The little psychopath // Fill...

DudaGrazer tarafından

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Millie bobby brown é uma garota brasileira que leva um estilo de vida relativamente comum. Mas como o sonho d... Daha Fazla

O meu recomeço.
Intrusa.
O que está fazendo no meu quarto?
primeiras impressões.
Seu jeito.
Tem algo muito errado com você, e eu vou descobrir.
Vocês conhecem o Finn Wolfhard?
É difícil sentir algo.
Eu não gosto dela.
Obrigado Wolfhard.
Nós vamos estar aqui com você.
Manter o controle.
Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você.
Quer namorar comigo, Millster?
Eu sou apaixonada por ela.
Eles estão o quê?
Você nunca sabe quando será a vítima, até ser pego.
Você vai mesmo me visitar?
Arriscaria a se aprofundar? Ou se afogar?
Mãe?
Não sentir.
Eu não gosto de drama.
Eu te amo, Millie.
Eu preciso de você.
Sinceridade.
Jacob Sartorius.
Está na hora da diversão.
O nosso para sempre.
Nós vamos nos divertir.
Sobreviva
Eu nunca te amei.
Você está na minha mira.
Nós fazemos nossas próprias regras
Baile?
Noite perfeita.
Você matou ele?!
Uma dor do passado.
Voltando a estaca zero.
Assassinato às cegas.
Ele é culpado?
Pode me ouvir, Sadie?
Um passo a frente.
Do despertar ao desmoronamento.
Foge comigo?
O amor não trás nada além de dor.
Um olhar, uma história completa
~♡~
Flashbacks

Boa sorte no inferno, Sadie

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DudaGrazer tarafından

《FINAL ALTERNATIVO》

Hey, pessoas! (Sim, as notas vão ficar no começo do capítulo nha)

Vocês devem estar meio confusos nesse exato momento então vamos lá...

Bom, eu estava brisando enquanto escovava os dentes e comecei a pensar sobre a fic e tals. Conclusão:

Eu fiz um final alternativo que modéstia à parte ficou bem bom. Fiquei pensando se postava essa pérola ou não e no final das contas juntos e shallow now.

Vai ser basicamente uma continuação do último capítulo (tirando a parte que a Millie conhece o Hardin).

Acho que esse final irá agradar a maioria das pessoas, começando pelo título rsrsrs

Acho que é só isso. Enfim... aproveitem.

P.O.V HARDIN

- Estamos chegando? - perguntei com os olhos vidrados na paisagem do lado de fora do carro. O dia amanheceu nublado e triste mais uma vez nas ruas de Paris.

- Você perguntou a mesma coisa cinco minutos atrás. Fica calmo, Hardin. - tio Jacob respondeu com os olhos vidrados na estrada.

- Okay. - bufei inquieto.

Passaram-se quinze minutos e nós finalmente chegamos. Comecei a soar frio e tremer um pouco, hoje é o dia da primeira visita, estou nervoso.

- Você vai entrar comigo? - perguntei já abrindo a porta do carro.

- Acho melhor não. Tenho certeza que ele ainda está zangado comigo, do jeito que é teimoso...

- Está bem.

- Tome cuidado, ok?

- Ok. - respirei fundo e saí do carro, sentindo o vento gelado me acalmar de alguma maneira.

Dei passos lentos até alcançar o portão enorme e enferrujado do lugar. Parece até um castelo antigo bizarro. Há alguns pacientes no Jardim principal, uns parecem calmos e outros mais agitados.

- Olá! Você deve ser Hardin Wolfhard, certo? - Uma senhora disse calmamente. Estava usando um tipo de uniforme branco e azul, então deduzo que ela seja cuidadora.

- Sim, sou eu. Tô meio perdido aqui...

- Ele está na biblioteca. Quer que eu te acompanhe até lá?

- Sim, por favor! - exclamei demonstrando uma animação incomum até para eu mesmo.

- Ótimo. Siga-me! - ela ordenou e deu uma girada de corpo que eu logo acompanhei.

Nós andamos por alguns bons minutos, esse lugar é bem maior do que eu imaginei.

