The Stripper (rabia version)

By sunshinecabell

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... More

Capítulo 1 - Duas Vidas
Capítulo 2 - Voltando ao Brasil
Capítulo 3 - The Stripper
Capítulo 4 - Nova Presidência
Capítulo 5 - Primeiro Dia
Capítulo 6 - Conversa e mais tempo juntas
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - O beijo
Capítulo 9 - Perdendo o controle
Capítulo 10 - Le Café
Capítulo 11 - Devaneios
Capítulo 12 - Confusão
Capítulo 13 - Presente, carona e conversa
Capítulo 14 - Jogo perverso
Capítulo 15 - Chegada inesperada
Capítulo 16 - Reencontro
Capítulo 17 - Conhecendo a família
Capítulo 18 - Um dia diferente
Capítulo 19 - O jantar
Capítulo 21 - O troco
Capítulo 22 - Perdidas
Capítulo 23 - Arrisque-se
Capítulo 24 - Toda hora
Capítulo 25 - Caminhos cruzados
Capítulo 26 - Desentendimentos e Desculpas
Capítulo 27 part 1 - Uma nova aliança
Capítulo 27 part 2 - Uma nova aliança
Capítulo 28 - Um dia especial
Capítulo 29 part 1 - Momentos
Capítulo 29 part 2 - Vitória do Inimigo?
Capítulo 30 - A descoberta
Capítulo 31 - Confronto
Capítulo 32 - Turbilhão de sentimentos
Capítulo 33 - Caindo em tentação
Capítulo 35 - Coisas do passado
Capítulo 37 - Pedidos
Capítulo 38 - Erros e arrependimentos
Capítulo 39 - Presente especial
Capítulo 40 - Vai dar tudo certo?
Capítulo 41 - Mentir, sim ou não?
Capítulo 42 - O Prêmio
Capítulo 43 - Noite de descobertas
Capítulo 44 - O inimigo comemora.
Capítulo 45 - Sair, sim ou não?
Capítulo 46 - Decisão
Capítulo 47 - The Lap Dance
Capítulo 48 - Xeque-mate
Capítulo 49 - Estratégia
Capítulo 50 - Nova Era
Nova Fanfic
Capítulo 51 - Acerto de contas
Capítulo 52 - A perda

Capítulo 20 - Dura realidade

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By sunshinecabell

Apareci de manhã para dá o ar da graça!
Preparem-se para surtos leves e tênis. (De raiva)
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Point of view Rafaella Kalimann

No exato momento em que uni meus lábios aos de Bianca, uma espécie de frenesi tomou conta do meu corpo. Uma forma tão deliciosa que eu não podia explicar, os lábios delicados daquela mulher se moviam lentamente sobre os meus, me levando fora de orbita. Eu jurei, jurei para mim mesma conhecer aquele beijo como ninguém, mas sabia que alegar aquilo seria uma loucura, pois aquela boca eu nunca havia beijado.

Levei uma das mãos entre as madeixas escuras dela, apertando levemente, enquanto minha outra mão segurava firme em sua cintura. Não demorou a mesma abrir espaço, deixando-me degustar de sua língua divinamente deliciosa. Nosso beijo era calmo, sereno, mas sem deixar de ser intenso. Como se o mundo tivesse parado naquele instante, nos beijamos com um carinho que chegou a me assustar. Assim que o ar foi nos faltando, soltei lentamente o corpo da mulher que se afastou.

Eu abri os olhos e como um flash os olhos de Jennyfer estavam em minha frente, para logo sumir e ver os de Bianca. Eu estava enlouquecendo.

- Eu sinto muito, Bianca, eu..- falei ao me afastar rapidamente, piscando para dissolver a imagem da stripper.

A moça estava tão sem jeito como eu, Bianca olhou para o chão, provavelmente buscando um lugar para se esconder.

- Tudo bem... Não se preocupe.

Fitei seus olhos confusos e confesso sentir a enorme vontade de beijá-la outra vez. Mas neguei aqueles pensamentos que teimavam em aparecer, deveria ser efeito do álcool, ou não.

- Foi um impulso, eu não queria causar essa situação.

- Você não causou nada, vamos ficar tranquilas.

- Eu não quero que pense mal de mim,  Srta. Andrade.

Um silencio constrangedor tomou conta do ambiente.

- Vamos continuar como antes. Isso não vai mudar nada.

- Jura? – perguntei com receio.

- Eu juro.

Eu apenas assenti. Não sabia o que falar e nem o que fazer, a vontade súbita de beijá-la me deixou surpresa tanto como ela.

- Acho melhor eu ir dormi. Amanhã vamos acordar cedo, não é?

- Vamos sim, de volta à vida real, Bianca.

Ela sorriu lindamente.

- De volta a vida real.

Bianca me ajudou com as taças de vinho, no qual levamos para a cozinha. A mesma reclamou de estar tonta, o álcool com toda certeza já estava em excesso para nós duas. Rimos feito duas bobas enquanto ela lavava a taça depois de muita insistência.

