, parando em frente aos prédios que moravam, um de cada lado da calçada.

-Você viu o jeito que aquela maluca falou comigo? Ela é inimiga!

-Ah, santo Cristo... - Steve reclamou, batendo na testa. - Você jogou uma bola nela, Bucky.

Bucky fez uma careta.

-Está defendendo a maluca?!

Steve preferiu evitar uma discussão. Era óbvio que o orgulho de Bucky estava ferido, afinal, ele era um Barnes e ninguém nunca tinha ousado falar assim com ele, nem na escola, nem no Brooklyn. Bucky não ia entender.

-Claro que não! Enfim... Já está ficando tarde! Eu vou subir! - Steve anunciou. - Te vejo na escola amanhã?

Bucky pegou a mão esticada de Steve e o puxou para um abraço.

-Vê se não arruma confusão antes de eu chegar para te defender, hein!

Steve sorriu e bateu continência.

-Eu juro que vou tentar, Bucky!

Bucky deu uma sonora risada e cada um foi para um lado da calçada. Entraram nos prédios, jantaram, conversaram com os pais e, no caso de Bucky, brincou com a irmã, foram para o chuveiro e para a cama.

Mas antes de dormir, o peito dos dois voltou a acelerar, com força e um sentimento forte, ao lembrarem da garota.

O de Steve, com uma esperança sutil de vir a ser amigo da menina.

O de Bucky, com o que ele julgava ter sido ódio.

Mas na verdade, nenhum dos dois ainda conhecia a palavra paixão.

Talvez, fosse mais fácil nomear se eles tivessem consciência de que ela existia e, enfim, chegou para o dois garotos do Brooklyn.

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