Ela parou em frente à uma porta de madeira velha e retirou um moinho de chaves do bolso de seu vestido largo. Com uma chave vermelha ela abriu a grande porta que rangeu alto no mesmo momento, fazendo meus pelos do braço arrepiarem um pouco.

- Fique a vontade. - ela falou me dando espaço.

- Obrigado. - sorri fraco e ela respondeu com um aceno de cabeça.

Entrei no lugar com cautela e meus olhos se arregalaram quando ouvi um barulho alto da porta sendo fechada.

- Que merda! - sussurrei ofegante.

A biblioteca é enorme. O ar do lugar é bem vintage com cores em marrom e dourado, além de prateleiras enormes e diversos livros. Tenho certeza que vou me perder facilmente.

Comecei a ouvir assobios bem familiares e tentei seguir o som. Depois de andar por um tempo até alcançar um espaço mais afastado vi ele sentado em uma poltrona marrom com as pernas cruzados e um livro em mãos. Ele não percebeu minha presença de primeiro momento, até que me aproximei e sentei na poltrona ao seu lado.

- Hey, papa. - chamei sua atenção e ele me encarou um pouco surpreso mas logo me mostrou um sorriso fraco. - Como você está?

- Estou entediado, Hardin. - ele fechou o livro em um movimento rápido e ficou com uma expressão séria no rosto. - Não quero ficar aqui. Jacob me paga!

Ficar tantos anos preso dentro de casa deixou ele mais difícil de se lidar do que o normal. Papai começou a ficar agressivo e o ponto final disso foi quando ele tentou agredir Jacob com uma faca afiada, então tivemos que tomar a decisão de colocá-lo em um hospício.

- Pai... você sabe que isso foi necessário. Jacob fez isso porque sabe que foi a melhor escolha.

- Você precisa me entender, filho. Eu estava preso dentro daquela casa a mais de quinze anos! E agora, estou preso em um hospício, ótimo!

- Não vai ser por muito tempo, eu prometo. - sussurrei sentindo meus olhos começarem a se encher de lágrimas.

- Eu já não ligo mais. A única coisa que me faria feliz de verdade seria ver ela. Seria ver Millie. - ele disse com dor em suas palavras e eu engoli em seco.

Papai fala dela desde sempre. As vezes ele chora e as vezes conta suas aventuras juntos com animação. Ele tem apenas uma foto dos dois juntos que é uma polaroid que eles tiraram no Natal de 2019. Ele guarda essa foto como se fosse uma caixa de jóias, e de certo modo, esse é o seu único tesouro. E não pense que ele já não quis procura-la, é claro que ele já pensou em tentar diversas vezes mas seria muito arriscado.

Por isso que agora eu mesmo tomei uma decisão. Tudo isso aconteceu por conta de uma única culpada. Culpada essa que é uma cobra de cabelos vermelhos e que eu tenho um ódio guardado. Por influência? Talvez mas foda-se.

- Você vai vê-la, papa! - disse confiante e seus olhos brilharam. - Eu... nós vamos vê-la.

- Do que você está falando, filho?

- Eu vou me vingar por você.

- Hardin... - ele sussurou com o cenho franzido.

- A vingança é um prato que se come frio. Ela acha que se livrou dos Wolfhard's mas está muito enganada. Escreve o que eu estou dizendo.

- Filho, você não sabe o que está dizendo.

- Sim, eu sei. Ela tirou minha mãe de mim, e agora eu irei tirar tudo dela.

P.O.V MILLIE

- Qual é, Sadie! Vai ser legal!

- Não me parece uma boa ideia não, Millie... - Sadie disse e franziu o cenho.

Faz meses que estamos discutindo sobre um certo assunto. Eu decidi começar a receber intercambistas adolescente na minha casa. Foi uma vontade que eu tive meio que do nada, mas gostei muito da ideia e estou decidida a seguir com esse planejamento. Quem não gostou muito da ideia foi Sadie. Ela ainda é apegada a tudo que aconteceu comigo no passado e só de ouvir a palavra "intercâmbio" já deixa a mesma incomodada.