- Não custa nada eu fazer isso, Meredith merece uma folga.

- Você devia ir para o seu quarto e descansar.

- Deixe de resmungar, e me ajude. Pegue aquele pano para enxugar.

- Eu?

- Sim, ou a Sra. Kalimann não pode?

- Damos a mão, e já querem o corpo todo. – falei provocando uma risada gostosa em Bianca.

- Vá logo.

A morena falou enquanto ensaboava as louças finas. Não era de se negar que Bianca era uma pessoa muito humilde, mas não era muito para suas qualidades morais que eu estava prestando atenção agora e sim para o volume traseiro maravilhoso que ela tinha.

"Oh céus, Rafaella, você vai arder no fogo do inferno"

Pensei comigo mesma ao admirar tudo aquilo em minha frente. Desviei a atenção dela, pegando as taças e colocando em seus devidos lugares.

- Está bom assim, Srta.?

- Perfeito. Você esta dispensada.

Ela falou convencida.

- Mudou agora? Você é a chefa? – perguntei me aproximando dela.

Sinal vermelho. Meus instintos estavam sendo guiados pelo teor de álcool que havia em meu corpo.

- Quem sabe um dia isso não mude.

Ela não recuou. Soltei um sorriso, dando um passo para trás.

- Temos que dormir.

Eu falei, temendo qual passo eu tomaria se continuasse ali. Subimos as escadas juntas, separando-se apenas quando cada uma seguiu para o seu devido quarto.

- Boa noite, Rafa.

- Boa noite, Bia.

Andei rápido para dentro de minha suíte, praguejando meus pensamentos maliciosos com aquela mulher. O que diabos estava acontecendo? Eu a beijei...

Droga!

Tomei um banho quente, tentando fazer meu corpo todo relaxar. Aquele final de semana havia sido intenso demais para quem vivia em uma maresia calma em questões emocionais. A aproximação com Bianca estava virando meu mundo de cabeça para baixo, seu jeito atraente e espontâneo estava me fazendo entrar em um conflito que eu não estava preparada.

Fechei os olhos deixando que a água morna caísse sobre meu corpo, e as exatas sensações de quando beijei Bianca voltaram. Ela me parecia tão familiar, como se eu já tivesse beijado-a antes. Seus lábios tão bem desenhados me lembravam ninguém menos que Jennyfer. Era como se as duas fossem apenas uma naquele instante. Abrir os olhos e ver os castanhos de Jennyfer nos olhos de Bianca me deixou atordoada.

Aquilo era uma loucura, eu estava em guerra com meus sentimentos, entre uma stripper quente e sexy, e uma mulher carinhosa e atraente.

Você está perdida, Rafaella, Literalmente perdida.

Point of view Bianca Andrade

O que gostar de alguém faz com você? Deixa-te totalmente boba? Com um sorriso largo no rosto por apenas lembrar-se de um momento especial. Faz você pensar e conversas, brincadeiras, e até do sorriso daquela pessoa. Em contra partida te enche de medos. Medo que aquilo não dê certo, de a pessoa não sentir o mesmo, de ela até te rejeitar. Droga! Eu me sentia uma adolescente imatura com seu primeiro amor.

Rafaella Kalimann.

Só de ouvir aquele nome eu sentia algo diferente. E depois desse final de semana tudo havia se intensificado mais. Agora eu estava dividida entre três personalidades da mesma mulher.

Primeira: A mulher cujo poder estava acima de mim dentro da Kalimann Industry.

Segunda: Que me fazia perder em um desejo desmedido dentro da Imperium.

Terceira: E aquela que apenas me via como alguém especial. A mulher que eu havia acabado de beijar.

Será que ela estava pensando nisso agora? Será que ela pensava em mim ou em Jennyfer? Neguei com a cabeça, me acomodando na cama macia daquele quarto, era impossível não pensar. Ela havia me beijado. E havia sido totalmente diferente, era como se fosse o primeiro beijo.

O beijo em Jennyfer nunca havia sido tão intenso, tão calmo. Era sempre carregado de desejo, tesão e luxuria. Não que eu achasse ruim, eu amava aquele jeito. Mas hoje havia sido diferente, não era pelo desejo que ela estava lá. Então, pelo que seria?

Eu não tinha aquela resposta...

[..]

Coloquei as ultimas roupas dentro da mala, que por sinal parecia cheia demais. Já estava quase tudo pronto, em meia hora voltaríamos para o Rio de Janeiro, direto para Kalimanm Industry, onde empresários importantes estavam à espera de Rafa. O café da manhã havia sido tranquilo. Tião e Genilda já sentiam a partida, eu entendia o quão difícil para os mesmos ficarem longe da filha. Mas depois de tudo, eu acreditava que Rafaella estava começando a aprender lidar com a doença do pai. Não seria fácil, mas ela conseguiria.