- É uma ótima ideia sim! - ela revira os olhos e eu tombo a cabeça para o lado olhando para a Sophia. - Pode me dar uma ajudinha aqui, por favor?

- Olha... - Sophia sussurra enquanto pressiona os olhos tentando pensar em uma resposta. - Eu sinceramente acho que é uma ótima ideia. Millie vive sozinha nessa casa enorme faz muitos anos, acho que seria legal ter alguém para conviver. É... talvez possa ser algo bem divertido.

- Exatamente! Obrigada, Sophia. - agradeci de uma maneira exagerada, fazendo ela rir.

- Ainda acho que não é uma boa. Você é ocupada, Millie. Atende pessoas o dia inteiro, como acha que vai conseguir dar atenção para um hóspede?

- Eu já pensei nisso também, minha cara! - brinquei fazendo ela revirar os olhos. - Vou diminuir minhas horas de trabalho e pronto. Vai ser ótimo!

- Apenas não faça, por favor!

- É uma pena porque... eu já fiz. - sussurei bebericando minha xícara de chá.

- O quê?!

- É um garoto e ele é super fofo! Bom... pelo menos na foto que eu vi.

- Aaaah, Millie!

- Não, é sério! Olha... ele é francês e fala mais de quatro línguas! Tem um histórico escolar ótimo tirando algumas transferências por mal comportamento...

- Mal comportamento?! Meu Deus! Millie, você é louca.

- Deixa de ser estraga prazeres, amor. - Sophia disse abraçando Sadie de lado. Eu queria ter a paciência que ela tem com Sadie. - Não é um monstro de sete cabeças, é só um adolescente.

- Isso! Vai dar tudo certo. Ele chega semana que vem! - falei animada.

- Ótimo... - Sadie sorriu forçada e eu dei um soco fraco em seu ombro.

Ok. Apenas uma semana para me preparar para recebe-lo. Não preciso ficar nervosa, certo? Afinal, sei lidar com adolescentes muito bem.

Eu arrumei o quarto de hóspedes para ele e até comprei um presente de boas vindas, acho que isso pode ajudar a deixá-lo mais a vontade comigo.

Bom... essa uma semana passou voando e eu finalmente vou conhecer o Hardin. Arrumei algumas coisas em casa antes de sair mas terminei a tempo de chegar ao aeroporto.

E o lugar de pousos e decolagens se encontra lotado como sempre. Vai ser meio difícil de encontrar Hardin desse jeito.

- Tá bom, preciso ir até o setor oito... - sussurei enquanto andava concentrada em um papel rabiscado.

Chegando onde deveria estar já avisto o garoto que está de costas para mim. Sei que é ele por conta de seus cachos volumosos que são inconfundíveis.

Ando até Hardin com um sorriso nervoso nos lábios. E se ele não gostar de mim? Afasto pensamentos ruins e respiro fundo antes de tocar em seu ombro.

- Hardin? - ele se virou depressa e me encarou com os olhos arregalados por alguns segundos.

- Oi ma... Millie. - ele olhou para o chão e coçou a nuca. - Desculpa, eu estou um pouco nervoso.

- Tudo bem, eu entendo. Vamos indo? Eu planejei muita coisa para nos fazermos hoje!

- Sério?! - Ele disse com um sorriso lindo nos lábios.

- Sério! - respondi animada. Hardin tem alguma coisa familiar, só não sei o que é.

A trajetória de volta para casa foi divertida. Hardin é um garoto bem tímido mas conseguimos ter um bom diálogo, acho que com o tempo ele vai se sentir mais confortável.

- Chegamos! - anunciei desligando o carro.

- Uau, sua casa é bem grande! Só não é maior do que a minha.

- Mas como você é exibido, garoto! - brinquei fazendo ele rir alto. - Quer ajuda com as malas?

- Não, obrigado. Eu só trouxe uma mala e uma mochila, consigo levar sozinho.

- Tá bom.

Nós saímos do carro e eu esperei Hardin pegar suas coisas no porta malas. Depois entramos na casa e eu mostrei todos os cômodos enquanto ele observava cada detalhe com atenção. Me distraí enquanto falava sobre a casa e só notei que ele não estava prestando atenção quando me virei para olha-lo. Hardin estava parado em frente à minha estante, olhando fixadamente para um porta retrato.

- O que você tanto olha, hein? - falei aparecendo por trás.

- É você? - perguntou apontando com o dedo.

- É sim. Eu acho que eu tinha quinze anos nessa foto. Só não me lembro de nada.

- É. Eu sei. - ele disse e eu franzi o cenho.

- Sabe?

- Não! Não... q-quer dizer... onde fica meu quarto, hein? - piscou diversas vezes tentando mudar de assunto.

- Hum... - apertei os olhos desconfiada e ele sorriu forçado. - Venha. Vou te mostrar seu quarto.

- Ótimo... - ele suspirou pesadamente.

Subimos as escadas e eu abri a porta do quarto para ele. Não tinha nada em especial mas eu deixei o espaço bem confortável e organizado.

- Sei que provavelmente não é tão bom quanto o seu quarto na França mas com o tempo você pode deixar do seu jeitinho.

- Que isso, Millie! Está ótimo. - ele disse entre um sorriso, antes de jogar suas malas na cama.

- Ah! Eu tenho um presente para você.

- Presente?

- É. Eu espero que você goste. - ele me olhou com atenção enquanto eu abria o guarda roupa. Tirei de lá uma guitarra roxa e ele abriu a boca em um perfeito O.

- Tá de brincadeira! - Ele exclamou a pegando em mãos. - Fender?! Meu Deus! Essa é a melhor marca de guitarra do mundo! Isso deve ter custado uma fortuna, eu não posso aceitar.

- Mas é claro que pode! O valor não importa. Eu quis te dar como um presente de boas vindas e espero que aceite de bom grado.

- Ok... muito obrigado. - ele disse com os olhos marejados e me abraçou. Eu acabei estranhando no começo mas logo o abracei de volta. Pode parecer estranho mas sinto como se tivéssemos algum tipo de conexão.

- Está com fome? - perguntei quando já havíamos nos separado.

- Sim, estou. Não como nada faz horas.

- O que acha de irmos à um restaurante com algumas amigas minhas?

- Amigas?

- É. Eu prometo que vai ser legal, elas são muito divertidas.

- Hum... qual o nome delas?

- Sophia e Sadie.

- Sadie?! - Ele alterou a voz.

- É... por quê? - falei com as sobrancelhas arqueadas.

- Não, nada! Só acho esse nome meio incomum.

- Ah, okay. - ri fraco. - Pode arrumar suas coisas com calma. Vou estar te esperando lá em baixo, tá bom?

- Tá bom... - ele sussurou com os olhos vidrados na guitarra, o que me fez sorrir.

Liguei para Sadie e de primeiro momento ela recusou o convite mas para a minha sorte Sophia conseguiu convencê-la a ir até o lugar combinado. Acho que vai ser legal ver Hardin interagir com os meus amigos, porque digamos que agora eu sou "mãe " dele.

Dez minutos depois ele desceu e nós saímos para ir até o Glowbal, um restaurante famoso aqui em Vancouver. Quando entramos no local já consegui avistar as duas em uma mesa mais afastada.

- Tá vendo aquelas duas ruivas rindo igual idiotas? - perguntei rindo e Hardin balançou a cabeça em afirmação. - São elas.

- Hum... e qual das duas é a Sadie?

- A de cabelos longos e liso.

- Ah...

- Vem, vamos! - puxei sua mão e nós andamos até lá.

Paramos ao lado das duas e parece que a conversa estava boa, pois nem perceberam nossa presença. Tossi alto para chamar a atenção das duas.

- Oie, Millie! - Sophia falou sorrindo. - Olá, Hardin. É um grande prazer conhecê-lo.

- Digo o mesmo, garota bonita dos cabelos de fogo.

- Tá tentando flertar comigo, moleque? - Sophia falou brincando e Hardin riu.

- Talvez... - ele disse com um sorriso descarado nos lábios.

- Cuidado, garoto. Minha mulher é muito ciumenta! - Hardin levantou os braços em rendição e eu comecei a passar mal de tanto rir.