O casal era mais simpático do que imaginei, me cobriram de abraços e me fizeram jurar que voltaria antes de terminar o ano, acompanhada de Rafa ou não.

- Quer ajuda? – ouvi a voz de Larissa.

- Sim, estou precisando.

A garota sorriu, e entrou no quarto rapidamente, me ajudando a fechar a mala.

- Gostei de conhecer você, Bia.

Ela falou calmamente. Larissa era uma garota de gênio forte, porém muito doce e atenciosa. Não negava ser uma Kalimann, sempre bem decidida e além de tudo, muito bonita.

- Eu também adorei conhecer você, Lari.

- Espero que você venha de novo com Rafaella.

- Se eu não vier você pode ir me visitar quando for ver sua irmã.

- Eu sei que você virá.

Larissa falou de forma maliciosa.

- Por que está dizendo isso? – perguntei me sentando ao lado dela.

- Eu vi vocês duas ontem no jardim.

Arregalei os olhos, provavelmente corando violentamente.

- Ah! Que isso, Bia, foi lindo! Vocês se beijaram!

- Me diz que só você viu isso.

Larissa soltou uma risada me deixando ainda mais nervosa.

- Relaxa, fui só eu. Meus pais estavam no quarto nessa hora.

Um certo alivio tomou conta de mim
Os pais de Rafaella eram uns amores. Mas eu não sabia se aquilo iria continua sabendo de algo sobre nós.

- Eu não sei porque fica nervosa, aposto que meus pais iriam amar que vocês duas fossem namoradas. Eu particularmente iria achar maravilhoso! Rafa fica tão bem ao seu lado... Eu sei que se você não estivesse aqui, esse final de semana tinha sido uma tragédia como o da ultima vez.

Abaixei a cabeça realmente me sentindo feliz em saber daquilo. Rafaella estava calma, diferente do primeiro dia quando chegamos, e saber que contribui para aquilo me deixava bem.

- Eu realmente fico feliz, Lari. Mas sua irmã e eu, somos diferentes demais. Você não tem como entender.

- Bianca, não me venha como isso. Rafa está começando a gostar de você, eu sinto isso. Ela nunca ficou assim como ninguém. Alias, ela nunca trouxe uma garota para cá, a não ser Gizelly ou Marcela, mas elas não contam.

Eu sorri, e abracei a garota ao meu lado.

- Quero você como cunhada.

Rimos no mesmo instante até Rafaella entrar.

- O que as duas estão fazendo ai conversando? Temos que ir, Srta. Andrade.

- De volta, Rafaella Mandona! – Larissa resmungou levantando.

- Isso mesmo, acabou a magia.

Sorri, pegando minha mala para sairmos.

Rafa se despediu da família pela ultima vez, até entrarmos no helicóptero que estava a nossa espera em seu jardim. Com toda certeza a família Kalimann sabia esbanjar quando queria.

- Poderíamos ter comprado passagens não acha?

Rafa sorriu.

- Pra que se temos meu helicóptero para nos levar até onde precisamos com mais agilidade?

- Muito humilde, Sra. Kalimann

Soltei em tom de brincadeira a fazendo rir.

Estávamos a caminho da empresa, Rafaella não queria perder tempo em voltar para casa, por isso tomou a decisão que pousaríamos direto lá. Eu não havia achado a ideia tão boa, eu sabia que surgiriam comentários ao me verem junto a ela, mas a mulher não parecia se importar em nada.

- Está tudo bem, Srta. Andrade?

Eu apenas assenti.

- Se estiver se sentindo mal, me diga ok?

- Pode deixar comigo.

- Sente-se ao meu lado, está tão distante por quê?

Eu me ajeitei ao seu lado calmamente. Era tudo tão estranho, eu não sabia muito bem como agir. Depois desses dias Rafa e eu tivemos uma intimidade a mais que, eu não fazia a menor ideia se poderia continuar usando depois dali. Fitei a mulher que estava concentrada em uma papelada em suas mãos.

Rafa ou Sra. Kalimann? |N: eu prefiro "amor" mesmo rs|

Como deveria ser daqui para frente?

O voo foi tranquilo, já estávamos sobre a região do Rio. De longe já podia se notar o enorme monumento com as siglas K.Y. Com toda certeza aquele prédio era um dos maiores em toda cidade, símbolo do poder e dinheiro. No qual caracterizava muito bem aquela mulher ao meu lado.

- Rafaella?

Ela me fitou.

- Foi muito bom esse final de semana. – falei como uma despedida.

Ela sorriu serenamente.

- Foi maravilhoso, Bianca.

Trocamos um olhar que durou mais do que deveria. Ela me fitava de forma tão intensa que eu poderia me perder no verde de seus olhos por horas sem ao menos notar.

"Senhoras, mantenham os cintos afivelados, estamos entrando em processo de pouso"

O piloto informou, fazendo-nos devia o olhar.

- Eu odeio quando eles pousam! – falei provocando uma risada gostosa em Rafa.