Olhei para Sadie e a expressão em seu rosto estava estranha. Ela parecia... assustada? E o pior, não tirou os olhos de Hardin em nenhum momento.

- Sadie! - balancei minha mão em frente aos seus olhos e ela acordou. - O que foi?

- Nada! Nada... eu só me distraí. - ela engoliu em seco e voltou a olhar para o Hardin.

- okay.... Hardin essa é a Sadie. E Sadie esse é o Hardin.

- É um prazer conhece-la, Sadie. - ele a cumprimentou com uma voz calma mas ao mesmo tempo firme.

- Igualmente.

- Tá bom, pessoal. Vamos comer! - falei tentando acabar com o clima estranho entre os dois. Eu não estou entendendo mais nada.

A comida chegou em pouco tempo e nós começamos a comer em silêncio. Realmente o clima estava uma bosta.

- Então, Hardin. - comecei a puxar assunto e ele me olhou atentamente. - É verdade que você fala quatro línguas?

- É sim. Além de francês e inglês eu falo italiano, espanhol, russo e português.

- Português?! - falei animada e ele acentiu. - Eu falo português também.

- É sério? Meu Deus, acho que somos gêmeos! - Ele debochou e eu revirei os olhos.

- Esse moleque é um prodígio! - Sophia resmungou de boca cheia.

- Não quero me gabar nem nada mas você está certa.

- Idiota! - Sophia berrou jogando um pedaço de pão na direção do garoto que riu em resposta. - Você morava com quem antes de vir para o Canadá?

- Com o meu tio. Bem... ele não é meu tio de sangue mas é de coração. Cuidou de mim a minha vida toda. Ele sempre me deu tudo do bom e do melhor e nunca me cobrou nada em troca.

- Ai que legal! Qual o nome dele?

- Jacob. - ele respondeu e no mesmo segundo Sadie engasgou com o refrigerante.

- Meu Deus, amor! Você está bem? - Sophia perguntou olhando para ela assustada.

- Sim! Eu só me engasguei.

- Cuidado, Sadie. As vezes a garganta pode fechar e você pode morrer em segundos... - ele disse sério e um silêncio constrangedor permaneceu mais uma vez.

- E os seus pais? - tentei deixar o clima menos pesadelo pela segunda vez nesse almoço.

- Eu não conheci minha mãe.

- Eu sinto muito... ela morreu?. - perguntei tocando em seu ombro.

- É. Tipo isso. - deu de ombros como se não fosse nada mas eu percebi um vazio em seus olhos. - Mas olha, tem uma parte boa em tudo isso. Meu pai ainda está vivo.

- QUÊ? - Sadie gritou atraindo a atenção de algumas mesas. Seu rosto ficou tão branco quanto papel e seus olhos estavam arregalados. Mas que porra tá acontecendo aqui?

- Calminha, Sadie. Não é porque seu pai te abandonou que o meu tem que fazer a mesma coisa. - Hardin provocou e vi Sadie começar a derramar algumas lágrimas.

- Hardin. - chamei sua atenção e ele me encarou com cara de tédio.

- Já terminei de comer. Preciso comprar uma capa para a minha guitarra nova se não pode acabar arranhando.

- Eu te levo, Hardin. - disse Sadie surpreendentemente, fazendo ele arregalar os olhos. - Nós não tivemos um começo bom, certo? Eu até pago a sua capa como um pedido de desculpas.

- Legal! Vamos nessa, Sink. - Okay. Como ele sabe o sobrenome dela????

Os dois se levantaram tão de pressa que nem deu tempo de contradizer nada.

- Você entendeu alguma coisa? - Sophia falou entre uma careta.

- Nada. Nada mesmo. - suspirei preocupada.

P.O.V HARDIN

Muito mais fácil do que pensei que seria. Consegui fazer Sadie perder a cabeça tão facilmente que parece até brincadeira. Nós saímos do restaurante, entrei no carro dela e depois de andar por alguns minutos ela parou numa calçada.

- Poxa, Sadiezinha! Pensei que fosse ganhar minha capa, droga!

- Mas que porra é essa que você tá fazendo, seu merdinha?! - ela gritou com fogo nos olhos.

- Ahn? Eu realmente não sei do que você está falando. - falei fazendo um beicinho.

- Você acha que eu sou idiota, filho da puta?! Você é igual ao desgraçado do seu pai!

- NÃO FALA DO MEU PAI, SUA VADIA DE MERDA! - ela cresceu os olhos e recuou para trás.

- Eu pensei que nunca fosse te ver algum dia, garoto. Por que está aqui?

- Não é óbvio? Por você, meu amor!

- SEU BABACA! DOENTE DO CARALHO! VOCÊ É IGUALZINHO A AQUELE PSICOPATA FILHO DA PUTA! - Ela começou a gritar muito, tipo muito alto.

- Cala a boca... - sussurei tentando me acalmar.

- VAI PRO INFERNO!

- CALA A PORRA DA BOCA! - em um movimento rápido peguei uma faca do bolso do meu casaco e cravei em sua perna.

- Aaaaah, meu Deus! - ela berrou olhando para o sangue que escorria. - Tem uma faca na minha perna! Seu desgraçado, eu vou te matar!

- É bom você não se mexer muito, Sink. Se esse canivete romper alguma artéria importante você fica paraplégica. Que pena, não é?

- Eu pensei que todo esse pesadelo tinha acabado, que merda!

- Pois a culpa disso tudo é sua, meu amor. Mas agora você vai dormir um pouquinho... ok?

Tirei uma pequena seringa de dentro da minha mochila e os olhos de Sadie se arregalaram.

- Não... Não, por favor!

- Calminha...

- Hardin, por favor! - gritou chorando desesperadamente.

- Não irei poupar sua medíocre vida nem se você pedir por misericórdia. Você irá acordar em breve, tenha paciência.

Injetei uma quantidade necessária de boa noite Cinderela em seu braço, e a mesma começou a "dormir" tranquilamente.

Chegou o momento de me divertir...

P.O.V SADIE

- Ei! Sadie! Está na hora de acordar...

Ouso zumbidos ecoando pela minha cabeça, sinto como se ela fosse explodir de dor a qualquer momento.

- Acorda, Bela adormecida...

Tento abrir meus olhos lentamente, é como se estivessem colados com super cola. Me sinto fraca.

Quando abro meus olhos dou de cara com Hardin sentado na minha frente afiando duas facas enormes.

- Puta merda, garoto! - tento mexer meus braços e pernas mas percebo que estou presa por cordas de aço. - Hardin... me solta agora!

- Hum, deixa eu pensar... não! - respondeu entre um sorriso bizarro e eu bufei.

Olhei em volta e é um lugar assustador e escuro. Atrás de Hardin está uma mesa iluminada por uma lâmpada. Nessa mesa tem... tem objetos cortantes, como se fosse uma sala de cirurgia.

- Hardin! O que você vai fazer comigo?! - Ele parou com as facas e ficou me olhando por alguns segundos.

- Por agora eu vou... te contar uma historinha. Ela é até que bem engraçada, sabe?

- Quê? - franzi o rosto confusa.

- Okay! - Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro, como se estivesse pensando. - Vamos começar com hum... ah! Como você acha que eu consegui esse lugar?

- Porque você é louco! - gritei.

- Resposta errada! - ele andou até a mesa e pegou um... um bisturi?! - O que você vai...

Ele voltou a se aproximar e passou as mãos pelas minhas bochechas e eu virei o rosto rapidamente. Como esse garoto pode ser tão parecido com aquele desgraçado?! Mas que merda! Eu deveria ter convencido Millie a ter abortado esse projeto de psicopata!

Sem avisar ele passou o objeto cortante na minha bochecha e eu gritei na hora. O corte começou a arder demais e eu tentei me mexer, o que fez o meu machucado da perna arder também.

- Seu filho da puta! Me solta agora!

- Deixa eu te explicar, Sink. A cada resposta errada você ganhará uma nova cicatriz. Olha que legal! Se bem que no final das contas isso não vai fazer muita diferença... - ele sussurou as últimas palavras.