Em poucos minutos o helicóptero pousou sobre a Kalimann Industry. Pela janela eu pude ver algumas pessoas do lado de fora, e entre elas, Ivy Moraes. Provavelmente todos a espera de Rafaella, que com toda certeza não daria a menor atenção.

- Voltamos a nossa vida, Srta. Andrade.

Ela falou séria, até um dos seguranças abrirem a porta para a mesma sair. O moreno alto ajudou Rafaella a descer delicadamente, e logo depois a mim. Assim que Ivy pois os olhos em mim, sua expressão mudou. A mulher se retirou do lugar pisando duro, provocando-me um certo receio.

- Vamos?

Eu assenti.

Rafa e eu caminhamos para o elevador sem mais ninguém.

- Não ligue para o que vão falar, ok? Mantenha-se por cima de todos eles, Bianca. Esse é o segredo.

Foram as palavras dela antes do elevador se abrir. Ao sairmos recebemos olhares curiosos, cochichos e burburinhos por todo lado. Rafaella nem sequer olhou para os lados, assumiu a pose imponente como sempre. Era como passar entre uma passarela que ao redor todos lhe julgariam. Nunca, em todo meu tempo trabalhado aqui eu havia recebido tantos olhares curiosos como agora. Eu respirei fundo e caminhei ao lado da mulher sem olhar para os lados. "Mantenha-se por cima de todos eles" repeti aquilo para mim mesma.

"Elas estavam juntas?"

"Você viu? Bianca saiu do helicóptero com Rafaella"

Eu fingi não ouvir, e assim faria durante a semana toda. Eu conhecia tudo ali, reações, conversas e rumores. O que poderiam dizer sobre a ideia de a secretaria voltar no mesmo helicóptero que a dona da empresa depois de um final de semana em L.A. certamente, nada de bom.

- Sra. Kalimann, sua esposa a espera em sua sala.

Rafa parou fitando o rapaz ruivo de forma confusa.

- Minha esposa?

- Sim, senhora. Foi assim que a moça se designou para mim.

O homem falou com certo receio.

- Como ela se chama?

- Ivy Moraes.

Rafa assumiu uma feição seria.

- Certo, está dispensado. Entre comigo, Srta. Andrade.

- Eu não sei se é uma boa ideia.

Ela pareceu pensar.

- Tem razão, fique aqui fora. Eu resolvo isso.

Eu segui Rafaella que entrou em sua sala, eu sabia que ouvir a conversa dos outros era falta de educação, mas eu precisava daquela. Entre as frestas da persiana pude ver ela entrar, e ao entrar, sua ex-esposa estava a sua espera, atrevidamente sentada onde só Rafa poderia. A Cadeira presidencial.

- Isso é um pesadelo?

- Sempre muito amável, não é, Rafaella?

A mulher falou levantando-se e caminhando até a loira.

- Final de semana romântico? – ela falou de forma irônica.

- Eu poderia muito bem responder sua pergunta, mas não é da sua conta, Ivy.– Rafaella falou irritada – O que diabos quer aqui?

- Estava com saudades, querida!

- Pois eu não, então saia. Eu tenho muito trabalho.

Ivy soltou uma risada sarcástica que cortou o ambiente.

- Tipo o que? Foder sua secretaria em cima dessa mesa? – Ela falou espalmando as mãos sobre o assoalho escuro da mesa de Rafaella que a encarou com tanta fúria nos olhos.

- Se isso for o trabalho ou não, não é de sua conta. – Ela disse de forma dura.

Se fosse Alfredo ou qualquer outro chefe que já havia tido, aquela resposta me deixaria brava. Mas Rafa era diferente. A ideia de tê-la me possuindo sobre sua mesa me parecia muito mais agradável do que deveria.

- Está transando com ela? – Ivy perguntou em fúria.

- Não, Ivy. Não estou transando com ela.

- Eu não acredito em você, Rafaella! Por que diabos a levou a casa de sua família?

A loira semicerrou os olhos.

- Como sabe que ela estava na casa da minha família?

- Não interessa! Me responda.

- Responda-me você!

- Seu irmãozinho me contou.

Rafa fechou as mãos em punhos sobre a mesa, provavelmente controlando a vontade de socar algo.

- Me contou também que você e ela estão bem unidas e em um repleto clima. Não seja idiota, uma garota como essa só quer o seu dinheiro! Como vai namorar alguém assim?

- Você está ficando maluca. Eu não lhe devo explicações da minha vida. O que eu faço ou não com a Srta. Andrade não é da sua conta!

- Eu não quero nenhuma mulher contigo!

- Você não tem que querer! Agora saia! E não apareça na minha frente!– Rafaella praticamente gritou, enquanto caminhava até a porta de sua sala.

- Saia! – ela rugiu com a porta aberta.

Ivy ficou por alguns instantes a fitando, e logo depois caminhou para a saída. Eu rapidamente voltei a minha mesa para que nenhuma das duas notasse.