- O que você disse?

- Continuando... - ele me ignorou e voltou a andar de um lado para o outro. - Chosen Jacobs. Você provavelmente não o conhece mas ele é melhor amigo do meu pai, sabe? Tão amigo que ele acabou virando meu amigo também. Foi com a ajuda dele que eu consegui esse lugar para brincar com você. E tem uma parte mais legal ainda! Ele também ajudou o meu pai a sobreviver...

- Que porra é essa que você tá falando?!

- Aí, Sadie! Como você consegue ser tão burra? - ele debochou começando a gargalhar. - Foi tudo um plano e vocês caíram direitinho. Podemos dizer que foi até... bonito.

- Plano?...

- É! Olha, você parece estar um pouco confusa então eu vou te explicar. Você lembra do anônimo? O anônimo que ligou para entregar Finn? - ele perguntou e eu acenti com a cabeça. - Esse anônimo não era ninguém mais e ninguém menos do que Nick Wolfhard.

- Não... não é possível!

- Mas é claro que é, Sadiezinha. Pensa comigo... por que você acha que nunca mais viu o Franklin? Ah... Jacob e Chosen ajudaram a mata-lo! E todos viveram felizes para sempre! Não... não foi assim. Se serve de consolo, aquele acidente fodeu com o plano inteiro! Meu pai quase morreu e minha mãe... minha mãe esqueceu de tudo.

- Foi melhor assim, garoto.

- Cala a porra da boca, sua vaca! - Ele berrou e passou aquele bisturi afiado no meu braço, me fazendo gritar de dor mais uma vez. - Mudei de ideia. Agora vai ser um corte toda a vez que eu quiser!

- É bom você parar com essa palhaçada agora! Millie e Sophia já devem estar nos procurando. Você tá muito fodido!

- Acho que não. Eu peguei seu celular. - ele tirou o aparelho do bolso e balançou na minha frente. - Mandei mensagem para elas e falei que você decidiu ir para a casa da sua mãe de última hora, depois de me deixar em uma loja qualquer. Enfim... meu pai precisou viver trancado dentro de casa por quinze anos e agora está em um manicômio.

Ele voltou a sentar na minha frente e me encarou com o rosto sério.

- E a minha mãe... bem... você tirou ela de mim. Você manipulou ela. Você me tirou toda a oportunidade de ser feliz e eu te odeio com todas as minhas forças.

- Eu... - senti minha garganta travar e meus olhos se encheram de água. - Me desculpa...

- DESCULPA?! - Ele gritou perto do meu rosto. - Eu fiquei longe da minha mãe a minha vida toda por sua culpa, você é uma cobra!

- Eu fiz isso para... para ela conseguir recomeçar.

- Você me tirou uma das pessoas mais importantes da minha vida e agora eu vou acabar com você. - Ele disse com a voz calma e um pequeno sorriso no rosto.

- Não, Hardin! Você não precisa fazer isso! Você não precisa ser igual a ele! - falei desesperada vendo ele voltar a mexer naquela mesa.

- Tarde demais, Sadie. São consequências, não são? - ele sussurou antes de se virar. - Surpresa!

Ele estava com uma arma na mão e um sorriso bizarro no rosto. Não! Não! Não! Não! Não!

- Hardin... larga isso, por favor!

- Já brincou se roleta russa, amor?

- Meu Deus, não! Por favor! - comecei a soluçar de tanto chorar.

Hardin não deu atenção para mim e começou a assobiar. Ele colocou um cartucho em uma das câmaras do revolver e fechou o tambor, de modo que a localização da bala seja desconhecida.

- Vamos começar a brincar, criança? - ele falou com um sorriso de orelha a orelha e eu comecei a me debater entre as cordas. - Pode ficar tranquila, essas cordas são quase impossível de se romper.

- Caralho, garoto! Deixa de palhaçada e me solta agora!

Ele voltou a me ignorar e começou a andar em círculos por minha volta enquanto cantava uma música bizarra. Ele "atirou" uma... duas... três... quatro... e toda a vez eu sentia meu coração parar de bater por alguns segundos.

- Aí meu Deus! - ele deitou no chão rindo e me olhou nos olhos. - Você tinha que ver sua cara agora! Tá hilária!

- Seu doente!

- Você é uma pessoa de sorte, quer dizer, era na verdade...

- Quê?!

- Vamos dormir mais um pouquinho. Você irá acordar no momento da sua purificação.

PURIFICAÇÃO???? QUE MERDA É ESSA QUE ELE TÁ DIZENDO???

- Mas que... - adormeci mais uma vez.

P.O.V HARDIN

Existe um momento de alívio quando você deixa de ficar ansioso por fazer algo de extrema importância. Minha paz chegou agora e o cheiro de terra seca é a prova disso. Não irei matar Sadie, irei salvar ela. Liberarei sua alma de modo solene.

P.O.V SADIE

Acordei sentindo que estava deitada em uma superfície desconfortável, apertei minhas mãos no chão e era terra....

Abri meus olhos lentamente e me assustei ao ver Hardin me encarando com uma pá na mão. Espera... isso é fundo.

EU ESTOU NUMA COVA????

- Hardin. Hardin... - Eu tentava falar mas minha voz estava falha pelo cansaço.

Ele disse apenas uma palavra que me fez arrepiar dos pés a cabeça.

- Boa sorte no inferno, Sadie. - disse calmo antes de começar a jogar areia sobre o meu corpo.

A minha reação? Eu não tive. É como um estado de desespero e choque. Vi minha vida inteira passar diante dos meus olhos, me mostrando todos os momentos bons e ruins. Acho que sempre estive amaldiçoada pela palavra "Wolfhard " e enquanto essa linhagem for levada para frente, muitas pessoas ainda irão sofrer.

Ele começou a cantarolar...

Sr. Sandman, traga-me um sonho
Faça dele o mais lindo que eu já vi
Dê-lhe dois lábios como rosas e trevos
E diga-lhe que suas noites de solidão se acabaram
Sandman, eu estou tão solitária
Não tenho ninguém para chamar de meu
Por favor, ligue o seu feixe de magia
Sr. Sandman,traga-me um sonho

1, 2... respiração falha.

Sr. Sandman,traga-me um sonho
Faça dele o mais lindo que eu já vi
Dê-lhe a palavra de que eu não sou uma errante
Diga-lhe que suas noites de solidão se acabaram
Sandman, eu estou tão solitária
Não tenho ninguém para chamar de meu
Por favor, ligue o seu feixe de magia
Sr. Sandman, traga-me um sonho

3,4... olhos marejados.

Sr. Sandman (Sim?) nos traga um sonho
Dê-lhe um par de olhos com um brilho sedutor
Dê-lhe um coração solitário como o de Pagliacci
E muitos cabelos ondulados como os de Liberace

5, 6... corpo leve.

Sr. Sandman, alguém para abraçar (alguém para abraçar)
Seria tão agradável antes de nos tornarmos muito velhos
Então por favor, ligue o seu feixe de magia
Sr. Sandman, traga-nos, por favor, por favor, por favor
Sr. Sandman, nos traga um sonho

7,8... desligamento eterno.

P.O.V HARDIN

E em meio a esse show eu canto vitória. Sem truques... sem drama... apenas uma doce vingança. Não quero parecer injusto, apenas machuquei quem me machucou primeiro.

Anos de planejamento para alcançar a paz eterna e eu consegui. Agora posso recomeçar ao lado das duas pessoas que mais importam para mim nesse mundo.

O motivo da minha solidão se foi e não irá me atrapalhar novamente.

Voltei para casa e logo que entrei observei Millie sentada em seu enorme sofá com uma expressão apreensiva no rosto. Logo que me viu correu em minha direção e segurou meu rosto com as duas mãos.

- Hardin! Onde você estava?

- Só resolvendo uma questão pendente. - falei dando de ombros e ela franziu o cenho.

- Do que você está falando?

- Que agora eu me sinto leve e contente. Vamos para o nosso verdadeiro lar, mamãe.

fim

Okumaya devam et

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