Assim que Ivy pôs os pés para fora da sala, Rafaella bateu a porta com força que os vidros chegaram a tremer. A mulher caminhou até mim com um odio descomunal nos olhos.

- Escute aqui, não se meta com Rafa, ok? Você não faz ideia do que eu sou capaz.

- Não faço nem ideia do que está falando, Sra.

Ela se debruçou sobre minha mesa.

- Não seja sonsa. Eu sei o que você quer com ela. Sei bem como sonsas como você agem.

Eu me levantei, encarando a mulher frente a frente.

- Aceite que pra você não tem mais nada.

Pisquei para mulher, pegando minha agenda e seguindo para sala de Rafaella, deixando a mulher sozinha.

Ao entrar na sala, vi a mulherem pé. Olhando toda a visão que de sua sala poderia ter. A mesma não moveu um musculo, e não soltou uma palavra.

- Sra. Os empresários estão lhe esperando.

- Cancele tudo. Eu não quero ver ninguém.

Falou ela com um humor negro.

- Perdão, Rafa... Mas...

- É Sra. Kalimann, para você. Não pense que algo mudou aqui. E eu mandei você cancelar tudo! Então faça o que eu estou mandando, Srta. Andrade

Fitei a mulher que me parecia irreconhecível. De onde havia saído uma Rafaella tão arrogante? Engoli em seco, sentindo suas palavras me cortarem por dentro. Respirei fundo.

- Como desejar, Sra. Mais alguma coisa?

- Não, se retire. E só venha quando eu lhe chamar.

Ela falou de forma rude. Fazendo eu me retirar.

O que ela estava pensando? Que poderia ser amável e carinhosa em um final de semana para chegar aqui e me tratar feito lixo? Ela estava muito enganada, seja lá o motivo da sua súbita revolta isso não ficaria assim. Apesar da enorme vontade que eu sentia de chorar, eu não o faria. Não seria fraca e muito menos frágil, por fora eu seria Bianca, mas por dentro quem assumiria o controle seria Jennyfer, e com ela as coisas não funcionavam bem assim.

"Bianca?"

Ouvi a voz de Manu que ao me encarar não fez uma cara nada boa.

- O que aconteceu? – perguntou a mulher preocupada.

- Nada.

- Bianca, sabe que pode me contar tudo. O final de semana não foi bom?

Olhei para ela, sabendo que a mesma não sairia dali sem respostas.

- Foi maravilhoso, melhor do que imaginei.

- E por que essa cara?

- Porque Rafaella é uma imbecil!

- Mal começaram e já estão terminando?

- Não fale bobagens! Não começamos nada, ela é uma otaria arrogante, sem educação.

- Me explica porque está xingando ela desse jeito.

- Ela me tratou como a pessoa mais especial de todas esse final de semana, sabe? Me levou para conhecer a família dela, que são pessoas maravilhosas. E a gente até se beijou.

- Você conheceu a família dela e se beijaram? Você está namorando Rafaella Kalimann? – Manoela falou alto demais.

- Shiiu! Não, ela e eu não temos nada. Absolutamente nada.

- E o que explica tudo isso?

- Eu não sei, Maria. Depois de tudo, hoje ela me tratou como lixo. Depois da briga com a ex, Rafa foi grosseira e arrogante comigo.

- Talvez seja estresse pela briga.

- Não importa, ela me resumiu a nada.

- Você não acha que essa é a hora de sair dessa?

- Eu não tenho mais como sair, Manu, isso já me consumiu por inteiro.

- Boa sorte com isso, e por favor. Cuide-se.

Manu falou antes de depositar um beijo em minha cabeça e sair.

Porque isso sempre acontecia? Quando tudo está bem demais você tem que desconfiar, nada vem fácil demais. E para mim aquilo era obvio. Onde eu estava com a cabeça que aquela mulher iria querer algo comigo? Mesmo depois de anos a minha parte ingênua ainda estava presente demais em meu interior. Só isso explicava.

Olhei para Rafaella que se mantinha concentrada em seu computador. Maldita. Mil vezes maldita. Fechei os olhos segurando as lagrimas que se formaram ao lembrar de todo o final de semana que tivemos juntas.

- Srta. Andrade?

Ouvi uma voz familiar, e rapidamente cuidei de enxugar algumas lagrimas que teimavam em cair.

- Sim, Srta. Bicalho? – perguntei encarando a mulher que a me ver se aproximou.

- Aconteceu alguma coisa, Bianca? Está se sentindo mal?

Eu respirei fundo, olhando para a mulher que realmente parecia preocupada.

- Problemas apenas. Não se incomode com isso.

- Precisa de ajuda?

- Não creio que possa me ajudar, me desculpe.

- Depende do que seja. Se quiser podemos almoçar juntas hoje. E você me conta o que houve. Prometo não dar em cima de você – ela falou me fazendo sorrir.

Ter alguém para me distrair durante o dia seria ótimo. E Gizelly Bicalho não era uma má companhia.

- Seria ótimo. Podemos almoçar no bistrô aqui da frente.

- Perfeito! Eu vou falar com Rafa e depois marcamos melhor, certo?

Eu assenti.

- Quer que eu anuncie sua chegada?

- Não, eu não preciso disto...

A mulher falou caminhando até a sala de Rafaella.

Point of view Rafaella Kalimann

Passei pela vigésima vez as fotos do aniversario de Tião na tela de meu computador, não deixando de notar em cada uma delas como Biancaĺ e eu estávamos grudadas demais. Uma em especial havia me chamado atenção. Nela, Bianca sorria da forma mais típica, com a língua entre os dentes fazendo seu nariz enrugar levemente. E nela eu a fitava de forma perdida, sem rumo ou razão. Eu apenas a fitava porque gostava do que via, porque me sentia bem demais vê-la daquele jeito.

"Não, Rafaella, você não pode"

Fechei os olhos abaixando a tela do notebook rapidamente assim que vi Gi chegar.

- Hello, Bitch!

Eu nada respondi, aquela manhã depois da visita de Ivy meu humor estava dos piores.

- Misericórdia, todo mundo está para baixo aqui hoje? – Ela falou colocando sua bolsa sobre a poltrona e sentando na outra.

- Não estou em um dia bom, Gizelly.

- Pelo visto nem Bianca.

- O que?

- Nem Bianca, ou não percebeu como ela está hoje? Acabei de passar por ela, e a mesma estava chorando eu acho.

Eu fiquei muda. Ela estava chorando, e provavelmente seria por minha culpa. Droga, Rafaella, como você era idiota.

- Você perguntou porque ela estava chorando? – perguntei curiosa.

- Perguntei, mas ela falou que eram problemas. Sinceramente você deveria saber. A mulher trabalha para você.

- Eu não tenho que saber da vida de quem trabalha para mim.

- Ok, Senhorita mau humor! Só queria saber como foi na casa do seu pai.

Eu me encostei novamente em minha cadeira, fechando os olhos tentando fazer meu corpo relaxar.

- Foi ótimo, pela primeira vez eu consegui ficar em paz naquela casa.

- Isso é maravilhoso, Bianca. Posso saber o motivo da mudança?

Olhei para Gi, e através da enorme vidraça vi Bianca ao fundo em sua mesa, anotando algo que eu não fazia ideia. Ali estava a resposta para essa pergunta, ela havia sido o motivo.

- Eu não sei. – foi o que disse.

- Que seja, pelo menos você aproveitou. Como está o tio Sebastião?

- Ele está bem. Tive uma conversa bem seria com ele sabe. Ele disse estar orgulhoso de mim, Gi.

- Eu aposto que está, amiga. Você está tomando conta de tudo que ele lutou para construir.

- É, mas isso requer muito de mim. As vezes eu sinto que não vou conseguir.

- Não fale bobagens, Rafa. Você é a dominadora disso tudo! Para quem já foi eleita uma das melhores empresarias do mundo, você não devia ter medo.

Eu nada falei, apenas levantei pegando um copo de uísque.

- Está servida?

- Não, obrigada. Beber uísque há essa hora da manhã não é a minha.

- Bianca te falou mais alguma coisa ?

- Não, mas ela parecia bem triste. Você não sabe de nada?

Eu neguei com a cabeça, tomando um grande gole da bebida alcoólica. Conversei com Gizelly por quase uma hora, até a mesma ir embora. Mas não contei absolutamente nada do que aconteceu entre Bianca e eu. Talvez aquilo devesse ser guardado e enterrado. Não era certo ficar com ela, eu nem sabia o que estava sentindo. Talvez a carência me fizesse ceder aos carinhos de uma mulher tão bela. Eu sabia que havia a magoado, e eu não poderia fazer nada em relação a isso. Ou poderia.

Já era horário do almoço, talvez fosse uma boa ideia chama-la para almoçar comigo e pedir desculpas pela forma idiota que eu havia a tratado. Sim, aquilo seria o melhor a se fazer. Engoli os últimos resquícios do uísque em meu copo e fui atrás dela.

Sai da sala notando que a mesma já não estava em sua mesa. Resolvi descer até o andar onde Manoela e Mariana trabalhavam. Como melhores amigas provavelmente estariam juntas. Sai do elevador notando ao fundo Manoela conversando animadamente com Igor.

- Hey, o que vossa majestade faz na plebe? – Igot perguntou sorrindo.

Manu me fitou com uma cara de poucos amigos, provavelmente já sabendo do ocorrido.

- Estou a procura a Srta. Andrade. Sabem onde ela está?

- Ela saiu com a Srta. Bicalho para almoçar. Deseja alguma coisa que eu possa lhe ajudar? – perguntou Manoela séria.

- Saíram juntas?

- Sim senhora, Bicalho chamou Bianca para almoçar. E ela aceitou, talvez a mesma precise de boas companhias em um dia ruim.

Ela estava praticamente jogando em minha cara que eu não era uma boa companhia. E eu teria que concordar. Eu assenti para os dois e me retirei dali.

Não...

Ela não poderia ficar com Gizelly!

Repeti para mim mesma entrando no elevador novamente. Voltei a minha sala pensando em tudo que poderia acontecer dali para frente. Eu não sabia porque diabos a ideia das duas me perturbava tanto.

Eu não gostava de Bianca.

Isso, eu não gostava.

Repeti aquilo enquanto andava de um lado para o outro.

Não se preocupe com isso. Você não tem absolutamente nada com ela. Se ela quer sair com Gi, que saia. – falei olhando para meu reflexo no espelho.

Depois de duas horas eu vi Bianca chegar. Rapidamente interfonei para mesma.

"Venha até minha sala, Srta. Andrade."

A mulher não falou absolutamente nada, apenas entrou na sala e parou em minha frente. Esperando uma ordem. Eu fitei a moça que não tinha nenhuma expressão, um sorriso ou um olhar meigo.

- O que tenho para amanhã?

- As 9h, reunião com o financeiro de N.Y. As 11h almoço com o Sr. Flores. E de tarde sua agenda está livre senhora. – ela falou maquinalmente.

- Foi almoçar com a Gizelly? – perguntei num impulso.

- Não vejo porque lhe responder essa pergunta, Sra. Kalimann. Deseja mais alguma coisa?

- Desejo que me responda a pergunta que lhe fiz...

Ela me fitou seria, endurecendo mandíbula em raiva. Eu não tirava a razão de Bianca. Mas o que diabos ela tinha que fazer com Gizelly? NADA. Eu me sentia irritada só de pensar.

- Sim, eu fui almoçar com ela. Não que eu lhe deva explicações.

- Já esqueceu sobre o que falei para você esse final de semana?

- Eu esqueci tudo sobre esse final de semana. Com licença.

Ela falou se retirando. 1x0 para ela. E assim a tarde se arrastou.

04:57 pm

....

08:00 pm

...

Deitei no sofá macio que havia em minha sala. Todas as pessoas já haviam ido para as suas casas. E eu ainda estava aqui, olhando para o teto pensando em que vida de merda eu tinha. Eu era milionária, tinha um pai doente, uma ex esposa maluca, uma secretaria que me fazia perder o rumo. Um final de semana e Bianca me fez perder o rumo. Incrível!

" – Gosto quando você sorri.

Falei sem pensar fazendo ela me encarar.

- Por que?

- Você tem um sorriso lindo, Bianca, e não só ele.

- Não tenho, Rafa...

- Sim, você tem. Esse final de semana só fez reforçar tudo eu pensava sobre você

Eu fitei seus olhos castanhos que paralisaram sobre mim. Paramos de dançar, ficando paradas diante uma da outra, na mesma posição.

- Você é incrível, Bia.

Eu me aproximei lentamente dela.

- Rafaella... -  ela falou assim que me sentiu próxima demais

- Só deixa eu fazer isso"

Você é uma otaria Rafaella, uma tremenda otaria! Eu repeti aquilo para mim umas dez vezes. Mas agora não adiantava mais. A escolha já havia sido feita, eu não era a melhor escolha para ela.

Já eram 23 horas. E eu ainda estava rodando por aquela empresa. O que estava acontecendo comigo? Eu não iria me importar mais. Peguei meu sobretudo em cima da mesa seguindo para o único lugar onde eu sabia que poderia esquecer tudo.

[...]

Entrei na boate que estava lotada como de costume. O clima lá dentro era quente demais, eu olhei para ambos os lados para ver se não havia ninguém conhecido por ali. Sinal verde, tudo estava tranquilo. Caminhei até o balcão de bebidas pedindo uma dose. E me dirigi até uma das mesas bem próximas do palco onde a stripper dançaria. Só ela poderia me fazer esquecer todo aquele dia infernal.

Talvez estivessem preparando alguma despedida de solteiro. Um grupo de rapazes estava bebendo e conversando animadamente na mesa ao lado, cada um dizia o quanto queria ter Jennyfer aquela noite.

As luzes do ambiente se apagaram, só poderia se ouvir os cochichos sobre a entrada da stripper. Os holofotes giravam de um lado para o outro, até uma voz masculina soar pelos alto-falantes.

" Senhoras e Senhores, sejam bem vindos a Imperium, apresentamos agora vossa majestade, Jennyfer "

O homem terminou de falar assim que os holofotes pararam sobre o corpo escultural da Stripper. Naquele instante as pessoas foram a loucura, homens e mulheres gritavam palavras de cobiça e desejo. E eu apenas a fitava, já estava com saudade de me sentir perdida naquele corpo outra vez.

Jennyfer estava maravilhosa. Hoje ela usava uma mascara negra, sem nenhum detalhe. Uma lingerie da mesma cor, meias e cinta-liga estavam sobre suas pernas. O tecido era totalmente rendado, deixando uma boa parte do seu corpo a mostra. Ela aquele dia tinha se vestido para causar. Os homens da mesa ao lado jogavam dólares e mais dólares para a mulher que sorriu maliciosa como sempre. Até colocar os olhos sobre mim, ela me encarou e se virou para começar a dançar a musica de ritmo totalmente quente.

Ela começou seu número no pole dance, movendo seu corpo da forma mais sensual que poderia. Aquela mulher era de enlouquecer qualquer ser humano. Como poderia ser tão gostosa? Eu me sentia quente só de vê-la dançar. Jennyfer entrelaçou as pernas na barra de inox e desceu seu corpo, ficando de ponta a cabeça. Deixando seu corpo totalmente estendido a mercê de quem quisesse olhar.

"Você é tão gostosa! Lhe dou tudo que quiser para passar essa noite comigo"

O rapaz falou me causando uma súbita raiva.

A mulher saiu do pole dance e começou a rebolar de forma quente. Ela olhou para mim com um ar superior, e soltou uma piscadela. Jennyfer se ajoelhou no chão, deslizando as mãos pelo cabelo ondulado, descendo com as mesmas pelo corpo, onde qualquer pessoa estava ansiando por as mãos naquele momento. Ela fazia movimentos tão puramente sexuais, que estava levando todo mundo a loucura.

Dólares e mais dólares caiam sobre ela, que sorria de forma safada. A mesma apontou para o rapaz ao meu lado e o chamou. Aquilo só poderia ser loucura.

O homem feliz da vida se aproximou do palco onde a mesma o puxou pela gravata, fazendo os amigos gritarem feito bobalhões comemorando o feito que me enchia de irritação. O homem ficou parado, e ela começou a rebolar para ele, descendo até o chão em sua frente da forma mais sensual que poderia. Ela rodeou o corpo dele, e rebolou olhando diretamente para mim. Como quem fizesse de propósito para me provocar, ela me encarou e virou para o homem que segurou em sua cintura que se remexia de acordo como a musica ditava.

Ela se soltou, se aproximando dele a ponto de quase encostar os lábios no do rapaz. O homem sorriu cafajeste e colocou um maço de dólares na calcinha minúscula que ela usava.

Ela piscou e o mandou sentar. Para logo caminhar em minha direção e me encarar declarando uma guerra que eu nem imaginava o motivo. A musica encerrou, e Jennyfer se perdeu no meio da escuridão sendo totalmente aplaudida por todos ali. Apertei o copo do uísque com mais força do que deveria, fazendo o mesmo trincar. Eu não entendia o motivo de toda aquela provocação.

Levantei da mesa, soltando fogo pelos olhos assim que vi o mesmo rapaz que subiu ao palco se encaminhar para os camarins. Caminhei em direção dos camarins onde todas as dançarinas ficavam, inclusive Jennyfer.

- Com licença, eu gostaria de falar com a Jennyfer.

Falei a morena de corpo escultural que estava na escada.

- Desculpe. Mas ela deu a ordem que não quer receber ninguém hoje.

- Ninguém?

- Absolutamente ninguém, foram as palavras dela.

- Eu acabei de ver o rapaz entrando ai, e garanto que ele não é ninguém. – falei irritada

- Sra. Não posso fazer nada. Essa foi a ordem dela.

- Quanto você quer para me deixar entrar? – perguntei exaltada

- O que está acontecendo aqui? – Ouvi a voz de Jennyfer alto da escadaria.

- Eu quero falar com você!

Ela me fitou despreocupada, descendo as escadas lentamente.

- Obrigada, Gabriela, pode se retirar.

A moça sorriu e se retirou rapidamente.

- O que foi isso?

- Isso o que? – ela perguntou fingindo não entender.

- Essa maldita apresentação, esse cara! E esta me proibindo de lhe ver.

Jennyfer soltou um sorriso sarcástico.

- Não vejo motivo para se exaltar. Estou apenas fazendo o que sempre faço.

- Qual é o problema? Você não pode fazer isso comigo.

Falei me aproximando dela, segurando em seu braço.

- Não pense que algo mudou depois do que aconteceu. Se quer me ver, entre na fila, todos aqui querem o mesmo. Mas nenhum consegue.

- Você só pode esta brincando comigo.

- Você tem que entender que não sou nada sua. Não pense que vai chegar aqui e me ter todas as noites, Kalimann, pois você está muito enganada. Agora saia, não vou atender ninguém.

Ela falou de forma arrogante e se retirou, me deixando totalmente sem palavras

- Jennyfer? – gritei mas ela nem sequer se deu o trabalho de me fitar.

"Faz a uma e leva o troco de outra" foi o que pensei ao sair daquele lugar.|N: bem feito, palhaça|

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Gente, tudo bem sentir raiva da Rafa nesse capítulo, eu senti tbm! kkkkkkk

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